A bagagem fala muito sobre o tipo de passageiro

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Reprodução/ Facebook Milton Ribeiro

 

             Não bastasse também ter saído pelas portas do fundo do ministério da (pouca) educação, o ex-ministro e dublê de pastor, Milton Ribeiro, de triste memória, ainda protagonizou um incidente gravíssimo dentro do aeroporto de Brasília, depois de uma arma de fogo, que carregava consigo dentro de uma pasta de documentos, ter sido disparada por acidente, ferindo, inclusive, uma funcionária da Gol. Tivesse essa arma clandestina disparado dentro do avião em pleno voo, com a cabine pressurizada, atingindo um duto de combustível, que consequências catastróficas provocariam? Cada homem deixa, atrás de si, os rastros de suas ações, sejam elas obras em benefício de seus semelhantes ou ruínas e escombros.

        Houve uma época, perdida na poeira do tempo, em que ministros da educação eram escolhidos entre os mais cultos e ilustres profissionais do país, todos eles com largas experiências na cadeira de professor. Nesse tempo, era comum que, nas bagagens desses mestres, o volume e o peso eram sempre decorrentes da quantidade de livros e anotações que carregavam consigo.

        Naquele período, a educação pública ainda era vista como elemento fundamental para o desenvolvimento do país e para a melhora do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ricos e pobres compartilhavam as salas em busca do conhecimento. Não por outra razão, aqueles que ocupavam a prestigiosa pasta da educação estavam sempre em todas as reuniões ministeriais junto ao presidente da República, participando ativamente das discussões dos problemas nacionais. Nessa ocasião, dificilmente o chefe do Executivo ousava interferir nos assuntos da educação, tanto por sua complexidade, como por sua delicada estratégia.

        O prestígio da pasta refletia diretamente na qualidade do ensino público. Com a chegada dos militares ao poder, em circunstâncias que o momento histórico requeria, não foi capaz de retirar do setor educacional o entusiasmo e a qualidade que a educação pública vinha experimentando desde os anos cinquenta do século passado.

        Apesar de algumas remodelações curriculares, feitas pelo governo daquele período e que determinaram, erradamente, a expulsão e desterro de muitos mestres gabaritados, ainda assim o setor educacional demonstrava vigor, sendo os ministros dessa pasta escolhidos, com raras exceções, entre aqueles com currículos acadêmicos indiscutíveis.

        Os militares também não ousaram, em tempo algum, interferir na educação pública para enfraquecê-la, tornando-a apenas mais uma pasta ministerial sem importância. Esse tempo, dentro dos princípios da democracia e fora deles, ficaram para trás e hoje o desprestígio da pasta da educação, com nomeações de personagens medíocres e alienado virou regra e não uma exceção.

        Apesar do volume fabuloso de recursos públicos que opera, o ministério da educação não possui qualquer destaque, sendo hoje uma pasta que parece atrair apenas aqueles que imaginam que a quantidade de dinheiro à disposição pode servir a outros propósitos alheios ao ensino. Mesmo a escolha desses ministros é feita por orientação de pessoas próximas do presidente, sem qualquer preocupação com os destinos da educação, obedecendo um cego padrão ideológico e partidário, ou mesmo dentro de critérios do tipo cordial.

        Não se sabe, como também não sabemos até quando a pasta da educação será ocupada por pessoas sem qualquer lastro com a cátedra. Depois de aprovar financiamento público, por intermédio da Lei Rouanet, com verba de mais de R$ 336 mil, um livro sobre a história das armas, que importância pode ter um simples disparo provocado por um ministro da educação dentro de um aeroporto?

 

A frase que foi pronunciada:

Observo mais que de uma forma ou de outra será sempre graças à educação fundamental que se forjará o homem comum de amanhã, o cidadão cuja forma de ser, cuja maneira de agir e pensar, cuja capacidade de fazer, representarão as mais sólidas garantias da sobrevivência e do desenvolvimento da nação.”

Ex- ministra da Educação, Esther Ferraz

Esther Ferraz. Foto: al.sp.gov

Mais um golpe

Não se sabe como os bandidos têm, em mãos, números de celular de pessoas da terceira idade. O segundo passo é copiar a foto do filho e, pelo WhatsApp, pedir para os pais salvarem o número. Nesse momento vale verificar a veracidade do pedido. Daí para frente, entram os pedidos de transferência bancária.

Ilustração: Reprodução/TecMundo

Mais detalhes

As declarações dadas pelo ministro Barroso, do STF, causaram um rebu no Senado. O senador Lasier Martins já protocolou um requerimento convidando Barroso a esclarecer, no Plenário do Senado, as recentes declarações de cunho político.

Senador Lasier Martins. Foto: senado.leg.br

História de Brasília

Nesta mesma página os senhores encontrarão uma carta ao nosso diretor, assinada pelo sr. José Pereira Caldas, a propósito da mudança do Ministério da Fazenda. (Publicada em 21.02.1962)

Educação ainda é caso de polícia

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Quando a educação deixa de ser uma questão, cujos ajustes técnicos podem ser encontrados dentro das ciências da didática e da pedagogia, e passa a requerer a intervenção direta da força policial, para que se consiga um mínimo de desempenho, temos que admitir, o mais urgentemente possível, que não estamos diante de um problema de educação propriamente dito, mas, sim, diante de um fenômeno capaz de destruir o nosso medíocre sistema de ensino, transformando nossas escolas em ambientes de alto risco para alunos, professores, trabalhadores e toda a comunidade no seu entorno.
Esse é mais um elemento a se juntar ao conjunto de problemas que assolam nosso sistema de ensino desde sempre e que nos empurra para o fim da fila, quando o assunto é avaliação da qualidade de nossa educação pública, vis à vis a outras nações. Se a educação, como repetia o filósofo de Mondubim, é baseada num conjunto de bons exemplos, vindos de cima para baixo, estamos numa enrascada de todo o tamanho.
O imbróglio envolvendo agora o ministro da pasta e seus assessores diretos, com o uso da fabulosa verba desse ministério sendo direcionadas, prioritariamente, para amigos, correligionários e irmãos de fé, mostra que o problema a afligir todo o sistema de educação do país perpassa todas as hierarquias, atingindo, de forma igualmente ilegal todos os operadores da educação, do ministro ao aluno mais modesto.
Trata-se de uma questão sistêmica a afligir todo o edifício da educação em nosso país e a possibilidade de que essa enorme estrutura venha a se colapsar por completo. Em meio a esse desmoronamento do sistema, os pais parecem viver um pesadelo, pois são obrigados, por lei, a mandar seus filhos para a escola a partir dos quatro anos. Aos casos escabrosos de facadas, tiroteios, tráfico de drogas, camisa de força, torturas, ameaças e espancamentos, ocorridos quase que diariamente dentro e nas proximidades das escolas, juntaram-se também o episódio em uma creche, em Vila Formosa (SP), em que diretora é a principal suspeita de torturar, sadicamente amarrando e prendendo os bebês em quartos escuros, e cometer crimes só vistos em pesados filmes de terror.
Não há como negar que, de cima a baixo, o que a população brasileira tem como sistema de educação, mesmo com a verba para esse ano ultrapassando a casa dos R$ 140 bilhões, é um caso de polícia, com as escolas e o próprio ministério cercados pelos agentes da lei, com todos de mãos levantadas, num salve-se quem puder.
O reforço no batalhão escolar, como determinado agora pelo GDE, com varreduras e outras medidas preventivas de ordem policial, mostram que ainda estamos muito longe de uma escola ideal, capaz de inserir o país no século 21.
A frase que foi pronunciada:
“A pesquisa e o estudo a partir das vertentes imagísticas estão apenas começando. Somente o ponto do iceberg despertou. A partir do século 21, os interessados neste assunto devem se dedicar intensamente, pois, das imagens surgirão não só revelações sobre o corpo psicológico e físico, como descobertas das potencialidades mentais dos seres humanos. As descobertas futuras sobre o inconsciente revolucionarão a história da raça humana.”
Nise da Silveira
Nise da Silveira. Foto: Alexandre Sant’Anna/SAÚDE é Vital
De repente
Só pode ser influência política porque não faz sentido em termos de engenharia. Em plena curva, uma parada de ônibus de cada lado e a velocidade que era 80km/h passa para 40 km/h. Estão preparando os novos pardais no Trecho 11 do Setor de Mansões do Lago Norte com essa novidade.
Charge: Julinho
Burocracia
Faltam mais técnicos na Novacap para agilizar a liberação do habite-se. São muitas as reclamações vindas do novo bairro do Taquari. A companhia cobra, por exemplo, que cada lote tenha dispositivos de contenção de águas pluviais. Só assim liberam o habite se. Acontece que a Adasa implementou um reservatório de águas pluviais a poucos metros da área cobrada, o que, segundo a lei dispensa os moradores dessa obra. (Artigo 5° § 3º da Lei Complementar 929/2017)
Foto: novacap.df.gov
Choque de realidade
Alguém teve paciência de colecionar capas de revistas desde o ano 2003. Uma retrospectiva interessante para atravessar notícias fakes e colocar o pé na realidade. Disponível no link: Choque de Realidade – Canal Visto, Lido e Ouvido no Youtube.
História de Brasília
Não funciona, não é por isso não. É porque todos os ministros são uns eternos turistas e o que é pior, turistas sem planos. O ministro da Viação, que faz planificação de trabalho, pode apresentar resultado positivo. Os demais, coisissima alguma. (Publicada em 20/02/1962)

