É gangrena!

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MAMFIL com Circe Cunha

Ao longo de pouco mais de uma década, a Odebrecht ousou destinar meio bilhão de reais em propinas apenas para formar ampla base de políticos que passaram a atuar nas diferentes esferas de poder sob seu comando e a seu soldo.

O caso pode ser resumido de modo singelo: o eleitor vota, escolhe seu candidato, mas, ao fim ao cabo, quem vai representá-lo de fato é o apontado pela empresa.

Pelas declarações, fica depreendido também que, ao longo de todo esse tempo, as construtoras ocuparam simultaneamente os Três Poderes da República, legislando em causa própria, executando seus desígnios e julgando com base em suas necessidades.

O que se tem, com apenas parte das revelações que agora vêm ao conhecimento da nação, é um país eviscerado à luz do sol, mostrando as entranhas a todos. As delações viram, como se dizia no passado, à tripa-forra, ou seja, em grande quantidade, tal qual gigantesco dique de sujeiras que, de súbito, se rompeu.

O que se vê nessa ferida gangrenada e aberta coloca as pessoas em dúvida: salvar o paciente, cortando-lhe logo as partes apodrecidas, ou fazer um pequeno curativo e aguardar que o tempo tome a melhor decisão?

A frase que foi pronunciada

“A consciência tranquila ri-se das mentiras da fama.”
Ovídio

Deixa assim
» Loterias são verdadeiras lavanderias. Ao Coaf cabe a fiscalização. Ou compram bilhetes premiados, ou pagam pelos bilhetes mais do que a aposta. Até hoje a Caixa não tomou medidas para impedir esse tipo de roubo. Tudo seria diferente se o jogador fosse cadastrado. Mas será que há intenção de mudar as coisas?

Essa não
» Túnel sem luz no fundo. Agora até as medidas de combate à corrupção estão correndo o risco de não sair do papel. Isso porque os relatores do pacote anticorrupção estão na lista de Fachin.

Números
» Uma eterna fonte de notícias boas, a Codeplan divulga que a inflação em Brasília caiu 0,75% em fevereiro. Para as donas de casa que frequentam supermercados, há controvérsias na informação.

Teatro e música
» Artur Soares continua deixando seu rastro de brilho por onde passa. Dessa vez com o barítono Licio Bruno, a ópera Don Pasquale é uma sequência de risos. A montagem, de Janete Dornellas em homenagem ao aniversário da cidade, tem como cenário a Brasília dos anos 60. No Teatro do Sesc Gama, nos dias 15 e 16 de abril, às 19h; e no Teatro Levino de Alcântara — Escola de Música de Brasília, nos dias 29 de abril, às 19h; no dia 30, às 11h e às 19h; e no dia 1º de maio, às 19h.

Interessante
» Houve, na Câmara dos Deputados, uma discussão para apresentar substitutivo a uma lei que impede o acréscimo de gordura trans, gordura vegetal hidrogenada, em alimentos humanos. Apesar disso, a margarina continua nas prateleiras de supermercados e padarias.

Raízes
» Uma jovem aprendiz encontrou R$ 100 no chão de uma Comissão do Senado e só sossegou quando encontrou a dona. Uma copeira. A diretora do Senado, Ilana Trombka, sensibilizada com a situação, fez um belo discurso enaltecendo a ética. Ficou claro que a educação em casa é o início de tudo e bom impulso para ser honesto.

História de Brasília
Mesmo dando menos lucro, os postos deviam manter seu estoque de gasolina azul para satisfazer os fregueses, como é o caso do Atlantic do Eixo Rodoviário, perto da SQ do Banco do Brasil. (23.9.61)

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Um processo de autoconstrução, ou não

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MAMFIL
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Entra e sai ano, e aqueles que têm o ensinar como nobre ofício continuam sem aprender uma lição básica: greves, sejam por quais motivos forem, não contam com o apoio da população. Pelo contrário. Para a maioria dos cidadãos, que depende, fundamentalmente, dos serviços públicos, os movimentos paredistas, de qualquer natureza, prejudicam justamente os mais necessitados e sofridos segmentos da sociedade.

As classes médias altas nem sequer tomam conhecimento desses movimentos, já que há muito tempo abandonaram os serviços de educação e de saúde públicos. O que os professores ainda não se deram conta é de que os serviços públicos atendem hoje quase, exclusivamente, as populações mais carentes. Justamente aquelas que os sindicatos dizem representar e proteger.

