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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Um dos graves problemas, se não o maior de todos eles, apontados aqui neste espaço desde sempre, diz respeito a politização de cunho ideológico que as instituições do Estado Brasileiro vêm sendo submetidas, transformando esses órgãos públicos em verdadeiros aparelhos do partido no Poder.
Para o cidadão, que acredita ainda viver numa democracia, onde os serviços públicos seriam, por lei, infensos a ideologias e apartidários, tal distorção não apenas dificulta o dia a dia dos brasileiros, como cria uma casta de privilegiados ou cidadãos de primeira classe, desde que comunguem da mesma crença dos mandatários de plantão.
A abdução da máquina do Estado por um partido transforma o próprio Estado numa espécie de extensão dessa legenda. Mesmo entidades que não sobrevivam propriamente dos recursos públicos, mas que servem aos cidadãos, quando abduzidas por partidos políticos, no mínimo, deixam de cumprir suas funções com isenção. Exemplos atuais são a OAB e a UNE, duas instituições presentes na vida nacional e que, em outros momentos no passado, prestaram serviços relevantes à sociedade, mas que, hoje, dominadas por agentes partidários, transformaram-se em apêndice da esquerda no Poder.
Isso sem citar as universidades públicas, quase todas enfeitiçadas por doutrinas de esquerda, preocupadas mais em formar militantes do que profissionais capacitados.
No passado, a Ordem dos Advogados do Brasil, juntamente com a Associação Brasileira de Imprensa, e mesmo a União Nacional dos Estudantes, tiveram papel fundamental na defesa da democracia e em prol das liberdades individuais, enfrentando o aparelho do Estado com destemor e mesmo com o sacrifício pessoal de seus membros. Esse tempo já vai longe e vem sendo encoberto pela poeira do esquecimento e pelo manto da indiferença e da inoperância com que essas instituições se transformaram. Enfileiradas, de modo cego, surdo e mudo ao lado do governo, essas entidades se transformaram não só em omissas, como em muitos casos se alinham automaticamente ao lado das teses do governo, deixando a população perplexa e mesmo indignada com essa mudança de caráter.
O caso da OAB, num país onde a justiça nunca ficou ao lado dos mais necessitados, é o mais emblemático e preocupante. Fechou não somente os olhos para combate à corrupção, no caso da Operação Lava Jato, como tem permitido, entre seus membros na direção, apoio total aos desmandos do atual governo. Além disso, tem se omitido sistematicamente em apoiar os advogados que defendem os presos políticos do 8 de janeiro, permitindo que o Supremo cometa abusos e ilegalidades das mais gritantes. Dominada por uma casta de advogados ligados diretamente à esquerda, a OAB tem, em seus quadros, os maiores escritórios de advocacia, muitos deles criados para defender um grande contingente de indivíduos envolvidos nos mais escabrosos casos de corrupção e malversação do dinheiro público.
Sociedades de advogados, como o grupo Prerrogativa, que age abertamente em caráter exclusivo em defesa dos criminosos do colarinho branco, ganhando com essa prestação de serviço, rios de dinheiro, não recebe por parte da OAB qualquer admoestação. Além disso, essa instituição também tem feito ouvidos de mercador ao trabalho dos escritórios de advocacia que possuem, entre seus sócios, pessoas ligadas por laços familiares aos ministros das altas cortes, como se tudo isso fosse ético do ponto de vista da advocacia. Quem te viu e quem te vê. No futuro, quando forem revisitar esses tempos sinistros em que vivemos, entidades como essa e outras encontrarão o destaque de rodapé que merecem entre as instituições do tipo colaboracionistas.
A frase que foi pronunciada:
“Se ages contra a justiça e eu te deixo agir, então a injustiça é minha.”
Mahatma Gandhi
Pendência
A comunidade católica espera a missa de reparação na Catedral. A profanação do templo ainda não foi esquecida. As homenagens eram para Paulo de Tarso Sanseverino. O evento foi desvirtuado se transformando em um desrespeito total ao local. Quem assistiu a cena de perto conta detalhes da instrumentalização do evento.
O pessimista
Lançado em Brasília um teatro grandioso com performances que arrancam aplausos do público. É bom lembrar que, depois de apresentada a peça, as cortinas se fecham, e cada um volta para a sua casa. Era só uma encenação.
Vida Nova
Marcelo Vaz, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação comemora o projeto de revitalização ou requalificação da Avenida W3. Começa nas quadras 707/708 da W3 Norte e a execução se estenderá para as outras quadras já no ano que vem.
História de Brasília
O Serviço de Meteorologia, do ministério da Agricultura, que funcionava em Brasília, foi abandonado totalmente. O chefe foi transferido, funcionários entraram em férias, e ninguém foi substituído. (Publicada em 27.03.1962)
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Insegurança, que os dicionários explicam ser um sentimento a induzir nas pessoas uma sensação de mal-estar, ansiedade e nervosismo, é hoje, infelizmente, um mal comum a afetar a maioria de nossa população. Dizer que nada neste mundo eterno é uma coisa normal. Outra, totalmente diferente, é observar a população ser submetida a experiências de mudanças bruscas de entendimento, de orientação, de leis, de costumes, de tradições e tudo mais.
Insegurança jurídica, provocada sobretudo por decisões intempestivas do Judiciário e dos outros Poderes, e que não leva em conta a lenta e gradativa evolução natural da sociedade, é hoje o que mais tem provocado nos brasileiros essa sensação de vulnerabilidade da realidade e das próprias leis, alteradas ao sabor dos ventos ideológicos e feitas sob medida para atender às demandas daqueles que estão instalados em posição de mando.
Chamar à razão os que, de posse de um poder momentâneo, creem, por bem, reinventar uma espécie de roda quadrada, é perda de tempo. O pior é quando toda essa insegurança institucional passa a invadir a esfera da psicologia humana, em nosso caso, induzindo os brasileiros a um estado emocional que conduz e desencadeia um verdadeiro ataque de pânico geral.