Pantomima do governo contra os garimpeiros

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Foto: Reprodução / g1.globo.com

 

         Quando se diz que o mundo tem os olhos postos sobre o que acontece agora na região amazônica, é porque esse é um fato corroborado pelas lentes dos inúmeros satélites espaciais que cruzam essa região a todo o momento. Não adianta, pois, o governo e seus apoiadores virem com discursos de que os países desenvolvidos só estão interessados nas riquezas minerais e outras preciosidades que se escondem nessa imensa área.

         Não é com discursos do tipo diversionista políticos e ideológicos, que a realidade do que está se passando naquela região será alterada. Insuflar a sociedade e sobretudo o mundo civilizado, fazendo-os acreditar que o atual governo vem adotando prontamente todas as medidas necessárias para conter o avanço impiedoso da destruição, é uma tática que não mais funciona. Ainda mais quando a credibilidade nesses assuntos, se encontra, perante o mundo, mais por baixo que tapete de porão.

         De fato, a ação só vem quando a situação adquire proporções alarmantes, não restando outras alternativas que não sejam aquelas de intervenção. Afirmar ainda, como fazia o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, uma espécie de despachante à serviço dos madeireiros, de que o que ocorre hoje na Amazônia, não pode ser enquadrado como crime ambiental, mas é, antes de tudo, decorrente de uma questão social, não condiz com a verdade dos fatos e dá a esse problema uma falsa feição de problema social, dentro do nosso contexto histórico do coitadismo.

         Tal afirmação é não só uma falácia, para acobertar crimes, como não serve para resolver um problema gerado pela falta de  comprometimento com o meio ambiente. A razão é simples: sem a preservação imediata do meio ambiente naquela região, as condições que hoje são ruins para todos que lá vivem, irão escalar para um patamar em que será praticamente impossível habitar aquela área.

          O esgotamento dos recursos naturais irá decretar também o fim do estabelecimento da presença humana naquelas paragens, contribuindo ainda para tornar o planeta mais próximo ainda de uma catástrofe climática, com a desertificação, irreversível de todo o Centro Oeste brasileiro, ente outros males.

          São crimes, cujas consequências nefastas irão afetar, profundamente, não essa geração, que engloba a elite do atual governo, mas as futuras gerações. Essa é a razão fundamental que faz com que o atual governo não aja a contento, já que os efeitos danosos dessa improbidade se farão sentir quando todos já tiverem dado adeus à esse plano existencial.

          Caso desse descaso pode ser, mais uma vez, conferido agora, com a suposta descoberta de ouro no leito do Rio Madeira. Centenas de embarcações, com potentes sugadores, vêm varrendo o solo desse importante curso d’água , destruindo a fauna e flora do Madeira, numa situação degradante que tem feito o mundo chamar a atenção para mais esse pesadelo crimino, que o governo sabia que ocorria, mas não tinha agido ainda, com a perspectiva de que essa atrocidade passasse sem chamar a atenção do mundo e dos brasileiros. Agora e contra a vontade, terá que agir ou fingir, ao menos, que está tomando alguma medida, numa pantomima contra os garimpeiros amigos.

 

A frase que foi pronunciada:

“É a inveja a primeira a descobrir todos os méritos.”

Emanuel Wertheimer

Emanuel Wertheimer. Imagem: emanuel-wertheimer.de

 

Inteligência

Era tudo o que o Paranoá precisava. As obras estão começando a todo vapor. Um Centro de Ensino Técnico vai tirar muitos jovens vulneráveis do futuro incerto.

Foto: Ascom Paranoá

 

Oportunidade

Esse é o momento certo para produtores, artesãos e empreendedores em geral. do Jardim Botânico, inscreverem-se para participar da 2ª Feira Natalina. A administração recebe as solicitações até o dia 6 de dezembro.

Cartaz: agenciabrasilia.df.gov

 

Boa ideia

Logo esse Natal consumista vai perder o sentido. Cabe às igrejas da cidade abrirem as portas para quem quiser comemorar a festa com o aniversariante. Uma mesa grande, cada um leva um prato e a confraternização terá mais sentido. Sem concorrência entre Cristo e Papai Noel. Um nada tem a ver com o outro.

Foto: Pexels, banco de imagens

 

Matemático

Paulo Esteves nos conta como foi a experiência, décadas atrás, no Cepesc, que era um órgão específico do governo que promovia a pesquisa científica e tecnológica aplicada a projetos de segurança dos sistemas de informação. Compiladores e simuladores desenvolvidos por ele para o envio de mensagens por um programa de sistema que traduz uma planificação descrita em uma linguagem de alto nível para uma aplicação equivalente em código de máquina para um processador. Mas o melhor de Paulo foi o número de jovens que ele estimulou a estudar e se dedicar a áreas que os próprios jovens nem sabiam que tinham tanto talento. Isso, quando era professor de Matemática na UnB. Professor e educador.

Charge: humorpolitico.com.br

 

História de Brasília

Estão querendo enganar o Professor Hermes Lima, a propósito do reinício das obras em Brasília. E o IAPFESP está à frente, sabotando o plano do govêrno. (Publicado em 15/02/1962).

De volta aos bancos escolares

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Foto: reprodução

 

Tivessem os presidentes brasileiros, com algumas exceções, sido bons alunos de história, principalmente do Brasil, muitos dos equívocos na gestão da coisa pública seriam evitados. E por um motivo claro: conhecendo erros e acertos do passado, em questões que são corriqueiras e repetidas na maioria dos governos, independentemente do tempo, fica mais fácil seguir por uma trilha já experimentada e mais difícil se embrenhar por caminhos arriscados, impulsionado por voluntarismos do momento.

Correr riscos desnecessários é uma característica comum aos governos imprevidentes. O problema é que por essas más escolhas, toda a nação acaba prejudicada, inclusive as futuras gerações. Desnecessário mencionar aqui a importância do estudo da história para a formação de cidadãos conscientes, conhecedores de seu passado e, portanto, preparados para os desafios vindouros.

