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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Dos muitos sustos que as eleições provocam nos eleitores mais atentos a essa dança de acasalamentos entre porcos espinhos e cobras criadas, nenhum outro é mais espantoso do que assistir, estupefatos, a volta de alguns candidatos, tanto na paisagem local como na nacional. Pessoas ou zumbis, que muitos acreditavam já estarem sepultados e enterrados sob sete palmos ou atrás das grades.
A volta desses presos ou mortos-vivos da política, todos eles devidamente condenados por crimes de corrupção, em suas mais variadas modalidades, é como uma bofetada na cara dos cidadãos. Eis-nos de novo, diante do eterno ciclo da impunidade, com a sociedade tornada refém desse bando de malfeitores que, certamente, voltará a ocupar os diversos cargos públicos, munidos dos mesmos mecanismos de proteção contra as leis, propiciados pelo foro privilegiado, donde, com certeza, voltarão a delinquir.
O pior, se é que isso ainda é possível, é que, se seguirmos o que as pesquisas indicam, esses dublês de homens públicos irão ocupar da presidência da República até o menor cargo eletivo nos municípios e mesmo no Distrito Federal, assegurando, com isso, que o futuro, como pretendido pelos cidadãos de bem, ainda é uma miragem bem distante.
Não carece aqui mencionar os nomes desses meliantes. Estão todos estampados nos jornais e não merecem crédito algum. Mesmo com a imprensa do país dando pouca atenção a esse fato, como se isso fosse pouca coisa ou nada aos pagadores de impostos.
Confirmadas as expectativas, teremos, depois de 2022, o mais assustador conjunto de políticos comandando os destinos do país. Por certo, irão guiar a grande caravela Brasil de encontro aos rochedos, depois de saquear o navio, deixando a tripulação, que somos nós, ao sabor da sorte. Num país em que os eleitores voltam as costas para um juiz e saem correndo para abraçar conhecidos meliantes, nada se pode esperar de bom. Somos e nos mantemos como a grande piada internacional.
Quando se assiste, nas redes sociais, alguns eleitores agradecendo fervorosamente ao prefeito, porque em seu município está chovendo, e quando outro, ainda mais sabido, atravessa a conversa dizendo que não se deve agradecer ao prefeito, mas sim ao presidente da República, porque a chuva é federal e está caindo em todo o país, a certeza que se tem é que levaremos ainda séculos para conseguir alcançar um verdadeiro Estado Democrático de Direito, onde todos serão iguais perante a lei.
O voto, que seria, em tese, nossa redenção e inserção no primeiro mundo civilizado, tornou-se, pelos mecanismos burocráticos da máquina do Estado, um salvo conduto para malfeitores agirem livremente. Alia-se a esse fato todo o emaranhado tecnológico em que se transformou o voto eletrônico, como estampam artigos acadêmicos e de tecnologia, cujo o comando fica em mãos de personagens, que, todos sabem, não escondem sua predileção partidária.
Vivemos tempos estranhos e malfazejos em que toda uma população, minimamente desperta e ainda crente nos princípios da ética, vive cercada, de um lado, por uma gente que despreza o voto e desconhece sua significância. De outro lado, por aqueles que comandam todo o processo, de dentro da máquina, e tudo fazem para que essa realidade cruenta permaneça imutável, pois tal status satisfaz seus desígnios, bem como daqueles que pensam da mesma forma torta.
A frase que foi pronunciada:
“A justiça é como uma serpente, só morde os pés descalços.”
Eduardo Galeano
Máxima atenção
Deputado federal Capitão Fábio Abreu elaborou projeto de lei que reconhece o TDAH, déficit de atenção como deficiência. Na proposta, a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade respalda, com efeitos legais, os portadores desse diagnóstico. Veja como votar no projeto acessando o link: https://forms.camara.leg.br/ex/enquetes/2291884.