Não por outra razão, o Brasil é hoje o campeão em mais uma modalidade pouco virtuosa, no caso aqui, de consumo de ansiolíticos, sobretudo os classificados na classe dos benzodiazepínicos. Não se iluda: o aumento expressivo nas crises de ansiedade, detectados pelos serviços de atendimento médico, em todo o país, resulta não apenas de pré-disposições pessoais ou familiares, mas possuem suas raízes também nessa insegurança disseminada aos quatro ventos, que torna o injusto em justo e que passa a confundir o virtuoso com o vicioso e dissipado.
É o caso aqui de construir uma paráfrase com o que disse Rui Barbosa, quando observou: de tanto verem triunfar as nulidades, a desonra e a injustiça, os brasileiros, sujeitos à realidade nacional distorcida, entregam-se em grande número aos barbitúricos, às bebidas e outras drogas lícitas e ilícitas.
Não há mais como antes, o exemplo vindo de cima ou o consolo trazido por lideranças aptas a conduzir pelos caminhos seguros da ética. O estresse psicossocial, por suas origens e por seus efeitos reais sobre a mente dos indivíduos, tem boa parte de suas causas justamente no âmbito da sociedade.
É no meio social, em que o indivíduo está inserido e onde busca laços afetivos e de segurança que, no nosso caso, está-se a induzir, em doses cavalares, os sentimentos de perda de identidade e de valores, que vão sendo destruídos pelos próceres no poder. É o caso aqui da legalização do aborto, das drogas, do desmanche das leis de improbidade administrativa, da lei da ficha limpa, da prisão em segunda instância e de uma série de outras modificações feitas para atender os iconoclastas e niilistas, todos eles dispostos a fazer vingar um mundo distópico e em ruínas.
A frase que foi pronunciada:
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.”
Preâmbulo da Carta Magna. Só para relembrar
Descaso
Impossível compreender a razão de não se colocar uma barra de proteção que impeça a passagem de carros no momento em que o trem se aproxima. Primeiro o alarme e depois a trava desce, impedindo que os carros sigam em frente até que o trem passe. É o mínimo de segurança que se pode oferecer à população. O acidente do ônibus na linha do trem em Brasília é prova desse descaso.
Acidente entre trem e ônibus deixa um morto e 4 feridos | Jornal da Noite – YouTube
Segredo
Hoje, no Anfiteatro 9 da UnB, às 19h30, o maestro David Junker vai receber uma homenagem do pessoal do Madrigal. Presença maciça do Coro Sinfônico, ex-alunos, amigos e participantes de vários corais regidos por Junker. Afastado para cuidar da saúde, o maestro nem sonha com essa homenagem. Junker é o maior educador de audiência da música erudita em Brasília.
Nesta Rua – Concerto Jubileu de Prata Madrigal UnB: Regência: Maestro David Junker – YouTube
Debate
Interessante a discussão na audiência pública que discutiu o papel do hidrogênio verde no Brasil e no mundo, em Brasília. O evento, promovido pela Subcomissão Especial de Hidrogênio Verde e Concessões da Câmara dos Deputados, conduzido pelo deputado Leônidas Cristino (PDT/CE), contou com a presença do presidente do Conselho Regional de Química da 21ª Região Alexandre Vaz Castro. Na Europa, as plantas de hidrogênio não são mais feitas onshore, em terra, e sim no mar, por questão de segurança.
Hidrogênio Verde no Brasil e no Mundo – CME – Subcomissão Especial – 13/11/2023 – YouTube
História de Brasília
O Serviço de Meteorologia, do ministério da Agricultura, que funcionava em Brasília, foi abandonado totalmente. O chefe foi transferido, funcionários entraram em férias, e ninguém foi substituído. (Publicada em 27.03.1962)
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Vídeo que circula nas redes sociais mostra três jovens francesas sendo importunadas por uma dezena de homens mulçumanos, em mais um caso, entre dezenas que ocorrem todos os dias no continente europeu, em que radicais praticantes dessa religião se acham no direito de assediar mulheres por vestirem trajes ocidentais.
No caso em questão, as jovens estão usando calça tipo moletom e camisetas sem manga. O que diferencia esse caso de outros, em que as mulheres apanham muito ou são violentadas com selvageria, é que os agressores, nesse caso, não sabiam que essas três jovens eram praticantes de luta marcial. Nas imagens que se seguem, vemos primeiro as jovens sendo molestadas com violência. Em seguida elas decidem reagir, mesmo em desvantagem numérica, e partem para cima dos machões de Alah com todo o tipo de técnicas aprendidas na academia de luta.
O vídeo mostra uma reação inesperada dessas jovens que surpreende a todos. Os homens levam uma verdadeira surra, sendo que as jovens, depois da lição dura, saem correndo para seus destinos. As imagens têm feito sucesso, sendo que alguns internautas dizem que toda a cena de pancadaria é fake.
Seja como for, essas são representações bem vivas na memória e no desejo de milhares de mulheres europeias, que gostariam que essas cenas fossem reais e seus algozes fossem recebidos com a mesma violência que praticam contra elas. O fato aqui é que muitas mulheres, assustadas com que vem acontecendo em seus países, estão buscando treinamento de autodefesa, pois sentem que os dias de liberdade, tão caro aos ocidentais, estão perto do fim por causa da imigração desenfreada, sobretudo aquela que permitiu a entrada de radicais religiosos.
Fredrik Hagberg, membro líder do grupo Juventude Nórdica, descreveu, à PBS News, a Suécia depois do acolhimento aos refugiados muçulmanos radicais: “As portas do inferno foram abertas. Um caos total na Suécia. E cada vez ficando pior. Mais e mais imigrantes entrando no país todos os dias. A violência crescendo contra os cidadãos suecos. Crianças e mulheres estão pagando um alto preço. A polícia não tem estrutura para cuidar de tudo sozinha, por isso sou simpatizante de os ‘Vigilantes’. Nós temos que participar.”
São centenas de casos de violência que ocorrem todos os dias no continente europeu, em que radicais praticantes dessa religião se acham no direito de assediar mulheres por vestirem trajes ocidentais, ou combatem a cultura local impondo a própria cultura.