Infelizmente, história é uma disciplina que tem sido relegada a segundo plano nas grades curriculares de nossas escolas. O banimento gradual dessa importante disciplina e sua substituição por outras, chamadas “matérias mais concretas”, tem tido o poder de fazer diluir o que deveria ser o principal objetivo do ensino: fazer o indivíduo pensar e refletir sobre o mundo à sua volta. Não se iludam: as crises institucionais que assistimos hoje, até de modo enfadonho, têm suas raízes lá atrás nos bancos escolares, época em que as atuais lideranças políticas do país iam para as aulas, não em busca de conhecimento, mas para fazer dentro dos estabelecimentos de ensino o que fazem agora dentro do governo.

Se lá prejudicavam a aprendizagem da turma, da mesma forma hoje prejudicam milhões de cidadãos. Eis aí o que poderia ser um resumo frio e sem psicologia de nossas mazelas cotidianas, obrigados que somos a suportar que esses maus alunos do passado assumam agora funções para as quais o currículo pretérito aponta como não habilitados.

Sobram, nesse rebotalho, aqueles indivíduos que eram bons alunos, ao menos em história, e que demonstraram, desde cedo, apresentarem bons princípios éticos. Isso por uma razão também singela: é por demais sabido, e a história da humanidade tem confirmado isso, que uma má pessoa jamais será um bom profissional. Somos o que somos e carregamos esse fardo leve ou pesado ao longo de toda nossa vida, distribuindo-o ao redor.

Dessa longa digressão fica, ao menos, algumas razões a serem buscadas quando se deseja entender o Estado brasileiro, sobretudo suas lideranças do passado e do presente. Fica ainda a perspectiva de que, pelo o que temos visto até aqui, ainda teremos pela frente governos que necessariamente nos levarão ainda a saborear o gosto amargo de nossas escolhas. Melhor um pessimista, com os pés findados na realidade, do que um otimista a acreditar em promessas e ficções vindas de nossa astuta classe política.

A falta que uma boa escola faz, tanto para eleitores quanto para os eleitos, está aí bem na nossa frente, para quem tem olhos de ver. Desperdiçamos nosso futuro ao não darmos atenção a escola do presente. Estamos condenados a sermos assistidos por toda a classe de aventureiros e embusteiros. Tudo isso porque deixamos de aprender o certo, no lugar certo e no tempo certo. É preciso aprender que só existe um lugar onde é possível reverter esse ciclo maléfico. Esse lugar, como um ponto de inflexão de nossa história malsã está na escola e, se quiserem ir mais atrás ainda, nas famílias. Temos que olhar para trás se quisermos ir adiante com segurança. Ou é isso ou é o que temos agora.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Vocês, americanos, são tão crédulos. Não, você não aceitará o comunismo de uma vez, mas continuaremos alimentando-o com pequenas doses de socialismo até que você finalmente acorde e descubra que já tem o comunismo. Não teremos que lutar com você. Vamos enfraquecer sua economia até que você caia como uma fruta madura em nossas mãos.”

Nikita Khrushchev, primeiro secretário do partido comunista de 53 até 1964.

Foto: wikipedia.org

–> Tragédia Americana

“Professor reprova a turma inteira”

Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira.

Essa classe em particular havia insistido que o comunismo realmente funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza,
ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.

O professor então disse:
“Ok, vamos, experimentalmente, “socializar” nesta classe.
Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas.”

Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam ‘justas’. Todos receberão notas iguais, o que, teoricamente, ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um “10”.

Após calculada a média da primeira prova todos receberam “7”.

Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos porque, de qualquer forma, tirariam notas boas, beneficiados pelas notas dos que haviam estudado bastante.
Como resultado, a segunda média das provas foi “4”.

Ninguém gostou.

Os que tinham estudado se sentiram injustiçados e os que não tinham estudado, ficaram revoltados porque não foram beneficiados.

Depois da terceira prova, a média geral foi um “1”.

As notas não voltaram a patamares mais altos mas, as desavenças entre os alunos, a busca por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe.

A busca por ‘justiça’ era a principal causa das reclamações, das inimizades e das brigas que passaram a fazer parte daquela turma.

Ninguém mais queria estudar para beneficiar os outros …

Resultado: Todos os alunos foram reprovados naquela disciplina …

O professor então explicou:

“O experimento comunista falhou porque quando a recompensa é grande o esforço pelo sucesso individual é grande”.
Mas quando são eliminadas todas as recompensas tirando-se dos que produziram para dar aos que não batalharam para tê-las, então ninguém mais vai querer fazer seu melhor.

Tão simples quanto o exemplo de Cuba, Coréia do Norte, Venezuela…

E o Brasil e a Argentina, estão chegando lá”…

1. Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a prosperidade dos mais ricos;

2. Para cada um que receber sem ter que trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber;

3. Não se consegue dar nada a quem não produziu, sem que se tire de quem produziu;

4. Ao contrário do que prega o comunismo, é impossível multiplicar as riquezas tentando dividi-las;

5. Quando metade da população perceber que não precisa trabalhar, porque a outra metade irá sustentá-la, a outra metade percebe, também, que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade.
Chegamos então ao começo do fim de uma nação.

Esse é o mais puro exemplo do que querem fazer no Brasil.

Não acabe com o nosso país.

Faça a sua parte, repasse esta informação.

Ensine a aqueles que não entendem, o que realmente é o comunismo….

É um buraco sem volta!!!
Leu com atenção?
Então repasse … para o bem do país !!!

 

Como ninguém

Pode ter qualquer defeito, mas numa coisa a senadora Katia Abreu é uma fera: ela defende o que acredita. E é tão boa nisso que deixou os alemães encantados com os produtos da agricultura brasileira. Aqueles mesmos alemães que tanto rangem os dentes com o desmatamento. Na comitiva, também foram o senador Irajá Abreu, e os deputados: Marília Arraes, Evair de Melo, Isnaldo Bulhões Jr., Hugo Mota e Sergio Souza

Kátia Abreu. Foto: Leopoldo Silva / Agência Senado

 

Imperícia

De Alto Paraíso para São Jorge, são mais de 10 quebra-molas na estrada. São tão mal estudados que há quebra mola até numa curva.

 

História de Brasília

Foi construído, e não funciona porque ninguém é responsável, não se definiu sôbre quem o manteria. A Fundação Brasil Central acha, e com muita razão, que assistência médica a índio só se presta com remédio dado de graça. (Publicada em 13/02/1962)

O magistério como teto salarial

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Charge: humorpolitico.com.br

 

