Desafio do farol

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Provavelmente o presidente Jair Bolsonaro conheça toda a trama nos bastidores criada pelo país asiático, para seguir a vida visitando as pessoas de baixa renda e sentindo o drama do povo brasileiro de perto. Por isso, para o chefe da Nação, que vê o dedo do socialismo cada vez mais perto, ameaçando a liberdade do país com uma doença de patente conhecida, vê a compra de rede de televisão, e o dinheiro correndo para comprar o silêncio. Bolsonaro segue com sua teimosia para chamar a atenção, em primeiro lugar, do exagero de informações falsas entrelaçadas com verdadeiras. Todas as mortes precisam ser anunciadas com as doenças pré-existentes nos pacientes. Raramente adotam essa prática. Pouco se comentou sobre general Heleno, com mais de 70 anos, que está de volta à ativa, como prova de que o mal não é do tamanho que desenham.

Quer o chefe do Executivo, comandar o combate à doença com racionalidade e apoio total da população. Já disse que não está incomodado com a popularidade, o que é um caso raro. Já disse também, que outros países não são o Brasil. Tem a temperatura, clima, diferente. Um tempo enorme do horário nobre foi dedicado ao Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para todos os esclarecimentos. Logo depois da fala, locutores criticaram novamente o governo, deixando uma interrogação se estão do lado de partidos ou dos brasileiros. Se há reclamações que o presidente confunde a população, essa postura também confunde. Dezenas de minutos o ministro usou para esclarecer as premissas sobre a doença. Quando acaba de falar, o criticam.

É importante que se reconheça a equipe escolhida pelo presidente Bolsonaro, principalmente da Saúde e da Economia. Estão sendo profissionais, apartidários e competentes como o povo brasileiro merece. O ministro Mandetta prega o confinamento, mas os repórteres que tanto criticam o presidente também estão nas ruas, registrando os fatos para conhecimento da população. Os jornalistas não podem parar, nem médicos, padeiros, caixas de supermercados, lixeiros, carteiros, e assim se estende a classe que sai nas ruas. O presidente saiu também. Estava trabalhando. Pela lupa, o confinamento não é total. Há os que se protegem e protegem a população e há os que precisam trabalhar e tomam os cuidados necessários para se proteger e proteger a população. Como dizia Clarice Lispector, “Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.”

Por tudo o que o presidente diz acreditar, é ele o político mais exposto à crise de saúde pública. Tem tido coragem e coerência para manter o que pensa e pelo visto reluta para mostrar verdadeiramente para a população a história como ela é. É preciso que os brasileiros despertem com inteligência, prudência e sabedoria para enfrentar essa guerra.

Em qualquer cenário alcançado pela praga, o presidente será atingido. Se morrerem mais brasileiros por conta unicamente da doença ou se a situação econômica ficar insustentável, em quaisquer das hipóteses, seu governo precisará agir. Ao sair às ruas, Bolsonaro sabe dessas variáveis e arrisca sua vida e a vida daqueles que o seguem nessa cruzada em prol da saúde econômica do país. À bem da verdade, o presidente não tem muita escolha nesse momento. Se não sai às ruas para tranquilizar a população, prometendo à volta ao trabalho, a imprensa e a oposição caem em cima dele. Se ficar recolhido no Palácio da Alvorada, o mesmo acontece.

O fato é que, enquanto o presidente não encontrar um farol seguro de onde possa orientar a população a chegar à um bom porto, parte da imprensa e da oposição não darão trégua. Há o problema diplomático, mas quem torce pelo Brasil acredita que o alto desse farol anunciará a solução a tempo de desviar o país da rota que compromete o bem mais valioso de um povo: a liberdade.

 

 

–> Para mais informações sobre, leia Escola de samba da China 2020 – dossiê COVID-19 em 5 atos

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A verdade o libertará, mas primeiro o irritará.”

Joe Klaas, de Doze Passos para a Felicidade

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Enquanto isto, o Ministério das Minas e Energia continua a toque de caixa nos preparativos para a mudança para a Asa Norte. (Publicado em 04/01/1962)

Quarentena abençoada

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Foto: estadopolitico.com

 

Em meio à quarentena, um tanto forçada por avaliações antagônicas, algumas inclusive sensacionalistas, o presidente Jair Bolsonaro, mais uma vez, usou da caneta, como chefe do Executivo, para favorecer sua principal base política dentro do Congresso: a bancada da Bíblia, mais precisamente a ala dos evangélicos ou neopentecostais. Católicos continuam na regra antiga.

Com essa medida, ficaram liberadas, das medidas de isolamento social, essas igrejas e, por tabela, as casas lotéricas, onde muitos fiéis pagam seus carnês mensais dos discutíveis dízimos. Mesmo que os cultos onde haja reunião de pessoas continuem proibidos, essa medida veio em meio a grande pressão exercida pelos autodeclarados apóstolos ou pastores desses templos que, desde o início da quarentena, vinham se queixando, pelo rádio e pela televisão, da diminuição do fluxo de dinheiro que normalmente recebem dos crentes em templos espalhados por todo o país e até do estrangeiro.

Não foram poucas as vezes em que esses líderes religiosos assumiram seus púlpitos, solicitando e mesmo desafiando as autoridades, clamando contra as medidas do isolamento social, chamando, abertamente, seus seguidores a desobedecerem a essas restrições e a comparecerem nos templos.

Incluída agora entre as entidades dispensadas dos rigores da quarentena, as igrejas evangélicas e seus dirigentes desafiam abertamente tanto as orientações de muitos políticos dentro do Congresso, como abrem uma frente de litígio direto com muitos governadores. Já não bastava a contenda entre Executivo e Legislativo, agora fica explícita a força política desse segmento. Análises políticas concluem que, de forma cabal, essas entidades, pelo poder de arrebanhar grande número de fiéis/leitores, é hoje um poder dentro do poder.

