Até quando?

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Frasco da vacina anticovid da AstraZeneca-Oxford – AFP

 

Pudessem servir aos reais interesses da sociedade, e não às veleidades políticas momentâneas, as comissões parlamentares de inquérito (CPIs) – principal instrumento de regulação da República e uma das mais importantes atribuições conferidas ao Poder Legislativo – poderiam ser invocadas, neste momento aflitivo de pandemia sem fim, para buscar esclarecer até que ponto a indústria farmacêutica e os laboratórios de análises clínicas estariam sendo beneficiados com esse verdadeiro oceano de dinheiro que foi gerado a partir do surgimento da Covid-19.

A questão não é apenas com os lucros obtidos por esse segmento da economia, o que num sistema capitalista é permitido e incentivado. Mas quando essa bonança se faz às custas do sofrimento de milhões de cidadãos, a questão ganha outra dimensão, passando a resvalar em pontos como a ética humana, ou mesmo ligando-se a razões impostas por uma calamidade pública sem precedentes.

Em tempos de guerra, como agora vivemos, valeriam regulações excepcionais, feitas sob medida para tempos adversos, o que acabaria também por submeter esses segmentos a regulações mais afirmativas. Por certo, os resultados das comissões apontariam, além de outros problemas que jazem submersos, para a necessidade de obrigar esses importantes segmentos a assumirem maior protagonismo cívico e humano no combate a pandemia, destinando parte desses volumosos recursos para hospitais públicos e postos de saúdes, aliviando parte do sofrimento daquelas populações que não têm acesso a planos de saúde e que não podem pagar por exames.

O que se sabe, de antemão, é que há muitos recursos sendo drenados para esses setores e, por certo, fazem falta em outras pontas. Sabe-se que, dentro do sistema capitalista, o lucro é a razão de ser de toda e qualquer iniciativa. Mas quando essa razão passa a ser feita às custas de vidas humanas, todo esse sistema desmorona, adquirindo não uma feição de busca pela saúde, mas tendo na própria doença um motor a propiciar ganhos extraordinários.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O surto da nova pneumonia por Coronavírus inevitavelmente terá um impacto relativamente grande na economia e na sociedade… Para nós, isso é uma crise e também um grande teste”.

Presidente Chinês

Presidente chinês Xi Jinping. Foto: Reprodução

 

Interesses diversos

Vitor Ramos Correia, Pedro Sérgio de Melo Coe, Pedro Ivo Batista, Maria Consolación Udry e Andrew Moccolis assinaram um documento público pelo Conselho de Desenvolvimento Rural e Sustentável do Lago Norte, Associação dos Moradores do Núcleo Rural Córrego do Urubu, Instituto Oca do Sol e Instituto Sálvia (veja, no Blog do Ari Cunha). O problema é que duas novas áreas de conservação na categoria Monumento Natural foram criadas à sorrelfa,  o que compromete a permanência dos moradores no local (muitos com contrato de Direito e Uso), além de colocar em risco os projetos de proteção e preservação na região.

Documento Público

Foto: comdono.com

 

História de Brasília

E pasmem: o registro não é feito no momento do nascimento porque se a criança morrer, o que ocorre com frequência, os pais terão que enfrentar dificuldades tremendas com a papelada do atestado de óbito. (Publicada em 17.02.1962)

A hora e a vez da bola de cristal

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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

Nos capítulos finais da CPI do Covid, o relator, senador Renan Calheiros, está prometendo, ao público que vem acompanhando os trabalhos da comissão desde o primeiro dia, o indiciamento de mais de meia centena de indivíduos, pelos mais variados tipos de crime. Para tanto, afirma que enviará cópias do volumoso relatório final a diversas cortes e instâncias da justiça, dentro e fora do país. Se uma não der andamento, outra poderá dar. Não há grandes expectativas de que a Procuradoria Geral da República, na figura do Augusto Aras, dará muita atenção ao calhamaço de denúncias. No máximo irá ensaiar alguns movimentos, processando, quem sabe, os peixinhos miúdos, deixando os tubarões de lado. Passados os primeiros dias, a repercussão definhará, como tudo neste país. Se nem mesmo os escândalos do mensalão e do petrolão, que o seguiu, tiveram o condão de levar, até as últimas consequências, as denúncias contra o magote de réus, sendo que a maioria hoje goza da mais ampla liberdade, deixando o dito por não dito.