Estudo elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (Dieese) indicou que o salário mínimo capaz de prover o sustento para uma família de quatro pessoas deveria ser, em julho deste ano, de R$ 5.518,79. Esse montante equivale a 5,02 vezes o salário mínimo, que hoje corresponde a R$ 1.100.
Aliás, seria justo estabelecer o salário mínimo com base nesse estudo, já que esse é um levantamento sério, que vem sendo feito nas últimas décadas e tem por base o valor real do custo de vida em nosso país, incluindo aí todos os itens necessários a uma vida condigna para uma família de pai, mãe e dois filhos.
Infelizmente, ao longo dos anos, os governos, tanto aqueles que se dizem posicionar à esquerda como os de direita, têm alegado a impossibilidade de caixa em honrar esse valor real, apresentando para isso uma matemática que nunca chegou a convencer os trabalhadores.
O fato é que, entre o que mostra o estudo do Dieese e o que tem pago o governo, e mesmo o empresariado, está muito distante das necessidades básicas dos trabalhadores, que novamente voltam a sentir a deterioração de seus salários por conta de uma inflação que voltou com força. A pesquisa que tem sido feita em consonância com a variação de preço da Cesta Básica pode ser aferida por qualquer um que vá hoje aos supermercados e feiras em todo o país.
É preciso destacar que, desde o estabelecimento do Plano Real, em 1994, o poder de compra da moeda instituída naquela ocasião perdeu, ao longo desses 27 anos, aproximadamente 85% de seu valor de face, corroída pelo aumento de preços ano a ano. A desvalorização sem precedentes da moeda frente ao dólar, em benefício direto aos exportadores, com a transformação de itens básicos da alimentação em commodities, fez o estrago final.
Com base nessa realidade, que tende a piorar, segundo economistas, e ainda por conta do Dia do Professor, comemorado discretamente em 15 de outubro, matéria de capa deste jornal, em sua edição de ontem, mostrou que um docente no Distrito Federal recebe o maior salário médio em relação a outros profissionais pelo país afora, com o valor de R$ 5.167,64.
Diante dessa realidade, o que se pode deduzir, estabelecendo uma relação com o estudo do Dieese, é que os professores da capital do país recebem, praticamente, o que seria um salário mínimo real. Para piorar a situação, que em si já é péssima, os professores com menor rendimento médio, os do estado do Rio Grande do Norte, recebem hoje um salário de R$ 1.789,51, o que corresponderia, segundo o Dieese, a 1/5 do salário mínimo real. Trata-se, aqui, de uma condição histórica, que sempre foi deixada em segundo plano por todos os governos e vem sendo piorada pelo atual chefe do Executivo e por muitos governadores. O mais triste é constatar que um deputado federal, que fica quatro anos no Poder Legislativo, chega a receber por mês, não contando as outras vantagens, um salário que hoje corresponderia a até 18 vezes o que ganha um professor em sala de aula.
Descontando as tipicidades de cada função e a importância para a nação de cada uma delas, mas já adiantando que os professores são infinitamente mais importantes para o presente e o futuro do país do que qualquer parlamentar com assento hoje ou ontem no Congresso Nacional, o que fica de lição dessa disparidade sem razão de ser é que, cedo ou tarde, as autoridades e a própria sociedade terão que se posicionar sobre essa questão, sob pena de o Brasil permanecer mergulhado no atraso, em pleno século 21.
Uma boa fórmula para deter injustiças e ilegitimidades desse fosso salarial entre educadores e políticos e outras altas autoridades do Estado é a fixação do teto salarial do funcionalismo público com base no que, em tese, receberia um professor universitário ou pesquisador, no fim de carreira, com trabalhos publicados e dedicação integral ao ofício. Com isso ficaria fixado que o maior salário pago aos profissionais do Estado seria o de um professor, o que poderia atrair as melhores cabeças do país de volta ao magistério, dando, finalmente, uma condição digna a uma carreira que é fundamental para a formação das novas gerações.
A frase que foi pronunciada:
“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.”
Rubem Alves
Rubem Alves. Foto: Divulgação
Blecaute
Recente episódio é bastante revelador: um pombo chocou-se com um transformador, causando curto-circuito e desligando a energia de várias residências no Lago Sul. Isso ocorreu por volta das cinco horas da manhã de sexta-feira. Houve acionamento da empresa em vários momentos: pelo sistema SMS (torpedo), que era oferecido no passado pela CEB, pelo Whatsapp e via telefone, sem qualquer providência. No final da tarde daquele dia, estiveram no local servidores da empresa que identificaram o poste onde o transformador estava localizado e repassaram os dados para a concessionária. Apenas às sete horas da manhã do dia seguinte, sábado, a Neoenergia iniciou o conserto e regularizou o problema por volta das oito horas. Leiam a seguir, o artigo completo de Paulo Cardoso.
Foto: Ricardo Moraes/Reuters

–> A NEOENERGIA E O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Paulo Cardoso de Oliveira*

Vivemos atualmente uma realidade na qual os serviços públicos aos poucos vão deixando de ser prestados pelo Estado e passam a ser delegados à iniciativa privada, fato esse que tem provocado uma evolução no pensamento jurídico, especialmente no tocante à própria noção de serviço público.

Desde a escola francesa fundada por Léon Duguit, o serviço público vem sofrendo mudanças conceituais, passando da noção de toda e qualquer atividade que atendesse às necessidades coletivas, para a de atividade prestada direta ou indiretamente pelo Estado sob regime de direito público.

Nos EUA, apesar da concepção liberal daquele país, algumas atividades de forte interesse social são submetidas a um poder de polícia mais intenso realizado por um Estado preponderantemente regulador, são as public utilities. O elemento diferenciador entre essas atividades e a antiga noção de serviço público está no fato de serem titularizadas pela iniciativa privada com limitações estatais nas quais se exerce o denominado Poder de Polícia pelo Estado.

Percebe-se, atualmente, no Brasil que os serviços públicos, mais e mais, saem da órbita de prestação estatal direta e migram para a execução por particulares, exigindo a presença do Estado na regulação deles, por conta do denominado interesse público.

Um princípio essencial que se tem mantido imutável na noção de serviço público é a noção de que sua prestação deve ser ininterrupta, traduzida no princípio da continuidade, garantidor da regularidade na prestação dos serviços de interesse coletivo.

A legislação trata disso, desde a Constituição até as leis infraconstitucionais, como o Código do Consumidor, Lei n. 8.078/1990, norma que possui dispositivo voltado aos concessionários e permissionários dos serviços públicos, o artigo 22, segundo o qual tais empresas delegadas são obrigadas a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e quando essenciais, contínuos.

Não há dúvidas de que o serviço de fornecimento de energia elétrica é essencial e sua interrupção poderá causar impacto em direitos fundamentais dos consumidores. Isso, todavia, vem sendo ignorado pela empresa Neoenergia, que assumiu os serviços no Distrito Federal anteriormente prestados pela CEB.

A qualidade da prestação caiu repentinamente, sendo notório que semáforos de áreas de tráfego intenso passam semanas desligados por falta de energia e que residências ficam sem energia por mais de 24 horas, em face de transformadores que queimam e que não são reparados.

Recente episódio é bastante revelador: um pombo chocou-se com um transformador causando curto-circuito e desligando a energia de várias residências no Lago Sul. Isso ocorreu por volta das cinco horas da manhã de sexta-feira. Houve acionamento da empresa em vários momentos: pelo sistema SMS (torpedo) que era oferecido no passado pela CEB, pelo Whatsapp e via telefone, sem qualquer providência. No final da tarde daquele dia, estiveram no local servidores da empresa que identificaram o poste onde o transformador estava localizado e repassaram os dados para a concessionária. Apenas às sete horas da manhã do dia seguinte, sábado, a Neoenergia iniciou o conserto e regularizou o problema por volta das oito horas.

A descontinuidade foi flagrante e reveladora da ineficiência da empresa; os prejuízos incalculáveis.

A causa é simples: a Neoenergia ignorou o princípio da continuidade. Tão logo assumiu, ofereceu aos antigos funcionários da CEB um Plano de Desligamento Voluntário (PDV), levando boa parte dos trabalhadores, alguns técnicos experientes, a se desligarem da empresa. Fez isso sem que tivesse pessoal treinado para tal, começando a preparar pessoas só após a debandada dos antigos funcionários. Obviamente, a razão da ineficiência está escancarada: o serviço passou a ser descontinuado por falta de pessoal especializado.

O episódio é revelador: a empresa priorizou o lucro esquecendo-se de que assumiu um encargo público de prestação de um serviço essencial, devendo realizar as mudanças de forma gradual. Faltou bom senso, razoabilidade. Pelo visto inexistiu no plano de desligamento de colaboradores um planejamento que evitasse a descontinuidade.

A situação é grave e tende a piorar: há notícias de estão previstos mais dois Planos de Desligamento Voluntário na Neoenergia: um em novembro deste ano e outro em março de 2022.

Com a palavra o estado concedente.

*Advogado e professor.

Destaque
Sustentabilidade financeira, inovação e qualidade, responsabilidade social e governança corporativa. Os Correios conquistaram a 57ª posição de maior empresa do Brasil.
Imagem: correios.com
História de Brasília
Pondo em prática esta medida, a Prefeitura facilitaria em muito a localização de endereço. É que hoje há quadra com o mesmo número de um lado e de outro, fazendo grande confusão. (Publicada em 10/02/1962)

Mestres são modelos de exemplo. Ou deveriam ser

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Imagem publicada no perfil oficial do Estadão no Instagram

 

Em imagens publicadas na capa do Jornal Estado de S. Paulo, na edição dessa sexta-feira, 15 de outubro, professores da rede pública local exibem o corpo completamente pichado, inclusive o rosto, com mensagens pedindo mais valorização, respeito e amor pela categoria, num apelo desesperado pelo reconhecimento de uma profissão que, nos últimos anos, passou a ser incluída como um trabalho em que o risco de agressões e morte é cada vez mais presente.