Curioso, contudo, é notar que essas mesmas igrejas e principalmente seus pastores constituem hoje o principal alvo de crítica da maioria dos internautas no país, justamente pela maneira, até descarada, com que insistem na cobrança do chamado dízimo, o que deve ser dado de coração, não como obrigação.

Também não é segredo para ninguém que esses pastores estão hoje no topo da lista de milionários brasileiros, com a diferença, em relação à maioria dos empresários bem-sucedidos, de que são declarados invisíveis quando o assunto é prestação de contas com o leão e com outras instituições fiscais do Estado.

A fragilidade política e mesmo o esfacelamento do antigo partido que levou Bolsonaro ao poder, somada aos constantes atritos entre o chefe do Executivo e parte dos parlamentares, justamente pelo fim do chamado presidencialismo de coalizão, de certa forma, tem isolado o presidente, transformando-o num alvo constante dos representantes da velha política.

Alguns desses políticos não escondem inclusive o desejo de levar adiante um processo de impeachment contra o atual presidente. Toda essa fragilidade dentro do Congresso acabou por empurrar o chefe do Executivo para os braços de algumas das mais polêmicas bancadas políticas, tanto da Bíblia, como das chamadas bancadas da Bala e do Boi, isolando o presidente, e com isso colocando em risco aberto a governabilidade do país e mesmo a democracia.

Obviamente que a busca de culpados nesses episódios de nada adiantaria nessa altura dos acontecimentos. O que se sabe, até agora, é que nem a oposição ao atual governo e nem mesmo o presidente e sua equipe conseguiu convencer toda a população a ficar indefinidamente presa dentro de casa.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O que debilita mais rapidamente do que trabalhar, pensar, sentir sem uma necessidade interna, sem uma profunda escolha pessoal, sem alegria, como um autômato do “dever”? Chega a ser uma receita para a decadência e até mesmo para a imbecilidade.

Nietzsche, filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano do século XIX.

Foto: Wikipedia

 

Máscara

Está lá. O vídeo de como máscaras são feitas. Não se sabe o país. Mas dá para se ter uma ideia de como o mundo é servido. Veja a seguir.

 

Documento

Veja no link Coronavirus, studio dell’Università di Torino: assumere più vitamina D per ridurre il rischio di contagio um estudo sobre a vitamina D e o Coronavírus. A Universidade de Turim percebeu que grande parte dos atingidos pelo Covid-19 tinham carência da vitamina.

 

Perigo

Vírus oportunista instalado nas redes sociais é o maior mal em tempos de guerra. Cuidado! Busque a verdade.

Charge do Jean Galvão

 

Aos lixeiros

Aos lixeiros que minimizam essa crise trabalhando normalmente, devemos o nosso respeito. Vidros quebrados e descarte perigoso devem ser acomodados em garrafas pet cortadas e depois remendadas. É uma forma simples de proteger essa classe, quase invisível, mesmo andando dependurada nos caminhões sem segurança nenhuma e respirando lixo enquanto trabalha.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Falta, agora, o governo federal cumprir a promessa do reinicio das obras do IAPM e IAPFESP, ambos os Institutos com novos presidentes. (Publicado em 04/01/1962)

Gráficos de vida e morte

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Videoconferência dos líderes do G20 (Foto: Marcos Corrêa/PR)

 

Pouco se sabe como trabalha ou que estratégias adota no momento o chamado Gabinete de Crise, criado pelo Executivo para coordenar os esforços no combate à pandemia do Covid-19. Faltam, nos meios de comunicação, referências a esse grupo de trabalho ou como executam tão ampla tarefa.

Por certo, a discrição e o sigilo devem compor parte dessa estratégia de trabalho. Tudo é possível nesse momento em que os direitos individuais parecem estar suspensos, soltos no ar. De qualquer maneira, não seria uma má ideia esse grupo extraordinário criar uma ponte permanente, em âmbito internacional, trocando e colhendo informações preciosas de experiências e avanços obtidos em outros países que passam pelo mesmo problema. É importante que os brasileiros recebam informações a respeito.

O que acontece agora, com a instalação sincronizada dessa crise em todo o planeta, vem provar a tese de que, mesmo as eleições que são ganhas com certa facilidade, sem muito dispêndio de recursos ou lábia, não significam uma governança tranquila e sem maiores sobressaltos. Exemplos desse fato são abundantes na história brasileira e parecem não ter ensinado nada aos políticos.

Nas próximas semanas, dois gráficos estatísticos poderão ilustrar e testar, com precisão matemática, a evolução de fenômenos distintos, mas que estarão umbilicalmente ligados pelo destino. A depender da orientação desses gráficos, o futuro político do presidente Bolsonaro estará selado de forma definitiva.

De fato, à medida em que a curva estatística apontar o crescimento no número de pessoas infectadas e de mortes, expondo as mazelas conhecidas do nosso sistema de saúde pública, noutro gráfico estarão indicadas automaticamente e em sentido contrário também o declínio na credibilidade do atual governo. Por isso, não há exagero em afirmar que o Covid-19 veio para testar, na prática, o governo de Bolsonaro. Não a sua saúde física, de atleta, mas a sua saúde política.

Depois do pronunciamento em cadeia nacional, o presidente expôs seu governo ao contágio de 220 milhões de brasileiros, expondo-o abertamente na fronteira entre o vírus e a economia do país. É nessa divisão de terrenos que estarão sendo jogados todo o futuro do bolsonarismo. Mesmo que ele não se importa para o que digam sobre ele. Há a impressão de que ainda não se deu conta que é preciso ser ele mesmo e Presidente da República. Pelo o que se tem visto até aqui, os adversários políticos não irão medir esforços, mesmo que tenham que passar por cima de possíveis cadáveres, para atingir o palanque mais próximo.

Com muito esforço, é possível que os panelaços que se anunciam e que, em grande parte, são induzidos por redes de televisão contrárias ao governo, podem, no desenrolar da crise, ganhar vida própria, empurrados pelo pânico ou pelo descontrole no combate à pandemia.