Vale ajudar
O Instituto Solidário A Vida precisa de doações de leite em pó da marca Pregomin Pepti para o pequeno Luís Gustavo. A instituição fica na Qr 401, Conj 13, Lote 3, em Samambaia Norte. Crianças deficientes e abandonadas, crianças convalescentes com pais sem condição financeira para tratamentos. Ligue para 99323-3440 para mais informações.
Novidade
Presidida pelo jurista Ricardo Cueva, do Superior Tribunal de Justiça, com relatoria da jurista Laura Schertel, uma comissão foi instalada no Senado com o propósito de discutir um Marco Regulatório sobre a Inteligência Artificial. A iniciativa partiu do senador Eduardo Gomes (MDB-TO). As informações são da Agência Senado.
História de Brasília
Nesta mesma página os senhores encontrarão uma carta ao nosso diretor, assinada pelo sr. José Pereira Caldas, a propósito da mudança do Ministério da Fazenda. (Publicada em 20.02.1962)
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Quando dizem que os 3 Poderes da República, mesmo diante da enorme responsabilidade que possuem na manutenção do Estado Democrático de Direito, estão em desabalada corrida rumo à instauração de um perigoso conflito institucional, o que fica como exemplo dessa instabilidade para os brasileiros são, justamente, episódios recorrentes, menores e mesquinhos, como esse caso agora colocando em confronto aberto o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) em relação a uma decisão do ministro do supremo Alexandre de Moraes, que o obriga, por motivos claros, a usar tornozeleira eletrônica.
Pensar que todo esse imbróglio, que ao fim ao cabo, prejudica o próprio cidadão, poderia ser facilmente evitado, sem desgastes e, principalmente, sem a desmoralização nacional dos Poderes da República. Para isso, bastaria a adoção do mecanismo de recall, onde o eleitor, que afinal é o responsável direto por aquele em quem votou, chamaria de volta esse parlamentar, indicando para a função o segundo deputado mais votado naquela zona, evitando todo esse espetáculo que nos envergonha. Primeiro pela qualidade sofrível de muitos parlamentares eleitos nessa e em outras legislaturas. Segundo pela maneira rápida e eficaz com que se efetuaria essa troca.
É preciso entender que os parlamentares com assento no Congresso estão nessa função para servir aos seus respectivos eleitores em tudo o que necessitam para a manutenção da plena cidadania, como construção e reformas de escolas, de hospitais, de postos de saúde, estradas, instalação de rede pluvial, de esgoto, de água potável entre outras benfeitorias para a sociedade.
Ninguém de posse de suas faculdades mentais vai eleger um indivíduo, com todos os custos que essa decisão acarreta, para que ele venha para Brasília, brigar e arranjar encrencas de toda a ordem, desafiando ministros e instigando o confronto entre os Poderes. O que o cidadão eleito necessita não são rufiões e outros valentões agindo dentro do parlamento. Aliás, é preciso lembrar que a Casa Legislativa do país deveria ser ocupada, como foi em tempos distantes, por pessoas gabaritadas e devotadas plenamente à vida política.
Os valentões na política ficam marcados na história de nosso parlamento como pessoas incapazes de agir com a razão, preferindo a força física a outras alternativas mais nobres como a palavra.
O Supremo, que deveria tratar esse caso com o desdém que merece, ainda se esforça para jogar mais gasolina na fogueira, elevando o tom das ameaças sem lastro ou coragem, com mais ameaças, dando status a uma questão que, por si, nada resta de interesse para o país.
Eis aqui mais um caso que, fugindo às altas atribuições dos Poderes do Estado, coloca em confronto o Executivo, cujo deputado defende, o Legislativo, que não teve coragem para encerrar o caso logo no primeiro lance, e o Judiciário, cujos ministros deveriam deixar de lado a gana por ações políticas e se dedicarem ao que deve ser seu mister, a defesa da Constituição.
Três Poderes que, num caso menor como esse, não se entendem e, o que é pior, encontram um meio de acrescentar mais instabilidade institucional a um Estado que, per si, já vem se equilibrando com uma perna só.