Relatos de como é dura a vida das mulheres sob os regimes mulçumanos são bem conhecidos. São nessa condição, cidadãs de terceira classe, tratadas com desprezo e violência, sendo que seus algozes raramente são punidos. Livro que chega agora às prateleiras, das poucas livrarias que ainda restam, mostram bem essa situação bizarra. Dentre esses três, merecem destaque “A virgem na jaula: um apelo à razão”; “Infiel: a história da mulher que desafiou o Islã” e “Herege: por que o Islão precisa de uma reforma imediata”, todos de autoria da escritora Ayaan Hirsi Ali, nascida na Somália.
Hirsi viveu na pele o que denuncia. Ainda jovem foi submetida à mutilação sexual, prática ainda corrente por aquelas bandas. Sofreu nas mãos da Irmandade Muçulmana, contraindo matrimônio contra sua vontade, como é também usual nesse mundo primitivo. Depois de ser ameaçada de morte por suas convicções e luta, resolveu fugir para o Ocidente.
Depois de muito trabalho e preparação, passou a lecionar na prestigiosa Universidade de Harvard, sendo mencionada pela revista Time com uma das cem celebridades mais influentes do planeta. Por essa posição e por sua luta em prol de uma reformulação do Islã, está jurada de morte pelos fundamentalistas. Por seus conhecimentos e vivência Hirsi, sente-se à vontade para alertar o mundo ocidental sobre os perigos que corre, nesses tempos de novas Cruzadas.
Para ela, a civilização ocidental está correndo uma tríplice ameaça decorrente do autoritarismo e do expansionismo das grandes potências comunistas da China e Rússia, além do expansionismo e ascensão do islamismo global, tudo isso embrulhado na propagação desenfreada da ideologia Woke, que parece corroer os princípios morais dessa e das próximas gerações.
Em entrevista concedida ao portal O Antagonista, a escritora alerta para o perigo que o Ocidente corre com essas três ameaças, que irmanadas formam uma verdadeira força capaz de fazer corroer toda a herança Judaico-Cristã. Diz ela: “Reconheci, na minha longa jornada através de um deserto de medo e de dúvidas, que existe uma maneira melhor de gerir os desafios da existência do que o Islã ou a descrença tinham para oferecer.”
A frase que foi pronunciada:
“Não estamos preparados para essa situação. A seguridade social não tem suporte para atender essa demanda. Vamos trabalhar para enviar de volta os refugiados que não honraram o direito de viver na Suécia.”
Anders Ygeman, ministro do Interior da Suécia
História de Brasília
E tôda a imprensa do país deve usar de todos os recursos ao seu alcance, para combater, também, os “carunchos” da classe, infestados por tôdas as vias, dentre os verdadeiros profissionais. (Publicada em 27.03.1962)
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À medida em que a população idosa aumenta, aumentam também os casos de violência, numa correlação de fatos que tem assustado muito todos aqueles que conhecem de perto o assunto. “Em medida considerável, o tempo do idoso do DF tem sido preenchido por violência, uma violência tão cruel quanto endêmica, que deixa a céu aberto a debilidade de seus amores e os fins de vida mais funestos do que se poderia esperar”, diz o estudo intitulado Mapa da Violência Contra a Pessoa Idosa no DF, que reúne pesquisas realizadas ao longo de dez anos de existência da Central Judicial do Idoso (CJI), organizado pelo TJDFT, MPDFT e DPDF.
Considerada um projeto pioneiro nessa área, a Central Judicial do Idoso (CJI) tem buscado acolher a pessoa idosa em toda a sua complexidade, estimulando sua participação na defesa de seus próprios interesses. De acordo com seus criadores, a CJI trabalha subsidiando as autoridades do sistema judiciário, orientando e prevenindo situações de violência e violação da pessoa idosa e promovendo a análise multidisciplinar das situações de negligência, abandono, exploração ou outros tipos de violência, buscando soluções de consenso para conflitos e encaminhando a demanda aos órgãos competentes. Para tanto, como ressaltam seus coordenadores a CJI tem investido no fortalecimento dessa rede de proteção social, por meio da interlocução e integração entre as diversas instituições públicas.
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a violência contra a pessoa idosa é caracterizada pelo “uso intencional da força ou do poder real, podendo resultar em lesão, morte ou dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”.
O Estatuto do Idoso, instituído em 2003 (Lei 10741/03), define, em seu art. 19, parágrafo primeiro, a violência contra o idoso como qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico.
Segundo os dados do Disque 100 – Módulo Idoso, fornecidos pela Secretaria de Direitos Humanos, o DF que sempre havia figurado nas primeiras posições pelo número de registros de denúncias, apareceu em 2016, na décima posição, com 419,50 casos. Já na Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. mais de 65 mil denúncias foram feitas no primeiro semestre de 2023; segundo especialistas, as pessoas estão se sentindo confiantes em denunciar.
Estudos comprovam que a violência contra os idosos não está relacionada diretamente a questões econômicas ou a pobreza, mas a múltiplos outros fatores como a violência estrutural, a violência da discriminação e a violência da negligência que negam, aos mais pobres, o acesso a serviços de saúde e à assistência de qualidade.
O fato é que a pobreza na idade avançada tende a aumentar a dependência produzida por condições físicas e psicológicas, como atesta Cecília Minayo, da Fiocruz. Temos assim que a violência contra os idosos de baixa renda podem ser do tipo estrutural, interpessoal e institucional.
O que explica, em parte, o aumento da violência contra os idosos é, segundo Ladya Maio, em sua obra Desafios da Implementação de Políticas Públicas de Cuidados Intermediários no Brasil, “que a família brasileira não tem mais condições de ser a única protagonista, nem de exercer sozinha a tarefa pela complexidade dos cuidados demandados pelos idosos, seja pela falta de condição financeira, seja pela ausência de parentes que possam compartilhar esse mister, pela necessidade de trabalho externo, principalmente em razão da mudança do papel social exercido pelas mulheres, ou de problemas derivados da violência intrafamiliar.”
Trata-se de um problema de grandes proporções se formos avaliar as verdadeiras condições oferecidas hoje pelo Estado às populações idosas e de baixa renda.