Falar em próximas eleições nesse momento é, além de sandice, desconhecer que 2022 chegou mais cedo. Com isso, é possível dizer que o atual conjunto de políticos está sendo avaliado nesse exato instante. A população enclausurada está de olhos postos nas autoridades, conferindo cada movimento. Quem sobreviverá?

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A constante pressão do tempo não é o menor dos tormentos que envenenam a nossa existência. Ela mal nos permite tomar fôlego e logo nos persegue como um bedel munido de chicote. A perseguição cessa apenas para aquele que foi entregue ao tédio.”

Schopenhauer, filósofo alemão, 1851

Arthur Schopenhauer. Pintura de Jules Lunteschütz, 1855.

 

Novidade

Buritizinho, Mangueiral, Paranoá Parque, Vale do Amanhecer e Ceilândia recebem um aporte para a construção de Unidades Básicas de Saúde que deverão estar prontas até 31 de dezembro deste ano.

 

Lado bom

Recebemos, de dona Terezinha Bleyer, uma postagem mostrando a banda da Polícia Militar fazendo uma serenata pelas ruas de Florianópolis. Emocionou a população. Veja a seguir.

 

Impressionante

Se no Paranoá não houver pico da doença lotando o hospital local, o presidente Bolsonaro estará certo. Crianças, idosos, todos andando pela rua despreocupadamente, lojas abertas, tudo absolutamente normal.

 

Do carro

Igrejas que já sabem que ser serviço essencial não abrem mão de proteger seus fiéis. Veja a seguir como estão sendo feitas as confissões na paróquia Nossa Senhora da Saúde, na Asa Norte.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

No IAPI tomou posse o Conselheiro Alves, da presidência do Instituto. É uma esperança para o Instituto que reune quase por 80 por cento da Previdência Social. Que seja mais amigo de Brasília, fugindo às normas do seu antecessor, que fez tudo para que a autarquia voltasse para o Rio. (Publicado em 04/01/1962)

Governar pelo exemplo

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Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

 

Uma das primeiras e mais fidedignas fontes de informação que se tem notícia, foram as janelas das casas, por onde as pessoas espreitavam a movimentação e a vida mundana das ruas. Desse modelo veio o que costumeiramente se dizia: pelas frestas das janelas, olhos e ouvidos atentos estão sempre a vigiar o mundo. Nada escapava a essas repórteres naturais do passado que, protegidas pela escuridão, perscrutavam o vai e vem de pessoas, mesmo durante a madrugada. Ficaram tão especialistas nesse mister de anos, que mesmo sem enxergar direito as ruas mal iluminadas, identificavam os personagens apenas pelo som característico do caminhar de cada um. Era uma época em que o vagar lento das horas permitia esse interesse pelas pessoas e pelo o que acontecia à volta.

Hoje, esse espreitar o mundo se ampliou de tal forma nessa aldeia muito além da vizinhança imediata. Nessa vizinhança planetária, as pessoas sequer se conhecem uma as outras ou mesmo se cumprimentam, mas ainda não perderam o interesse pelo que acontece a cada um. É esse o mundo virtual que estamos imersos e que imaginamos vir a conhecer na sua totalidade, que esquadrinhamos agora pelas frestas da grande janela da Internet, protegidos por um anonimato que acreditamos ser seguro.

O que vemos lá fora não são mais pessoas que conhecíamos, mas multidões sem identidade e que chegamos a suspeitar que sequer existam na vida real. Essas lembranças do que acontecia no passado e que parecem acontecer hoje, também por outros meios, vêm a propósito dos recentes panelaços que voltaram a ocorrer por todo o país e que agora, em tempos de quarentena, parecem rugir com mais raiva ou amor contra e a favor do governo.

De modo até anacrônico esse bater em panelas, parece nos remeter a um ritual primitivo, de rufar de tambores, isso em plena era da tecnologia. Das mesmas janelas que antes espiavam silenciosas o mover da vida modorrenta nas cidades coloniais, hoje se voltam a protestar contra o atual governo. Se um chefe da nação faz troça do que ocorre a seu redor, faz pelo exemplo, com que a população acredite que tudo é fabricado pela mídia. Que se houver uma pesquisa minuciosa e diligente será descoberto que nenhum paciente faleceu unicamente por causa do coronavírus, na verdade faleceu pela vulnerabilidade da saúde, não importando a idade. Fará com que a população acredite que tudo não passa de uma guerra fria, testando o limite dos países, a queda da bolsa, os mercados caindo, petróleo, preços de commodities e principalmente as reações e iniciativas de seus líderes. Fará com que seus eleitores duvidem da seriedade da pandemia lembrando o H1N1 que veio e foi na mesma rapidez, atendendo interesses escusos em seu rastro. Ou mesmo que comunistas são mentirosos compulsivos por natureza.

É preciso que o presidente, nesse momento, comece a cuidar da performance de seu governo, não pondo em dúvida os cuidados com sua população.

Se a única forma de desacelerar o vírus é evitar multidão, transporte público, áreas de convívio social, então estimular essas iniciativas é primordial. O Covid-19 foi considerado Pandemia pela Organização Mundial da Saúde, não pelo resultado da doença, mesmo porque gente saudável não está no grupo de risco. Até que se descubra a vacina, o Covid-19 é pandemia pela forma rápida com que se espalha. Um espirro fora da dobra do braço, a mão num corrimão, numa maçaneta, numa caneta, o contato com outras pessoas, um prato ou talher mal lavado. Isso sim, causa a disseminação do vírus e chega aos de saúde frágil já que é um vírus assintomático.

Tudo isso demonstra, de forma inequívoca, que está claro que a ordem pelo excesso é mais indicada que a negligência. Se a culpa é dos chineses, que se use a criatividade para conduzir essa situação, não com piadas, provocações, mas com a inteligência e atitude.