A frase que foi pronunciada:
“Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências entre os indivíduos.”
Barão de Montesquieu
Passado e presente
Em pesquisa minuciosa de final de curso, o Cadete Breno Vinícius Pereira Aguiar mostra que são precisos novos projetos que tornem melhor a vida dos bombeiros aposentados. Essa é a corporação mais respeitada pela sociedade. O deputado distrital Roosevelt Vilela, eleito com muitos votos dos colegas bombeiros, tem se dedicado com brilhantismo e sensibilidade às causas e missões.
Presente e futuro
Na Câmara Legislativa, aconteceu o lançamento da segunda edição da revista Veteranos, que leva ao conhecimento da sociedade toda a experiência obtida na carreira. O trabalho de Breno Aguiar sugere a construção da Casa do Veterano, que seria um local de acolhimento, apoio, aprendizado e profissionalização aos militares da reserva remunerada ou reformados.
História de Brasília
Uma nota para os que falam no retôrno da Capital: há vagas em tôdas as escolas do Plano Piloto, para qualquer ano do curso primário. (Publicada em 20.02.1962)
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Parafraseando o ditado que diz que “em casa que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão”, inspirou-nos a trova:
Num país como o nosso
Em que os 3 Poderes da República
vivem em constantes disputas e desunião
Exigir que cada um cumpra, à risca,
O que diz a Constituição
É, além de descabido
Uma grande tapeação.
Fôssemos aqui elencar
todo o rosário de atropelos
Que entre si travam há tempos esses Poderes da União
Diríamos que nessas querelas hoje em dia
Ninguém possui um naco de razão.
Na verdade, o veredito certeiro
Para todos esses entreveros
Que em última análise
prejudica os cidadãos
Declara ser a todos imputado
Plena culpa e ampla admoestação.
Erram todos e de maneira distinta
Contribuindo com esse desatino para a credibilidade de Estado perder
Esfarrapam os Poderes com a nação a enlanguescer
Perdem o respeito dos indivíduos e de toda a cristandade
Com a imagem maculada
Não se cansam de maldades
Muito bem faz o eleitor
Em sair em debandada
Virando as costas para uma elite de insensíveis dirigentes
Que por seus desatinos e más condutas
Mas se assemelham a engravatados indigentes
Nessa repetição de desarrazoadas decisões
Mesmo a boa gente, com toda a paciência que lhe é reconhecida
Já não esconde no rosto uma imagem cansada e desiludida
Ministros altaneiros, cujas origens passam longe da toga e da magistratura
Legislam abertamente tecendo o pano da impostura
Com o manto da impunidade
Cobrem políticos aldrabões
Numa eterna maquinaria
A blindar nobres fanfarrões
O Legislativo que há muito o respeito perdeu
Vive de negociatas
Vendendo o meu, vendendo o seu.
Mesmo o Executivo
Cuja a presidência um dia um mau ladrão ocupou
É vista hoje pelo povo injuriado
Como Poder que mal falado
A ética deturpou.
Os brasileiros, desanimados e entristecidos
Observam a cena toda entre raivosos e ensandecidos.
O desrespeito às leis e a própria Constituição
De tão flagrante e descarada
Leva-nos todos de roldão
Numa ensandecida desabalada.
A frase que foi pronunciada:
“É melhor escrever errado a coisa certa do que escrever certo a coisa errada…”
Patativa do Assaré
Honra ao Mérito
É bom que se registre a ação cirúrgica da Coordenação do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e da Segurança Pública em relação ao criminoso que pretendia fazer um massacre na capital do país. Com as informações, a Polícia Civil do DF levou adiante o protocolo.
Novidade
Novo planejamento educacional vai ser necessário para atender ao novo formato do Enem. Desde o planejamento pedagógico a dinâmica das aulas, projetos extracurriculares deverão ser repensados. O novo Exame Nacional do Ensino Médio foi acatado por especialistas. Veio para melhorar!
