Problemas à frente

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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Abraham Weintrab e Ricardo Vélez-Rodriguez, ao fundo (Divulgação/MEC)

 

Caso não venha a perder tempo com discussões vazias e sem resultados práticos, num país em que a educação é ainda uma área carente do mais básico, o novo ministro da pasta tem pela frente um conjunto, nada desprezível, de questões que requerem atenção urgente apenas para dar andamento normal ao trabalho desse ministério, paralisado e abalado por frequentes crises.

Ultrapassado recentemente pela Colômbia no quesito qualidade educacional do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), o Brasil continua amargando os últimos lugares nesse tipo de ranking, mesmo gastando por aluno quase o mesmo que países desenvolvidos ou algo em torno de R$ 3.824 per capta. Nesse sentido, nosso país não tem mais tempo a perder.

Levantamento feito por especialistas do próprio ministério da Educação mostra que, dentre os desafios dessa pasta, talvez o mais importante e que vai exigir grande esforço de articulação política é com relação ao Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. Esse órgão é responsável direto pela injeção de recursos no setor, repassando cerca de R$ 150 bilhões por ano a estados e municípios, mas deverá ser encerrado em 2020 por um outro modelo qualquer de financiamento da educação pública que ainda não se sabe qual será.

No Congresso, essa discussão não tem sido debatida, o que complica sua substituição. São mais de 1,8 mil municípios mais carentes que necessitam desses repasses complementares para custear pagamento de pessoal, transportes escolares e outros gastos. Também a chamada Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que indica os elementos de aprendizagem principais a serem desenvolvidos do ensino infantil ao fundamental, tanto das escolas públicas, como privadas, estão paradas e necessitando de maiores orientações do governo federal para introduzi-los nos currículos escolares, formar professores e produzir materiais adequados.

Esse assunto, contudo, não conta com o apoio da maioria dos professores, mais preocupados com a realidade prática de cada localidade. Para muitos deles, a BNCC interfere nessa realidade de cima para baixo e de fora para dentro, desprezando as características próprias de cada região. Outro problema dessa área é quanto à reforma do ensino médio que prevê que esses alunos terão um aumento na carga horária e uma possibilidade de escolher e optar por disciplinas que desejam estudar. Segundo os especialistas, o ensino médio tem sido uma etapa em que os projetos e ações do poder público têm obtido pouco ou nenhum resultado efetivo e representa hoje o principal gargalo da nossa educação com alta evasão escolar e reprovação.

De acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a quase totalidade dos estados da federação não alcançou a meta prevista para 2017, sendo que em alguns estados houve uma sensível piora no desempenho apresentado pelos alunos.

O novo ministro deverá levar em consideração ainda que a formação dos professores ainda está longe da realidade vivida por eles em sala de aula. Esse é, segundo os especialistas, um grande problema, já que acaba se tornando em mais um grande empecilho para se estabelecer uma educação de qualidade. Outra questão premente é quanto à realização, a tempo, do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Tanto esse exame como a Prova Brasil, que avalia a aprendizagem dos estudantes da 5ª a 9ª série, estão com seus cronogramas atrasados por conta de problemas na gestão do próprio ministério da Educação.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”

Paulo Freire, educador

Foto: novaescola.org.br

 

 

Inteligência e sensibilidade

Já dizia o filósofo de Mondubim: “Deus ajuda quem cedo madruga.” Até que enfim uma autoridade voltou os olhos para os milhões de brasileiros que acordam de madrugada para trabalhar. Em troca de uma economia pífia de energia, a saúde dos trabalhadores contrastava com a alegria de tomar uma cervejinha ainda com sol.

Foto: Sérgio Lima/Poder360 – 9.abr.2019

 

 

Reforço

Reforma da Previdência recebe apoio do partido Novo. Além de Amoedo, estiveram com o presidente Bolsonaro: Marcel van Hattem, Paulo Ganime e Tiago Mitraud. “O NOVO põe o cidadão em primeiro lugar e por isso defendemos uma previdência mais justa, sem privilégios e sustentável”, disse o presidente do partido.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil – 10.abr.2019

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Ainda na estaca zero, a iluminação da Praça dos Três Poderes, que de tão estonteante passou a não existir. Provavelmente teremos posse do novo presidente às escuras, à noite, no lugar que outrora tinha uma iluminação ideal. (Publicado em 17.11.1961)

 

Disciplina também é matéria escolar

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Ilustração: jottaclub.com

 

Todos os países que apresentam excelentes índices em educação mostram, também, ao lado de uma persistente política pública para esse setor, níveis zero de problemas de violência envolvendo alunos e professores. É o caso de países como Coreia do Sul, Japão, Malásia e alguns outros.

Em comum, esses países adotam, além da qualidade indiscutível da educação, uma rígida disciplina que estende ao aluno e aos seus responsáveis todas as consequências pelos atos praticados por ele dentro da escola. Nesse caso, e sem maiores traumas, adotam desde a alfabetização, a disciplina como matéria escolar corrente. Na verdade, nessas sociedades mais desenvolvidas, a disciplina é requisito básico para a sobrevivência, independente do grau de formação acadêmica.

No Brasil, essa realidade há anos vem se apresentando de modo tão inverso que, não raro, os alunos com problemas sérios de comportamento são tolerados dentro das escolas apenas para não causarem maiores problemas e para não engrossarem, ainda mais, os índices de evasão e repetência escolar. Obviamente que, devido a essa estratégia “didática”, que acoberta aqueles indivíduos até violentos, contribui, ao seu modo, para aumentar as piores estatísticas dentro dos estabelecimentos de ensino, particularmente nos episódios de agressões contra professores.

Não é por outra causa que aumentam a cada ano os episódios de ataques contra os docentes. Há pelo menos uma década e meia que esses casos vêm sendo registrados e em número crescente, transformando nossas escolas numa espécie de reformatórios para menores delinquentes. Infelizmente, quem acaba pagando por essa tolerância são justamente os bons alunos, professores e os demais funcionários das escolas.

Desde 2003 o Brasil vem ocupando o primeiro lugar no ranking de país mais violentos contra os professores. Já naquele ano, pesquisa realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com 100 mil professores de 34 países, mostrava que 13% dos professores brasileiros já haviam declarado serem vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos. Trata-se de um índice elevadíssimo e que demonstra a falência de nosso modelo de educação, que copia da sociedade o mesmo sistema que considera o infrator uma vítima do meio.

Nesse sentido merece ser saudada a intenção do atual ministro da Educação, Abraham Weintraub, de colocar em prática, em todas as escolas do país, um programa de disciplina que irá defender os professores agredidos em sala de aula, dando a eles a necessária cobertura para não só chamar a polícia, mas também como processar os pais e responsáveis. O ministro foi ainda mais além, afirmando ser sua intenção buscar meios para que os responsáveis pelo aluno agressor percam o Bolsa Família e mesmo a tutela desses menores infratores.