Nesse período de quarentena, em que os brasileiros puderam dispor de mais tempo para observar de casa o que vai para além das janelas, milhões de olhos, ouvidos e panelas nas mãos estão a postos e focados no governo e nas autoridades. Todo o cuidado nessa hora é pouco.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Ao final das contas, quando a gripe sumir, vamos ver mais falidos que falecidos.”

Dona Dita, com os seus botões, procurando um shopping, um restaurante ou uma academia aberta.

Foto: Helio Montferre/Esp. CB/D.A Press

 

Urbanidade

Empresas de ônibus, nesse momento de crise, deveriam ser obrigadas a triplicar a frota sem aumentar o preço. Não é possível recolher os carros e deixar a população engalfinhada nos metrôs. Agora é a hora de abrir mão dos lucros, como todo comerciante está involuntariamente fazendo.

CMTC reduz frota de ônibus por diminuição da demanda por causa do coronavírus em Goiânia (Reprodução: g1.globo.com)

 

Proatividade

Desde maio de 2017 que o Senado Federal está preparado para o tele trabalho. A regulamentação que traz o Ato da Comissão Diretora 8/2017 e o Ato do Primeiro Secretário 2/2017. Pessoal da tecnologia está sempre disponível para atender a demanda. Essa é a razão da tranquilidade dos Senadores para votar fora do Congresso e ter a saúde resguardada.

Foto: Jane Araújo/Agência Senado

 

Vá de retro!

Caesb surpreende com a conta. Dessa vez nem é o valor. Mas o juízo de valores médicos. Veja a seguir. A conta traz a informação. “Tosse por mais de 3 semanas pode ser tuberculose”.

 

Verdade

Depois de sacudir a caixa de marimbondos, o filho do presidente resumiu uma das últimas publicações do médico que divulgou para o mundo o que acontecia na República Popular mais falada ultimamente. “Uma sociedade para ser saudável, não pode ter apenas uma só voz.”

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os anúncios da vinda do sr. Jânio Quadros são desencontrados, porque os “viúvos” não têm informação, coisa nenhuma. Todos eles estão sacando. O “professor” vai chegar de surpresa, porque não quer testes. (Publicado em 04/01/1962)

O vírus contra a animosidade dos gigantes

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Há males que vêm para o bem, repetia o filósofo de Mondubim lembrando o ditado antigo e conhecido de todos. Talvez esse seja exatamente o caso da declaração de estado de pandemia no Ocidente, feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por conta do Covid-19, que vem se espalhando com grande rapidez pelo planeta.

No nosso caso particular, esse novo momento experimentado pelo acender da luz vermelha na saúde, ao adentrar o Brasil, se deparou com uma fortíssima e perigosa crise política e institucional que parecia ameaçar seriamente nossa democracia. A crise opondo o Poder Executivo contra o Legislativo e o Judiciário vinha num crescendo, cujo o ápice, se anunciava, seria marcado pelas manifestações desse domingo.

Vindo do outro lado do mundo, o perigo da doença conseguiu internamente a proeza de induzir as diversas partes dessa contenda de decretar um armistício provisório, impedindo, por meio de uma lei emergencial, a concentração e aglomeração de pessoas em praças públicas.

É verdade também que muitos manifestantes que pretendiam se reunir em todo o país, para defender bandeiras contra alguns políticos do Congresso e contra certos magistrados da suprema corte, acharam, pelo bem comum e por conta própria, adiar as manifestações de rua. O contágio nessas aglomerações pode ocorrer com muita facilidade.

Nessa altura dos acontecimentos, muitos já sabem que o poder de transmissibilidade desse vírus é bastante alto, o que serviu como a decretação para baixar as armas. Os alvos desses protestos logicamente se viram aliviados, já que as previsões, mesmo as mais pessimistas, davam conta de que as manifestações seriam significativas por todo o país.

Caso viessem a ocorrer como estavam sendo planejados, os protestos aumentariam, ainda mais, a pressão sobre esses personagens, elevando a temperatura da crise institucional, apontando para um desfecho impossível de prever, mas de consequências certamente trágicas para todo o país.

O descrédito de magistrados e políticos perante a população é um dado inconteste e que vem num crescendo rápido desde a posse do atual presidente da República. Boatos vindos de toda a parte falavam inclusive de um golpe que estaria sendo urdido pelo chamado Centrão e que implantaria, de forma enviesada, um parlamentarismo branco, numa manobra que contaria também com o apoio da suprema corte.

Do lado do Executivo, as vozes do passado, afirmava a boataria federal, estariam tramando a volta dos militares ao poder, afim de conter a crise entre os Poderes. Boatos ou fake news, o fato é que todos aqueles analistas políticos que acompanharam de perto o desenrolar dessa crise, diretamente dos bastidores, concordavam em comum com um prognóstico sombrio sobre o desenrolar desses acontecimentos. Bastou um vírus microscópio para arrefecer a animosidade desses gigantes, pondo todo o mundo para correr.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:  

“Não há choro no Beisebol.”

Tom Hanks, ator norte americano, citando a fala de um filme depois que o teste deu positivo para o coronavírus.

Foto: Reprodução / Instagram

 

Visita

Deputados federais e senadores esperam que o ministro da Economia Paulo Guedes leve o texto sobre a Reforma Tributária na terça-feira. Também aguardado na reunião da Comissão Mista, o Secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto. Há expectativa para a proposta de unificação de PIS e Cofins. A informação é da Câmara dos Deputados. A reunião está marcada para às 14h30, no plenário 19 da Ala Senador Alexandre Costa, no Senado.

Imagem: REUTERS/Diego Vara

 

De mão em mão

Uma página com sugestões no trato dos livros publicada pela American Library Association é adotada por várias bibliotecas do mundo. Tracie D. Hall fez uma declaração sobre o assunto. Vejam os detalhes no link Preparação das bibliotecas ante ao Coronavírus.