Para crianças
Uma nova abordagem feita pelo, já tradicional na cidade, Teatro Mapati. Trata-se de estreia de espetáculo da Cia Teatral Mapati, inspirado na poesia de Manoel de Barros, para trazer para o centro de reflexões das famílias, de forma lúdica, o envelhecer e o Alzheimer. Veja mais informações no link: Temporada de estreia – Espetáculo Avô Árvore, Menino Pássaro.
História de Brasília
O regime não funciona, não é por isso não. É porque todos os ministros são uns eternos turistas e o que é pior, turistas sem planos. O ministro da Viação, que faz planificação de trabalho, pode apresentar resultado positivo. Os demais, coisíssima alguma. (Publicada em 20.02.1962)
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Existe uma diferença estelar entre o que é hoje, sob o pseudônimo, “bancada evangélica” e o próprio Evangelho, conforme apresentado no Novo Testamento da Bíblia Cristã. Mesmo quanto ao significado dessa palavra grega, traduzido como “Boa-Nova”, essa distância só poderia ser aferida com a utilização de unidades de medidas astronômicas (au), ainda mais quando se analisa, de perto, o real significado e o que é, e pretende, de fato, essa bancada, organizada sob a falsa pele do evangelismo.
De boa-nova, já se sabe, nada trazem de bom e que possa ser aproveitado pelo eleitor, mesmo aqueles cujo fanatismo turva a visão e a razão. Trata-se aqui de uma bancada que, à semelhança das bancadas do boi e da bala, é organizada apenas para somar forças e, com isso, garantir o máximo possível de vantagens para cada um, isoladamente, e para seus nichos específicos, dentro da autêntica e velha máxima do “toma lá, dá cá”. Não há boa-nova possível em práticas velhas, assim como não é prático colocar-se remendo novo sobre tecido velho. Ainda que fôssemos imaginar que a formação de uma bancada dessa natureza obedeceria às regras do jogo que é jogado no Legislativo, ainda assim estaríamos diante de uma aberração e negação do que seria uma boa-nova.
Quando se trata de um jogo viciado, recorrente dentro do parlamento, em que as boas práticas da ética são postas de lado, e quando o próprio sentido de República é, seguidamente, conspurcado em benefício de um individualismo tacanho, não há alcunha possível capaz de nomear qualquer grupo político, muito menos com o carimbo de evangélico. O que se tem aqui é o mais puro “Homo Homini Lupus”, numa briga feroz e em que, ao cidadão, caberá o que cair da mesa do banquete.
A questão curiosa aqui é porque o cidadão e eleitor jamais foi brindado com a formação da bancada da ética ou a bancada dos princípios republicanos. Ou mesmo com a criação da bancada da lei, dos fins dos privilégios e outras do gênero, que viessem impor o mais básico dos princípios: o povo paga e manda. Não surpreende, pois, que, como ocorrem com outras bancadas de pressão política, os escândalos se sucedem nesse nicho evangélico, como numa rotina monótona e pachorrenta do cotidiano.
A separação entre Igreja e Estado, princípio básico do modelo republicano e dos direitos humanos fundamentais, é relegado a terceiro plano, quando forças políticas, camufladas de religiosos, passam a interferir no ordenamento do Estado, exercendo pressão negativa para renúncias de impostos, para a indicação de membros dessa e daquela igreja para ocuparem cargos dentro dos Três Poderes e outras estratégias que, na visão do idealizador, viria a ser o cristianismo, pertenceria apenas aos césares e àqueles que encontraram, nas benesses e mordomias do Estado, o céu ou o paraíso.
O escândalo do momento, envolvendo o atual ministro da educação e um grupo de evangélicos que, supostamente, estariam sendo favorecidos com o orçamento bilionário dessa pasta, é apenas a ponta menor e visível de um gigantesco iceberg a remover o leito do oceano e a mistura, o que é de Deus e o que não é.
A frase que foi pronunciada:
“De todos os homens maus, os homens maus religiosos são os piores.”
