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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
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Seria possível estender o mundo do faz-de-contas para a vida real? Em alguma medida é certamente o que fazemos no dia-a-dia, quando temos que nos adaptar às exigências do mundo externo, principalmente nas relações profissionais e no contado racional com a sociedade. Mas em se tratando de atores e atrizes, que ganham a vida interpretando situações e personagens fictícios, transportar a máscara do teatro para o cotidiano seria quase como viver constantemente acorrentado à vida do imaginário.
Um ator, cujo o nome prefiro declinar, certa vez afirmou que nos encontros que mantinha regularmente com profissionais de sua área, fosse em festas ou mesmo na rua, não conseguia distinguir nessas pessoas a fronteira entre o real e a ficção. Em sua avaliação, todos pareciam fingir situações. Essa característica nos indivíduos ligados à arte da representação era tamanha e tão descarada que pareciam estar todos em cena. Com a máscara pregada ao rosto, todos pareciam estender seus personagens para dentro da vida real. Mas o que seria, de fato, a vida real? Chegava a se interrogar. Já no fim da vida, chegou à conclusão que ele era também um ator e, por conseguinte, um fingidor.
Esses fatos são mencionados a propósito da recente indicação da atriz Regina Duarte para a Secretaria Especial da Cultura. Como poucos em qualquer esfera social, sempre foi coerente com o que acredita. Enfrentou o nado contra a corrente para firmar e se expor no que acreditava. Até então, as profundas divisões políticas no meio artístico só passaram a ser percebidas por todos com a saída, pela porta dos fundos, do Partido dos Trabalhadores do poder.
Depois de 2016, com a destituição de Dilma da presidência, parte da classe artística nacional, que adotou a narrativa ficcional do golpe, veio, descaradamente, se opondo e se afastando cada vez mais da outra parcela de colegas que despertaram para o engodo do Lulismo.
A partir daí um enredo dramático foi sendo criado e fez com que esses heróis nacionais da ficção passassem a se hostilizar mutuamente e de preferência diante do público. Não houve show ou peça de teatro que não fosse declarado, fora do script, posições políticas, quer partindo de incitações vindas do palco, quer da plateia. Firmou-se assim uma cisma e uma fenda geológica e profunda no seio artístico e que, possivelmente, jamais será reparada.
De certa forma essa cisão é boa e ruim. Por um lado, esse acontecimento mostra ao grande público que uma parte dos artistas conseguem sair de cena e se inserir na vida real, de modo natural. Enquanto outra parcela desses profissionais insiste em se manter em cena e dentro do enredo e dos personagens que criaram para si mesmos ainda em 2002. Essa contribuição maléfica, legada por um misto de partido político e organização criminosa foi, por certo, a maior herança deixada desses tempos de ficção.
Ao seguir a tática, de dividir para governar, o Lulismo, talvez o maior mambembe político que já existiu, conseguiu o que pretendia: confundir realidade com ficção, atraindo para si até aqueles que todos acreditavam ser experts no mundo do faz de contas.
A frase que foi pronunciada:
“Uma das mais cativantes ironias do pensamento moderno é o fato de que o método científico, do qual ingenuamente se esperou no passado que pudesse banir o mistério do mundo, deixa-o cada dia mais inexplicável.”
Carl Becker, historiador e filósofo norte americano
Denúncia
Leitor reclama dos falsos motoristas de Uber que abordam passageiros na plataforma superior do aeroporto. Um deles atendeu uma senhora que chegava de voo internacional que, desavisada, entrou no carro do falsário. Ao chegar em Águas Claras e pagar ao motorista, desceu do carro e ele arrancou em velocidade levando todos os pertences da viajante.
Alea Jacta est
Desde o tempo do ex-governador Rollemberg, Richard Jean Marie Dubois alimenta a ideia de que os empresários da cidade são brilhantes e que precisam de mais oportunidades de negócios. Daí o ânimo no encontro com o governador Ibaneis Rocha para finalizar o acordo de concessões para a administração do estádio Mané Garrincha.
E-commerce
Élie é uma sapataria masculina de França que enfrentou a entrada de sapatos chineses baratos, resistiu à concorrência e hoje tem um portal espetacular, de fácil acesso, super amigável para fazer compras no Brasil e pelo mundo. Veja a seguir a história curiosa de como nasceram as marcas famosas de relógios. O texto é da Élie.
Omega
Apontada como a mais cobiçada entre os amantes de um bom e exclusivo modelo, a marca de relógio Omega, que hoje pertente ao Grupo Swatch, surgiu na Suíça e, segundo os registros, foi criada pelo relojeiro Louis Brandt, no ano de 1848.
O nome Omega foi propagado após seus modelos serem definidos como cronômetros oficiais dos Jogos Olímpicos desde 1932 e esse cenário foi fomentado com o passar dos anos, como por exemplo, quando o modelo Seepmaster acompanhou os astronautas da Nasa durante a primeira visita à Lua e também quando as telinhas exibiram um exemplar Omega no pulso de James Bond, nas cenas do filme OO7.
E caso esteja curioso sobre o valor de um produto com esse patamar, saiba que a média está tabelada entre US$ 3 mil e US$ 8 mil, mas alguns modelos também ultrapassam muito essa faixa de preço.
TAG Heuer
Para o usuário que deseja peças luxuosas e com o máximo de precisão, os modelos de relógio da marca TAG Heuer, que foi fundada no ano de 1860 por Edouard Heuer, são os melhores!
Esses produtos, além de toda a excelência de seus materiais, estão relacionados ao esporte Fórmula 1 desde quando foi utilizado por motoristas inesquecíveis, como o brasileiro Senna, que com frequência aparecia com um relógio TAG Heuer em seu pulso.
Outro motivo de ser uma das marcas mais queridinhas é que o ator Steve McQueen também está na lista dos usuários fiéis, tanto que optou por usar um modelo TAG Heuer no filme Le Mans, que fez sucesso em 1971.
E caso você queira um exemplar em sua coleção, como os mais vendidos Aquaracer, Link, Carrera, Monaco, Fórmula 1, Kirium, Monza ou Autavia, terá que desembolsar entre US$ 1,5 mil e US$ 6 mil – mas, se preferir, a linha oferece também os modelos especiais, que custam cerca de US$ 50 mil.
Rolex
Ah! Basta ler ou pronunciar esse nome para todos já descobrirem que o assunto da roda de conversa em questão é sobre os mais incríveis modelos de relógios, não é? Afinal, conhecida mundialmente, a marca Rolex é protagonista de vendas há décadas.
Considerada como uma das marcas mais valiosas do mundo e símbolo de bom gosto e sofisticação, essa empresa foi fundada pelo alemão Hans Wilsdorf ainda no ano de 1905 e desde o lançamento do modelo chamado Oyster, que foi o primeiro comercializado com garantia de impermeabilidade e resistência ao choque, mostrou que veio para ficar.