 

 

Comportem-se

Esqueceram de avisar ao Partido dos Trabalhadores que não haverá manifestação. O movimento dos Sem-Terra chegou com tudo para participar do vazio. Certamente a mortadela e o pãozinho estão garantidos. Por outro lado, já criaram a hashtag #desculpe Jair, mas eu vou.

Foto: Marina Duarte / Brasil de Fato

 

Mas estava certa!!!

Matando as saudades dos discursos de dona Dilma, dá para ver o aperto que passou a tradutora. Falando qualquer coisa com coisa nenhuma, a pobre profissional esboçou um sorriso para implorar a troca da frase: “Veio para destruir a destruição da soberania nacional.” Veja no vídeo a seguir.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Diversos centros agrícolas e industriais do Brasil estão procurando, em Brasília, mão de obra para o Paraná, Estado do Rio e Rio Grande do Sul. Há, entretanto, um empecilho: é que a Novacap está distribuindo alimentação gratuita, e ninguém quer ir embora. (Publicado em 17/12/1961)

Desviar os olhos do próprio umbigo e vislumbrar o futuro do Brasil

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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

Comentaristas políticos, que analisam a cena nacional com lupa de grosso cristal têm razão quando observaram que, ao longo de quase trinta anos sentado numa cadeira da Câmara dos Deputados, o presidente Bolsonaro, nesse ofício, aprendeu pouco, mas não esqueceu nada também. Talvez motivado por uma espécie de auto isolamento que impôs a si, exilando-se da maioria das negociações e acordos que constantemente ocorrem naquela Casa, o atual presidente jamais figurou em lista alguma como parlamentar de destaque, resumindo sua atuação à defesa das Forças Armadas, de onde era oriundo, e às Polícias Militares, fazendo coro junto à Frente Parlamentar da Segurança Pública.

Aliás é esse mesmo grupo, conhecido como Bancada da Bala, que, no atual governo, passou de algo em torno de 100 deputados para 308 integrantes que mais têm sido fiel às propostas oriundas do Executivo. Ainda assim, a atual crise opondo o Palácio do Planalto e o Congresso em torno dos recursos do Orçamento demonstrou, na prática, que o presidente parece não ter aprendido e aperfeiçoado a arte da negociação política. O que pode ser bom para o povo brasileiro com uma mudança radical na performance de se governar ou, o outro lado da balança, pode despencar com as manobras já conhecidas para tirar da corrida quem rejeita as regras.

Até mesmo a formação de seu gabinete, ocupado em boa parte por militares, deixa claro que o trânsito do atual presidente em meio a classe política é restrito. Essa pode ser uma característica boa para sua biografia e pode, ao mesmo tempo ser um entrave e tanto em seu governo. Ao fechar a porteira do Estado ao atacadão do toma lá-dá-cá, rejeitando o tradicional presidencialismo de coalizão, o presidente se colocou, sabidamente, numa posição em que ele se veria, mais cedo ou mais tarde, refém do Legislativo, toda vez que qualquer negociação fosse posta sobre à mesa. Esse mesmo Legislativo que assina o preâmbulo da Constituição como ‘representante do povo”.

Nesse ambiente hostil de parte a parte e em que o próprio Palácio chegou a admitir a existência de clima de chantagem explícita, a história do presidencialismo no Brasil ensaiava se repetir como farsa, ao se ouvir, no meio das raposas políticas a palavra, impeachment por suposto crime de responsabilidade. O caminho mais curto para alcançar um impeachment de um presidente é pela ausência de uma bancada expressiva no Congresso. Essa regra é conhecida. A senha para contornar essa deficiência numérica no Legislativo, foi usada, mais uma vez ao apelar pelo apoio das ruas.

Seguindo o mesmo roteiro já ensaiado por outros presidentes, essa tem sido uma espécie de botão vermelho do pânico, quando a situação ameaça sair do controle. Nessa legislatura, as mídias sociais eletrônicas refletem o que pensa a população, não mais seus representantes no Congresso.

A convocação pelas manifestações do próximo dia 15, pode até mostrar uma resposta satisfatória a esse pedido de SOS vindo do Palácio, mas, sobretudo, deixa patente a deficiência do atual modelo de presidencialismo e de relação entre os Poderes. Essa situação de ameaças recíprocas chega ao paroxismo, quando se sabe que com negociação haverá necessariamente o retorno antiético do balcão de negócios. Sem essas negociações o que se tem é o impasse e as chances de um novo impeachment no horizonte. É essa lógica marota, popularmente conhecida como “dá ou desce”, que, nesses tempos de baixaria, é preciso ser debelada o quanto antes, à bem do futuro do País.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Como amigo tenho uma série de imperfeições, mas como inimigo, sou perfeito.”

Jânio Quadros, ex-presidente do Brasil

Foto: senado.leg

 

Urnas

Essa questão de desconfiança na veracidade das eleições, proporcionadas com a adoção das urnas eletrônicas, ganhou maiores repercussões com trocas de acusações entre defensores e detratores do modelo, a partir das eleições de 2014, quando o tucano Aécio Neves perdeu as eleições para Dilma Rousseff por uma pequena margem de votos. De fato, qualquer candidato que acenda a chama da discussão sobre a violabilidade das urnas, um vento carregado de interesse escuso a apaga.

Charge: averdadequeamidianaomostra.blogspot.com.br

 

Pela democracia

Para o TSE, a instalação do voto impresso em todo país exigiria um investimento de até R$ 1,8 bilhão por eleição. Na ponta do lápis, a democracia vale muito mais do que o que já foi decomposto pela corrupção.

Charge: almirquites.blogspot.com.br

 

Na prática

Peritos da Polícia Federal defendem o voto impresso.  Já aconteceu de um representante dos peritos ter extraído a chave secreta que protege as urnas eletrônicas e enviado ofício para os políticos que defendem o voto impresso sobre as possibilidades de fraudes nas urnas.