Temos que cumprir leis ou caminhamos para a barbárie, afirmou recentemente o ministro, para quem é preciso acabar com a prática do ‘coitadismo’ e da leniência com esses casos. Tão logo foram anunciadas essas medidas de endurecimento contra os agressores, as mídias sociais foram inundadas com mensagens de apoio, o que mostra que esse é um problema que também aflige a sociedade, principalmente as pessoas e as famílias de bem que veem nossas escolas transformadas em depósitos de crianças desajustadas e completamente abandonadas pelo sistema.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Como escapar do Vale da Morte Educacional.”

Sir Ken Robinson. É um autor, palestrante e consultor internacional em educação nas artes para o governo, organizações sem fins lucrativos

 

 

Emprego

Recebemos as dicas da Bazz Estratégia e Operação de RH para quem estiver desempregado. Leia a seguir.

–> Saiu do emprego? Veja como se recolocar!

O desemprego está em alta e por mais que haja uma perspectiva de melhor, essa não será em curto prazo, outro ponto é que se observa um crescente desânimo no mercado profissional com a insatisfação dos profissionais por motivos variados, criando uma crescente busca por um reposicionamento no mercado no trabalho. Assim, alguns cuidados devem ser tomados antes de qualquer ação de procura de emprego ou mesmo de        mudança.

É importante ter claro que, em momentos de incertezas na economia e nos resultados das empresas, o surgimento de novas oportunidades fica comprometido, com isso, buscar uma recolocação no mercado de trabalho tende a ser mais dificultoso. Mas, isso não torna impossível.

Desemprego é            motivo            de        desespero?

Pode parecer difícil manter a calma diante o desespero e as informações negativas do mercado que vemos diariamente, mas, nesse momento manter a tranquilidade e equilíbrio torna-se um fator essencial para seu reposicionamento.

Para e repare como sempre a ansiedade e o desespero tende a dificultar ainda mais o raciocínio e apresentação de suas habilidades técnicas e comportamentais, por isso se controle. Além disso, agir por impulso de induzi-lo a decidir por uma oportunidade qualquer, que não agregará em sua vida profissional ou poderá deixar vulnerável a golpes existentes no mercado, por trás de oportunidade milagrosas de ganhos. Assim, primeiro ponto que ressalto, mantenha o raciocínio lógico.

Passos             para     se         reposicionar

A busca por reposicionamento não é tão simples, porém também não é impossível, sendo necessário planejamento e preparo em suas ações e construções de novas oportunidades. Cito sete passos que julgo importantes para que essa busca tenha êxito:
1.    Amplie sua rede de relacionamentos a cada momento, isto é, trabalhe o seu network, lembrando que esse não deve ser utilizado somente nas necessidades. Assim, esteja pronto também para ajudar e nunca deixar de ser lembrado;
2.    Defina a estratégia para que possa desenvolver sua autoapresentação, de forma transparente,       segura             e          que      demonstre       preparo;
3.    Crie interesse por parte do entrevistador, através de um Curriculum Vitae bem elaborado, com ordem e clareza na apresentação descrita e verbal, apresentando quais seus          objetivos         e          seu             potencial;
4.    Cuidar da imagem pessoal é tão importante quantos os demais itens, demonstram autoestima e amor próprio, pois, primeiro temos que gostar de nós mesmos para depois gostar        do        que      fazemos;
5.    Busque conhecimento e informações além de sua formação, a fim de manter-se atualizado diante das             mudanças        de        mercado;
6.    Conheça as empresas que tem interessem em buscar oportunidades, analisando seus produtos ou serviços, estrutura e sua colocação de mercado.
7.    Tenha transparência e autenticidade, esses pontos que atraem as empresas, portanto, não queira construir um personagem, seja você mesmo, demonstre o quanto tem           valor   nas      competências técnicas             e          comportamentais.

Estou empregado,     mas     insatisfeito!

O fato de passarmos por uma crise não significa que os profissionais que estejam posicionados e desmotivados devam ficar estagnados, sem analisar novas possibilidades. Porém, aconselho que primeiramente se busque quais os motivos que estão levando a condição de desmotivação, criando oportunidades de mudança do ambiente         e          tornando-o      mais    atraente.

Foto: linkedin.com/in/celso-bazzola


Após essas ações e análises, concluindo-se que realmente é momento, recomendo que busque novas oportunidades, contudo, antes de deixar a colocação atual, aguarde o melhor momento e uma boa proposta para tomar a decisão em definitivo.

Enquanto isso não ocorrer, busque motivação para contribuir com a empresa, atitude que considero no mínimo profissional e que dará respeito e consideração futura. Lembrando que deixar um legado positivo em resultados e em atitudes pode consolidar sua     imagem           em       seu       campo profissional.

Celso Bazzola, consultor em recursos humanos e diretor executivo da BAZZ Estratégia e Operação de RH.

 

 

De olho

Professores têm dificuldades para cancelar plano de Saúde vendido sem as informações suficientes. Ou mesmo sem a leitura integral do contrato. Saúde Vida Card, segundo o portal do consumidor Reclame Aqui, não emite nota fiscal das parcelas pagas, não é reconhecido pela ANS, não permite o cancelamento imediato e os atendentes são extremamente brutos. Nenhuma das reclamações foi respondida no portal.

Link de acesso ao Reclame Aqui: Todas reclamações para Saúde Vida Card

Foto: vidacard.med.br

 

Realidade

Problema sério com pessoas que precisam do salário quando dependem do INSS. Levam meses para receber, já que não há a mesma seriedade trabalhista no pagamento. Mas as contas a pagar permanecem, as multas são cobradas pelo atraso, e o prejuízo é grande, além do estado de vulnerabilidade em que o trabalhador se encontra. Os honestos pagam pelos erros alheios.

Charge do Bier

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O primeiro busto inaugurado em Brasília foi do maestro Vila Lobos, em frente ao Ministério da Educação. Até agora, Juscelino era solitário, no Catetinho e na superquadra do Ipase. (Publicado em 17.11.1961) 17.11.1961)

O primeiro passo na longa jornada

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FOTO: © MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENA

 

Qualquer indivíduo que venha se sentar na cadeira de ministro da Educação, por mais preparado que esteja para o cargo, encontrará diante de si, ao examinar de perto essa missão, uma tarefa muito complexa e de proporções gigantescas. Sendo o quinto país em número de habitantes e em extensão territorial, o Brasil, por suas características continentais e diversidades regionais, apresenta desafios imensos para a implementação de quaisquer políticas públicas, sobretudo quando se trata de assunto tão melindroso como a gestão de políticas educacionais.