Aparentemente, as fotos mostrando profissionais da educação teriam alcançado o objetivo de chamar a atenção para o desprestígio com que o magistério sempre foi tratado pelo estado e pelas autoridades políticas. A prova desse desprezo é que, entra ano e sai ano, as manifestações contra os salários e as condições de trabalho aos quais os professores são submetidos em todo o país persistem sem solução à vista.

Ocorre que, numa análise mais detida e sem o falso sentimentalismo, que muitas manifestações suscitam, o que as imagens mostram, com pessoas com o corpo coberto de rabiscos e de pichações, inclusive os rostos, passa uma ideia de total desrespeito pela figura humana, submetendo o corpo e a própria imagem às agressões que muitas vezes enxergamos nas garatujas espalhadas por toda as cidades brasileiras e que denotam desejos niilistas de destruição e de desprezo urbano.

Pichações são agressões urbanas, que devem ser combatidas tanto pela justiça como por processos educativos. A violência urbana, em todas as suas formas, físicas ou não, podem ser confirmadas e estampadas em prédios e muros nos territórios dominados por gangues de delinquentes. O que os professores não perceberam de imediato, talvez incentivados por marqueteiros e propagandistas de estúdio, no afã de mostrar o produto apelativo para algum veículo da mídia, é que, ao exibirem seus corpos cobertos de garatujas, no melhor estilo pichação, e que, afinal, retratam o próprio submundo do crime, serviram como modelo para uma atividade ilegal, promotora da poluição e do stress urbano e que faz de nossas cidades um lugar a ser evitado.

O respeito aos professores pode ser reclamado usando-se daquilo que lhes é sua principal ferramenta de trabalho, a saber, a educação. Ao se permitirem ser pichados, em nome do que quer que seja, esses professores se colocaram em segundo plano, desrespeitando-se a si próprio e, portanto, perderam as condições mínimas de reclamarem das péssimas condições de trabalho atuais. Quem a si não respeita, não pode exigir tratamento respeitoso.

O que as imagens mostram, de forma ostensiva e sem qualquer reflexão das consequências, é a repetição do abominável modelo de bullyng, presente em toda a parte, nas escolas e que está por detrás, inclusive, de crimes de morte. Ao se permitirem ser enxovalhados dessa forma, submetendo a própria face à desonra dos rabiscos, como que marcados a fogo e ferro, o que esses professores podem, até subliminarmente, ter alcançado, na mente de muitos, é que vale a pena prosseguir nesse desprezo contra uma categoria que não usa da imagem e da força da educação para ensinar o que, pelo menos, não se deve fazer. É uma pena e fica aqui a lição no Dia dos Professores de 2021.

A frase que foi pronunciada:

O verdadeiro professor defende os seus alunos contra a sua própria influência.”

Amos Alcott

Amos Alcott. Foto: wikipedia.org

Editora Telha

Por sugestão do amigo Silvestre Gorgulho, anunciamos o lançamento do livro de Márcia Turcato, “Reportagem – da ditadura à pandemia”. Histórias desde 1964 aos segredos dos bastidores da política candanga, enriquecidas com o jogo de cintura exigido do bom jornalista em momentos surpresas. São 112 páginas e custa apenas R$ 35,00.

Foto: Divulgação

De olho

Viviane Becker, 2ª vice-presidente do Conselho Comunitário do Lago Sul (CCLS), compõe a liderança da União dos Conselhos Comunitários do DF: Luiz Guilherme Jaganu, presidente do CCLS; Natanry Osório, 1ª vice-presidente do CCLS e ex-administradora do Lago Sul; Antônio Matoso Filho, prefeito da Prefeitura Comunitária da Península Norte; Francisco Sant’Anna, presidente da Associação dos Moradores e Amigos da Região do Parque Ecológico do Córrego do Mato Seco – AMAC/Park Way; e José Jofre Nascimento, presidente da Associação Comunitária do Setor de Mansões Park Way. A discussão da LUOS está crescendo. Acompanhe os líderes da sua região.

Imagem: lagosul.com.br

Antonio Veneri

Excelente programação de terça a domingo. Exposição sobre refugiados venezuelanos terá visita guiada com o fotógrafo Antonello Veneri, aos finais de semana, no CCBB. A Exposição Fotográfica “Acolhidos: O Percurso Da Venezuela À Integração No Brasil” vai até o final do mês, de 9 h as 21 h, entrada franca e livre. Dê uma espiada nas fotos a seguir.

–> Exposição sobre refugiados venezuelanos terá visita guiada com o fotógrafo Antonello Veneri, aos finais de semana, no CCBB

A mostra ACOLHIDOS retrata o percurso migrantes que estavam abrigados em Roraima e conquistaram a autonomia financeira, a partir de oportunidades de trabalho no Brasil.

Veneri fala sobre suas experiências fotográficas na exposição ACOLHIDOS, em Brasília (Foto: Divulgação/AVSIBrasil)

BRASÍLIA (DF) – Nos próximos dois finais de semana, a exposição fotográfica Acolhidos: o percurso da Venezuela à integração no Brasil, em cartaz no CCBB Brasília, disponibilizará visitas guiadas exclusivas com o fotógrafo Antonello Veneri, para falar sobre o trabalho realizado durante a sessão fotográfica com refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil.

O tour guiado será realizado aos sábados e domingos, nos dias 16, 17, 23 e 24/10, com grupos formados por ordem de chegada, no período da manhã, das 10h às 11h, e à tarde, das 15h às 16h. A duração de cada percurso é de 30 minutos. Não havendo grupos na sequência, esse tempo pode ser estendido.

Todos os protocolos preventivos contra a Covid-19 estão previstos. O uso de máscara é obrigatório durante todo o trajeto e os grupos serão organizados com limite de participantes para prever o distanciamento adequado e conforto para todos os visitantes.

SOBRE A EXPOSIÇÃO

A exposição Acolhidos: o percurso da Venezuela à integração no Brasil, é uma realização da AVSI Brasil, que implementa o projeto Acolhidos por meio do trabalho. As fotos ilustram o trajeto realizado por centenas de famílias venezuelanas desde que chegam ao Brasil e são recebidas nos abrigos da Operação Acolhida, em Roraima. A jornada segue rumo a diversas cidades no Brasil onde, amparados pelo projeto, conseguem oportunidades de emprego junto à iniciativa privada. Estima-se que cerca de 8 mil migrantes venezuelanos estejam vivendo em abrigos temporários em Roraima.

Na exposição, o visitante irá contemplar cerca de 120 fotografias e retratos; ler depoimentos de pessoas entrevistadas, além de contar com recursos audiovisuais que proporcionam uma reflexão sobre refúgio, migração e acolhimento no Brasil. A mostra também conta com uma sala educativa, onde são realizadas atividades para jovens e crianças e apresentação de vídeos com depoimentos sobre os bastidores desta experiência, além de depoimentos de colaboradores da AVSI Brasil, acerca do trabalho humanitário realizado nos centros de acolhida.