Hoje, a lista de relógios Rolex é infinita e o que não falta é opção para agradar os mais variados gostos e estilos. No entanto, quem deseja ser dono de um produto tão conceituado, também precisa estar disposto a gastar, pois no valor mínimo está calculado em US$ 4 mil e a média exige a multiplicação desse número por cinco, ou seja, US$ 20 mil.
Panerai
Engana-se quem pensa que a Suíça tem exclusividade na criação das melhores marcas de relógio já criadas, até mesmo porque a Panerai foi fundada em terrinas italianas, no ano de 1860 por Giovanni Panerai.
Seus modelos, que atendem perfeitamente a demanda dos mais criteriosos apaixonados por relógios, foram essenciais para o sucesso das missões realizadas por mergulhadores italianos durante a Segunda Guerra Mundial e caíram no gosto dos colecionadores quando um contrato com a Ferrari foi assinado no ano de 2005.
O valor de cada modelo também pode variar entre US$ 4 mil e US$ 20 mil e, os conhecidos exemplares especiais, como Luminor 1950 Tourbillon GMT (foto), podem chegar a US$ 110 mil.
Hublot
Dizem que tudo o que é novo e diferente, causa certo estranhamento, já ouviu algo semelhante? Bom, independentemente de sua resposta, a história da marca de relógios de luxo Hublot, que foi projetada pelo italiano Carlo Crocco em 1980, ilustra perfeitamente esse cenário, afinal, o que não faltou foi espanto e “olhares tortos” quando a empresa divulgou a criação de um modelo fabricado com ouro e borracha.
Ao anunciar essa ousada produção, que demorou três anos para ser concluída, o comentário que circulava o mercado relojoeiro foi unânime, pois todos consideravam impossível mesclar os dois materiais e apresentar um resultado final aceitável.
Porém, foi o modelo criticado antes mesmo de ser concretizado, foi um sucesso, assim como todos os outros e por isso, a marca consolidou-se rapidamente entre as principais relojoarias mundiais.
Em 2010, por exemplo, os relógios da linha Hublot foram definidos como os primeiros oficiais da Fifa e quanto aos valores, para possuir um desses exemplares tradicionais, o cliente deverá pagar cerca de US$ 4 a US$ 10 mil – mas, assim como as outras marcas de luxo, há opções para quem deseja investir mais nesse poderoso acessório, como o Big Bang Tourbillon Power Reserve, que custa aproximadamente US$ 80 mil.
Jaeger-Lecoultre
Só de possuir um modelo da conhecida marca de relógios Jaeger-Lecoultre, o homem já se torna elegante, isso é fato. Essa marca, que foi criada por Antoine LeCoultres, hoje é reconhecida mundialmente e desejada por todos que entendem de moda, qualidade e estilo, existe há quase dois séculos e traz um pequeno ateliê como cenário do início de seus trabalhos.
Todo o sucesso dessa empresa deve-se ao neto de seu idealizador, Jacques-David LeCoultre, que sem medo de desafios, logo aceitou a proposta do relojoeiro parisiense, Edmond Jaeger, e criou uma série de relógios de bolso ultrafinos.
Atualmente, os modelos mais básicos das coleções criados pela marca Jaeger-Lecoultre custam em torno de US$ 4 mil, mas também é possível adquirir itens avaliados com seis dígitos, como Master Grande Tradition Grande Complication, que só é vendido por US$ 372 mil.
Cartier
Como prova do sucesso que uma empresa familiar pode atingir, a empresa Cartier, que foi fundada em 1847 por Louis-François Cartier e alcançou o ápice aos comandos de seu filho, Louis Cartier, também está presente na lista das melhores marcas de relógios e joias do mundo.
Ao satisfazer os desejos do Rei Eduardo VII do Reino Unido e outros integrantes da realeza britânica e mundial, a marca passou a ser chamada de “a joalheria dos reis” e em 1904, inseriu o Brasil em sua história quando, em homenagem ao aviador Santos Dumont, criou um modelo de relógio de pulso com o seu nome.
O valor dos seus itens, conforme o catálogo, está entre US$ 5 mil e US$20, entretanto, há modelos como o Rotonde de Cartier Mysterious Double Tourbillon, que está avaliado em US$ 157 mil.
Impressionante
Acabou-se o manuseio de livros para muitos jovens. O nome do objeto que substitui uma biblioteca é Kindle. Até 1100 livros digitais podem ser baixados para leitura. Pelo zoom, as letras ficam do tamanho que o leitor quiser. O dicionário pode ser consultado durante a leitura, inclusive em outras línguas. Além disso, é possível fazer anotações nas páginas. Há também a possibilidade de calcular o tempo de leitura. O tamanho é menor que a metade de uma folha A4. Vejam as imagens a seguir.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Agora, as pessoas que participaram da mesma concorrência, informam que a firma vencedora não está cumprindo com as determinações do contrato, e apontam como infração o fato de o terreno não ter sido arado, não ter sido gradeado nem nivelado. (Publicado em 15/12/1961)
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Aconteceu, com o já difamado juiz de garantias, o mesmo que aconteceu anteriormente com a proibição de compartilhamento de dados entre a Receita Federal, Bacen, o Coaf e a Polícia Federal e o Ministério Público: ambas foram lançadas na lata de lixo das ideias pré-concebidas, com objetivos escusos, tiradas da cartola para garantir que a justiça não seja jamais aplicada contra os companheiros de triste jornada.
O bom senso, vindo da pressão de juízes de verdade, aprovados em concurso público e que conhecem de perto a dura realidade na aplicação de leis nesses país, prevaleceu sobre estratagemas urdidos em reuniões, realizadas tarde da noite, longe da vigilância da opinião pública.
Apenas seguindo o trajeto e os indícios, vistos, lidos e ouvidos aqui e ali, com o apoio visual de alguns fotogramas que circularam displicentes por aí, é possível juntar os cacos e as pistas que levam a verdadeira origem desse esdrúxulo projeto, apensado de forma clandestina ao pacote anticrime, esse também escalpelado e murcho pelos políticos enredados com a lei.
Nunca a afirmação de Nelson Rodrigues fez tanto sentido como agora. “Consciência social de brasileiro é medo da polícia.” Não precisa ser um grande repórter investigativo, desses que aos poucos vão desaparecendo de cena, para juntar as peças que formam o grande quebra-cabeças que resultou na confecção do pouco engenhoso juiz de garantias.
Dias antes da gestação desse aleijão jurídico, há poucos dias da votação final do pacote anti crime, uma movimentação atípica, seguida de reuniões à porta fechadas entre os altos escalões dos Três Poderes, indicava que muito mais do que parecia transparecer para a imprensa, havia entre esses próceres cavalheiros, um sincero propósito de intercambiar entre os poderes da República, um modus operante conjunto, capaz de reunir toda a munição possível para frear os ímpetos joviais e de justiça por parte dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato e de outras frentes de investigação.