C.S. Lewis
Personalidade
Muita gente não sabe, mas a mãe do jornalista Chico Sant’Anna foi uma das primeiras professoras na Casa Thomas Jefferson em Brasília. Norma Corrêa Meyer Sant’Anna, conhecida como Mrs. Sant’Anna. Depois lecionou inglês no Gila-Ginásio do Lago, francês na Aliança Francesa e português na Escola Americana. Chegou em Brasília em abril de 58 com os 4 filhos. Chico Sant’Anna tinha 6 meses de vida
Eleições, nada mais
Mais uma vez, os donos das mídias sociais atacam. Para empresários e em vários seguimentos de trabalho, a lista de transmissão no WhatsApp facilitava a comunicação. Agora, com a atualização, foi extinta. Parece que nada mudará esse ano.
Furos X Furadas
Em 28 de setembro, nas últimas eleições, o mais conhecido instituto de pesquisa paulista apontou a vantagem de Haddad: 45% para o petista, contra 39% de Bolsonaro. A Dilma seria senadora, João Doria iria para segundo turno, Zema estava na lanterna. É sempre bom voltar ao passado apenas para estudar.
Empoderamento
Dentro das iniciativas de valores femininos, está o Festival de Filmes de Mulheres. Para quem se inscreve na página, as opções são variadas. Veja na página: https://womensfilmfest.com/.
História de Brasília
O deputado Raul Pilla acusa o sr. João Goulart pelo não funcionamento do regime. Ora, se um homem pode atrapalhar um regime, é mais fácil o regime não prestar, que o homem. (Publicada em 20.02.1962)
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Sejam quais forem os diagnósticos, de cunho didático e pedagógico, que venham a ser elaborados pela Secretaria de Educação, para traçar medidas que visem pôr um fim à onda de violência que grassa nas escolas públicas em todo o Distrito Federal e nos arredores sob sua jurisdição, um fato é inconteste e incontornável: a falta de uma disciplina rígida e decisiva que venha instituir o que poderia ser um modelo de “tolerância zero” às regras pré-estabelecidas. Sem essa premissa, quaisquer medidas brandas e sem coragem irão se tornar paliativos e unguentos do tipo ineficaz e falso. Mais uma vez a leitura invertida das leis promove essa algazarra nas instituições de ensino.
As ocorrências policiais, inclusive com crimes mortes, ameaças e tentativas de assassinatos que a sociedade vem assistindo, dentro e nas portas dos colégios públicos, até de uma forma corriqueira nos noticiários, não podem ser toleradas em nome do que quer que seja, muito menos em nome da democracia e da liberdade. Há muito, já se sabe, que escola não é reformatório ou instituição para albergar menores infratores.
Ou as autoridades entendem que as escolas públicas representam um portão de entrada para a vida em sociedade, ou estaremos permitindo, por nossa inanição, que menores e outros indivíduos adentrem o meio social para delinquir sem limites. Ou as escolas entendem essa missão, ou estaremos diante de um fenômeno que irá piorar uma situação de violência endêmica que já é presente em nossa sociedade e que tantos males têm causado ao nosso país.
Há aqui um dilema que precisa ser resolvido com urgência: ou as autoridades da educação adotam medidas efetivas para afastar, com severidade, do convívio das escolas, essa minoria de malfeitores, que infesta os demais alunos, ou estaremos reféns, como é o caso da maioria das metrópoles brasileiras, onde a violência toma conta de tudo, enxugando gelo com cotonete.
Campanhas pedagógicas e outras modalidades de prevenção brandas não surtem efeito, quando o assunto é a perda total da racionalidade e da humanidade. Delitos são delitos dentro e fora das escolas. Crimes, independente do ambiente onde ocorram, são crimes e devem ser encarados e punidos, com o mesmo rigor, independente do autor ser aluno, estudante, corpo discente ou o que quer que seja.