O PROJETO

O projeto Acolhidos por meio do trabalho é implementado pela AVSI Brasil e Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) e conta com recursos financiados pelo Bureau de População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM) para fortalecer as ações da Operação Acolhida no Brasil. Durante os primeiros dois anos de atividades, o projeto já intermediou a interiorização de 1.143 venezuelanos, de Roraima para nove estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, sendo que 543 foram contratados por empresas parceiras. Cada pessoa contratada pode levar seus familiares para um novo recomeço na cidade de acolhida e contam com acompanhamento social e moradia nos três primeiros meses após a contratação. O projeto também atua com a população brasileira em situação de vulnerabilidade, com capacitações profissionais e a inserção no mercado de trabalho. Para mais informações acesse: www.avsibrasil.org.br

O FOTÓGRAFO 

Fotógrafo e jornalista, nascido em 1973 na Itália, Antonello Veneri mora e trabalha no Brasil desde 2009.  Colabora com a agência internacional de notícias AFP (Agence France Press) e com o coletivo EverydayBrasil.  Suas fotos estão em jornais e revistas internacionais, livros, exposições, museus e galerias. Realizou 13 exposições individuais: Galleria Civica/MART (Itália), Brown University e Virginia Tech (EUA), Instituto Italiano di Cultura de São Paulo, entre outros, e exposições coletivas. Em 2015 iniciou a colaboração com a AVSI Brasil, documentando projetos como as APACs, cuja exposição “Do amor ninguém foge” circulou em várias cidades do mundo.

SERVIÇO:

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA ACOLHIDOS: O PERCURSO DA VENEZUELA À INTEGRAÇÃO NO BRASIL

Local: Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB Brasília (SCES Trecho 2 – vão central da Torre 4, térreo)

Data: até 31 de outubro de 2021, de terça à domingo

Horário: 9h às 21h

Entrada: Gratuita Classificação etária: Livre

 

VISITAS GUIADAS EXCLUSIVAS AOS FINAIS DE SEMANA:

Data: 16, 17, 23 e 24 de outubro

Horário: 10h às 11h e 15h às 16h

OBS: A organização dos grupos será por ordem de chegada e não é preciso retirar ingressos antecipados

 

Assessoria de imprensa:

Michelle Souza (Ela Fala Comunicação) – 61  9387.1010 elafala.assessoria@gmail.com

Fabiana A. Vieira (AVSI Brasil): 61 99874.9730 – acolhidos@avsi.org.br

História de Brasília

Com esta numeração, a pessoa, de posse do endêreço, conceberia a localização da quadra procurada, pela numeração da superquadra, que seria equivalente. (Publicada em 10/02/1962).

De olhos fechados para a educação

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Charge: reprodução celsogiannazi.com

 

Que o atual governo federal não vem dando a devida atenção às áreas do conhecimento científico, da educação e da cultura, é fato do conhecimento de muitos. O que não é do conhecimento de todos, principalmente daqueles que aplaudem a postura intransigente, é que, ao se posicionar contra essas áreas do saber humano, o governo está promovendo um atraso ou uma paralisação total do desenvolvimento do país, uma vez que se sabe que educação, ciência e cultura representam o principal lastro de progresso de uma nação.
Não é por outro motivo que a maioria dos países desenvolvidos, há muito, adotaram a educação e o incremento das pesquisas entre suas prioridades máximas. O referencial de riqueza de um país não reside mais na exploração de suas matérias-primas ou está centrada na balança comercial superavitária, como era crença durante o período mercantilista entre os séculos 15 e 18, época do colonialismo.
Hoje, os avanços na educação, na tecnologia e nas ciências são os fatores que trazem divisas para o país. A confirmar essa tese estão as empresas de alta tecnologia como as mais rentáveis em todas as Bolsas de Valores do mundo moderno. O valor de mercado de algumas dessas empresas de alta tecnologia supera em muitos bilhões as do petróleo, dos maquinários e outras. O século 21 será marcado, cada vez mais, pelo capital da alta tecnologia. Isso é uma realidade que nenhum chefe de Estado pode contestar ou se opor, sob pena de manter a nação em estágio de subdesenvolvimento perpétuo.
Quando se tem um ministro da Educação que sai pelos quatro cantos do país pregando abertamente a inutilidade do diploma de curso superior, ou dizendo que as universidades não são para qualquer um, como as falas do titular da pasta, Milton Ribeiro, fica demonstrado todo o seu despreparo para uma função que, por sua importância estratégica para o país, poderia estar no centro das preocupações e alvo das principais políticas de qualquer governo. Mas, infelizmente, não é o que vem acontecendo.
Ciente do descaso do governo e do despreparo dos ocupantes do ministério, a maioria das universidades e dos centros de pesquisa do país não escondem seu descontentamento com a atual gestão e, em alguns casos, estão em confronto declarado com o governo e com o ministro da Educação.
Para piorar um panorama que é, em si, para lá de caótico, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma entidade que o Brasil tem feito grandes esforços para integrar de fato, afirmou em seu Relatório Education At Glance (Um Olhar sobre a Educação)”, divulgado na quinta-feira (16/09), que a capacidade de leitura e aprendizado dos jovens brasileiros, principalmente os de baixa renda, ao afetar as habilidades em seu desenvolvimento social e profissional, afeta, de modo direto, o exercício da cidadania.
Entende a OCDE que, entre os fatores que influenciam o desempenho na educação dos jovens, o status socioeconômico tem o maior impacto nas habilidades de aprendizagem. As desigualdades econômicas no Brasil, uma das mais acentuadas do mundo, demonstram que os jovens de classes menos favorecidas têm mais dificuldades de leitura e interpretação de textos do que aqueles de classe mais alta.
Ainda de acordo com a OCDE, o orçamento destinado para o ensino fundamental no Brasil não foi aumentado, na contramão do que fizeram outros 37 países, que, para superarem os desafios impostos pela pandemia do Covid-19, elevaram a injeção de recursos nessa etapa do ensino, como forma de contornar os problemas criados pelo apagão mundial.
Trata-se de uma estratégia que rende excelentes efeitos, sobretudo nas áreas de maior importância para o futuro, ainda mais depois de crises de grande impacto, como a pandemia, e tem sido uma tática em muitos países situados no clube dos ricos, que sofreram com períodos de calamidade, como guerras e outros eventos. O referido relatório traz, ainda, um panorama sobre o piso salarial dos professores brasileiros no ensino fundamental, mostrando que, entre 40 outros países, o Brasil é onde os rendimentos dos docentes, no início de carreira, é um dos menores do mundo.
Para a OCDE, a carreira de professores no Brasil precisa ser estruturada, de modo a garantir o desenvolvimento profissional dos mestres, bem como o aumento da aprendizagem dos alunos. Essas são, sim, apenas algumas das necessidades que até os técnicos de fora enxergam em nossa educação de base. Para um ministro que se preocupa apenas em agradar a quem o nomeou, essas são prioridades que sequer ele próprio tem conhecimento formal, ou finge ignorar.
A frase que foi pronunciada
“Tudo serve para alguma coisa, mas nada serve para tudo.”
Mafalda
Ilutração: Quino
Revival
O calçamento da W3 é importante, mas não é a única obra que essa via necessita para voltar a ser o que era. O tempo e o descaso de muitos governos e da própria população causaram estragos nas W3 Norte e Sul, que exigirão esforços não só do governo, mas de todos que querem essas avenidas de volta.
Foto: embsb.com

Agito

O tempo dos shoppings parece, com a informatização e com as compras online, ter chegado a um limite e a uma exaustão. Por isso o renascimento das avenidas W3 Norte e Sul podem representar uma nova era de prosperidade para a cidade em que todos sairão ganhando, não só os comerciantes, mas os consumidores, incluindo aí os amantes da noite, os artistas, os galeristas, os boêmios, os turistas e uma infinidade de outros brasilienses, carentes de um lugar que não tenha hora para fechar.

Foto: olharbrasilia.com
História de Brasília
Cada superquadra tem um bar que não merece. A 106, o Caiçara, a 306, o Barrica (gafieira), a 107, o El Torero, a 304, o Copo Verde, e assim por diante. (Publicada em 08/02/1962)

Novo ensino médio e a ruptura com a universalidade do saber

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Provas do Enem. Foto: Divulgação

 

Em meio a uma pandemia, que daqui a pouco estará completando dois anos, muitos brasileiros confessam estar não só cansados da clausura forçada, mas também se sentem alienados da realidade do mundo à sua volta. Para muitos, o mundo que conheciam, antes da pandemia do Covid-19, está definitivamente morto. É em meio a esse sentimento que mistura a síndrome da caverna, provocada pelo isolamento social, que pais, alunos e professores pressentem que o futuro que planejavam para si e para os seus começou a ruir, sem que algo novo e seguro tenha sido colocado em seu lugar.