Com 5.570 municípios espalhados numa vasta área de 8,5 quilômetros quadrados, e com uma população de mais de 200 milhões de habitantes, qualquer política pública eficaz e justa tem necessariamente que lidar com essa realidade concreta, e ainda obedecer ao fato de que cada ente federativo é autônomo e com atribuições múltiplas e descentralizadas, conforme estabelecido pela Constituição atual.

Implementar serviços públicos de qualidade, num país tão complexo como o Brasil, onde existem diferenças fiscais de toda a ordem e onde variam também a capacidade de gestão de cada uma dessas unidades, não é, definitivamente, um trabalho para principiantes ou indivíduos sem o devido preparo e ânimo. Por mais complicada e difícil que seja a tarefa de educar.

Todo o esforço se esvai se o trabalho de implantar uma educação de qualidade e inclusiva no Brasil não se iniciar pela qualificação e melhoria nos planos de carreira daqueles que atuam nesse setor, melhorando salários, incentivando cursos de aperfeiçoamento, além é claro de construir e equipar as escolas com tudo que seja necessário para o pleno desenvolvimento do ensino e da aprendizagem.

Diagnósticos feitos recentemente adiantam ainda que nenhum esforço, por mais bem-intencionado que seja, terá o poder de melhorar nossos índices educacionais, se não contar com a mobilização em massa da sociedade e sobretudo com o apoio e presença de pais de alunos e da comunidade no entorno de cada escola. Sem o envolvimento da população em peso, dificilmente uma tarefa dessas proporções terá êxito, ainda mais quando se sabe que, pela Constituição, a educação é posicionada como sendo um esforço de natureza nacional e com sistemas de ensino organizada em regime de colaboração.

Note-se que essa união da sociedade em torno desse objetivo, apesar de extremamente necessária, não pode ser feita no período de um ou dois governos, mas terá que ser rigorosamente cumprido no longo prazo, durante gerações. Para tornar essa missão ainda mais complicada, é preciso ver que, dentro de cada questão relativa aos problemas da educação, existe ainda uma espécie de subproblemas que parecem embaralhar ainda mais essa tarefa. Dessa forma, de nada adianta universalizar o acesso à educação, se os alunos não forem mantidos nas escolas até a conclusão, ao menos, do ciclo básico com o acompanhamento dos pais. Da mesma forma, tornam-se inócuos manter os alunos nas escolas, se ao final desse primeiro ciclo eles não forem capazes de resolver as questões inerentes a essa etapa, como compreensão de textos, e resoluções de operações simples matemáticas entre outras habilidades próprias para a idade.

Para dar início a esse verdadeiro trabalho de Hércules, é preciso antes resolver o problema das profundas e persistentes desigualdades regionais, consideradas, por especialistas no assunto, como uma das maiores do planeta. Somos um país imenso territorialmente e imensamente desigual na distribuição e concentração de rendas. Nesse ponto, é próprio considerar que em nossa desigualdade e concentração de renda está uma das principais raízes de nosso subdesenvolvimento prolongado, e enquanto esse problema não for solucionado, todos os outros também não o serão.

Dessa forma, políticas públicas desenvolvidas sobre um país tão desigual estão fadadas ao fracasso ou a um sucesso pífio e momentâneo. Infelizmente até aqui, e diante desse quadro, o Brasil não tem sido capaz de desenvolver programas e modelos capazes de enfrentar e superar essa dura realidade histórica.

Por outro lado, é preciso atentar também para o gigantismo da estrutura educacional pública do país. São quase 50 milhões de alunos matriculados na educação básica, principalmente na rede pública; quase 2 milhões e meio de professores, a maior categoria profissional do país, além de 184, 1 mil estabelecimentos escolares, o que faz do Brasil um gigante mundial, também no setor educacional.

Trata-se, portanto, de um desafio imenso que precisa ser feito por milhões de brasileiros ao longo de muitas décadas. Falta apenas o primeiro passo.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O desejo de conhecimento é como a sede de riqueza – aumenta durante a aquisição.”

Laurence Sterne (1713-1768), autor de: A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy

Charge: blog.ori.net.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

No concurso de Inspetor Sanitário, para a prefeitura, diversos candidatos pediram revisão de prova, e, depois, alcançaram notas superiores aos aprovados inicialmente. Está havendo muita reclamação em torno disto, mas a repartição informa que é norma do DASP. (Publicado em 15.11.1961)

Tabata Amaral: uma luz na entrada de um novo tempo.

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Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

 

“Eu cheguei ao parlamento porque eu vivi tudo o que a educação pode fazer pela gente, todo o potencial que ela tem de transformar e porque também vivi o outro lado da desigualdade, por isso fui feita uma ativista porque eu vi a importância transformadora da educação e porque percebi, também a falta que a educação faz nas periferias. Percebi também que a educação não irá mudar se a política e os políticos não mudarem.”

A afirmação foi feita pela jovem deputada Tabata Amaral (PDT-SP), considerada por muitos como a mais promissora parlamentar a atuar em defesa de uma educação de qualidade para os brasileiros. Em contato com o poder da educação há mais de nove anos, Tabata Amaral é também militante, pesquisadora da área, e uma das coordenadoras, com outros jovens idealistas, do movimento suprapartidário, em prol de uma educação de qualidade, denominado Acredito.

Formada em Harvard em Ciências Políticas, graças a uma Bolsa de Estudos integral, a parlamentar vem fazendo história dentro do Congresso, por suas posições firmes em defesa da educação pública no Brasil.

Num vídeo em que interpela o atual ministro da Educação, Velez Rodriguez, sobre os planos dessa pasta para o setor, e que vem sendo visto e aplaudido por milhões de internautas nas redes sociais, Tabata mostrou a que veio, ao, literalmente, desmontar o principal gestor do MEC diante de todos. Para aqueles que acompanharam a sessão realizada na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, a parlamentar por São Paulo decretou, em seis minutos, o fim da gestão Velez, mesmo que ele permaneça ainda à frente desse ministério.

Aos questionamentos certeiros da deputada, restou o silêncio do representante do MEC, apanhado de surpresa e encurralado com o preparo e clareza das colocações da jovem política. Diante de um ministro levado às cordas, Tabata arrematou: “sua incapacidade de apresentar propostas é um desrespeito à educação, ao ministério, ao parlamento e ao Brasil como um todo”.

Como a sexta deputada mais votada pelo estado de São Paulo, Tabata Amaral vem defendendo a ideia de que a implantação de uma educação pública no país só se tornará uma realidade plena com a redução das desigualdades sociais. Também as desigualdades regionais acentuadas são, na visão da deputada, um entrave para a educação. “Em muitos estados não há vontade política para a melhoria da educação e ela só vai dar certo quando for colocada como prioridade de política pública, com valorização de professores, ensino integral e outras metas”, diz.