Enquanto o professorado se deixar utilizar como massa de manobra por sindicatos pelegos, que nada mais fazem do que seguir as cegas orientações de partidos políticos, as condições de trabalho e de salários permanecerão inalteradas. A equação dos sindicatos é simples: enquanto permanecer a precária situação na prestação de serviços públicos, haverá trabalho para os agentes profissionais do caos. Os sindicatos não têm compromisso com a educação. O que interessa a essas instituições é a disputa política, sobretudo, aquela que conduz rápido à tomada do poder.

Corte de salários, prejuízos ao processo de ensino, suspensão da sequência natural dos conteúdos programáticos administrados pelos professores, desânimo dos alunos com a interrupção das aulas, desprestígios acarretados à imagem dos educadores, depredação das escolas, meio milhão de crianças sem aulas, soltas nas ruas e outros flagelos não interessam aos sindicatos. O que importa é agitar a manada, dando algum sentido à própria existência desses organismos.

O que a categoria ainda não assimilou é que os sindicatos não lutam pela melhoria da qualidade do ensino público e, sim, pela hegemonia das legendas que representam. No modelo obsoleto e injusto de sindicalismo que adotamos, as greves são realizadas apenas para gáudio dos partidos. Nada mais. O que tem resultado de mais palpável, das inúmeras greves, é a decadência progressiva do ensino público. O que prova isso é que, cada vez mais, ocupamos a rabeira nos rankings mundiais quando o assunto é qualidade do ensino.

É preciso notar ainda que esta greve tem início com menos de 10% de aprovação da categoria, já que a maioria dos professores, desiludidos, sequer se deu ao trabalho de comparecer à assembleia para votar.

>>A frase que foi pronunciada

“A tendência democrática de escola não pode consistir apenas em que um operário manual se torne qualificado, mas em que cada cidadão possa se tornar governante.”

Antônio Gramsci

Chance

>> Se estiver reclamando da água no DF, eis o convite. Virada do Cerrado 2017. A primeira reunião do Comitê Criativo vai ser amanhã, no Centro de Convenções na sala da Condetur, de 9h às 12h.

Enova

>> Val e a pena, ama nhã, quinta-feira, passar na feira de produtos autorais no Clandestino Café da 413 Norte, das 14h às 21 h. Oficina de turbantes, mercado Étnico. Artesãos, designers e estilistas de Brasília expõem bijuterias, semijoias e moda. As oficinas são gratuitas. Inscrições no Facebook enovafeiraderua. Procure pela Cíntia. Ela sabe tudo.

Regra básica

>> Enfim, uma autoridade traduz o que o cidadão pensa. A senadora Lúcia Vânia, tão logo ocupou a responsabilidade da Presidência da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, propôs que o colegiado participe mais efetivamente no monitoramento da execução das despesas e da elaboração da proposta orçamentária da educação. O dinheiro vai, mas não há o mínimo de controle do que é feito com ele, já que não há rubrica que limite os fins do uso.

Desde 2000

>>Entra e sai ano, e os deputados não se dão conta de que o Brasil perde muito mais não brigando pelas suas patentes, mas pelejando contra piratas. Se o bina, criado por Nelio Nicolai, brasileiro, fosse cobrado no planeta pelo seu uso, imaginem o que o país lucraria. O Canadá reconheceu o inventor, o Brasil teima em subjugá-lo.

>>História de Brasília

»Mas quem não conhece bem o Brasil é a própria Ford, porque põe carnaubal no Maranhão, e babaçu no Piauí, quando todo o mundo sabe que é ao contrário. De fato, Maranhão produz carnaúba, e o Piauí, babaçu. Mas no inverso, os dois são os maiores produtores. Desculpem.

(Publicado em 23/9/1961)

Câmara Legislativa: um oásis na aridez do cerrado

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MAMFIL e Circe Cunha

Somados os servidores efetivos, os inativos, os pensionistas e os cargos em comissão, a Câmara Legislativa tem hoje um quadro de pessoal de 2.060 servidores, apenas para servir de suporte ao trabalho de 24 deputados distritais. Trata-se de um exército que consumirá, neste ano, se forem computadas as emendas parlamentares, R$ 525 milhões, ou muito mais do que o orçamento anual da maioria dos municípios brasileiros.