A verdade é que, diferentemente do que ocorre no Distrito Federal, onde já existe uma superestrutura para, pelo menos, avaliar esse problema previamente, o atendimento adequado aos idosos no Brasil ainda tem muito que progredir.
A renda da população idosa é considerada alta, com mais de cinco salários mínimos. Esse fato explica, em parte, porque muitos idosos ainda assumem o papel de chefes e provedores de família. A ideologia da velhice como decadência, doença ou problema, no caso brasileiro, está repleta de contradições e não corresponde ao imenso e crescente espaço ocupado pelas pessoas idosas na família, na economia e em outras instâncias, ainda que isso não fique claro no reconhecimento que a sociedade lhes deve.
A frase que foi pronunciada:
“Quando a velhice chegar, aceita-a, ama-a. Ela é abundante em prazeres se souberes amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando estão entre os mais doces da vida de um homem. Mesmo quando tenhas alcançado o limite extremo dos anos, estes ainda reservam prazeres.”
Sêneca
História de Brasília
Nossa solidariedade ao colunista Ibrahin Sued, do “O Globo”, pela campanha contra os chantagistas da imprensa do Rio. Desassombrado e vigoroso, o colunista está reagindo violentamente contra as publicações imorais editadas para fazer chantagem. (Publicada em 27.03.1962)
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Chegamos a um tal paroxismo na ânsia arrecadatória do governo que, onde quer que haja brechas passíveis de serem ocupadas por cobranças de novas taxas e novos impostos, ali serão inseridos, imediatamente, novos sorvedouros do dinheiro público. Trata-se de um mecanismo que, contrariamente ao que acreditam as autoridades monetárias do governo, afugenta investidores ao mesmo tempo em que cria, na mente dos pagadores de impostos, um certo sentido de sobrevivência e de urgência, semelhante ao que ocorre nos períodos de guerra, fazendo com que os indivíduos busquem, mesmo fora das regras legais, maneiras de salvar seu dinheiro da gana arrecadatória do governo que, rarissimamente, devolve esses impostos em serviços para a população.
Não se sabe ao certo por que os técnicos do governo ligados à área econômica desprezam ou fingem desconhecer a chamada curva de Laffer. Segundo esse conceito, em um determinado ponto da curva ascendente, ocorre um ponto de inflexão, ou seja, o aumento na tributação resulta sempre em uma receita menor que antes.
Para os que desdenham desse conceito, a diminuição dos impostos em uma sociedade estimula a economia como um todo. Obviamente que, nesse cálculo, entra também a segurança jurídica com a manutenção de regras racionais e o empenho em cumprir metas pré-estabelecidas. É tudo o que não temos no momento.
A economia vive, portanto, de estímulos e incentivos positivos, não aqueles destinados aos “chamados campeões nacionais”, todos eles amigos do sistema, mas a toda a sociedade. Em outras palavras, o que temos aqui, neste momento da nossa economia, é o limite ou ponto extremo, a partir do qual as receitas irão despencar, faça o que fizer o governo.
Não por outra, dados do próprio Ministério da Fazenda têm mostrado uma recorrente queda de receitas pela quarta vez neste ano. De janeiro a setembro, essa arrecadação caiu 0,78 %. Sem o agronegócio, essa queda seria ainda muito maior. Mesmo puxando a economia, o setor agrário é visto pelo governo como uma atividade que ainda paga menos impostos. E é aí que o governo, mais uma vez, despreza a Curva de Laffer. Tributando mais esse setor, em pouco tempo, as receitas do governo encolherão, pois o estímulo à atividade cessará também.
O problema com gestores pouco ilustrados é que a matemática só faz sentido se aponta com números a seu favor. Há que separar política partidária de política de Estado e essa é uma lição tão árdua como o reconhecimento tácito de erros cometidos. O orgulho entra nessa equação em desfavor do governo se esse não deixar de lado o antolho ou viseira ideológica. Um caso exemplar dessa visão obtusa pode ser conferido na política do governo em limitar, e mesmo inibir, a expansão da energia solar. Foi só a tecnologia ser aperfeiçoada, dando, aos consumidores, chances mais acessíveis de gerarem sua própria energia elétrica, que o governo viu, nessa brecha, uma oportunidade de criar a chamada “taxação do sol”.
O marco legal editado pelo governo veio para encarecer os custos para os usuários de energia solar e, de quebra, gerar mais lucros para os cofres do governo. O denominado Marco Legal da Geração Distribuída, que entrou em vigor em janeiro, por meio da Lei nº 14.300/22, prevendo a aplicação de uma taxa e um fim aos subsídios para quem gera sua própria energia solar, veio para desestimular a prática em prejuízo de toda a sociedade.
Se o governo agisse para estimular a obtenção de painéis solares, facilitando e universalizando o acesso a essa tecnologia, em pouco tempo, o país ensolarado ver-se-ia livre às concessionárias e aos seus tributos e taxas escorchantes. Mas isso não é feito, porque o governo enxerga, nessa facilidade, uma perda de arrecadação e isso é, dentro do terreno baldio dos cérebros do governo, um anátema.
A frase que foi pronunciada:
“A solução governamental para um problema geralmente é tão ruim quanto o problema.”
Milton Friedman
Expressivos
As causas mais comuns de câncer nas mulheres é o câncer de mama e, nos homens, o câncer de próstata. Os gastos com a doença são expressivos. Dados do estudo “Quanto custa o câncer?”, do Observatório de Oncologia, do Centro de Estudos Estratégicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, demonstram as despesas. Foram de R$4 bilhões em 2022, as quais representaram 3% dos recursos públicos federais na área da saúde.
História de Brasília
Quanto ao mais, resta lembrar que o “buffet”, do Baile da Cidade, no Teatro Nacional, fornecido pelo Francisco Gagliardi, do GTB, foi abundante e de excelente qualidade, e foi todo preparado em Brasília, constituindo isto, apenas um ato de rotina. (Publicada em 27.03.1962)
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Não é de hoje que parte da imprensa e alguns operadores da Justiça têm chamado a atenção para o lento e progressivo movimento do crime organizado em direção à máquina do Estado, não só em instâncias como o legislativo municipal, estadual e federal, mas nas esferas do Judiciário e no próprio Poder Executivo. Trata-se de um processo que não começou agora, mas que vem ganhando intensidade à medida em que essas organizações crescem em poderio e em eficiência como qualquer grande empresa.