Da ONG Acredito, com atuação em 14 estados, mais o Distrito Federal, Tabata afirma se tratar de um movimento de renovação política que possui agendas de combate à desigualdade e privilégios e que vai muito além das disputas rasas entre esquerda e direita e que possui, como um dos objetivos centrais, fazer com que as pessoas voltem a acreditar na política e no Brasil, de modo a mudar a realidade de cada um.

Diante de um desafio que sabe ser gigantesco, a parlamentar diz ser preciso começar essa cruzada pela valorização de professores e educadores, tanto no aspecto financeiro como técnico, melhorando inicialmente os aspectos na carreira profissional dos docentes. “Temos que falar de uma escola onde os jovens tenham chance tanto no vestibular, como no mercado de trabalho e que não tenham seus sonhos destruídos pela precariedade de nosso modelo atual de educação.”

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Bolsonaro não tem jogo político. Tecla Sap: O balcão de negócios fechou.”

Fernanda Silva, estudante, dando uma opinião séria durante a apresentação do telejornal enquanto brinca com o controle da TV.

 

Fazendo a diferença

São 18 anos lutando para continuar existindo. A Casa de Parto de São Sebastião é modelo em parto humanizado sem tantas intervenções médicas. As pacientes se sentem completamente respeitadas. Já são 1.537 atendimentos.

Foto: saude.df.gov.br

 

Movimento

Ano Internacional das Línguas Indígenas. A cultura indígena merece mais divulgação nas escolas. Ainda restam 55 línguas indígenas cadastradas. Temos um tesouro que não é valorizado.

Foto: ©UNESCO/Nelson Muchagata

De volta ao futuro

Relendo os jornais do Senado, da época em que o senador Antonio Carlos Magalhães queria instalar a CPI do Judiciário, as acusações contra magistrados eram de levantar os cabelos.

Foto: Anderson Schneider/Ed. Globo e ABr

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E assim está nossa Brasília. Pequenos defeitos, mas muitas vantagens. Pena que mais um pioneiro nos deixe. Volta para São Paulo, nosso Nelson Pereira de Almeida Filho, o Nelsinho da Vascal um dos primeiros dias de Brasília, da poeira da Cidade Livre, dos esquis do Cota Mil. E o Cota Doze passa a Cota Dez. (Publicado em 15.11.1961)

Despertar o aluno para ler o mundo

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Nesses tempos politicamente conturbados em que o país vai atravessando, um fato merece a atenção, a dedicação e o zelo de todos os brasileiros: a única maneira de salvaguardar nossa sociedade e nossa democracia é pela via da educação. Não existe outra alternativa. Não só aqui no Brasil, mas em qualquer outra parte do planeta. Disso as nações mais desenvolvidas já sabem muito bem e há tempos vêm fazendo a lição de casa, preparando adequadamente as próximas gerações para os desafios do futuro.

Infelizmente, parece que o Brasil ainda não atinou para essa realidade e, se atinou, não se interessou pelo investimento. A crise persistente no Ministério da Educação fala por si. A chamada Escola sem Partido também. Nesse sentido, é preciso observar que absolutamente nenhuma ideologia política serve aos reais propósitos da educação, principalmente de uma boa educação, muito embora se saiba que o ato de educar seja uma manifestação política que busca a capacitação plena para o exercício da cidadania

É bom que a sociedade fique atenta e desconfie das manifestações que têm surgido em várias partes do país, principalmente nas redes sociais, visando fazer da metodologia construída pelo educador pernambucano, Paulo Freire, uma espécie de bode expiatório, culpando seu método pelo atraso verificado na educação brasileira. Antes de tudo, é preciso considerar que o chamado método Paulo Freire, segundo seu amigo e pesquisador José Eustáquio Romão, fundador também do Instituto que leva o nome desse famoso pedagogo, jamais foi aplicado e plenamente desenvolvido na educação brasileira.

Quando muito, afirma, tem servido como frase de efeito, título de biblioteca ou nome de salão. A perseguição à Paulo Freire e ao seu método de alfabetização se insere no mesmo e insano movimento de caça às bruxas promovido contra educadores, professores, pesquisadores e cientistas logo após o março de 64.

O valor pedagógico da obra de Paulo Freire vai muito além dessas querelas internas momentâneas. Freire é ainda, depois de quase meio século, da publicação de suas obras, o autor mais citado e respeitado em todo o mundo quando o assunto é educação. Países como a Finlândia, Estados Unidos, França, Inglaterra, África do Sul, Coreia do Sul e muitos outros empregam e citam com regularidade os métodos de educação e a obra desse pedagogo brasileiro. De fato, Paulo Freire, por sua inteligência e pelo caráter revolucionário de sua obra, tem sido um autor pouco compreendido em seu próprio país, o que prova o dito que ninguém é profeta em sua própria terra.

Acusado injustamente pela direita política de pregar o marxismo, Paulo Freire foi também usado inadequadamente pela esquerda brasileira para alcançar seus propósitos políticos, enquanto o alcance e significado de sua obra e de suas ideias permanecem ainda totalmente desconhecidas por um e por outro desses matizes ideológicos.

Nem um lado, nem outro, desse mundo bipolar político e obtuso compreendeu, até hoje, o significado do que queria Paulo Freire quando dizia que seu objetivo era despertar o aluno para ler o mundo, de forma a despertar a consciência de quem ele é e seu papel no meio em que ele vive, tornando-o protagonista de sua vida e de sua história.

Fato é que a pedagogia desenvolvida por Paulo Freire parece existir apenas para quem pensa e pratica educação no dia a dia, justamente pelo caráter prático dessa metodologia que vai buscar no mundo de cada aluno o conhecimento que vai integrá-lo ao mundo, o que permite a ele uma crítica da realidade a sua volta.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O educador se eterniza em cada ser que educa.”

Paulo Freire

Foto: novaescola.org.br

 

 

Procura-se

Disse Ari Cunha nessa coluna, nos anos 60, que o primeiro busto inaugurado em Brasília foi o do maestro Villa Lobos, em frente ao Ministério da Educação.

Foto: biografiaresumida.com.br

 

Contrapartida

De 15 em 15 anos, é necessário que as emissoras de televisão tenham o aval para prorrogar a concessão. O que nenhuma instituição conseguiu mudar desde o movimento contra a baixaria na TV, o governo dá sinais de que é preciso um freio nas cenas desnecessárias e apelativas.

Foto: bastidoresdatv.com.br

 

Política Pública

Dos jovens abandonados pelas ruas do DF, o maior problema é o alcoolismo, na maioria das vezes, dos pais.  Segundo a pesquisa de Iza Beatriz Barreto Abdala, 62% dos jovens com problemas têm dificuldades de relacionamento com o pai. Bêbados, chegam em casa tirando a paz da família. É preciso apoiar os AAs e criar uma política pública para manter esses jovens seguros na própria casa.