Para tanto não bastava apenas a desfiguração do pacote anticrime pelo Congresso. Era preciso ir além, criando mecanismos jurídicos e que não pudessem ser contestados pela sociedade que enfraquecesse o ardor de alguns juízes de primeira instância no cumprimento das leis.
Poderiam, como era desejo de alguns, acabar simplesmente com a primeira instância. Mas isso chamaria a atenção de todos, principalmente de juristas renomados que conhecem esses os ardis e a capacidade dessa gente para manter privilégios.
Nesses conchavos pouco usuais, os Três Poderes se irmanariam para edificar muros legais e outros empecilhos para deter a série de prisões já realizadas e outras que estariam por vir na sequência. A solução encontrada, um tanto em cima do laço e que não despertasse aos ânimos contrários, foi esconder o sapo ou jabuti na viola do pacote anticrime que iria para céu, de modo a apresentar o embuste de uma só vez.
Por alguns dias e em meio ao recesso dos Poderes, o truque deu certo. Só não contavam com astúcia de juízes íntegros e outros brasileiros de bem contra a medida exótica. Para não manchar, ainda mais sua biografia, já por deveras chamuscada, o presidente do Supremo tratou de empurrar o sapo do alto dos céus em direção à terra ou mais precisamente à apreciação do plenário, onde sua culpa pode ser dividida entre onze outros togados.
A frase que foi pronunciada:
“As pessoas costumam dizer: ‘O Tim Maia reclama pra cacete’, mas alguém tem de reclamar.”
Tim Maia, cantor e compositor brasileiro
Lição
Aconteceu em Boston e o fato foi comentado pelo ministro Sergio Moro. Pego com a boca na botija, uma autoridade foi condenada por corrupção. O sucessor tomou posse e por incrível que pareça também cometeu o mesmo crime. Quando o juiz federal Mark Wolf foi comunicado que o terceiro ocupante do cargo inacreditavelmente também cometeu ato ilícito, resolveu aumentar a pena. O próximo pensaria três vezes antes de ir pelo mesmo caminho.
Evasão
O capítulo final do caso da paciente do HRAN com tendência suicida é que por total falta de acolhimento, atendimento adequado e atenção profissional ela resolveu abandonar os pertences na ala 4, para nunca mais se lembrar daquele lugar e fugiu pela porta principal, sem ser importunada ou interrompida. Pelo contrário, quando perguntou para a enfermagem o que aconteceria se ela saísse obteve a seguinte resposta: “Ninguém vai te segurar aqui.”
Novidade
Ainda não funciona, mas a promessa é que as filas acabem para o cadastramento do passe livre. Totalmente digital, mais de 500 mil estudantes serão beneficiados com a medida. Pelo portal do BRB, todas as informações terão espaço para o cadastro. Segundo o presidente do Banco de Brasília, Paulo Henrique Costa, os alunos antigos só precisarão atualizar os dados, já os novos alunos precisam buscar os cartões só para o primeiro registro.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
E não seria diferente, sendo um pedaço do Brasil, vivendo as dificuldades que vive todo o país. No caso de uma cidade como Brasília, resta saber quem pagou o transporte em caminhões. (Publicado em 14/12/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Sérgio Marcus Rangel Porto (1923-1968) terá o ano de 2023 marcado pelo centenário de nascimento. Trata-se de um brasileiro raro, cujo o nome de batismo foi também conhecido sob o heterônimo de Stanislaw Ponte Preta. Jornalista, escritor, teatrólogo, humorista, compositor, cronista e comentarista de rádio, Sérgio Porto reunia em si talentos diversos, todos voltados para contemplação e crítica mordaz do cenário nacional.
Foi como jornalista atuando na revista Manchete, nos jornais Última Hora, Tribuna da Imprensa e Diário Carioca, que ele pode exercer toda a sua verve, com críticas satíricas aos costumes da sociedade, aos militares no poder e à vida carioca, onde, de forma irônica destaca os erros, as gafes e a pouca ilustração de nossa elite. Tantas eram as asneiras cometidas por nossas autoridades e elites, naquele período que Stanislaw Ponte Preta teve que reuni-las numa espécie de compêndio, posteriormente publicadas em três livros sobre o título Febeapá – O Festival de Besteiras que Assola o País. Pudesse testemunhar o que ocorreria com o Brasil, entre 1968, ano de seu falecimento, e 2019, posse de Jair Bolsonaro, por certo, se veria forçado a publicar uma série enciclopédica das besteiras nacionais, onde registraria que a pobreza intelectual de nossas elites e de nossos governantes é uma tragédia bufa extensa e imorrível.
Por certo, o período sob o governo do regime militar, que conheceu de perto, desaparecia em importância em produção de gafes, depois de se conhecer personagens como Dilma Roussef, Lula e mesmo o atual presidente. Apenas para ficar no presente, que teria escrito Sérgio Porto sobre a mais recente declaração do presidente Bolsonaro sobre a qualidade do livro didático nacional. “Os livros didáticos hoje em dia, disse, como regra, são um lixo, é um montão, um amontoado… Muita coisa escrita, tem que suavizar aquilo.”
É certo que nunca saberemos o que Stanislaw Ponte Preta diria, com seu humor, sobre essa afirmação do presidente. Talvez recomendasse ao chefe do Executivo a edição de um livro didático com folhas brancas ou, como era usual nos anos cinquenta e sessenta, com ilustrações de Carlos Zéfiro, bem do agrado secreto da garotada.
O festival de besteiras que assola o país, poderia ser tratado apenas por seu aspecto pitoresco e inusitado, não fosse a possibilidade e o poderio de ideias desse naipe vir a se concretizar, contribuindo, ainda mais para aumentar o déficit de aprendizagens de nossos alunos, já comprovadamente, um dos piores do planeta, conforme atestam exames do tipo PISA e outros. Nesse contexto mais sensato, se isso fosse possível, seria o presidente, diante de um fato triste que é o desaparecimento acelerado das livrarias em todo o país, propor a criação de uma editora nacional de porte, que publicasse as mais importantes obras nacionais e estrangeiras, com qualidade e a preços acessíveis, para não deixar que as próximas gerações percam o contato com cultura dos livros. Que buscasse incorporar ao livro didático nacional o que melhor e mais atual existe hoje em matéria de educação de jovens. Infelizmente declarações desse nível, parecem assegurar que essa seria uma realidade impossível, diante de tanta besteira que continuamos a ouvir.
A frase que foi pronunciada:
“A educação alimenta a confiança. A confiança alimenta a esperança. A esperança alimenta a paz.”
Confúcio, filósofo chinês
Pioneira
Recebo a notícia da Ida Pietricovsky que Cynthia Tenser, pioneira, faleceu. Dona Cynthia chegou em Brasília em 1959. Apoiou o início da capital com a venda de frutas. Por mais de 20 anos, foi gerente da joalheria R.Simon, no Hotel Nacional, e dona da Tenser Tour. Passou os últimos anos na praia de Jenipabu, no Rio Grande do Norte. Dona Cynthia sempre foi uma mulher empreendedora, tenaz e corajosa. Deixa dois filhos, quatro netos e dois bisnetos.