Em meio à crise econômica sem precedentes que aflige milhões de brasilienses, a Câmara Legislativa é um oásis na aridez do cerrado. Toda a montanha de dinheiro, literalmente mal utilizada e desperdiçada, foi torrada em 2016, como já é corrente, desde sua criação em 1990, para a realização de 131 sessões solenes contra 97 reuniões em plenário, nas quais, ao lado da feitura de leis inconstitucionais e debates áridos, foram cometidos todos os tipos de bate-bocas, com troca de acusações e ameaças veladas, além da habitual lavagem de roupa sujíssima, que não acrescentaram um grão de areia para aliviar o sofrimento dos brasilienses.

Ao longo do ano, foram realizadas ainda importantes comemorações pelo Dia do Blogueiro, do Pastor, do Tai chi Chuan, do aniversário das dezenas de administrações regionais, homenagens aos quiosqueiros, corretores de seguro, síndicos e entrega do título de Cidadão Honorário, como o conferido à ex-presidente Dilma Rousseff, sem dúvida, uma militante de primeira hora em defesa das causas de Brasília, de onde tomou distância segura, depois do processo de impeachment.

Para todas as comemorações sem fim, o rega-bofe variado fica por conta do contribuinte. Envolvida até o último botão da gola em escândalos cabeludos, a Câmara Legislativa não conta com a simpatia da população e, para tentar driblar a realidade, não poupa dinheiro dos pagadores de impostos para dar um verniz na imagem. Somente com propaganda institucional, distribuída em outdoors, ônibus, totens, táxis, jornais, pontos de ônibus, rádio, televisão e outras mídias, a Câmara local queimou aproximadamente R$ 26 milhões do dinheiro suado da população.

Somados aos R$ 25,5 mil de salários, cada deputado tem a sua disposição mais R$ 25 mil de verba indenizatória, que são gastos, na sua maioria, para a divulgação do próprio mandato, numa espécie de campanha antecipada para novas legislaturas, bancada, obviamente, com os recursos dos próprios eleitores.

Wasny (PT), com essa rubrica, incinerou R$ 248 mil, seguido de Delmasso (PTN), R$ 245,7 e Vigilante (PT), R$ 230 mil. São despesas contabilizadas como gastos a ser indenizados, contra a apresentação de nota fiscal de despesa. Fossem auditadas sob a lupa das autoridades policiais isentas, a maioria dessas despesas ressarcidas, dificilmente poderiam ser justificadas à luz da lei, da moral administrativa e mesmo perante a realidade de penúria da sociedade da Capital.

A frase que não foi pronunciada

“Infelizmente, a lei nem sempre se mantém dentro de seus limites próprios.”

Claude Frédéric Bastiat, economista e jornalista francês. (1801-1850)

Silêncio já!

» Lá está, na curva da floresta. Vila Giardini, Ecoparque. Trata-se do maior embuste em razão social. De ecológico não tem nada. O barulho ensurdecedor de festas é um verdadeiro atentado à urbanidade. A altura do som do lugar é contínua, apesar de todas as reclamações já registradas. Moradores ao redor do local são obrigados a ter a saúde atacada sem o menor amparo do Ibram, PM ou mesmo Agefiz.

Povo brincalhão

» Para desespero dos fãs de Honestino e Costa e Silva, a ponte para o Lago Sul está sendo chamada de ponte Honestino da Costa e Silva Guimarães.

Multas

» É nessa ponte que o Detran inaugura a volta das barreiras eletrônicas, depois de renovado o contrato que estava há meses parado.

Poluidor

» Ninguém mais comenta o que houve com a mancha verde aparecida misteriosamente no Lago Paranoá. A população precisa saber o que houve. Se as autoridades já sabem qual foi a fonte de contaminação, precisam divulgar.

Melhor

» Da 405 Sul para a 408 Sul. Em pouco tempo a Rua dos Restaurantes mudará de endereço. A baixa no comércio da 405 está afastando os clientes, ao contrário da 408, que está mais vitalizada do que nunca.

Sintonia

» Julio Menegoto, admirado, por quem o conhece pela competência, deixou a Presidência da Novacap para assumir a Administração de Vicente Pires, no lugar de Renato Santana. Um nome que o governador Rodrigo Rollemberg pode ter certeza da lealdade.