Charge: Bessinha

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Condói a qualquer ser humano ver um semelhante com fome, mas a solução menos indicada é humilhar um homem sem trabalho, com um prato dado de graça para que ele possa viver. (Publicado em 16/12/1961)

Respeito é bom

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Foto: Montagem/Reprodução (otvfoco.com)

 

Não se sabe exatamente de quem foi e do onde partiu a “grande ideia” da utilização do humorista Márvio Lúcio, vulgo Carioca, para imitar os trejeitos do presidente Bolsonaro na porta do Palácio da Alvorada. Seja de quem for, um fato é certo: contou com a aprovação do próprio chefe do Executivo, o que, por si só, remete a uma série de questionamentos outros que vão da chamada liturgia do cargo até outras de caráter puramente ético e institucional.

Primeiro, porque se utilizou de toda a estrutura da Presidência da República, como carro, seguranças e outros meios públicos para uma encenação que visava, conforme os estrategistas de guerra dessa paródia bufa, ridicularizar e humilhar o trabalho dos jornalistas que são obrigados, pela profissão, a buscar novidades vindas diretamente do chefe da Nação. Não bastasse o fato desses profissionais serem constantemente mal tratados pelo staff militar do presidente, permanecendo em frente ao Palácio expostos ao sol e à chuva, dentro de gradil minúsculo, disposto bem distante do entrevistado, sofrem ainda com o humor ciclo tímico do presidente o que seria facilmente classificado, segundo a nova legislação sobre o tema, de assédio moral permanente, já que são obrigados a ouvir, sem retrucar, achincalhes, grosserias e outras respostas em que a mal educação parece esconder o baixo nível de informação e formação do atual ocupante do Palácio do Planalto.

Se a intenção grotesca era de dar prosseguimento ao achincalhe dos profissionais da imprensa, o humorista não cumpriu bem seu papel e ainda teve que engolir seco sua representação. Ignorado solenemente pelos jornalistas que ali estavam, insistiu em questionar se os profissionais da informação não tinham nenhuma pergunta a formular ao presidente fake. “Aproveita que o presidente é fake e perguntem, insistiu o humorista, já nitidamente sem graça pelo silêncio que encontrou. Diante da postura, absolutamente correta desses profissionais em não cair na armadilha preparada para eles, o humorista ensaiou se retirar de cena, visivelmente contrariado pelo vácuo gélido que encontrou pela frente.

O que para alguns poderia ser um momento de descontração em meio a uma grave crise institucional que se ergue no horizonte, a falta de decoro que visa atingir o direito da população a ser informada sobre o que ocorre nos bastidores do poder, beira à irresponsabilidade e, o que é pior, serve como mais um ingrediente para abastecer a oposição e todos aqueles que acreditam que esse não é um governo sério. De qualquer forma, cometida mais essa gafe que teve repercussão totalmente negativa no noticiário internacional, o melhor seria o presidente repensar sua postura com relação aos órgãos de imprensa, não por servilismo como faziam os outros presidentes, mas em respeito aos milhões de brasileiros que não acham graça alguma nessas performances do chefe do Executivo.

Nesse quesito, Bolsonaro deveria mirar no exemplo e na postura do ex-presidente General Geisel, a quem todos reconheciam ser um líder nato pelo respeito que naturalmente impunha e recebia de todos. Respeito, já dizia o filósofo de Mondubim, é conquistado não pela intimidação ou pelo medo.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A acusação é sempre um infortúnio enquanto não verificada pela prova.”

Rui Barbosa

Foto: academia.org

 

Perigo

Na barragem do Paranoá, um perigo na pista. Ou se desvia da cratera e colide com o carro da contramão ou um freio repentino pode ser arriscado a uma batida na traseira.

Foto: der.df.gov.br

 

Poeira e Batom

No Dia Internacional da Mulher, um programa para quem ama a cidade. Será exibido no Cine Brasília, dia 08/03 às 18h, os filmes Poeira e Batom e Mulheres do Café, em seguida um debate com a diretora Tânia Fontenele. Lado feminino da cidade, construído por bravas guerreiras que deixaram o conforto de onde estavam para pisar na terra vermelha e construir uma nova concepção de capital da República.

 

Cidadania

Mais material da auditoria cidadã chegando. Leiam, no link a seguir, a carta aberta sobre a independência do Banco Central. O objetivo é fazer valer a Constituição no que tange “o sistema financeiro nacional estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.”

Foto: bcb.gov.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E estas estradas sempre foram o grande perigo e o incentivo ao roubo nas obras da Ifocs, depois Dnocs. Fichavam dez mil operários em todas as obras, e as folhas de pagamento continham 30 mil nomes. (Publicado em 16/12/1961)

Intenções e propósitos

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Foto: jornaldacidadeonline.com

 

Intenção como um plano, uma ideia ou aquilo que se pretende realizar, tem sido, desde sempre, do ponto de vista de nossa classe política, um desejo a esconder propósitos ou, mais usualmente, tudo aquilo que pode render grandes vantagens aos seus proponentes, mesmo em prejuízo da imensa maioria da população.

Com relação a esse ponto e considerando a questão atual que envolve o controle de parte do Orçamento e que coloca em campos opostos o Executivo e a Câmara dos Deputados, algumas conclusões podem ser retiradas dessa afirmação. Primeira e mais importante: quais seriam as verdadeiras intenções por detrás do desejo da Câmara e das suas principais lideranças, em reter em mãos, R$ 30 bilhões do Orçamento da União, em ano eleitoral, e quando se sabe que esse montante faria imensa falta aos compromissos já pré-estabelecidos pelo Governo, comprometendo as contas públicas de maneira drástica?

Essa é realmente uma questão onde os princípios da matemática econômica e da contabilidade são deixados de lado, em nome de um pragmatismo político vantajoso apenas para 513 indivíduos e prejudicial para outros 200 milhões de cidadãos. Muito mais do que os princípios das ciências exatas dos números, esse é um exemplo claro de uma estratégia ardilosa a esconder reais propósitos. Como pode o Poder Legislativo, que redige as leis e ao mesmo tempo fiscaliza as ações do Executivo, se transformar, de uma hora para outra, em gestor do Orçamento que ele mesmo debateu, julgou e aprovou?