Agite
Atividade especial de verão na Casa do Ceará. Curso de Italiano, Francês, Inglês ou Espanhol, pela manhã, tarde e noite. Início dia 8 de janeiro, amanhã. O Espaço de Cultura Garcia Lorca, que fica na entidade, avisa que quem tiver mais de 65 anos de idade está isento da taxa cobrada, devendo apenas adquirir o material didático. Aprender outra língua é um bom programa. Ligue para 33470560.
Pense bem
Mais uma vez a responsabilidade recai sobre o consumidor. Quem deveria ter preocupação com o meio ambiente é a indústria. Latas, Vidros, Garrafas Pet, pacotes de plástico, pilhas, computadores, todos esses materiais precisam ser repensados ou deveriam valer alguma coisa quando o consumidor devolvesse. É muito fácil dar a responsabilidade ao cidadão quando quem polui não é ele. Parceria, sim.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Em São Paulo, a Justiça entrou em greve. Quando um magistrado usa a greve como último recurso, ou a coisa vai muito mal, ou a Justiça não é das melhores. (Publicado em 13/12/1961)
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Analistas do atual cenário político, sejam eles simpatizantes da direita ou da esquerda, são unânimes em reconhecer que a principal fonte das crises políticas deriva das falas intempestivas do presidente Jair Bolsonaro. Por sua multiplicidade e diversidade, não caberiam aqui recordar toda a coleção de declarações desastrosas que acabaram, pela força natural da palavra, empurrando o atual chefe do Executivo para os extremos da política, transformando-o numa espécie de personagem que, aos poucos, vai se fechando em torno de um pequeno núcleo.
Nada contra a sinceridade. Ocorre que em política, e principalmente do alto da presidência da República, as palavras adquirem um tal poder de repercussão imediata em muitos meios, que acabam gerando incompreensões, ressentimentos e interpretações diversas. Infelizmente e de acordo com a liturgia do cargo, cabe ao chefe do Poder Executivo exercer um papel de conciliador e mediador de conflitos, tal o número de desentendimentos e rinhas existentes atualmente no campo político.
Esse exercício de parcimônia nas declarações, medindo e pesando cada palavra, além de fundamental, é exigido nesse momento de extremismos políticos. Naturalmente que esses destemperos momentâneos nas falas do presidente Bolsonaro são aproveitados, um a um, pelas oposições, que tratam de conferir-lhe ainda maior veneno ao passar cada frase adiante. Também ao fazer questão de se mostrar inamistoso a todos aqueles que ousam dele discordar, o presidente Bolsonaro passa a colecionar uma legião crescente de inimigos figadais que, muito mais do que opositores políticos, são aqueles que buscam a ruína e não apenas a derrota pura e simples do oponente.
O pior é que todo esse atual cenário ganha ainda mais instabilidade quando o presidente trás, para a frente do seu governo, seus três filhos, permitindo e até incentivando que eles se entreguem a uma espécie de rinha política com todos que se mostram avessos a esses traços de personalismo. Aliás, é justamente esse modelo personalíssimo de fazer política que levou esse clã a maquinar a ideia de construir um partido totalmente moldado aos desejos da família, materializando assim uma sigla política que poderia muito bem ser definida como a primeira legenda do “homem cordial”, tal qual descreveu um dos inventores do Brasil, o historiador e crítico literário Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982).
Caso venha a ser definitivamente inscrito entre as dezenas de outras legendas, a Aliança pelo Brasil já nascerá com prazo de validade datado, devendo durar enquanto o patriarca ocupar os espaços políticos. Será também um partido de família: da família Bolsonaro, numa confusão entre o público e o privado. A consanguinidade será o requisito para ascender no partido. Não admira que, diante de um quadro instável dessa natureza, a área política não acumule tantas vitórias como a área econômica.
Também o enfraquecimento proposital do PSL, levado a cabo exclusivamente pela família Bolsonaro, pode muito bem ser qualificado como motim a bordo, quando revoltosos tentam tomar à força o comando do navio. Somente por esse pequeno episódio, é possível ter uma ideia mais precisa do que o clã Bolsonaro é capaz de realizar quando o que está em jogo é a manutenção do poder.
A frase que foi pronunciada:
“Não amemos de palavra, mas por obra e em verdade.”
1, João, 3:18
Novidade
Chico Vigilante Lula da Silva, como está grafado no Diário Oficial do DF, instituiu o Dia de Nossa Senhora da Glória, padroeira da região administrativa de Ceilândia. Será no dia 15 de agosto e será incluída no calendário oficial de eventos da cidade.
Feirarte
Também foi sancionada pelo governador Ibaneis a lei do deputado Reginaldo Sardinha, que regulamenta Feiras Especiais de Arte. Vai facilitar a comercialização e divulgação pelo Brasil e exterior dos trabalhos dos expositores de Brasília. A autorização para uso de área de domínio público é pessoal e intransferível, com a exceção do cônjuge, pai, mãe, filho, irmão, neto e avô, bastando comprovação de habilitação técnica para o exercício.
Opinião do leitor
Carlos Romeiro, leitor assíduo dessa coluna, chama a atenção do GDF para a situação das árvores em tempos de chuva. Além do perigo de queda em carros e pessoas, geralmente são plantadas sem que se pense no visual geral dos monumentos por perto, interrompendo o espaço aberto que é a marca de Brasília.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Neste ponto, aliás, vale chamar a atenção das autoridades: as companhias vivem solicitando aumento de tarifas, e quase todas elas, hoje, estão anunciando 45 por cento de redução nessas mesmas tarifas. Isto é fazer o governo de palhaço. Pede o aumento, o governo concede, e depois a própria empresa determina a redução. (Publicado em 12/12/1961)
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Alçado recentemente para a posição de sexta maior economia do mundo, a frente inclusive do Reino Unido, o Brasil, por outros parâmetros, talvez até mais coerentes, ainda terá muito chão pela frente, caso almeje mesmo se colocar em pé de igualdade com a maioria dos países do primeiro mundo. A começar pelo princípio, elevando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de sua população. Nesse quesito, o Reino Unido ocupa a posição de número 28, em relação a 187 países avaliados, enquanto o Brasil está na 84ª posição.
Ainda no campo das ações primárias, quando a situação é a perda do desenvolvimento humano devido à distribuição desigual dos ganhos do IDH, o Brasil despenca para a posição 102. Essa queda brusca de colocação deve-se em consideração também às distorções existentes em nosso país quanto aos quesitos educação, saúde e renda.