História de Brasília

A política externa será mantida, os embaixadores estão sendo confirmados, as sindicâncias estão prosseguindo, as demissões estão mantidas e as nomeações prevalecem. (Publicado em 21/9/1961)

Vácuo de segurança

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com Circe Cunha e MAMFIL

Com as imagens do massacre na penitenciária Anísio Jobim, em Manaus, correndo o mundo, mais uma vez, o Brasil é mostrado ao vivo e em cores como um país primitivo e extremamente violento. A Anistia Internacional elaborou e divulgou um relatório sobre o episódio, em que mostra o que os governos há muito querem esconder: a falência das políticas de segurança do país e principalmente do sistema carcerário. No documento, é dito que, por causa da superlotação, a violência, um problema comum em todas as cadeias brasileiras, é generalizada. Amontoada e abandonada à própria sorte em celas minúsculas e insalubres, a maioria dos prisioneiros já percebeu que a única assistência com que pode contar e que está à mão é fornecida diretamente pelas facções do crime que agem, com desenvoltura, dentro e fora dos presídios.

São os grupos de foras da lei que assumiram, de fato, muitos presídios, fornecendo desde a escova de dente até o acesso aos advogados de defesa. O preço, obviamente, por esses serviços assistenciais é alto e é cobrado na forma de adesão obrigatória ao bando. O crime (bem) organizado conhece o vácuo de poder do Estado dentro do sistema carcerário e preenche o espaço vazio e nele se fortalece ainda mais.

Com a facilidade das comunicações e dos chamados pombos-correios, que podem se, desde familiares até servidores públicos e mesmo advogados, os grupos, antes dispersos, resolveram se unir de norte a sul, multiplicando as atuações, os lucros e o poderio estratégico. Para piorar a situação, a corrupção endêmica em todos os escalões contribui para facilitar o trabalho e o crescimento dos grupos criminosos. Trata-se de fenômeno que vem ganhando corpo e que, se não for contido, facilmente poderá evoluir para a formação de grupos paramilitares, à semelhança de muitos cartéis das drogas que agem em toda a América Latina há décadas, principalmente nas extensas áreas de fronteira da Amazônia.

A situação beira o surreal. O próprio juiz, chamado pelos rebelados do Compaj para negociar o fim da rebelião, Valois Coelho, é suspeito de possuir ligação com a facção criminosa Família do Norte e é investigado na Operação La Muralla, que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A corrupção generalizada nos altos escalões do governo local e federal estão por trás dos acontecimentos de Manaus. Entre 2010 e 2016, as empresas Umanizzare e a Conap, que cuidam da gestão dos presídios na região, receberam mais de R$ 1 bilhão em repasses do governo. Somam-se às irregularidades as suspeitas de que a própria facção Família do Norte deu apoio formal à campanha de reeleição do atual governados José Melo. Pesa ainda sobre a gestão do atual governo do Amazonas a acusação de que as mesmas empresas que cuidam do sistema prisional no estado doaram R$ 300 mil para a campanha eleitoral ao governo.

A chacina, inclusive, foi um massacre anunciado, já que as autoridades daquele estado, há mais de um ano, tinham informações seguras sobre a possibilidade da ocorrência dessas ações bárbaras. A corrupção política e administrativa, praticada desde sempre nos estamentos superiores, foi reproduzida com muito sangue, na base da pirâmide. Tem sido assim desde a chegada de Cabral, em 1500.

A frase que foi pronunciada

“Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar.”

Friedrich Nietzsche

Emprego

» Boa notícia para os desempregados. A rede de cafés Starbucks anuncia expansão no país e diz que vai começar por Brasília. Peet’s Coffe também seria interessante.

À espera

» É justamente agora, no início do ano, que a política fervilha longe dos olhos da população. Antes de localizar os compradores de votos e os empresários que bancarão as campanhas, a articulação, que está no auge, a busca é pelo candidato que convencerá o brasileiro a dar o voto. Depois fortunas são gastas em publicidade, quem tinha mais dinheiro para bancar as promessas aparentemente convincentes vence (na maioria), depois é a vez da troca de favores e do balcão de negócios às custas dos contribuintes e finalmente o choque de realidade. Até as próximas eleições.

1º passo

» Marcelo Crivella, eleito prefeito do Rio de Janeiro, já entrou desagradando muita gente. Uma das primeiras iniciativas prometidas pelo ex-senador é rastrear os supersalários. Por enquanto, só rastrear.

2º passo

» Como sempre, depois de ocupar o cargo, todas as lentes se voltam para o passado do político. Uma força-tarefa desencravou da radiola uma música na qual Crivella rejeitava a idolatria e rimava com heresia, ao referir-se ao chute dado na imagem de Nossa Senhora. Bem acessorado, ontem pediu desculpas.