A sofisticação e os métodos de ação vão se aprimorando a cada mudança no comando desses grupos. As novas gerações de criminosos, alguns com formação universitária, enxergam esses negócios com olhos de empresários e sabem que o melhor a fazer, nesses tempos de tecnologia avançada, é organizar-se com métodos e critérios, criando ramificações no lado sadio da sociedade, sem que ninguém perceba.
Obviamente que, para essa empreitada, o primeiro passo é qualificar seus integrantes, financiando seus estudos, contratando gente especializada nos diversos ramos de atividade empresarial e tudo mais. O passo seguinte é adentrar a máquina do Estado, instalando-se no coração do poder. Para isso, financiam candidatos a diversos cargos públicos. Em seguida, partem para cima da atividade política, financiando candidatos comprometidos com essas atividades ilícitas ao mesmo tempo em que impedem outros candidatos de concorrer na vasta área dominada pelo crime organizado.
Como o próprio nome diz, o crime organizado vai, a exemplo dos bicheiros, abandonando as antigas atividades ilícitas e buscando novos negócios mais lucrativos e mais diversificados. Noutra ponta, os criminosos partem diretamente para o suborno de autoridades e mesmo de juízes, comprando a liberdade entre outros benefícios. Para os que não aceitam suas ofertas, os criminosos ameaçam e matam.
Não são poucos os juízes do nosso país que necessitam de segurança armada 24 horas por dia, dormindo cada noite num local e vivendo uma vida de prisioneiro de fato. Também a imprensa tem mostrado que não são poucos os casos de juízes apanhados vendendo sentenças. A transformação do Brasil em corredor internacional do tráfico de drogas e armas, facilitado pela imensidão de milhares de quilômetros de fronteiras secas e pouco vigiadas, deu aos integrantes das diversas quadrilhas do crime organizado, insumos fartos para suas atividades ilegais.
O crescimento e a lucratividade desse tipo de negócio são facilitados e até insuflados pela leniência com que o poder público lida com a questão. Leis de progressão de regime, saidinhas, visitas íntimas, bolsas concedidas aos familiares de presos, liberalização das drogas, advogados não revistados e muitas outras aberturas e facilidades são postas à serviço da bandidagem, em nome de uma falsa humanização dos condenados.
Mas é, na política nacional, principalmente aquela parte que vive à base do toma lá, dá cá, dos orçamentos secretos e dos escândalos rotineiros, que os neófitos oriundos do mundo do crime, também chamados de colarinhos novos, encontrarão os adversários à altura de suas ousadias.
Aí, nesse Olimpo, terão muito o que aprender para chegar ao status de um autêntico colarinho branco, intocável, impávido e impoluto. O problema com essa infiltração do crime organizado no mundo da política é que, nesse novo ambiente, nem os maiores especialistas do planeta em criminologia saberão quem é quem.
A frase que foi pronunciada:
“Temos de colocar esse problema no radar: violência, criminalidade organizada, como impedir a sua infiltração nas instituições e como o Estado reocupar espaços que estão perdidos para o crime organizado. E isso ocorre no Rio de Janeiro e na Amazônia. Portanto, é um fenômeno nacional, continental”.
Ministro Luís Roberto Barroso
Barbaridade
A manchete que nunca saiu: “Ministro de Bolsonaro recebe a dama do tráfico em seu gabinete.” Imaginem! Dois pesos e duas medidas. Isso não é democracia.
Debate
Interessante a discussão na audiência pública que discutiu o papel do hidrogênio verde no Brasil e no mundo, em Brasília. O evento, promovido pela Subcomissão Especial de Hidrogênio Verde e Concessões da Câmara dos Deputados, conduzido pelo deputado Leônidas Cristino (PDT/CE), contou com a presença do presidente do Conselho Regional de Química da 21ª Região, Alexandre Vaz Castro. Na Europa, as plantas de hidrogênio não são mais feitas onshore, em terra, e sim no mar, por questão de segurança.
História de Brasília
A ressalva em tôrno dos frangos foi feita a propósito, porque as autoridades deviam saber que a granja do Torto, onde reside o presidente da República, tem uma excelente criação de frangos, e era quem fornecia para todos os banquetes realizados em Brasília. (Publicada em 27.03.1962)
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Desde os tempos da Grécia Clássica (sec. V a.C), os filósofos já admitiam que a única hipótese para que um Estado fosse voltado totalmente para a realização e benefício real de seus cidadãos era entregar o governo e a gestão de cidades a pessoas instruídas e sábias. Os dirigentes que Platão gostaria de ver governando adequadamente um Estado eram os filósofos, especialmente capacitados, escolhidos livremente por seu caráter e sua incorruptibilidade e, assim, por possuírem uma compreensão mais profunda e acurada da realidade em comparação às pessoas comuns.
Desde aqueles tempos, já havia uma ideia de que governar uma República, onde os bens do Estado são de domínio público, não era uma tarefa de fácil desempenho e, portanto, deveria ser delegada apenas às pessoas com instrução e com os necessários preparos prévios. Ao longo da história humana, é fácil perceber que, fora dessa fórmula, os resultados foram sempre catastróficos para a população.
Reis, generais e outros líderes que buscavam compensações materiais, por meio de invasão e anexação de mais territórios, com a submissão e escravidão dos povos vencidos, conseguiram, por sua ganância desmedida, tornar a vida de seus cidadãos um martírio sem fim, com guerras e muito derramamento de sangue.
A sabedoria aqui pressupõe governar sob a orientação dos valores do humanismo, reforçados com boa dose de espírito cristão. É a falta desses atributos humanos que identificamos ainda no mundo hodierno. Buscando a raiz dos conflitos que hoje flagelam parte da humanidade, vemos, com mais clareza, que a maioria das nações em crise é, na sua grande maioria, governada por indivíduos ou grupos distantes das virtudes do saber. Tem sido assim mundo afora e é assim também no Brasil de hoje.