Não se pode tolerar que criminosos ou aprendizes do crime convivam livres e soltos com outros alunos dentro das escolas. É preciso entender que a sociedade ou, mais precisamente, os contribuintes não podem mais arcar com a tremenda carga tributária, e que custos, cada vez mais elevados, sejam destinados ao ensino, quando se assiste que tipo de ensino e que tipo de escolas estamos bancando.
A continuar nesse processo de decadência, que parece ter tomado conta do ensino público, com escolas se transformando em territórios livres e sem controle, para drogas, brigas, mortes e total desrespeito ao corpo docente, o passo seguinte será a introdução do modelo de administração militar em toda a rede. Por certo, essa seria uma medida extrema, mas estamos falando em situações extremas, semelhantes àquelas vistas em nossas penitenciárias. Com a campanha pelo fim das famílias, a coisa tende a piorar. Rastreie-se cada aluno delinquente e a origem será na falta de pai e mãe orientando, presente e estimulando a galgar por uma realidade melhor. Já repetia o filósofo de Mondubim: Se filho não precisasse de pai e mãe, nascia numa árvore e quando estivesse maduro cairia.
Há uma rebelião silenciosa na sociedade e dentro das escolas públicas que precisa ser contida, antes que seja tarde demais.
A frase que foi pronunciada:
“Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”
Rubem Alves
Doação
Mais uma vez o hemocentro convoca doadores de sangue. Dessa vez a carência de B negativo e O negativo preocupa. O número de telefone disponível na Internet está sempre ocupado: 3327-4413. O hemocentro fica perto do Edifício de Clínicas na Asa Norte.
Emoção
Podcast Joga Solto abre o primeiro programa com o João José Viana, o Pipoca, atleta histórico do basquete. Com os estúdios em Brasília, a iniciativa é uma ferramenta importante para pesquisa e conhecimento do esporte na capital. Veja a seguir!
Personalidade
Muita gente não sabe, mas a mãe do jornalista Chico Sant’Anna foi uma das primeiras professoras na Casa Thomas Jefferson em Brasília. Norma Corrêa Meyer Sant’Anna, conhecida como Mrs. Sant’Anna. Depois lecionou inglês no Gila-Ginásio do Lago, francês na Aliança Francesa e português na Escola Americana. Chegou em Brasília em abril de 58, com os 4 filhos. Chico Sant’Anna tinha 6 meses de vida.
História de Brasília
Diz o deputado Ernani Sátiro, que o garçom teria oferecido ao embaixador vinho do sul de Minas e teria, ainda, recebido do sr. Afonso Arinos, esta declaração: “não, quero do Rio rande, que manda mais…” (Publicada em 20.02.1962)
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Quando, há dois anos, um leitor afirmou que não demoraria muito tempo para que a nossa tão desacreditada justiça mandasse devolver todo o dinheiro que foi desviado pela turma petista da Petrobras e de outras estatais, assim como dos fundos de pensão e de todos os locais onde essa gente raspou os cofres, teve gente que duvidou que tal audácia, mesmo vinda das altas cortes do Olimpo, seria possível.
Depois da decisão do Supremo Tribunal Federal, decretando a “descondenação” do artífice mor do mensalão, tudo dentro da novilíngua jurídica da era lulista, todo o resto desse capítulo, de nossa infame história, parece seguir seu rumo natural, ou, pelo menos, as estratégias que as altas cortes traçaram para possibilitar que o ex-condenado Lula volte a subir, com pompas e circunstâncias, a rampa do Palácio do Planalto.
Caso isso aconteça, com ele estarão subindo, à tal rampa palaciana, toda essa gente que participou, direta e indiretamente, do maior caso de corrupção já visto na história do país. Com ele, virão ainda os mesmos meneios malandros dessa arte degenerada de fazer política, as mesmas táticas e artimanhas para sangrar o Erário Público e todo um passado sinistro que se supunha ter encerrado, no momento em que as chaves da prisão desse personagem deram três voltas na fechadura pondo fim a uma saga de crimes.