Charge: bancariosce.org.br

 

Saúde

Tratamento com canabinoides melhora a qualidade de vida e aspectos comportamentais de crianças com transtorno do espectro autista-TEA. Após tratamento com canabinoides, índice de pacientes que afirmavam ter boa qualidade de vida dobrou; segundo a OMS, 1 em 160 crianças no mundo apresenta o transtorno. Dois de abril será o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Depois do trevo de triagem norte, na mão da Península para a cidade, pouco antes do viaduto, há um RN em pleno asfalto, que poderá provocar acidentes. A companhia que asfaltou o trecho não comunicou ao dr. Lúcio, e o resultado está lá, desafiando pneus. (Publicado em15.11.1961)

Por um novo modelo de educação

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Foto: Germano Lüders/EXAME

 

Uma das questões que tem preocupado muito os especialistas em Educação é saber se o Brasil terá tempo e condições para acompanhar e implementar algumas das profundas e rápidas transformações que estão sendo operadas no ensino em boa parte do mundo desenvolvido e que serão de vital importância nesses novos tempos. Quando se percebe que nem ao menos o básico, como salas de aulas decentes e professores bem remunerados, o país consegue manter, pensar em assuntos como globalização ou aquecimento do planeta e outros temas do cotidiano é colocar o carro à frente dos bois.

Em pleno limiar do século XXI, andamos às voltas ainda com problemas primários, como escolas sem teto, sem banheiro, sem refeição e sem professores. Enquanto isso, o mundo civilizado vai empreendendo profundas revoluções no ensino, criando escolas bem distantes do modelo tradicional, herdado ainda do século XVIII. Nesses países, o antigo modelo de ensino vai dando lugar a uma educação que valoriza mais as habilidades dos alunos do que as fórmulas prontas, aplica a tecnologia e estimula a curiosidade.

Nessas novas escolas, a preocupação é preparar indivíduos que possam ser devidamente inseridos num mundo em rápida transformação e onde muitas das atuais profissões simplesmente irão desaparecer. Educadores modernos concordam que num mundo dominado pela tecnologia, nenhum conteúdo educacional, mesmo aqueles ligados à linguagem de programação, terá valor prático se não for aplicado ao mundo real.

O ponto fundamental nessa nova escola é ensinar a criança a raciocinar, com base no pensamento crítico e a partir de problemas reais do dia a dia. Uma dessas novas metodologias  em países como a Holanda, Inglaterra, Finlândia e Estados Unidos e que tem chamado a atenção também da própria organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é o Ensino Baseado em Competências (EBC), que tem como objetivo desenvolver habilidades e o raciocínio das crianças, deixando de lado os velhos métodos da memorização de conteúdos.

Nessa nova modalidade de ensino, os alunos adquirem conhecimento à medida em que vão desenvolvendo projetos específicos. Deixam de existir também a divisão dos alunos por séries. Pesquisas diversas, ao longo das últimas décadas, têm demonstrado que o ensino tradicional, com currículos rígidos e lineares, desenvolvidos de forma rápida e num mesmo ritmo para todos, tem, na verdade, levado os alunos a um caminho oposto a uma educação hodierna de qualidade.

Para tanto, essa nova pedagogia foca em quatro habilidades centrais, necessárias para enfrentar os desafios próprios desse século e que são a comunicação, a colaboração, a criatividade e o pensamento crítico. Outro aspecto importante nessa nova abordagem é o desenvolvimento nas crianças do pensamento ético, visando as perspectivas sociais, de forma que o aluno possa adotar decisões pensando primeiro nos efeitos que produzirão para toda a comunidade.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.”

Içami Tiba, psiquiatra e escritor brasileiro.

 

 

45 anos

Professor Nagib Nassar nos lembra que leciona a disciplina Biodiversidade: formação, conservação e evolução para alunos de pós-graduação de Botânica, na UnB. Veja, no link disponível abaixo, as fotos do curso. O sucesso está na biodiversidade em espécies silvestres da mandioca Manihot Spp. Alto conteúdo proteico e resistência a doenças.

Link: https://www.geneconserve.pro.br

 

 

Muito boa

Sem o nome do autor, Luiz Saboia nos envia o texto de um nordestino trazendo em verso a chuva de xixi no carnaval. Leia a seguir.

 

Print: Reprodução/Twitter

–> Texto de um nordestino

“Mao Tsé Tung fez na China
Revolução Cultural;
Tentaram fazer na Rússia
Revolução social;
Querem fazer no Brasil
Revolução urinal.

II
Em vez de pegar em arma,
A esquerda dá sinal
De que vai subverter
Por meio do bacanal:
Dispara tiro de urina
No meio do carnaval.

III
Um artista estrangeiro,
Com o cabelo sem lavar
Já fazia cinco meses,
Quase perto de azedar,
Abaixou-se na avenida,
Pediu pro outro urinar.

IV
Foi uma confusão danada,
Com o mijo a borbulhar:
Correu do meio do cabelo
Um pediculus capilar
Que, se não fosse a reforma,
Já ia se aposentar.

V
Bolsonaro, revoltado
Com aquela depravação,
Divulgou pelo Twitter,
Em tom de reprovação,
E os mijões reagiram
Pedindo a deposição.

VI
– É uma obscenidade
Da parte do presidente! -,
Disse o líder do PT
De lá do Buraco Quente.
– A nossa somente obrava,
Mas era perto da gente.

VII
Disse um cara da direita,
Ajeitando o bacamarte:
– Dizem que é obsceno,
Mostrado da nossa parte;
Mas a esquerda mijando
É uma obra de arte.

VIII
Começa a mobilização
Com aura de “heroísmo”:
Zé Mijão da Guariroba,
Que é avesso ao civismo,
Já convocou um “Mijaço
De luta contra o fascismo”.

IX
Já fizeram até uma música
Que embala a revolução,
Que é caminhando e mijando
E dizendo “Ele não”,
Para ver se o povo esquece
Quem foi que meteu a mão.”

 

 

Sem atendimento

Depois de todas as garantias às empregadas domésticas, se os patrões tiverem qualquer dúvida sobre o ESocial, não há lugar físico para atendimento. Apenas o Fale Conosco ou pelo 0800.

Foto: aarb.org.br

 

 

Nota

Essa semana, em uma reunião no Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros do DF, foram discutidas as diretrizes para a implantação de um Grupo de Força Tarefa para o Programa SOS DF Saúde no combate ao Aedes Aegypti. Todas as Administrações Regionais estavam presentes.

Foto: saude.df.gov.br

 

 

Evolução?

No Brasil (e em Portugal) funcionou a “Roda dos Enjeitados” (ou dos expostos) na Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro, desde 1738; e em São Paulo de 1825 até 1950 (a última a tê-la), para receber as crianças abandonadas pela mãe, e cuidar delas até a adolescência. Hoje, a ideia é liberar o aborto.