De acordo com o Relatório Global de Desenvolvimento Humano (RDH) de 2019, apresentado agora pelo escritório nacional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), intitulado “Além da renda, além das médias, além do hoje: desigualdades no desenvolvimento humano no século XXI”, o Brasil, apesar de alguns avanços com relação ao IDH, ainda permanece estacionado quanto a questão da desigualdade e a concentração de renda. Pelo estudo do PNUD, a fatia dos 10% mais ricos do Brasil concentra 41,9% da renda nacional. Sendo que o universo dos 1% mais ricos representa 28,3% da renda, o que equivale a segunda maior concentração de renda do mundo para essa parcela populacional, atrás apenas do Qatar com 29%.
No entanto, o Relatório do PNUD aponta para outras variáveis também fundamentais para entender o processo atual e mais focado que avalia essas novas desigualdades. “Embora muitos concordem que a desigualdade é extremamente importante, o consenso sobre seu motivo e o que fazer a seu respeito é menor. Precisamos aprimorar os cálculos para melhor descrever o que é a desigualdade, e para ter uma compreensão mais profunda de como ela mudará devido às transformações econômicas, sociais e ambientais que estão em desdobramento em todo o mundo. Só assim, poderemos conceber as opções políticas que possam efetivamente enfrentá-la” diz o documento.
Um dos pontos defendidos pelo Relatório diz respeito à promoção de políticas para o desenvolvimento na primeira infância, consideradas de fundamental importância para garantir o que chamam de condições de partida, logo nos primeiros anos de vida dos brasileiros. Para tanto, o documento ressalta a importância de o país vir a adotar uma política abrangente com diretrizes, ferramentas e padrões nacionais, envolvendo os principais atores desse processo que são os pais, famílias e instituições educacionais na tomada de decisões.
Essas condições de partida podem determinar desigualdades num futuro próximo para as novas gerações. Essas políticas de combate às desigualdades devem se estender muito além da renda, indo na direção de intervenções ao longo da vida, em esferas como saúde e educação, de forma a aumentar as capacidades avançadas trazidas pelas novas tecnologias. Nesse sentido, é preciso atenção aos “desafios da mudança do clima e das transformações tecnológicas, duas forças que moldarão o desenvolvimento humano no próximo século”.
A frase que foi pronunciada:
“Só depois que a tecnologia inventou o telefone, o telégrafo, a televisão, a internet, foi que se descobriu que o problema de comunicação mais sério era o de perto. ”
Millôr Fernandes, pensante brasileiro
Novidade
Sancionada a lei do deputado Leandro Grass que obriga todos os estabelecimentos comerciais a disporem, nos banheiros masculinos e femininos, local para a troca de fradas. Caso não seja possível, um local paralelo e independente dos banheiros deverá ser construído para esse fim. Será responsabilidade da administração manter a higiene e privacidade do ambiente.
Chance
Hoje começam as negociações com os devedores da CAIXA. O ‘Caminhão Você no Azul’ vai atender até o dia 13. Já está estacionado no Setor Comercial Sul, Quadra 1, próximo à entrada da Galeria dos Estados, das 9h às 19h. De 16 a 20 de dezembro, na Praça do Relógio em Taguatinga.
Matemática
Bem que a Justiça Volante poderia estacionar a van perto dos buracos de diversos pontos do DF. Rodas quebradas, pneus furados, suspensões afetadas são unicamente responsabilidade do governo. Asfaltos melhores não custam mais caro se durarem durante o período de chuva.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O outro recado é para o senador Argemiro Figueiredo: Não apareça por lá, senador, tão cedo! As suas emendas foram um desastre. E mais: o povo não sabe nem do que se trata, mas é bom não aparecer, nem para explicar. (Publicado em 12/12/1961)
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Desacreditada interna e externamente, a política ambiental do atual governo enfrenta quase que diariamente várias batalhas de grandes proporções e em diversos fronts, para dar conta de um setor delicado e que cada vez mais é cobrado não apenas pelos brasileiros, mas por todo o mundo. As declarações intempestivas e pouco realistas de parte de membros do governo, inclusive do próprio ministro e do presidente, somados ao avanço visível do desmatamento, das queimadas criminosas já desvendadas, da propagação do óleo de origem ainda desconhecida, da questão das mineração sem controle, das barragens de dejetos, da poluição dos rios , do mar e do ar nas grandes cidades, vem num crescendo tal que é possível afirmar que hoje, com segurança , que a cadeira mais problemática e com maiores desafios a serem vencidos está justamente no ministério do meio ambiente.
Não bastasse tal volume de problemas, praticamente insolúveis, quis o destino que esses desafios fossem vencidos em meio a grande encruzilhada mundial para humanidade, representada pelo aquecimento global, provocado pelo efeito estufa, que paulatinamente vai induzindo as mudanças climáticas, gerando prejuízos e mortes em todo o planeta.
A possibilidade de a Terra vir a se tornar um planeta hostil para o ser humano, o que atingiria sobremaneira as próximas geração, vai, dia após dia, se tornando uma possibilidade real. Os esforços em praticamente todo o mundo ainda estão muito aquém dos alertas feitos por cientistas e a cada dia que passa o problema climático ganha novas proporções.
Infelizmente os ponteiros entre o tempo político e o tempo dos estudos e previsões e feitas pelos cientistas não andam no mesmo compasso, o que é um problema a mais nessa questão. Enquanto cada governo cuida dos problemas internos a fim de ajustar o crescimento das economias às necessidades de uma Terra em transformação acelerada, no Brasil, essa questão ganha ainda outras variáveis mais complicadas.
Tem razão o ministro Ricardo Salles quando afirmou, durante a Cúpula do Clima (COP25), realizada em Madri, que se não houver um desenvolvimento sustentável na região amazônica, que abranja a questão da sobrevivência dessas populações, o problema do desmatamento, não terá uma solução adequada. Existe, de fato, uma relação direta entre poluição e pobreza, reconhecida por todas.
Há ainda a certeza de que o homem deve estar no centro das atenções sobre preservação do meio ambiente. Não há como dissociar um e outro. Em nosso país essa é uma questão premente e histórica que precisa ser resolvida par i passu. Ressalte-se ainda que esse é um problema já solucionado pelo mundo desenvolvido há pelo menos meio século. Internamente existe ainda outros fatores que pesam na equação do meio ambiente que é o setor rural, tradicional apoiador do atual governo e que não aceita políticas limitantes e restritivas, como as que, normalmente são impostas pela agenda de proteção da flora e fauna.
De concreto já se sabe que o ano de 2019 vai se encerrar como o mais quente da década e onde os efeitos da variação brusca do clima tem causado os maiores desastres naturais.
A frase que foi pronunciada:
“Se entre os primitivos era a fome que trazia a morte, agora, ao contrário, é a abundância que nos destrói. Naqueles dias, os homens muitas vezes ingeriam veneno por ignorância, agora, mais instruídos, eles se envenenam uns aos outros.”
Lucrécio séc. I a.C.