Alguns meses se passaram, tempo suficiente para a poeira do esquecimento começar a cobrir esse caso, e os ministros supremos, como já era previsto, decidiram libertar Lula do catre e devolvê-lo às ruas. Não às ruas, propriamente dita, porque nesse ambiente aberto e onde reina a voz solta da população, Lula não se atreve desfilar. Isso, de certa forma, criou uma espécie de prisão para quem se gabava de ser o maior líder popular de todos os tempos. Lula vive hoje amasiado dentro de nichos fechados, onde só entra gente escolhida por ele. Nem nos aeroportos é visto. Lula é prisioneiro de suas aldrabices, resumindo sua existência ao mundo virtual das mídias sociais.
Aberta a Caixa de Pandora pelo STF, toda fumaça funesta ali contida vai se espalhando pelo ar, contaminando a todos, principalmente os operadores de justiça, que agora vêm, na Lava Jato, um mal a ser imediatamente apagado das páginas de nossa história, para que as futuras gerações não vislumbrem a possibilidade de fazer renascer, no Brasil, os elementos básicos de toda e qualquer justiça, digna do nome. O fato é que, a par i passo, todas as pegadas, ainda vivas, que levam às cenas dos crimes, precisam ser desfeitas. Realizada essa tarefa suprema, resta, como seria óbvio e ululante, devolver aos pseudo-inocentados e “perseguidos” políticos, todo o espantoso volume desse butim, orçado em bilhões de reais.
A eles, para que a justiça seja feita, nesses moldes que aí estão, caberão ter de volta toda essa dinheirama, para que assim se cumpra o ditado que diz que justiça pela metade não é justiça. Para começar esse estorno às algibeiras de origem, não as estatais ou aos cofres públicos, como seria correto num país decente, o STJ, que anteriormente havia condenado esse triste personagem, decidiu que a devolução dessa dinheirama deve começar pelo pagamento de uma indenização, feita pelo ex-chefe da Operação Lava Jato, Deltan Dallangnol. a ninguém menos do que ao próprio Lula, a quem chamou de chefe de quadrilha.
Por sua aberração ficcional, só vendo aquele capítulo que mostra o criminoso Pinguim, como figura pública respeitável, perseguindo o Batman, numa trama às avessas e que parece anunciar um tempo de hienas.
A frase que foi pronunciada:
“É só cruzar as faturas que eu emiti com a contabilidade do PT para ver se a campanha de 2002foi paga por dentro ou por fora.”
Duda Mendonça
Apoio
Com participação na FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), alunos do Colégio Militar do Recife precisam de muitas visualizações na Internet para que os brasileiros conheçam o projeto. Veja a seguir.
Outro mundo
Ambientes que eram seguros para se viver agora não são mais. O útero, que deveria ser o lugar mais cuidado pela sociedade, virou terra de ninguém. Seres humanos são jogados no lixo. Escolas, onde os pais levam os alunos pelas mãos pensando no futuro, registram ocorrência de violências tanto físicas quanto psicológicas.
História de Brasília
O senador Afonso Arinos representante do Brasil junto à ONU, como chefe de delegação, almoçou, ontem, sem protocolo, na Churrascaria do Lago. Tirou o paletó, pôs à mostra seus suspensórios pretos comeu frango com salda e tomou vinho Granja União Bonarda. (Publicada em 20.02.1962)
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“Brasília, Brasília, Brasília, pudesse cantar-te um verso com engenho e rima, diria que tua boa sina, que antes todos previam, perdeu-se nalgum lugar ali defronte, onde jazem duas bacias, uma cheia e outra vazia.” Assim cantava, nos idos da década de 1970, direto da sacada da Rodoviária do Plano Piloto, o trovador goiano Iranildo Garça, para as pessoas que por ali passavam apressadas.