Ilustração: gazetadopovo.com.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Até o momento, embora deferida, ainda não foi feita a reintegração de posse do apartamento ocupado por um antigo oficial de gabinete do dr. Jânio Quadros, já desligado de Brasília. (Publicado em 15.11.1961)

Brasil, dê motivos para os nossos cientistas voltarem

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Charge do Mariano

 

Ao lado do capitalismo financeiro, ainda muito forte em nossos dias, o mundo Ocidental passou a experimentar um novíssimo referencial de riqueza baseado, não mais em bens materiais, mas em algo mais abstrato como o conhecimento e tecnologia.

Hoje, considera-se como país rico, aqueles Estados que detém altos padrões de educação de seu povo e que, portanto, são detentores também de alta tecnologia, nos mais diversos ramos da atividade humana. Não é por outra razão que as maiores empresas do mundo de hoje, são justamente aquelas que exploram os ramos da tecnologia, da biotecnologia, da nanotecnologia, da robótica e outras que possuem seu capital cem por cento investidos em pesquisas avançadas. Vale o registro que são muitos os brasileiros que participam de pesquisas de ponta em outros países, dada a falta de estímulo por aqui.

Em todas essas fases de evolução do capitalismo, jamais o Brasil teve um papel de protagonismo, resumindo-se a uma atuação periférica, quer como exportador de matérias-primas, de mão-de-obra barata ou de consumidor dos produtos inventados e produzidos nos países desenvolvidos. Com isso, nosso país adentrou o século XXI praticamente como era no período colonial: exportador de commodities e de matérias-primas básicas e sem maiores destaques no aspecto de novas tecnologias.

O baixo nível escolar da maior parte da população está na base desse atraso em relação a outros países, os indicadores internacionais, que aferem nosso nível de educação e escolarização, nos colocam décadas atrás de outras nações e isso, pode ter certeza, tem reflexos diretos em nosso atual estágio de desenvolvimento.

Uma simples observação em nossos índices de desenvolvimento humano mostra que ainda permanecemos com os mesmos problemas de séculos passados. Nossa eterna crise em educação, como lembrou Darcy Ribeiro, não é propriamente uma crise, mas um projeto que nos mantém presos a um passado de atraso.

Quiser adentrar plenamente o século XXI, em condições de igualdade com outras nações, o Brasil só tem um caminho: colocar todos os brasileiros em escolas de qualidade, começando, do zero, um ciclo que outros países já experimentam há pelo menos meio século.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“As pessoas são as coisas mais importantes nessa vida. Trate-as como algo precioso, porque é exatamente isso que elas são. Assim como o nosso lindo Planeta, todos nós somos, ao mesmo tempo, insignificantes perante a imensidão do Universo, e muito especiais, pois cada um de nós é o Universo. Todos somos iguais em essência. Nós não estamos sozinhos e isolados, quando você fere alguém, você fere a si mesmo. Quando você ajuda a alguém, você ajuda a si mesmo.” 

Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Que fria

Bem mais barata que a obra do estádio de cadeiras vermelhas do DF, a Arena Pantanal está sendo administrada pelo governador Mauro Mendes, que pensa em reservar áreas para o esporte, a cultura e a educação. Durante a Copa, o padrão Fifa exigiu dimensão certa dos campos, estabeleceu capacidade de público, deu as diretrizes de iluminação, localização, segurança, acesso, vestiários, conforto, espaço para a mídia. O padrão Fifa não inclui você como investidor.

Foto: radioglobo.globo.com

 

Interpretações

No cafezinho da Câmara, um grupo de assessores comentava o que o Bolsonaro quis dizer com isso ou com aquilo. A um certo ponto da conversa, um deles chegou ao ponto final. Meu amigo, me diz a verdade. Você não consegue entender o que o Bolsonaro diz e nunca reclamou dos discursos da dona Dilma? Faça-me o favor! Como dizia o Filósofo de Mondubim, foi o mesmo que uma lata de caranguejos despejada. Cada um para um lado.

 

Decifra ou devoro

Ainda há uma dúvida quanto ao pagamento de contas. Água e Luz são concessionárias. Mas Net, Claro, Tim não. No Banco do Brasil, a cobrança de boletos é diferente de convênios. Pode parecer estranho, mas Celulares e Internet são tidas como convênio e não boletos.

 

 

Estranho

Volta e meia, o balão do Paranoá que leva ao Fórum, fica com um cheiro insuportável de esgoto. Há algo de errado por ali.

Foto: google.com.br/maps

 

Recorrer a quem?

Por falar em Paranoá, pior do que o pinheiral completamente devastado, são as festas madrugada a dentro. De sexta a domingo, o barulho é infernal. Não há amparo para os moradores incomodados, que trabalham cedo.

 

 

Ufa!

A alegria foi geral quando o concerto de hoje, 20h, da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, foi transferido para o Cine Brasília. Seria na Escola de Música, mas lá, é emoção demais para os motoristas. Muitos, enquanto estão no concerto, têm seus carros furtados, rodas levadas, vidros quebrados. Abandono total.

 

Cartaz: facebook.com/supremoencanto

 

Foto: Ed Alves/CB/D.A Press – 14/7/13

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A carta que transcrevemos abaixo, do dr. Geraldo Andrade Fonteles, é sobre a situação dos apartamentos ocupados ilegalmente. Os pobres ou ricos, mas desprestigiados, já foram despejados. Falta, agora, que se cumpra a Lei contra os poderosos. (Publicado em 15.11.1961)

Indisciplina e violência nas escolas públicas

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Charge: Nani Humor

 

Desde sempre, os especialistas na área de educação defenderam a ideia de que a indisciplina é uma forma de violência que mina não apenas as relações entre professores e alunos, mas torna impraticável, de modo explícito, que o processo ensino-aprendizagem se desenvolva naturalmente, impedindo que as escolas exerçam sua atividade mais básica e elementar: a de educar para a cidadania, instruir para vida.

Mesmo os pedagogos mais modernos enxergam na questão da indisciplina um elemento não a ser melhor trabalhado e entendido em seu contexto, mas a ser banido das salas de aula. A razão para um posicionamento desses, aparentemente tão radical, é que, na vida prática em sociedade, adulto algum consegue inserção adequada sem respeitar as regras básicas do jogo, se as regras frouxas das salas de aula.

O laissez faire, laissez passer, que tão bem funciona nas economias liberais e que, em síntese, significa deixar as coisas acontecerem naturalmente, ao sabor dos desejos e sem imposições, definitivamente não se aplica às escolas e ao mundo da educação.