Divulgação
“A trajetória do comunismo no Brasil”. O Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal anuncia, para o próximo dia 11 de dezembro, o debate sobre o assunto. Os convidados para a mesa são: Paulo Roberto de Almeida (embaixador), Hugo Studart (jornalista e historiador) e Gustavo Bezerra (diplomata e historiador), este autor do “Livro negro do comunismo no Brasil”. O evento faz parte do “Ciclo de Diálogos sobre o Pensamento Político Brasileiro”, diz o Instituto. Quem faz o anúncio é o portal Vermelho. No site do IHGDF nada sobre o assunto. Discutir só a história. Onde o comunismo deu certo?
Novidade
Com um prazo maior, o GDF vai investir os R$ 121.998.888,00, verba de emenda parlamentar da bancada federal, para a construção do primeiro hospital oncológico público da capital. Está tudo acertado. Agora é acompanhar. Se tudo der certo, essa será uma boa marca deixada pelo governador Ibaneis.
Ah bom!
Em uma ocasião, perguntaram para Fernanda Montenegro se uma atriz era boa e talentosa quando mentia bem. Impactada pela pergunta tão direta, amenizou com um malabarismo vernacular. Disse que a melhor atriz ou ator é aquele que convence as pessoas da verdade nas cenas.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Que estado de calamidade pública que nada, ministro! É água como diabo. O que falta é transporte para o feijão que está no Crato. (Publicado em 12/12/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Tradicionalmente como vem sendo feito a cada final de ano, a imprensa, de modo geral, elabora resumos do que de mais importante ocorreu ao longo de 2019. Para ficar apenas nos fatos mais importantes ocorridos nesses últimos meses, no âmbito dos poderes da República e que necessariamente trarão ainda repercussões para toda a sociedade, há o risco de que os acontecimentos mais recentes acabem estragando o espírito festivo das pessoas, mesmo aquelas acostumadas às bizarrices desse nosso país surreal.
De fato e de um modo geral, as respostas dos Poderes da República, onde estão parte daqueles que foram eleitos pelos cidadãos e onde se encontram também aqueles que foram diretamente indicados pelos eleitos, continuam dessintonizadas dos anseios de grande parte da população. Na verdade, e pelos últimos acontecimentos, é possível afirmar que existe hoje um divórcio litigioso entre a sociedade e esses citados poderes. Ainda é possível afirmar que o ano de 2019 vai ficar marcado na memória de todos como um período de forte retrocesso e de um contra-ataque das forças do atraso que sempre integraram o velho Brasil e que não querem, de modo algum, que um novo país desperte e tome corpo nesse início de século.
Com a aprovação da Lei de Abuso de Autoridade, foi dada a senha para o avanço daquele pelotão formado, na sua maioria, por pessoas na mira da justiça que, por meio de um novo conjunto de regras, alçou uma posição de onde podiam doravante punir juízes e promotores. Ao mesmo tempo em que se mostra ineficiente para coibir abusos, esse novo instituto pode, na avaliação de juristas renomados, prejudicar investigações e ainda simbolizar uma intimidação do Legislativo ao Judiciário e ao Ministério Público.
Fato semelhante, lembram alguns, ocorreu também na Itália em resposta às investigações da Operação Mãos Limpas. A insegurança jurídica criada por essa lei, feita sob medida contra aqueles que agem contra criminosos poderosos e sempre impunes, só possui paralelo em outra decisão, dessa vez tomada de forma monocrática no âmbito da alta corte, impondo, sem qualquer racionalidade, o repasse de informações sigilosas entre órgãos como o antigo Coaf, Banco Central e Receita Federal ao Ministério Público e à Polícia Federal sem prévia autorização da justiça.
Tal entendimento paralisou quase mil investigações por todo o país, sendo criticada inclusive no exterior, que acusava o Brasil de voltar a ser o paraíso para a lavagem de dinheiro e para a livre ação de organizações criminosas.
Em seguida, essa mesma corte, interpretando de modo enviesado a própria Constituição, e agora sob o comando de um ex-advogado do Partido dos Trabalhadores, entendeu que não mais cabia a decisão de prisão após julgamento em segunda instância, lançando essa possibilidade somente após trânsito em julgado, o que para aqueles que podem pagar caros advogados, nunca ocorrerá.
Graças a essa medida, a maioria dos presos da Operação Lava Jato, inclusive o ex-presidente Lula, foram postos em liberdade. Milhares de outros presos também foram ou serão beneficiados com essa medida, que caiu como uma bomba na cabeça dos inertes e assustados brasileiros.
Para reforçar o avanço das tropas do atraso, a Câmara achou por bem mutilar ou escalpelar, quase por completo, o pacote anticrime proposto pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, retirando-lhe ou modificando várias leis, de forma a torná-lo inofensivo e pouco eficaz. Depois de tanto esforço em contrariar os anseios da sociedade por um país mais justo e moderno, a Câmara dos Deputados aprovou também um reajuste de mais de 120% do Fundo Eleitoral passando dos atuais R$ 1,8 bilhão para R$ 3,8 bilhões colocados à disposição dos partidos, inclusive para contratar advogados para os políticos que se virem enrolados com a justiça.
Para tanto, e em vista do cobertor curto, terão que remanejar recursos de outras áreas como Saúde, Educação e Infraestrutura, para reforçar esse novo caixa de campanha. Para fechar e apenas ficando nesses fatos mais recentes, os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) decidiram liberar as verbas para refeições finas como lagosta e vinhos importados contratadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para eventos e outras solenidades oferecidas às altas autoridades.
Para a população em geral, devido aos altos preços nos alimentos, há ainda a alternativa para as festas de final de ano de alimentos como o ovo. Usado para comer ou para atirar contra essas altas autoridades.
A frase que foi pronunciada:
“A moralidade é princípio acrônico, atemporal, que independe de tempo, local e data.”
Almir Pazzianotto Pinto, jurista brasileiro. Foi ministro do TST.
Inegável
Ao final do show, Roberto Carlos comentou no microfone a presença de Sergio Moro. Os espectadores não só aplaudiram, mas se levantaram para mostrar o respeito e a sintonia com as iniciativas do ministro da Justiça. Um Brasil novo. A seguir, o vídeo produzido pela Folha do Brasil, onde Roberto Carlos diz que na Jovem Guarda ele dizia: “É uma brasa, mora?” E agora ele diz “É uma brasa, Moro!”
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
De volta do Ceará, trago um recado para o ministro Virgílio Távora: que seca, que nada, ministro. Que estado de calamidade pública que nada, ministro! É água como diabo. O que falta é transporte para o feijão que está no Crato. (Publicado em 12/12/1961)
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Somente depois de sentar na cadeira presidencial que o político eleito começa a aprender o “be a bá” do ofício e o que lhe cabe como chefe do Poder Executivo. Embora se saiba que alguns desses ungidos jamais tenham assimilado as lições e a devida dimensão do cargo, é próprio dos presidentes reconhecerem que o pleno desempenho da missão só se consolida há poucos dias antes do término de seu mandato. O mesmo fenômeno acontece com governadores e prefeitos, todos só começam a assimilar os segredos e nuances da função quando já é hora de dizer adeus. O instituto da reeleição talvez tenha vindo justamente com o propósito de dar uma segunda chance imediata ao eleito.