Muito mais do que o montante em jogo, trata-se aqui de um caso clássico de hipertrofia do Legislativo. Nessa toada, o próximo degrau seria aumentar esse valor a cada nova rodada anual de discussão sobre o Orçamento, seguindo a mesma fórmula, já realizada, de aumentos paulatinos dos fundos partidários e eleitorais. A cada ano, esse valor seria corrigido para cima, até a obtenção de 100% do Orçamento da União.

Nessa trilha é possível prever que, no fim dessa escalada, seria proclamando o sistema parlamentarista, branco ou de qualquer outro matiz da jurídica. Nessa sequência, o ministério da Economia seria declarado extinto e incorporado ao Legislativo. Todo esse imbróglio, aparentemente político, esconde uma queda de braço.

Ocorre com o atual governo pelo fim unilateral do chamado presidencialismo de coalizão. Esse fato foi agravado pelos recentes vazamentos de conversa em que um ministro do governo classificou o Congresso de fazer chantagens. Com a declaração desse conflito institucional, foi aberta oficialmente a temporada de aprovação de projetos bombas a serem lançados sobre o Palácio do Planalto.

Se esse é um ano eleitoral, é também um ano que, na agenda do país, consta uma manifestação popular preparada para o próximo dia 15 e que, pelo crescimento no número de adeptos verificado nas redes sociais, promete balançar as estruturas. O mais delicado nessa questão e nessa crise é que um novo protagonista, na forma de uma população bastante insatisfeita, parece ter entrado nessa briga para decidir a parada.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Os covardes podem até durar mais, mas vivem menos.”  

Sofocleto, escritor, político e poeta peruano.

Foto: reprodução da internet

 

Acorde

Encontro importante para quem tem dificuldades para dormir será realizado em Brasília de 13 a 19 desse mês. Sonos e sonhos melhores para um mundo melhor. Todas as informações disponíveis a seguir.

Cartaz: instagram.com/semanadosono

 

Obediência

Havia um semáforo em funcionamento perfeito e uma fila de pessoas do Partido dos Trabalhadores para atravessar a N2, na segunda-feira dessa semana. Um líder do grupo quis parar o trânsito para as pessoas passarem. O primeiro motorista da fila gritou: Espere o sinal fechar! E passou o sinal verde. Levou um tapa no teto do carro. Deve ter doído na mão do rapaz petista.

 

 

Aniversário

Seria um presente e tanto para Brasília – 60 anos, se o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, autorizasse a reedição do livro Arborização Urbana do Distrito Federal. Trabalho hercúleo de Ozanan Coelho. Todas as espécies da região catalogadas, com as dicas de plantio, frutos, sementes. Foi um sucesso a parceria entre o Senado e o GDF que merece ser repetido.

 

613 Sul

L2 IP é o nome do instituto de pesquisas que está aceitando receber pessoas com Doença de Crohn ou Retocolite Ulcerativa. Os inscritos vão receber remédios, agendar consultas e exames sem gastos. O telefone para mais informações é 3445-4300.

Print: l2ip.org

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os postes de iluminação do pátio de manobras do aeroporto já estão prontos. Falta apenas o gabinete do ministro mandar uma comissão técnica receber o trabalho executado. (Publicado em 16/12/1961)

A verdade como alvo

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Charge do Latuff

 

Ao leitor esclarecido pode até não importar de que lado se posiciona política e ideologicamente a linha editorial de qualquer órgão de imprensa, desde que não seja contaminado por ela. Importa, isso sim, que o respeito aos fatos e a verdade sejam seguidos sem titubeios. Ocorre que essa condição, por si só, já demonstra ser irreal. Praticamente todos os órgãos de imprensa expressam simpatias por uma ou outra ideologia. É quase impossível, em nosso país hoje, encontrar um veículo de comunicação que não possua, de forma clara ou dissimulada, uma preferência determinada por um partido ou uma ideologia política. A própria dependência econômica da imprensa em relação ao governo pode afetar sua linha editorial.

Com isso posto, logo de saída, é possível verificar que o referencial relativo à verdade dos fatos fica comprometida ou sujeito as tintas e matizes ideológicos existentes tanto internamente como de fora para dentro. Tão impossível quanto a crítica aos erros dos companheiros é o elogio aos opositores

Há muito se sabe que onde quer que esteja a verdade sobre um fato, não pode restar espaço para versões subjetivas e tampouco para explicações com viés do tipo político-partidário. A grande armadilha hoje a aprisionar, em nichos fechados, boa parte da nossa imprensa nacional e do restante do mundo, e consequentemente em gerar descrédito junto ao leitor, decorre basicamente dessa tomada de posição política. Aos órgãos da chamada imprensa livre, não cabe assumir posições políticas, qualquer que seja ela.

Ocorre que, mais uma vez, essa neutralidade inexiste. A razão chega a ser pueril. Pessoas em carne e osso fazem a imprensa e elas, logicamente, assumem posições e um lado. Fato inconteste é que uma impressa livre é fundamental para a sociedade. Sem ela não há democracia que valha nem cidadania digna do nome. Em tempos de explosão das mídias sociais e em que os fatos passam a ser divulgados até mesmo antes de acontecer, passou-se a exigir também uma nova postura a ser assumida pela imprensa tradicional.

Essa tomada de posição deve ser renovada tendo como ponto de partida e chegada apenas à verdade dos fatos. A ilustrar esses esclarecimentos preliminares, temos agora a crise que abala os Três Poderes da República.

Cada órgão de imprensa escolheu seu lado nessa batalha de versões. Falam tanto em tentativa de implantação de uma ditadura nos moldes militares, pelo Executivo, como numa hipertrofia do Legislativo, contrariado pelo não atendimento de seus pleitos e ganâncias. Falam em parlamentarismo branco com apoio e aval do Supremo. Falam também em revolta popular instigada pelo próprio presidente da República, diante do reconhecimento de sua fragilidade contra a investida de outros poderes e dos próprios políticos contrariados.