História de Brasília

O sr. Adauto Lúcio Cardoso, em quem tanto confiávamos, desistiu da representação apresentada contra o então presidente da República e os três ministros Militares. Para recuar depois, deputado, é melhor pensar antes e não fazer. (Publicado em 20/9/1961)

Folha de pagamento do GDF inviabiliza a capital

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com Circe Cunha e MAMFIL

Com uma folha de pagamento de aproximadamente R$ 10 bilhões, o GDF tem que se virar como pode para pôr em dia os salários de 136 mil servidores. Essa situação é agravada pela herança recebida de gestões passadas, que acertaram antecipadamente diversos reajustes salariais sem o devido lastro. Com o aumento da crise econômica que tem levado a maioria das unidades da Federação à falência, o futuro da atual administração Rollemberg é sombrio e incerto.

A situação econômica do DF tem feito com que o governo, desde o primeiro dia da posse, fique completamente absorvido com a questão da folha de pagamento inchada. Para piorar a situação, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que impõe limites legais aos gastos do governo, não tem sido devidamente obedecida, por causa do descontrole repetido nas contas públicas. A LRF manda que os governos só gastem até o limite de 45% da receita líquida corrente, o que no caso do GDF, excetua os chamados repasses constitucionais.

De acordo com dados do governo, entre setembro de 2015 e agosto deste ano, os gastos do GDF atingiram o percentual de 47,5% da receita, o que em valores significa quase R$ 500 milhões além do permitido. Com isso o governo local ficou proibido de contratar novos servidores e de dar reajustes salariais para o funcionalismo. Não seria surpresa se, na intimidade com a família e com os amigos de confiança, o próprio governador tenha confessado seu arrependimento em assumir o comando do Executivo local. Os dias no céu do Senado ficaram para trás.

A frase que foi pronunciada

“Horário de verão significa, para quem trabalha cedo, dormir sem sono e acordar dormindo.”

Na Internet

Disciplina

» João, afilhado do Ricardo Guirlanda, ao ser abordado novamente pela mãe para arrumar a bagunça deixada para trás resmungou: “Mãe é bom, mas duuuuuura!”

Passeio

» Adriana Sá viajava com as filhas quando o diálogo surgiu. Ana Luiza perguntou o que era aquele lugar estranho. A irmã mais velha, Juliana, que já sabia o que era um cemitério, respondeu sem titubear: “É onde os mortos vivem!”

Leveza

» Liz, a primogênita de Ruth Passarinho, reclamou do vento: “Ah não! Esse vento fez meu cabelo ficar assim todo feio”. A mãe logo respondeu: “Não está feio filha, continua com as tranças”. Liz explica: “Não, mamãe, agora ele está cheio de cabelinhos flutuando”.

Filólogo

» Leandro, nosso primo do Ceará, já estava aborrecido de ser chamado de gordinho. Sylvia Muniz, para mudar essa ideia, sugeriu ao filho que respondesse que era robusto. Ao abrir a porta do elevador a vizinha disse: “Pode passar, gordinho”. Ao retrucar, Leandro se esqueceu da palavra que a mãe havia ensinado, mas ela deu a dica: Você é Ro….. Ele se lembrou na hora. “Eu não sou gordinho, sou ropeito.”

Dividendos

» Depois de mostrar para o pai que estava craque nos primeiros conceitos de matemática, André Dusi resolve provocar a filha Laura, com pouco mais de 3 aninhos. Se você tem uma maçã e divide com sua amiga —- meia maçã para cada uma —, o que sobra? Laura responde de imediato: “O caroço e o cabinho”.

Constitucional

» Adriana exclama para a mãe depois que Guilherme quebrou um aparador na sala. “Mamãe, esse menino está depilando o patrimônio da família”.

Anatomia

» Com 5 anos, o Arthur, filho da Ruth Helena, soube que ela faria uma cirurgia no abdome, e a vovó Arlete explicou que o médico cortaria a barriga da mãe. O pequeno pensou alto: “E as pernas vão ficar junto com o pescoço?”.

História de Brasília

Éramos três: Antônio Honório, Jairo Valadares e eu. Para um pouco, chega! Vamos ao hotel tomar alguma coisa! A gente enlouquece nessa nostalgia. Vinham aos sábados as visitas. Era o único dia de passeio. A gente ia mostrar a cidade. Cuidado, não beba água sem limão. Dá dor de barriga. (Publicado em 15/9/1961)