Mesmo assim, essa nova oportunidade tem, entre nós, sido utilizada de forma a prolongar erros do passado e mesmo aumentá-los em gravidade. Aprender a conduzir um carro ou um barco, sentado no banco de comando é arriscado. No caso de um transatlântico como o Brasil, o risco é maior ainda. Não se deixa de ser marujo à almirante apenas num salto olímpico. O problema com as democracias do Ocidente tem sido esse modelo que faz com que atores de filme B e torneiros semialfabetizados se tornem, de uma hora para outra, chefes da nação.
Aos partidos, que controlam todo esse esquema, interessa, tão somente, apoiar indivíduos com visibilidade e chances de vitória, pouco se importando se ele é o elemento certo para certas missões. De todo o jeito, o que interessa aos partidos é ter nessa posição um correligionário. Com isso, a legenda ganha espaço e poder e principalmente o mapa que leva aos cofres do Tesouro. Obviamente que um esquema dessa natureza está fadado ao fracasso, com o agravante de prejudicar milhões de cidadãos.
Prestes a completar um ano de mandato, o Governo Bolsonaro pode ser classificado ainda como aprendiz do ofício. De toda a forma, é o que melhor se apresentava para se contrapor à volta de uma esquerda pré-histórica, que arrastou o país para a maior crise de toda a sua história.
O atual mandatário tem um trunfo em seu favor nessa questão que é o tempo para reverter essa média baixa e dar um salto para frente recuperando uma menção mais elevada, a bem do país. Restam ainda três longos anos para aprender o ofício. Para tanto, a primeira lição, já por demais conhecida desde o início da civilização e que ainda é válida, é livrar-se dos bajuladores e dos chamados puxa-sacos.
Quem puxa-saco, também puxa tapetes. Segunda e também importante lição é livrar-se, quanto antes, de parentes problemáticos. Terceira lição é estudar os problemas do país, discuti-las com pessoas experientes no assunto e tomar decisões embasadas sem se preocupar com o horizonte político. Todas essas lições básicas não surtirão efeito algum se o mandatário não aprender com as lições do passado, sobretudo aquelas que marcaram os governos de seus predecessores. À guisa de facilitar qualquer mal-entendido posterior, recomenda-se ao neófito na presidência que nunca receba políticos, empresários e outros próceres da República em segredo.
Grave tudo e disponibilize todas as conversas em tempo real. Segredos e República são antípodas e destroem a democracia. Faça chegar ao povo todo e qualquer movimento das peças no tabuleiro. Por último não confie em ninguém, nem na própria intuição.
A frase que foi pronunciada:
“O peixe cai pela isca,
O velho pela conversa,
A galinha pelo milho,
O pobre pela promessa.”
Anônimo
Agito
Vários secretários do governo farão reuniões de estudo para aproveitar melhor o Parque da Cidade com novidades na gestão e ocupação.
Todos
Aquelas tomadas que praticamente só funcionam no Brasil precisam ser padronizadas e adotadas por todas as instituições do governo do DF. A partir de hoje, são 180 dias para o cumprimento da regra.
Limpo
Se havia dúvida acaba de ser sanada. A Stericycle Gestão Ambiental LTDA teve o processo arquivado porque Aldemario Araújo Castro, da Controladoria Geral do DF, assina que não houve prática de ilícitos.
Apartidário
Foi lançado o Observatório da Indústria 4.0 na América Latina com uma plataforma compartilhada por pesquisadores da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai. Indústria 4.0 é uma expressão para o salto de quarta revolução, onde sistemas cibernéticos, nuvens, computação e internet são compartilhados entre nações.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os trevos Setor Comercial Norte estão precisando de sinalização. Qualquer dia pode haver um desastre fatal. (Publicado em 07/12/1961)
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Entre sístoles e diástoles, à direita e à esquerda, o movimento político no Brasil oscila, insuflado por um ciclo sem fim, de culto à personalidade. Tem sido assim desde 1889, com o advento brusco da República. Historiadores e filósofos concordam que, com o fim da monarquia, houve apenas a retirada de um imperador intrinsecamente republicano para a entrada de republicano intrinsecamente monarquista.
O personalismo na política, uma herança que na América Latina remonta ao século XIX, tem sido também a nossa principal característica política. O que surpreende é que esse sistema vindo de um passado que se acreditava morto, parece querer adentrar agora pelo século XXI, trazendo os mesmos vícios e prejuízos da velha política que tantos males causaram ao Brasil.
A reforçar essa tese, que para os historiadores não é nenhuma surpresa, análises feitas à luz dos conceitos formais do que seja, de fato, direita e esquerda nesse Brasil inzoneiro, tem-se que nunca houve no poder nenhuma nem outra dessas matizes ideológicas na sua forma pura. Isso significa dizer, apenas para ficar nas últimas duas décadas de nossa história, que nem Lula é um político de esquerda, nem Bolsonaro um líder de direita. Na verdade, ambos não sabem nem o que isso significa em termos de conceitos de ciência política embora todos reconheçam que para esses personagens pouco importa essa diferença.
O exercício do poder, para essas duas lideranças do Brasil contemporâneo, está fincado em esteios de ordens carismáticas, correndo à margem da democracia representativa, servindo-se de alguns elementos desse sistema, como é o caso da filiação partidária, apenas para exercitar o mando.
Situados mais nas bordas extremas desses matizes políticos, Lula e Bolsonaro não escondem a forte inclinação autocrática, disfarçada, às vezes, com discursos políticos dúbios que oscilam entre uma margem e outra. Aproveitando-se do fato de as ligações político-partidárias serem, em nosso país, fluídicas e, portanto, dispensáveis, tanto Lula como Bolsonaro buscam agir acima das legendas, dispensando interlocutores e formalismos protocolares.
Não é por outra razão que um se porta como aquilo que é, ou seja, dono da sigla, colocado acima de todo e qualquer estatuto partidário. Bolsonaro, com a possível criação da sigla Aliança pelo Brasil, vai na mesma direção, confeccionando um partido onde possa exercer livremente seu poder de mando. Para tanto, terá que costurar também um estatuto que lhe franqueie o exercício pleno, sem contestações. Curioso observar que nesse ponto o atual presidente não tenha absorvido, como lição, as experiências vindas desse modo de agir de seu opositor e que tanta ruína tem causado ao próprio Lula e à sua agremiação.
Estabelecer uma legenda apenas com base na popularidade política e momentânea de um indivíduo é estabelecer prazo de validade para o partido. Popularidade, e Lula sabe disso, é como nuvem: dispersa e muda constantemente, ao sabor do vento. Sem uma reforma partidária séria e profunda, a velha política, vitaminada pela força do fundo partidário e do fundo eleitoral, ainda terá vida longa entre nós.