Aqueles que ouviam essas trovas, entre risadas e deboche, seguiam pensativas em suas rotinas. Afinal o que esses versos significariam? Pudesse visitar hoje a mesma Rodoviária, que conheceu há quase meio século, por certo, chegaria à conclusão de que seus versos eram, antes de tudo, uma predição do que viria de fato acontecer, não só naquela região, mas em praticamente toda a aeronave pousada que forma o Plano Piloto.
Lirismo à parte, a precoce decadência que, ao longo de todos esses anos, foi tomando conta da capital, tem, entre suas múltiplas causas, o descuido e a desatenção dos muitos administradores políticos que se sucederam a partir daí. Para agravar a realidade que parece seguir sem resposta para os moradores, quis a Constituição local, escrita por mãos forasteiras, elencar entre seus parágrafos a possibilidade de cada governador montar as equipes que formará a secretaria que cuidaria do que as cidades têm de mais delicado e vital: as instâncias que cuidam da vigilância, das condutas e postura, previstas no plano primeiro, de modo a preservar e manter o projeto urbano original.
Ao nomear, demitir e, até mesmo, extinguir secretarias e outros serviços que cuidariam de manter a cidade como um organismo e espaço sadios, o que os sucessivos governos e seus staffs têm feito é desorganizar e destruir a cidade, tornando-a igual ou pior do que a grande maioria das metrópoles brasileiras. O temor de contrariar possíveis eleitores obriga e empurra os governos locais, incluindo nesse rol, principalmente, a Câmara Legislativa a aceitar tudo o que propõem seus apoiadores.
Quem se der ao trabalho de embarcar no coletivo que circula entre as W3 Sul e Norte, fazendo todo o trajeto de ida e volta, e contar quantos barracos de latas existem hoje, entulhando as paradas em cada ponto de ônibus, verá que são dezenas, isso sem contar aqueles que se amontoam ao longo da W2 e se espalham por todas as superquadras. Trata-se de uma invasão que não para de crescer e que, aparentemente, não pode ser retirada, uma vez que desagradariam seus proprietários ou aqueles que subalugam esses espaços e que são eleitores da elite com assento no Executivo e no Legislativo da capital. São verdadeiros aleijões que enfeiam a cidade e mostram um descaso proposital das autoridades.
Pudessem os órgãos de vigilância agir livremente sem a interferência dos políticos de plantão e seus interesses escusos, a cidade seria outra, semelhante a muitas outras civilizadas do primeiro mundo, onde esses excessos não só são proibidos, como acarretam multas e até prisão. Pudesse Iranildo ver como está hoje a sua Brasília-despida de singela beleza, pelos políticos que nada entendem de beleza – constataria que a cidade também se perdeu em algum lugar, bem debaixo da Loba, onde mamam congelados, Rômulo e Remo.
A frase que foi pronunciada:
“A Justiça é “a virtude moral que rege o ser espiritual no combate ao egoísmo biológico, orgânico, do indivíduo.” ADEODATO, 1996.
Empodera ela
Aberto o edital para artesãs exporem no Pátio Brasil e no Alameda Shopping no projeto Empodera Ela. Mulheres unidas, conseguiram o apoio da Secretária do Turismo, Vanessa Mendonça que não tem medido esforços para mostrar à cidade o talento de tantas pessoas. Veja as fotos a seguir.
Nada é feito
Cuidado ao andar com carrinho de bebê ou com crianças nas calçadas da cidade. Sem vigilância para inibir, motoqueiros de entregas fazem os próprios caminhos colocando em risco quem está no lugar certo.
Largado
Parque das Garças, no final do lago norte é um local muito frequentado, que merece melhorias. Ciclovia, trilhas e mais infraestrutura.
Fora do ar
Está lá no portal radios.com.br/play/14746. Faltaram com a promessa. A Brasília Super FM não está mais disponível pela Internet.
História de Brasília
Pobre hospital, o Distrital. As encrencas nunca deixam de existir, as fofocas nunca param. Agora, inquérito no Pronto Socorro para quem recebeu o dinheiro. (Publicada em 20.02.1962)