Em entrevista que ficou célebre, a especialista em educação Inger Enkvist, do Ministério da Educação da Suécia, um dos países mais avançados quando o assunto é didática de ensino e pedagogia, reconhece a necessidade de os alunos desenvolverem hábitos sistemáticos de trabalho. “Aprender, diz, requer esforço e, quando se deixa os alunos escolherem, simplesmente não acontece.” Segundo ela, o que a nova pedagogia tem conseguido ao reivindicar um papel mais ativo por parte dos alunos, com o fim das aulas expositivas entre outras alterações, é promover a anti escola. Enquanto em países que já atingiram um nível de excelência em educação o problema maior é de ordem metodológica, no Brasil essa questão ganha contornos mais dramáticos e primitivos, quando se verifica que o fenômeno da indisciplina, que vem tomando conta das escolas públicas em todo o país, tem tido como resultado a violência explícita.

Nesse quadro desolador de discentes perdidos e violentos, é possível rastrear a origem chegando em uma família negligente e desajustada, onde o jovem não é querido, considerado nem recebe o conhecimento de geração a geração passado sobre ética, moral e civismo. Não são só famílias abastadas capazes de transmitir essas lições. Pelo contrário. Muitas delas parecem ter medo dos filhos como um sentimento de culpa por lutar pelo conforto no lugar do amor.

Famílias sem renda também ensinam que não se pode achar nada na rua. O que não é seu não deve ser apanhado. Ensinam a respeitar os mais velhos, cumprimentar as pessoas olhando nos olhos, mostram como é bom abrir a porta para as mulheres passarem. Educar os filhos independe da conta bancária. Depende mesmo da presença do patriarca ou da matriarca, com pulso firme e um colo sempre disponível para o acalanto.

As brigas opondo alunos contra alunos e alunos contra professores vem ganhando uma dimensão preocupante com a repetição dos casos de agressão contra professores. Somente essa semana que antecedeu o Carnaval, uma dezena de casos foram registrados em todo o país.

Aqui em Brasília, no Centro de Ensino Fundamental 25, em Ceilândia, um professor de matemática foi violentamente agredido por um adolescente, com socos, pontapés e uma chamada “voadora” depois de uma discussão banal. Hoje o Brasil ostenta as últimas posições nos índices de qualidade da educação, sendo, no entanto, um campeão absoluto, quando o assunto é violência nas escolas e particularmente contra os professores.

Os esforços no sentido de instituir a chamada, erroneamente, de escola militarizada, defendida por uns e atacada por outros, deixa claro que os níveis de violência em nossos estabelecimentos de ensino, chegaram a seu ponto mais alto, sendo necessário a introdução de um regime de educação rígido dentro das escolas. Como medida emergencial, diante da crise, tudo bem. A questão, e todos sabemos disso, é que essa medida é paliativa, não vai no cerne do problema.

Experiências exitosas e de comprovada eficácia em outras localidades, para diminuir os índices de violência nas escolas, demonstram que o incremento de práticas artísticas e desportivas no currículo escolar tem maior poder de ação e de durabilidade, reduzindo esses índices a níveis de primeiro mundo. Música, teatro, artes visuais, corrida, ginástica olímpica, judô e outras práticas têm, junto aos jovens, o apelo que outras medidas para disciplinar as escolas e reduzir a violência, jamais conseguiram. A questão aqui é de apresentar outras opções aos jovens proporcionando a eles escolhas que nem eles próprios imaginaram que existiam.

 

A frase que foi pronunciada:

“A primeira ideia que uma criança precisa ter é a da diferença entre o bem e mal. E a principal função do educador é cuidar para que ela não confunda o bem com a passividade e o mal com a atividade.” 

Maria Montessori

 

Professor do DF é agredido por aluno com socos, pontapés e uma ‘voadora’. (g1.globo.com)

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Já está mais do que fora de dúvidas, que o dr. Waldemar Alcântara não serve para o cargo. E para os que não acreditam, fiquem sabendo: o Banco do Nordeste vale muito mais do que pensam. (Publicado em 14.11.1961)

 

Educação humanizadora

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Foto: Raquel Freitas/G1

 

Fossemos buscar um ponto comum, capaz de estabelecer ligações entre os fatos violentos que ocorrem em grande número e cotidianamente em todo o Brasil, que elemento básico é possível identificar, ao mesmo tempo, em casos distintos como o rompimento da barragem em Brumadinho, os ataques do crime em Fortaleza, os episódios de feminicídios e outros crimes?

Em comum, além da atuação voluntária do ser humano em cada um desses casos, verifica-se, sobretudo, que a enorme maioria desses acontecimentos acontecem pela ausência de uma educação completa. Não apenas no aspecto informativo, mas, e principalmente, quanto ao item formativo. Nesse sentido, fica evidenciado que a falta de uma educação integral está por detrás de todos esses acontecimentos. Não somente a educação que ensina fórmulas e regras, mas a que desperta em cada um o sentido maior da humanidade que é a solidariedade.

Pode parecer estranho que um alto técnico ou um engenheiro especializado, destes que trabalha na direção de uma grande empresa como a Vale, não tenha recebido educação. Obviamente que isso é impossível. Mas analisando do ponto de vista desse desastre em Minas Gerais, que, registre-se, não foi por causa natural, é possível verificar que, depois da repetição desse evento catastrófico, pelas mesmas causas, o que salta aos olhos é a deficiente formação educacional dessas pessoas, principalmente do grupo dirigente dessa empresa.

Psicanalistas apontam a existência binária em cada ser humano do Eros e do Tânatos. Do amor e da morte. Somente a educação, realizada de forma integral, teria a capacidade de desenvolver e despertar, em cada pessoa, o senso de humanidade. Nesse caso teríamos a situação, um tanto bizarra, de um grupo de engenheiros e outros técnicos gabaritados e humanamente educados, fazendo greve ou se recusando a validar o projeto de construção de uma barragem naquelas condições.

A negligência e o descaso em relação às consequências danosas que podem advir sobre outras pessoas, demonstram, de forma cabal, uma educação feita pela metade, na qual a parte relativa à formação humanitária foi desprezada. A mesma carência de uma educação completa, capaz de unir homem e ciência, é notada nos casos dos ataques em Fortaleza, nos casos de feminicídios e de outras violências. Em comum, faltam a todos eles, em diversos graus e por razões que vão além desse texto, a luz da educação, capaz de iluminar não só o cérebro, mas o espírito. As bestas feras que agem abertamente, quer nas ruas ou dentro das grandes empresas, conscientes ou não, carecem dessa mesma fonte de saber, que é o senso comum.

O que torna os homens diferentes de outras espécies e, quiçá, superior a outros animais, é a capacidade de refletir sobre o sofrimento, sua finitude e dessa forma evitar o cometimento dos mesmos erros. Nossas escolas, carentes de tudo, mal dão conta da parte informativa, sendo que muitas, sequer conhecem ou valorizam a parte formativa, mesmo em assuntos triviais como a importância da cidadania.