A incerteza quanto ao porvir tem trazido insegurança e desconfiança a essa parcela da sociedade, tornando ainda mais incerto que caminhos a educação de seus filhos irá tomar daqui para frente, num mundo em acelerada e tumultuada transformação. É nesse cenário em que as dúvidas sobram, que vai sendo implantado, em todo o país, a toque de caixa, os currículos do Novo Ensino Médio (ENEM), proposto pela Medida Provisória nº 746 de 2016.

É preciso lembrar que a prolongada pandemia e as incertezas quanto ao real calendário de retorno às aulas ocasionaram um outro fenômeno físico nas escolas públicas. Muitos desses estabelecimentos, ou ficaram abandonados, ou entraram num processo indefinido de reformas, sendo que boa parte desses edifícios, simplesmente, não estão preparados para receberem os alunos.

Quanto à implantação nessas escolas do novo material didático exigido pelo ENEM, como é o caso de computadores e rede de informática, nada ainda foi feito. É nesse ambiente de incertezas e improvisações que os alunos, quando retornarem, de fato, às escolas, terão que conviver. De cara, terão que aceitar que a tal reformulação do ensino médio, no que pesem as possíveis boas intenções do legislador, excluiu universidades, docentes, escolas, pais e alunos de todo esse processo de renovação, o que pode conduzir toda essa estratégia a um ponto de inflexão, forçando toda as mudanças ao ponto original de partida.

Alheios à toda essa transformação dos currículos, pais e alunos poderão se ver em meio a um novo modelo, elaborado para funcionar na prática, sobretudo, quando se verifica que a ausência de protagonismo dos professores é o que mais tem pesado para fazer, dessas mudanças, algo que vá de encontro à realidade do ensino público e acabe atropelando toda a política educacional proposta pelo ENEM.

Apenas para se ter uma ideia sobre o assunto, a página do Congresso Nacional que trata sobre essa questão apurou que, por meio de consulta pública já encerrada, dentre os cidadãos que foram ouvidos pela pesquisa, 73.554 disseram não ao ENEM. Somente 4.551 aprovaram as novas propostas para o ensino médio. Trata-se de um retrato pequeno para o universo nacional, mas diz muito sobre essas inovações relâmpagos. Também a exclusão dos alunos de todo esse processo tem pesado sobre sua aceitação e contradiz o que prega o próprio eixo do ENEM que afirma serem os alunos os principais protagonistas dessas alterações.

Com relação aos professores, a situação é ainda mais incerta. Para muitos deles, o ENEM deveria ser precedido de formação de professores, que ainda é feita por áreas de conhecimento e não, como prega o novo currículo, por competências e habilidades. Muitos professores alertam ainda para o perigo do aumento do distanciamento entre as escolas públicas e privadas, já que essas continuaram a oferecer itinerários formadores com vistas ao ensino superior, ao passo que as escolas públicas correm o risco de, por falta de recursos, transformarem-se em estabelecimentos voltados para a formação de mão de obra, para o mercado de trabalho e para o ensino profissionalizante. É a tal história mal contada pelo atual ministro da educação de que as universidades são para poucos brasileiros. Há inda muito chão pela frente a ser percorrido por essa proposta, caso queira, o governo, que ela tenha um mínimo de aceitação e longevidade.

S.O.S – S.U.S

Hoje é dia de as clínicas de hemodiálise apagarem as luzes em protesto relacionado ao baixo valor pago pelo SUS aos serviços prestados. Enaltecer o SUS é, de fato, uma ação meritória. Mas hospitais e clínicas que se desdobram para que tudo funcione a contento não são devidamente reconhecidos.

Foto: Agência Senado

Sem neura

Difícil não estranhar o vermelho compartilhado nas bandeiras verde e amarelo espalhadas pela Esplanada dos Ministérios. Quem lê jornal logo pensa que a esquerda resolveu aprontar alguma antes de 07 de Setembro. Nada disso! Agora todos conhecemos a bandeira de Guiné Bissau, mesmo que a estrela não esteja visível. Até o dia 28, Umaro Sissoco Embaló, presidente daquele país, estará em visita na capital.

Presidente do país africano foi recebido por Bolsonaro em Brasília.                            Foto: Isac Nóbrega/PR

Duas vias

Bela matéria no Globo Rural mostrava uma fazenda com um cultivo diferente: água. Depois de muitos anos, resolveram estimular a volta das águas que secaram pelo mau uso da terra. E a natureza respondeu de braços abertos. No DF, um projeto incentiva produtores rurais a reflorestar áreas e criar cobertura vegetal que aumente a infiltração da água na terra. Também está dando certo.

Valores

Financiado pelo Governo Federal, o Consultório de Rua é uma boa ideia. Andarilhos, pedintes e pessoas vulneráveis podem ser assistidas pelo programa. Cabe, aos governos, a inscrição para acesso à verba. Dona Maria do Barro, se estivesse viva, ficaria feliz com a iniciativa. Estava sempre pensando em uma forma de tornar a vida dos moradores de rua menos sofrida. Foi uma pessoa que Brasília nunca deverá esquecer.

Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF

História de Brasília

Como já faz muito tempo que foi inaugurada, e ninguém se lembra mais, é tempo de inaugurar novamente a Creche da 108, desta vez acrescida de mais oito portas. (Publicada em 07/02/1962)

Democracia sem emoção e com razão

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Charge do Benett

 

Para um país que, ao longo da maior parte de sua história, nunca deu a devida atenção à educação e ao ensino público de qualidade, assimilar lições e torná-las práticas usuais do cotidiano é também uma tarefa difícil, senão impossível. Reter lições do passado e do presente é fundamental para evitar o cometimento dos mesmos erros e ter alguma previsibilidade quanto ao futuro. E é também uma das lições que se aprende nas escolas.

Com isso, fica evidente que um povo devidamente instruído não se torna presa fácil nas mãos dos prestidigitadores políticos, muito menos se deixa levar pelos discursos encantatórios de demagogos e populistas da hora. Ensinar a pensar talvez seja a primeira e mais importante missão que cabe à educação. A segunda, talvez seja ensinar a pensar de modo próprio, depois de perscrutado o ambiente em volta. Sem essas premissas, um povo se torna alvo fácil para a investida dos chamados “peritos em habilidades”, os mascates de vãs esperanças.

Essa talvez seja a principal característica que falta à média dos cidadãos desse país, sobretudo aos eleitores. O que a prática demonstra é que, desde a redemocratização, não parece haver sinais de que o eleitorado venha aprendendo com as seguidas eleições. E isso é ruim, pois traz reflexos negativos para toda a nação, mesmo para aqueles que dizem desprezar a política. Pelo menos, é o que as atuais urnas mostram.

No embate em que nos vemos metidos agora, açulado de modo proposital pelo chefe do Executivo, contra parte das altas cortes do Judiciário, a parte que se dizia ser: “briga de cachorro grande” deveria render lições proveitosas para a elevação na qualidade de nossa democracia.

Não basta a um Estado ser democrático, é preciso que essa democracia tenha um mínimo de qualidade. Ocorre que essa melhoria na qualidade só pode advir de eleitores cônscios de sua importância nesse sistema. Ou a população aprende com erros cometidos por seus representantes, banindo-os definitivamente da vida política, ou estaremos fadados a experienciar crises e mais crises, com efeitos danosos sobre todos.