Interpretar o entorno imediato e, consequentemente, o mundo ao redor exige boa dose de sabedoria e discernimento. Nesse contexto, vale, para aqueles que conhecem ou se interessam pela história, um pouco dos fatos que nos levam do passado ao presente, deixando claro o que se passa agora no conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
Em 1947 a ONU, recém-criada, fez uma proposta de partilha do território, em que israelenses e palestinos ficariam com a mesma área territorial. Jerusalém passaria a ser uma cidade de domínio internacional. Os israelenses aceitaram essa proposta, mas os palestinos e árabes não. Ainda em 1937, a Comissão Peel, criada pelo governo inglês, propôs uma divisão em que, aos palestinos, era dado 80% do território, cabendo aos israelenses apenas 20%. Mesmo assim, os israelenses aceitaram a proposta. Os palestinos, não.
Em 1947, depois do genocídio dos judeus, perpetrado pelos nazistas, a ONU pretendeu resolver a situação e fez uma segunda proposta, que logo foi aceita pelos judeus. Os palestinos e a Liga Árabe, mais uma vez disseram não e declararam guerra aos israelenses. Em 1948, Ben-Gurion declarou o Estado de Israel como independente. Em seguida, os árabes declararam nova guerra aos israelenses.
Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias, Israel assumiu os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Em troca de uma trégua e de paz, Israel ofereceu esses territórios conquistados para os palestinos fundarem seu Estado. A Liga Árabe respondeu com os “três nãos”: não para a paz com Israel; não para o reconhecimento de Israel; e não para negociações com Israel.
Em 2000, nova proposta de partilha do Estado de Israel. O governo de Israel ofereceu, naquela ocasião, toda a Faixa de Gaza, 94% de toda a Cisjordânia e ainda metade de Jerusalém para que fosse a nova capital dos palestinos. Yasser Arafat recusou a proposta e nova guerra ou intifada é declarada contra os judeus, durando até 2005. Em 2008 nova proposta é feita e é recusada pela autoridade palestina. Nessa fase, o Hamas já havia avisado que não aceitaria qualquer que fosse o resultado das negociações.
Em 2006, o Hamas assume o governo da Faixa de Gaza, persegue opositores, coloca toda a população como refém, instala uma ditadura islâmica na região e passa a atacar periodicamente o Estado Judeu. Para os que não entendem o problema com aquela região, é preciso dizer que não existe um Estado Palestino, mas um território completamente dominado pelo terror do Hamas, que usa aquela população como refém e escudo para seus atentados.
A frase que foi pronunciada:
“Nós podemos perdoar os árabes por matarem nossos filhos. Nós não podemos perdoá-los por forçar-nos a matar seus filhos. Nós somente teremos paz com os árabes quando eles amarem seus filhos mais do que nos odeiam.”
Golda Meir
Caso de polícia
O caso do furto de fios dos postes na entrada do trecho 9, na EPPN, está mobilizando os moradores da área para sugerir investigação pela polícia. Como o furto é reincidente e sempre no mesmo lugar, parece que há interesse de alguém que aquela entrada permaneça na escuridão. A CEB precisa de proatividade nesses casos.
História de Brasília
A ressalva em tôrno dos frangos foi feita a propósito, porque as autoridades deviam saber que a granja do Torto, onde reside o presidente da República, tem uma excelente criação de frangos, e era quem fornecia para todos os banquetes realizados em Brasília. (Publicada em 27.03.1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
jornalistacircecunha@gmail.com
facebook.com/vistolidoeouvido
Não fosse a escalada das tensões diplomáticas entre o governo brasileiro e o de Israel, todas elas provocadas gratuitamente por declarações e falas despropositadas desferidas pelo atual ocupante do Palácio do Planalto, o conflito entre o Estado Judeu e os grupos terroristas, que infelicitam aquela nação, poderia servir, ao menos, para que oficiais das nossas Forças Armadas acompanhassem, de perto para aprender, o que é de fato uma guerra moderna, com tecnologia e outros avanços e táticas bélicas.
Deixar de apoiar uma democracia, que possui o direito legítimo de se defender de sicários radicais para, veladamente, colocar-se ao lado de grupos terroristas, além de um opróbrio sem precedente, deveria receber, por parte dos Poderes Constituintes, severa e clara reprimenda. Como pode uma ideologia política, também ela radical em suas posições, falar em nome do Brasil? Essa, inclusive, é também uma discussão antiga, mas que é sempre atual em seus motivos. Afinal, quem tem a permissão e a legitimidade em nosso país, para falar em nome do povo brasileiro? Ainda mais quando se verifica que posições políticas extremadas não representam, nem de longe, o pensamento médio da população do Brasil. Houvesse a realização de uma consulta popular, com voto impresso, para saber em que lado do conflito entre Israel e Hamas se posiciona a população brasileira, sem dúvida a maioria ficaria em favor do povo de Israel. O atual governo, ao conferir apoio a grupos terroristas, deixa patente, a esses movimentos armados de fuzis e ódio, que o Brasil oficial se solidariza com o terror e tem, por parte de nossos dirigentes, plena acolhida a esses indivíduos.
O assunto não é tão distante de nossa realidade, quando se verifica a ocorrência, cada vez maior, de grupos e pessoas ligadas ao terror islâmico, identificados aqui dentro do nosso território. Também, esse mesmo governo, apresenta evidências passadas de acolhimento e refúgio de terroristas, como foi o caso de Cesare Battisti e dos sequestradores do empresário Abílio Diniz, para ficar apenas nesses casos mais rumorosos.
A propensão, quase patológica, com que os governos de esquerdas se mostram no apoio a ditaduras e a grupos terroristas, deixa transparecer mais do que um ódio às democracias, o que acaba ficando evidente nesses casos e em muitos outros, é que o atual governo é avesso aos ritos democráticos, como ficou evidente em fala recente do atual governante, quando confessou que sabia que jamais chegaria ao poder por meio do voto democrático e livre. Que, ao menos, fique firmado, aqui nesse espaço, que as posições do atual governo, em favor de grupos terroristas e contra Israel, não representam, absolutamente, o pensamento desta coluna.