Nessa questão multifatorial, a busca pela verdade torna-se uma tarefa árdua, pois ela se espraia por diversos pontos. Numa analogia próxima, seria como se um arqueiro ao lançar sua flecha e atingir o centro do alvo, desprezasse todo o infinito espaço que circunda esse ponto e que também integraria o alvo.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Esconder a verdade é tão ruim quanto alimentar a mentira faz crescer músculos duros.”

Israelmais Ayivor, página principal dos líderes: ideias de liderança de 21 pensamentos de Martin Luther King Jr.

 

Em ordem

Só indo para compreender. Impressionante o que fez o governador Rollemberg em Sobradinho na área conhecida como Buritizinho. Moradores em área de risco aguardaram a infraestrutura da região, foram transferidos para lá e depois receberam a escritura.

Foto: sejus.df.gov

 

Para a imprensa

WhatsApp do Ministério da Saúde disponibiliza número de aplicativo para tirar dúvidas e desmentir boatos: as fake news. Se você receber alguma mensagem sobre doenças e tratamentos, pode enviar para o ministério e checar se é verdadeira. O número é (61) 99289-4640.

Página oficial da SESDF no Instagram

Jogos Paralímpicos

Alana Maldonado é o nome mais falado no judô do Brasil.

 

UnB

Subiu demais o preço do Restaurante Universitário. Alunos reclamam.

Foto: ru.unb.br

 

História de Brasília

Há o caso de vários operários de uma obra, que pediram as contas e foram para a fila da Novacap. (Publicado em 16/12/1961)

Fumaça à vista

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Aquele que não aprende com as lições da história e da vida, já dizia o filósofo de Mondubim, está condenado, contra a própria vontade, a repetir os mesmos erros, transformando seu destino numa farsa insuportável. Advertência como essa, serve tanto para um indivíduo como para uma nação inteira.

No caso das manifestações populares, programadas para acontecer em 15 de março, esse aforismo tem o atual governo como o endereço certo. De quebra serve também para todos aqueles envolvidos nesses acontecimentos, tanto para aqueles que querem ver o país pegar fogo, como para os que sonham em tirar proveito dessa situação.

Cabe ao governo e a todas as autoridades, com responsabilidade sobre os destinos do País, cuidar para que o Estado siga firme no caminho da estabilidade institucional. Exemplos vindos do passado ensinam que qualquer desvio de rota ou atalhos a opções fora do script da Carta Maior, as consequências indesejáveis tendem a recair, de forma inexorável, sobre os ombros da sociedade.

Tem havido muito cruzamento de informação, o que só tem servido para aumentos e distorções da verdade. Hoje é preciso ficar atento às ciladas representadas pelas redes sociais, principalmente pelos mecanismos de plebiscitos instantâneos, como modelos para democracia do tipo direta. As vozes das ruas, muitas vezes soam como cânticos de sereias, atraindo incautos para o fundo do poço.

O apoio recebido das mídias das mídias sociais nas eleições é uma coisa, outra, muito diferente, é e apoiar nesse mundo virtual para mudança de trajetória. Boatos ou não, o fato é que o noticiário em todo o país, tem chamado a atenção para o aumento preocupante de tensão entre o Poder Executivo e o Legislativo.

É verdade que desde que assumiu, o presidente Bolsonaro não tem tido uma boa relação com o Congresso. O motivo, segundo quem acompanha de perto as atividades diárias desses poderes, estaria na mudança de rumos adotada pelo atual governo com relação ao modelo de presidencialismo de coalizão.

De forma sucinta, o Palácio do Planalto teria cerrado as portas do antigo balcão de negócios, do toma lá da cá, interrompendo uma prática nefasta e antiga, que permitia o prosseguimento tranquilo da governabilidade. Sem uma base disciplinada e coesa dentro do Congresso, o presidente navega em mares revoltosos dentro da Câmara e do Senado, numa reedição, mal arrumada do que foi o governo Collor.

Por outro lado, tem razões de sobra o governo, que pela boca do general Heleno, reconheceu que o Executivo está acuado e se julga chantageado pelos políticos. Para piorar uma situação que é tensa, é sabido que o presidente Bolsonaro tem atrás de si a pressão de seus filhos, inexperientes nas artes de governo e pouco afeitos ao entendimento.

O loteamento de postos chaves do Palácio do Planalto por militares de alta patente, é outro complicador nessa questão. Principalmente para quem não coloca o país em primeiro lugar.

Para os políticos também a situação é delicada. Desde sempre se sabe que o que os políticos mais temem é povo nas ruas, principalmente para aqueles políticos que só mantêm relação pessoal com a população em épocas de eleições.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A verdade sai do poço, sem indagar quem se acha à borda.”

Machado de Assis, escritor brasileiro

Foto: escritas.org

 

Resultado

Paulo, Marcos, e outros funcionários de quiosques da Mc Donald’s agradecem a notinha da coluna onde reclamava um banco para os empregados se sentarem. Hoje não são mais obrigados a trabalhar em pé.

Foto: brandinginasia.com

 

Sem manutenção

Na Estrada Parque Paranoá Norte- DF 005, perto da curva da dona Dionísia, há crateras perigosas principalmente para motoqueiros.

 

 

De boa

A nota abaixo trata de um problema social que acontece com o Bolsa Família. Muita gente opta só pelo benefício que dá perfeitamente para sobreviver em troca da oportunidade de um emprego. É preciso repensar a política.

Charge do Sizar

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A Novacap está levando avante uma política extremamente danosa para os trabalhadores. Isto de dar comida de graça é acintoso, e foco de agitação. É que em muitos casos há, realmente, necessidade, mas a maioria se encosta para receber alimentação, e não quer mais trabalhar. (Publicado em 16/12/1961)