A frase que foi pronunciada:
“O Brasil vive a síndrome do impasse. Exageramos de tal maneira nossos problemas que estamos perdendo a obrigação de enfrentá-los”
Jaime Lerner, urbanista brasileiro
Muita luz
Aumentam as reclamações daquele anúncio luminoso colocado na decida do Colorado em direção à Asa Norte. É realmente um ladrão de atenção. Isso não é bom para quem dirige.
Proatividade
Está passando da hora de uma revisão nas marquises da W3, tanto Norte quanto Sul. São muito antigas e, com o passar do tempo, peso, movimento de carros, ônibus, clima, chuva… afinal já são quase 60 anos!
Curiosidade
Pelo visto, também dá espaço à hermenêutica o juramento dos ministros do STF. Ao contrário dos votos, é um texto bem simples. “Prometo bem e fielmente cumprir os deveres de ministro do Supremo Tribunal Federal, em conformidade com a Constituição Federal e as leis da República”.
Desolador
Informativo da Semace, Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará, informou que pelo menos oito trechos de pontos das Praias no Ceará estão impróprias para banho. Mucuripe, Vila do Mar e Barra do Ceará também.
Governo
Até agora nenhum comunicado à população sobre o consumo de peixes. Parece que as comemorações da Páscoa de 2020 vão mudar.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Numa recepção social, gente importante, comentando a atividade do Primeiro ministro, limitou-se a chamá-lo de Tancredo Neris. (Publicado em 06/12/1961)
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Para retirar o país da maior crise econômica de todos tempos, uma herança verdadeiramente maldita e eivada na corrupção, legada pelos descaminhos de uma esquerda doidivanas, perdida nos descaminhos da egolatria, o presidente Jair Bolsonaro e sua excelente equipe têm empreendido múltiplos esforços, e em várias frentes, em busca do tempo perdido.
Dentro do papel que lhe cabe como chefe do Poder Executivo, Bolsonaro tem acenado tanto à União Europeia, como aos Estados Unidos, cedendo à exigência, buscando acertar os ponteiros internos, para atrair os investimentos tão necessários ao desenvolvimento. Parte desse esforço é feito agora com a reunião dos BRICS, realizada aqui em Brasília. Toda essa empreitada, guiada nos bastidores pela equipe do ministro Paulo Guedes, visa mostrar aos países desenvolvidos que o Brasil tem perseguido, com afinco, um amplo programa de ajustes internos, retirando barreiras e outros entraves burocráticos e protecionistas na tentativa de se apresentar como um país moderno e um parceiro confiável e aberto a negócios.
Uma investida dessa natureza, feita nas mesas de negociações, onde bilhões de dólares estão em jogo, requer, por parte do Brasil, uma transparência inequívoca em todos os contratos, presentes e futuros. E é justamente no quesito translucidez e compliance que o Brasil deixou muito a desejar. De fato, os escândalos de corrupção, seguramente um dos maiores de todo o planeta, emitiram para os países, com os quais o Brasil busca parceria, sinais opostos.
De um lado, o mundo ficou ciente de que havia, internamente, esforços de um setor minoritário do Estado que buscava acabar com as práticas criminosas entranhadas na máquina pública. De outro, ficou também sabendo da existência de um contra-ataque, de forças poderosas que resistiam passar o país a limpo e manter o antigo status quo.
As experiências frustradas, vindas da Itália, com a Operação Mãos Limpas, indicavam que o Brasil seguia num mesmo rumo, com parte da justiça e dos políticos cuidando para enterrar, por aqui também, os esforços para pôr fim a corrupção secular.
Nessa altura dos acontecimentos, o presidente Bolsonaro já percebeu que, caso não desate o nó da economia, o Brasil e ele próprio correm o risco de naufragarem ainda no porto. Possivelmente, o primeiro e talvez maior passo que o Brasil podem dar em direção a uma integração econômica satisfatória e lucrativa com o restante do mundo, seja sua entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 36 países e onde nosso país pleiteia uma vaga com grande empenho. Ocorre que uma missão, denominada Grupo de Trabalho sobre Suborno da própria OCDE, uma espécie de força-tarefa de vanguarda, está em visita agora em Brasília para checar de perto as razões e consequências da medida tomada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de suspender todas as investigações com base em dados de órgãos de controle como o antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Banco Central e da Receita Federal, sem autorização prévia do próprio STF.
Esse mesmo grupo tomou conhecimento agora de que o próprio Toffoli determinou ao Banco Central o envio de cópia de todos os relatórios de inteligência financeira (RIFs) elaborados nos últimos três anos. Mais de 600 mil dados de pessoas físicas e jurídicas estão em suas mãos, o que, segundo membros do Grupo, pode motivar uma espécie de filtração dessas informações, beneficiando uns em detrimentos de outros à critério apenas dele próprio.
A preocupação desse Grupo da OCDE é que a suspensão de milhares de investigações possa inibir o combate efetivo à corrupção, à lavagem de dinheiro, beneficiando a ação de grupos terroristas e outros criminosos do colarinho branco. Caso essa situação persista, o Grupo de Trabalho sobre Suborno não descarta a aplicação de medidas contra o Brasil, incluindo-o na lista negra. Seriam em vão os esforços do nosso país de se integrar na comunidade econômica internacional um sonho ainda mais distante.
Enquanto o presidente Bolsonaro parece acertar no cravo, incluindo o Brasil em várias rodadas de negociação pelo mundo, a justiça, ou o a própria Suprema Corte, desfere um golpe errado na ferradura.
Para o nosso filósofo de Mondubim, o que um presidente parece fazer com as mãos o outro desfaz com os pés.
A frase que foi pronunciada:
“O juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis.”
Platão, filósofo e matemático do período clássico da Grécia. 429 a.C.
Nova Era
Empresas anunciantes se unem pelo desenvolvimento do país contra o “quanto pior, melhor” e suspendem contratos de publicidade com os meios de comunicação que têm se mostrado inerte em relação à divulgação das mudanças positivas feitas para um país melhor. A omissão de notícias, a falta de apoio à vontade popular pelo fim da corrupção ou mesmo programas onde a instituição familiar é atacada são os pontos que têm convencido o encerramento dos contratos.
Stopover
Em parceria com a TAP, governos do país entrarão no circuito stopover. Trata-se de uma forma para atrair turistas de todo o mundo. Da mesma forma como existe em alguns países da Europa, o stopover dá ao viajante a oportunidade de permanecer no país entre 2 a 5 dias, conhecendo várias regiões sem que precise pagar novas passagens. A intenção é divulgar as praias brasileiras e também o pantanal e cerrado. O governador Ibaneis está animado com a novidade.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Esta, vale também como argumento para os que querem a volta da capital. E mais: nós temos em reserva, a todo instante, 90.000.000 (noventa milhões mesmo) de litros d’água em estoque para abastecimento da cidade. (Publicado em 06/12/1961)