Também as manifestações vergonhosas, feitas dentro do Congresso, por parte de políticos de esquerda em favor do Hamas, passam muito longe do que pensam os leitores desse pequeno espaço e, com certeza, vão contra o que quer e desejam os homens de bem deste país.
Em momentos como esse, em que o errado se fantasia de certo, para confundir os desatentos, é preciso ficar de olhos bem abertos não só no que ocorre nos bastidores da insípida política em Brasília, mas atento também as movimentações que vêm ocorrendo, silenciosamente, na chamada tríplice fronteira, ainda mais quando se verifica a boa vontade com que o governo atual trata esses radicais.
O que essa gente jamais irá entender é que Israel é, para o mundo e para o Ocidente, uma espécie de trincheira avançada, contra o avanço do radicalismo insano e suicida de grupos terroristas islâmicos, todos eles empenhados, fervorosamente, em destruir a nossa cultura, formada por um conjunto sem igual, que mistura a Filosofia Grega, o Direito Romano e as tradições Judaico Cristãs. É justamente essa cultura que as esquerdas, de mãos dadas agora com os movimentos radicais do islamismo, buscam lançar, por terra, em favor de um mundo distópico e já visto em lugares como Coreia do Norte e outros purgatórios terrenos.
A frase que foi pronunciada:
“Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade. Não é possível, então se a ONU tivesse força, a ONU poderia ter uma interferência maior. Os Estados Unidos poderiam ter uma interferência maior. Mas as pessoas não querem. As pessoas querem guerra. As pessoas querem incentivar o ódio, as pessoas querem estimular o ódio. E eu não vejo assim.”
Lula
Desculpe, foi engano
O cardeal Dom Paulo Cezar abriu as portas da Catedral de Brasília para a Orquestra Mundana Refugi, com participação especial de Toninho Ferragutti, porque foi informado que se tratava de uma apresentação de coro e orquestra. Mas o orquestrado era um a manifestação mundana no Altar, o que deixou os fiéis católicos prontos para agir.
História de Brasília
A ressalva em tôrno dos frangos foi feita a propósito, porque as autoridades deviam saber que a granja do Torto, onde reside o presidente da República, tem uma excelente criação de frangos, e era quem fornecia para todos os banquetes realizados em Brasília. (Publicada em 27.03.1962)
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Fala-se muito em reformas tributárias, administrativas e políticas, mas pouco se ouve sobre reforma do Poder Judiciário. O tema parece ter virado uma espécie de tabu. O assunto, embora não seja novo, tem reascendido debates, justamente, em decorrência da crise de credibilidade instalada no sistema judicial brasileiro, sobretudo, em consequência da rotineira extrapolação de competências e de prerrogativas do Supremo Tribunal Federal.
Para os ministros, instalados confortavelmente nesse alto Poder, o tema é incômodo e necessita ser pensado em termos globais, já que, para eles, existe uma lista de reformas prévias mais relevantes e que precisam ser levadas adiante, antes de se falar em mudanças no Judiciário. Fica claro que esse tema virou um vespeiro a incomodar suas excelências, detentoras de um poderio institucional e de um mando exacerbado, jamais vistos em tempo, leis e lugar algum.
As raízes dessa extrapolação de competência tiveram início, justamente, no parlamento, com os partidos nanicos judicializando a política, por meio de ações junto ao Supremo para questionar decisões adotadas pelo Legislativo. De lá para cá, o Supremo e, principalmente, alguns ministros mais ativistas gostaram da mecânica que era inaugurada e passaram, eles mesmos, a inverter o sentido de ações, politizando a justiça e assumindo responsabilidades que antes eram circunscritas apenas ao Legislativo e ao Executivo.
Hoje essa situação, de clara inconstitucionalidade, segue em ritmo crescente, o que, para muitos cientistas políticos, poderá resultar, em curto espaço de tempo, num impasse institucional e numa crise incontornável e de grandes proporções.
Outro fato a pesar sobre essa crise anunciada é dado pela própria composição dos membros do STF e do STJ, na sua grande maioria indicada pelo partido de esquerda no Poder. Por mais que se fale em independência dos ministros, a população, nessa altura dos acontecimentos, já pode perceber que essas indicações falam muito sobre o que é decidido internamente nessas altas cortes.
É impossível tratar da crise de credibilidade deixando de fora o rito e a origem das indicações feitas. A questão também não pode ser posta, como acredita o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, limitando o acesso ao STF, para que se evite ponto de contato constante com a sociedade. Existem, e não é de hoje, propostas tendentes a mudar as regras de indicação de ministros para as altas cortes, reformando seu funcionamento, reduzindo e fixando mandatos e, com isso, pondo fim ao cargo vitalício.
Também, na Câmara, dormitam propostas para limitar atos dos magistrados, dando ao Legislativo prerrogativas para derrubar decisões do Supremo que invadam competência de outros poderes. Os ministros não querem nem ouvir falar nessas propostas, porque, segundo dizem, todas elas trazem aspectos pouco democráticos.
Mesmo a afirmativa feita por figuras dessas altas cortes, de que o Judiciário desempenhou papel ativo em defesa da democracia e contra ações e ameaças que visavam golpeá-la, não se sustenta de pé, necessitando de certo distanciamento no tempo, para ser analisada com mais objetividade, razão e verdade. Falta, dos dois lados desse debate, tanto do Judiciário como do Legislativo, vontade real de levar essa questão à frente, em benefício do país.
Ao Judiciário, faltam humildade e desapego. Ao Legislativo, coragem de defender a sociedade e de lutar por seu espaço político. O que os próceres desses dois Poderes não sabem ou fingem não saber é que o que está em jogo é a democracia, uma criação do gênio humano, que só funciona com certa perfeição quando há harmonia e equilíbrio entre os Poderes. A hipertrofia de qualquer um dos três Poderes aponta para um Estado do tipo ditatorial e deve ser evitada, custe o que custar.