É nesse contexto que se insere a atual crise, gestada no Palácio do Planalto e ampliada no Supremo. Trata-se de uma contenda em que nenhuma das partes possui razão. Fôssemos julgar essa querela atual, à luz da racionalidade e dos episódios que foram se sucedendo num crescendo insano, o veredito, por certo, levaria à condenação de ambas as partes. Apenas à guisa de exemplo, tomemos a faxina ou o remendo ilegítimo, feito à meia sola, no currículo de Lula, de forma apenas a torná-lo apto a concorrer às próximas eleições.

De cara, trata-se aqui de um acinte contra o cidadão de bem e uma violação contra a própria democracia. Caso a população não entenda, de uma vez por todas, que o desmanche forçado da Operação Lava Jato foi um atentado contra a democracia e um crime de lesa-pátria, mais uma vez, estaremos sendo impelidos a repetir erros sérios.

É esse upgrade que nos falta e que só poderá vir por meio das boas escolas públicas e de um ensino que leve o brasileiro a reconhecer, em qualquer ocasião, o valor preciosíssimo de uma democracia de qualidade, em que a razão suplante a emoção.

A frase que não foi pronunciada:

Por falar nisso, o finado Bruno Maranhão arrebentou o Congresso Nacional. O que aconteceu com ele?”

Dona Dita, enquanto tricota.

Bruno Maranhão. Foto: Sérgio Lima/Folhapress

Ordem e progresso

Se existe um colégio que desperta a ira dos maus professores e administradores escolares, esse é o Colégio Militar. Primeiro, porque as crianças que o frequentam já são educadas em casa, só vão para a escola pela instrução. Segundo, porque em qualquer olimpíada de conhecimento, o Colégio Militar é imbatível. Essa ira de alguns deveria se transformar em humildade para copiar a fórmula. Essa celeuma sobre a filha do presidente estudar no Colégio Militar é inútil. A escola é ótima e quem pode, pode!

Divulguem

Veja, a seguir, as obras da afegã Shamsia Hassani. Descreve bem a situação da mulher no atual Afeganistão. As fotos foram enviadas para um grupo de jornalistas pelo colega Fernando Ladeira. Sigam a artista na sua página oficial no Instagram: @ShamsiaHassani.

À flor da pele

Uma das sequelas dessa fase pandêmica é a falta de paciência de pais que não estavam acostumados a conviver com os filhos. Outro dia, uma mãe gritando com o pequeno o obrigava a colocar a máscara antes de entrar no carro. É o mesmo que obrigar alguém a passear a pé atado em um cinto de segurança.

Foto: ozgurdonmaz/Getty Images

História de Brasília

No supermercado UV-1 faltavam, ontem: cebola, carne, batata, verdura, arroz e álcool. Muitos outros produtos faltavam, igualmente. Estes, porém, são de um rol de uma dona de casa. (Publicada em 07/02/1962)

Educação invisível

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Foto: Reprodução/ Facebook Milton Ribeiro

 

Dizer que a educação pública continua a ser o calcanhar de Aquiles do Brasil não chega a ser nenhuma novidade surpreendente. Tem sido assim ao longo de toda a nossa história, com exceção de alguns períodos curtos, como foi o caso dos projetos criados por educadores como Anísio Teixeira, Paulo Freire e outros, mas que não chegaram a amadurecer o suficiente a ponto de possibilitarem a superação desse problema secular.

O que surpreende, de certa forma, e isso é apresentado, inclusive, no mais recente relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é o fato de o Brasil possuir, em tese, gastos até superiores a muitos países que compõem esse clube de ricos e, mesmo assim, mostrar-se incapaz de promover um ensino público de qualidade, minimamente comparável aos que apresentam os países desenvolvidos. Talvez esse fato explique o que dizia outro grande educador brasileiro e também vítima das forças do atraso, Darcy Ribeiro: A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto.”

É o que a nossa trajetória histórica tem demonstrado. Entre essas sístoles de diástoles ou entre compressão e expansão, vamos lidando com esse problema, contando sempre com a má vontade dos governos e o desinteresse da maioria de nossas elites, para quem essa questão nunca é prioritária. Com isso, vamos amargando e avolumando ciclos e mais ciclos de decadência da escola pública, num processo contínuo que pode resultar no total descarte de um projeto de educação de qualidade para os cidadãos desse país, conforme orienta a nossa própria Carta Magna. Nesse sentido, não surpreende que estejamos experimentando, agora, o que poderia ser classificado como o mais preocupante e medíocre ciclo de gestores, jamais postos à frente do combalido Ministério da Educação. Por sua irrelevância e mesmo invisibilidade para o atual governo, pouco se ouve falar sobre essa pasta. O presidente sequer menciona esse ministério em suas infinitas lives e pronunciamentos, o que demonstra que, para esse governo, a pasta e seus problemas, sequer existem.

Uma olhada no perfil dos ministros indicados pelo presidente, para comandar a pasta da educação, ajuda a dar uma ideia da importância desse ministério para o atual governo. Ao colocar, por último, no comando do ministério da educação, não um educador com larga experiência no setor, como deveria ser, o governo achou por bem nomear um pastor presbiteriano, acostumado, na lida, a apascentar rebanhos de fiéis. Depois das desastrosas administrações de Ricardo Vélez, Abraham Weintraub, Carlos Decotelli e Renato Feder, que recusou o convite, o presidente parece ter encontrado, em Milton Ribeiro, um outro nome “terrivelmente evangélico” para tocar a pasta.

Desde então, o ministério da Educação andava sumido do mapa. Quando muito, a gestão do Milton Ribeiro aparecia nos jornais apenas pelas declarações infelizes do pastor ministro. Em entrevista que deu à TV Brasil, estatal de comunicação do governo, Milton Ribeiro não se avexou quando afirmou, com todas as letras, que a inserção dos estudantes com deficiência, em sala de aulas normais, atrapalhava o aprendizado dos outros alunos, porque a professora, por sua inexperiência com esse problema particular, não tinha conhecimento adequado para cuidar dessa questão. Esqueceu o ministro de que o ensino inclusivo, há muito, é uma questão já regulamentada por lei e que a limitação de matrícula nesses casos é proibida. Tanto escolas públicas quanto privadas são obrigadas a receber estudantes com deficiência. Até mesmo a cobrança de taxas especiais, pelas escolas privadas, é vetada por lei. Uma gafe desse tamanho jamais sairia da cabeça e da boca de um verdadeiro educador.

Tudo isso, depois de afirmar que as universidades públicas deveriam ser uma opção para poucos, já que não serão tão úteis para a sociedade no futuro, como serão os institutos federais que formarão mão de obra técnica e especializada. Enquanto cuidam de assuntos dessa natureza, perdendo tempo e dinheiro em embates contra a posição política e ideológica que parece dominar o ensino, sobretudo as universidades, a qualidade da educação vai se deteriorando a olhos vistos, não sendo prioridade nem da direita, nem da esquerda.

A frase que foi pronunciada:

A importância do caráter de um professor é diretamente proporcional aos valores que ele ensina.”

Dona Dita, pensando enquanto tricota

Charge: humorpolitico.com.br

Tem futuro?

Toda opinião é válida ao conhecimento. A juíza de Direito Andréa Barcelos compila a origem da teoria de gênero. Veja a seguir.

Idosos

Com a desculpa de pandemia, as visitas em asilos estão proibidas. Mas quem tem vistoriado os serviços? Há inúmeros elogios a profissionais dedicados, mas também há casos de maus tratos. Melhor evitar surpresas e manter a vigilância.

Idosos de asilo em Jaú escreveram o que desejam fazer depois da pandemia — Foto: Vila São Vicente de Paulo/Divulgação

História de Brasília

Há mais de dois meses a Caixa Econômica da rua da Igrejinha não possui selos para venda ao público, nem trata de se restabelecer. Faça-se justiça ao trabalho que vem fazendo o Banco da Lavoura, o único lugar onde se compra estampilha, presentemente, no Plano Pilôto, à exceção da Recebedoria, na Esplanada dos Ministérios. (Publicada em 07/02/1962)