 

A frase que foi pronunciada:

“O sonho da razão produz monstros”.

O pintor espanhol Francisco Goya (1746-1828), celebrizado pelas telas que mostravam os horrores e desastres das guerras, dos fuzilamentos de seu tempo.

Goya, Francisco. O fuzilamento de 3 de maio de 1808, 1814.

 

Ex-senador

Nos corredores do plenário do Senado vários parlamentares comentavam a ausência de Romero Jucá. Na verdade, articulador e conciliador como ele é raro.

Charge do Simanca

 

Calor

Acostumado com o calor da Bahia, o senador Jaques Wagner transpirava aos cântaros no plenário.

Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

 

N’água

O filósofo de Mondubim costumava descrever situações como as de ontem, na escolha do presidente do Senado, como um passeio de patos na lagoa. Por cima da água, todos tranquilos. Por baixo d’água, a velocidade em busca do destino.

Foto: Leonardo Prado/Câmara dos Deputados

 

Contraste

Kajuru, agora senador, quebrou todo e qualquer nervosismo no plenário. Estáticos, com o pensamento à mil, os colegas de plenário não moviam um músculo enquanto ele contava a história do pai que tinha uma amante. A imprensa divulgou que Heloísa Helena vai trabalhar no gabinete de Kajuru. A troca de experiências entre os dois será enriquecedora.

Foto: Fernando Leite

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Não fizemos alusão à vida dos alunos dentro do Colégio, mas depois das aulas, ou durante as “gazetas”, que se realizam em virtude da pouca atenção de muitos pais para com os filhos. (Publicado em 10.11.1961)

Um país com homens sem livros é possível?

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Charge do Gilmar

Um país, dizia o escritor Monteiro Lobato, se faz com homens e livros. Obviamente que o país ao qual Lobato se referia era justamente a parte humana que compõe um Estado e que é comumente chamada de Nação ou a parte viva e pulsante. Se era percebido assim, ao tempo em que o Brasil dava os primeiros passos em torno de sua própria cultura, como queriam os intelectuais e modernistas nos anos vinte, é ainda mais premente nos dias atuais.

A maioria dos países do Ocidente, sobretudo aqueles que superaram a fase do subdesenvolvimento, reconhecem que a cultura de um povo ou seus descendentes mais hodiernos, a tecnologia, representa, mais do que nunca, o principal referencial de riqueza de uma nação. Nesse sentido, é possível se afirmar que todas as nações que experimentam hoje o pleno desenvolvimento material atribuem essa condição ao nível de instrução de seu povo, a começar pela excelência de suas escolas públicas, do básico a formação universitária.

Ao conhecer qualquer um desses países que lograram superar a pobreza, o visitante logo se depara com o cuidado com que todas as instituições dedicadas ao saber e a cultura são valorizadas e preservadas e até mesmo reverenciadas com o maior esmero, pois muitos reconhecem que foi justamente por meio desses lugares que o povo pôde avançar, com segurança, rumo a uma condição de bem-estar coletivo. Muito mais do que a existência de petróleo, minerais e outros recursos naturais, a tecnologia é hoje a principal fonte de riqueza de uma nação moderna.

A simples constatação desse fato elementar pode servir de lição e de alerta para as condições atuais da maioria de nossas instituições do saber e da cultura. É comum verificar em nosso país a existência de comunidades populosas em que não se observam um espaço sequer dedicado ao saber e à cultura. Aqui mesmo na capital, a maioria das cidades que compõem as regiões administrativas não possuem bibliotecas, teatros, escolas de formação, ou quaisquer áreas dedicadas ao preparo intelectual dos jovens, Ao invés disso, o que se nota é a proliferação de bares, vendendo bebidas alcoólicas, até para menores, casas de jogos, e pequenos comércios, todos, invariavelmente distantes e alheios do mundo da cultura e do saber.

O futuro para esses milhares de jovens, desprovidos dos mínimos frutos da cultura, é incerto, para dizer o mínimo. Que país se fará ali adiante com jovens sem livros e sem saber? A questão, é claro, jamais sensibilizou nossos gestores, muitos dos quais também alheios a essas necessidades. Se é assim nas periferias, é assim também na parte rica da cidade.

A grande maioria das quadras que compõe o Plano Piloto, na capital do país, não possui qualquer ponto de cultura. Mesmo no nosso principal auditório, o Teatro Nacional Claudio Santoro, jaz há mais de cinco anos em absoluto abandono. O edifício, projetado por Oscar Niemeyer, serve hoje de abrigo para os mendigos e drogados que perambulam em grandes bandos por aquela região.

O mesmo se dá com o Museu de Arte Moderna de Brasília às margens do Lago Paranoá. O prédio, também desenhado por nosso mais famoso arquiteto, é hoje um escombro deixado para trás. O que temos feito com os espaços que celebram nossa cultura, diz muito sobre o que somos na atualidade e dá para prever o que seremos amanhã.

 

A frase que foi pronunciada:

“- O senhor está preparado para ser presidente da República?

– Olha, bota na mesma sala eu, Lula e Dilma, aplique-nos a prova do Enem, se eu não tirar uma nota maior que os dois juntos, não estou preparado.”

Presidente Bolsonaro, quando candidato, em entrevista ao programa The Noite com Danilo Gentili.

 

Agende-se

Na sexta-feira, dia 25, das 19h30 às 21h30, o espaço de convivência da Boutique das Delícias – 113 Norte, Bloco C – Asa Norte, promove a palestra “O Poder E O Poder Político Em Shakespeare”. Aberta e gratuita, a palestra será proferida por um dos maiores estudiosos de Shakespeare e autor de vários livros sobre o bardo inglês, Théofilo Silva. Como são poucas as vagas, faz-se necessária a reserva da vaga pelo telefone: (61) 3203-3363 ou pelo e-mail: eventosboutiquedasdelicias@gmail.com.

 

Desvio

Continuam as apurações sobre os empréstimos do BNDES. Até agora R$ 50 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Social foram aplicados em 140 obras no exterior. Lembrando que a missão do BNDES é “promover o desenvolvimento sustentável e competitivo da economia brasileira, com geração de emprego e redução das desigualdades sociais e regionais.”

Charge do Clayton para O POVO Online, em 15/11/18

 

Repetitivo

Pessoas que se incomodam com pequenos barulhos como o clic de caneta, pacote de biscoito, copo descartável amassado, são taxadas como portadores de transtorno compulsivo obsessivo. Na verdade, sofrem de um mal chamado hiperacusia ou misofonia.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um esclarecimento: o Código Tributário em uso é o de Goiás, e o Orçamento está estruturado no novo Código Tributário. Se não for aprovado até o dia 15 de dezembro, o Orçamento não poderá ser suprido. (Publicado em 08.11.1961)