Outro ponto passível de discussão e que, pelo conteúdo, deve ser remetido ao futuro para análises mais isentas, diz respeito à fala de um dos ministros do STF, que em solenidade recente, ousou afirmar que: “Se a política voltou a ter autonomia, foi graças ao Supremo Tribunal Federal. Se hoje nós temos a eleição do presidente Lula, isso se deve a uma decisão do Supremo”. Trata-se aqui de uma espécie de sinceridade suicida, que merece ser analisada adiante, quando todo esse período de crise e de polarização ficar para trás. Outra frase do mesmo autor, cujo nome não vale ser citado aqui, é que coube ao Supremo impedir que a política continuasse a ser criminalizada, quando aquela alta Corte passou a impor derrotas à Operação Lava Jato.
Nada mais vergonhoso do que essa manobra e essa chicana que impediram a continuação do combate à corrupção, levando o país a um retrocesso e a dívidas contraídas por falta de gestão, planejamento e competência técnica.
É preciso destacar ainda que, são lavras do Supremo, decisões que afrontam diretamente a sociedade brasileira, como é o caso da legalização do aborto, da descriminalização das drogas, do retorno do imposto sindical, do fim do Marco Temporal, entre outras estranhas iniciativas que batem na moral, nos costumes e nas crenças religiosas.
A frase que foi pronunciada:
“Se é para fazer reforma, vamos fazer de verdade, e extinguir tudo o que não é necessário. Alguns órgãos com 15, 18 ministros, julgam, num ano, não mais do que uns 500 processos. Evidente que isso não é bom para a economia. São recursos que se poderia levar para a área social.”
Senador Antônio Carlos Magalhães sobre a reforma do Judiciário, em 1999. (Publicado pela Agencia Senado)
História de Brasília
O banquete oferecido ao príncipe Philip em Brasília atestou o pouco aprêço que o Itamaraty tem pela Nova Capital. Tanto assim que o sr. José Fernandes (fracasso do “Candango’s”) teve que trazer todo o banquete do Rio de Janeiro, inclusive os frangos, de avião. (Publicada em 27.03.1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Em todo o tempo e lugar, ao longo da história da humanidade, temos assistido a repetição de táticas promovidas por Estados colapsados por governos ineptos, que, em lugar de buscarem a correção de rumos internos, optam por comprar brigas além de fronteiras, acreditando que, com isto, não só desviarão a atenção da população para as crises locais como conseguirão obter apoio de seus cidadãos para um guerra despropositada.
Esse foi o caso da ditadura argentina, que, para esconder o fracasso de décadas de regime autoritário, comprou uma briga desnecessária com a Inglaterra pela posse das Ilhas Malvinas, em 1982. A Argentina massacrada e o governo militar encerrou seu ciclo.
O mesmo se sucede agora com a Venezuela, um país arrasado pelo socialismo do século XXI e governado por uma ditadura ligada ao narcotráfico internacional. Maduro, como todo ditador maluco, resolveu, com seus generais, todos eles listados por crimes diversos pela Interpol, invadir Essequibo, na Guiana. Os motivos reais são os mesmos, ou seja, desviar a atenção daquela parte da população que ainda não fugiu do país, em razão do inferno interno criado por essa quadrilha no poder.
Caso essa invasão venha a ocorrer de fato, o que já era ruim para os tiranos da Venezuela, pode render um conflito generalizado naquela região, com repercussões sobre o Brasil e outros vizinhos e até um apoio velado do Palácio do Planalto nessa questão, sendo que o conflito possa atrair a atenção e intervenção dos Estados Unidos, pondo fim ao governo autoritário de Maduro e de seus comparsas.
Lembrando ainda que, além de armamentos comprados da Rússia, também a Venezuela é assessorada por militares russos e cubanos, doidos por um conflito naquela parte da América. De certo modo, a mesma tática de comprar briga além da fronteira ocorreu no caso envolvendo o Hamas e Israel. A falência generalizada de Gaza, promovida única e exclusivamente pelo controle exercido pelo Hamas contra a população palestina, levou esse grupo a comprar mais uma briga com as forças de defesa de Israel, não só para desviar a atenção interna da crise humanitária que impôs àquele povo, como de quebra buscou obter apoio da população para esse conflito, confiando também que a guerra ganharia em escala e envolveria muitos países daquela região.
Não conseguiu, até agora, envolver diretamente outros países no conflito, além de ter provocado a destruição quase completa de toda a parte central de Gaza, com milhares de mortos e prejuízos incontáveis. O conflito armado por esse grupo terrorista contra Israel pode também, nesse caso, resultar no fim do controle do Hamas em todo o território de Gaza. O que seria uma boa solução tanto para palestinos como para judeus. O que poderia ser aprendido em todas essas histórias, daqui e de além mar, é que o governo militar, e não argentinos, queriam guerra com a Inglaterra, pois sabiam das consequências. O governo e não os venezuelanos querem invadir Essequibo, pois já vivem no inferno e não querem mais sofrer. Do mesmo modo, os terroristas do Hamas, e não os palestinos, queriam mais guerra contra Israel, pois já conheciam os resultados que viriam.
Nenhum povo, de posse de sua sanidade, deseja brigar com vizinhos, pois sabem que, nesses casos, onde a briga é sempre arranjada por governos tirânicos, quem irá morrer no campo de batalha é sempre o mesmo e pobre indivíduo que já sofria antes.
A frase que foi pronunciada:
“Em cada guerra há a destruição do espírito humano.”
Henry Muller
Humanizado
Importante trabalho do GDF chega em Planaltina. Sem cobrar dos interessados, uma unidade móvel do projeto Castra DF tem mil vagas disponíveis para gatos e cachorros. Bem melhor que legalizar o aborto para animais. Só para os racionais.
Leitura
Com uma leitura fluida, o Cordel chega nas escolas de Taguatinga. Bonito ver a criançada consumindo a cultura brasileira.
Cerrado
Estranha a construção daquela praça perto do Iate Clube. No meio do nada, com coisa nenhuma, em um lugar com transporte público precário.
História de Brasília
Diversos bueiros da avenida W-3 estão sem tampão, o mesmo acontecendo no Eixo Rodoviário. Próximo ao IAPFESP, há um bueiro no ponto de ônibus, e os veículos fazem ginástica para não caírem nele, ou impedem a pista da direita, enquanto recebem passageiros. (Publicada em 24.03.1962)