Por isso mesmo, a população, já escaldada com as consequências pífias dessas investigações, pouco ou quase nada, espera de concreto com relação às condenações tanto daqueles que vendiam vacinas que não possuíam, como contra aqueles que por dever do ofício tinham obrigação de comandar o combate à virose mortal. Os seiscentos mil mortos entram nesse relatório como detalhe estatístico, uma vez que ninguém responderá por esse morticínio ao não ser o próprio vírus.

Passadas as eleições, tudo voltará ser como antes e a história toda cairá no mais nebuloso esquecimento. Nem mesmo restará aos falecidos o estabelecimento de uma data nacional a lembrar o trágico acontecimento. A apuração das eleições de 2022 lançará uma pá de cal sobre o assunto e cuidará apenas de encaminhar os vencidos a seus devidos postos. Alguns poucos políticos auferirão ganhos graças aos holofotes da CPI. Outros irão cuidar da vida. A própria população, a quem caberia cuidar para que personagens nefastos de nossa história política recente tivessem a merecida condenação da justiça, não irá se manifestar, porque, talvez, já nem se lembre do ocorrido.

Para o povo em geral, ficará apenas o vazio aberto com o fim dos capítulos da CPI e o enceramento de mais esse folhetim das nossas mazelas reais. Como ocorre a cada ano legislativo, é preciso providenciar, o mais ligeiro possível, uma outra CPI para agitar as massas, exibindo o mal cheiroso bastidor de nossa vida política. Caso aconteça mesmo do país ter que assistir, assombrado, a volta do lulopetismo ao poder, numa espécie de Vale a Pena Ver de Novo, vai aqui uma sugestão aos nossos digníssimos parlamentares: cuidem de instalar, no próximo ano legislativo, a CPI da Lava Jato e do Petrolão, para investigar a razão de a mais exitosa operação de toda a nossa história, capaz de reerguer o país ao primeiro mundo da ética, ter sido levada às cordas. É preciso que se investigue absolutamente todos aqueles que contribuíram para dar um fim a Lava Jato. Do mordomo ao dono do palácio. O país necessita dessa investigação para continuar existindo.

A frase que foi pronunciada:

A política é a habilidade de prever o que vai acontecer amanhã, na semana que vem, no mês que vem e no ano que vem. E ter a habilidade de explicar depois por que nada daquilo aconteceu.”

Winston Churchill

Winston Churchill. Foto: wikipedia.org

Fé e esperança

Esse é o pior serviço que já existiu na capital federal. Um completo desrespeito ao cliente. São horas aguardando atendimento enquanto se ouve um barulho insuportável que talvez chamem de música. O presidente Paulo Henrique Bezerra Rodrigues Costa precisa reservar um tempo de seu dia para ligar no número do BRB Card, para o 08008804001 ou 40034004. Se isso acontecer, esse serviço vai melhorar, com certeza.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

É notícia

Gustavo Dourado, escritor e poeta cordelista, tomou posse na Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), no Rio de Janeiro, cadeira 35, patrono Expedito Sebastião da Silva, antes ocupada pelo poeta Pedro Bandeira. Ele é o primeiro escritor do Centro-Oeste e do Distrito Federal a se tornar acadêmico titular da entidade, festejada e reconhecida no Brasil e no exterior. A solenidade foi conduzida pela presidente da entidade, escritora Paola Tôrres, e pelo presidente emérito, poeta Gonçalo Ferreira da Silva, fundador da instituição. Sua obra literária foi recomendada pelo World Poetry Day e World Portal Libraries, ambos da Unesco.

Imagem: antoniomiranda.com

Preto no branco

Quando a população se propõe a pensar, a solução sai a seu favor. Veja, no Blog do Ari Cunha, o quadro comprobatório desenhado por Marco Guskuma sobre a vantagem de contratar um caminhão pipa, dependendo do consumo. Ele relaciona o consumo, a cobrança oficial da água e esgoto e a alternativa de preço mais baixo com a contratação de um caminhão pipa legalizado.

–> Estava me questionando se vale a pena chamar um caminhão pipa ou colocar água da CAESB.

Cheguei a seguinte conclusão:
Depende do consumo de água da sua casa e do % de incidência do esgoto.

De 36 m3 para mais de consumo mensal da residência compensa chamar um caminhão pipa, considerando taxa de esgoto de 60%.

Vejam a tabela abaixo:

Acho que não entendeu a planilha…

Vamos supor que o consumo da sua casa seja de 25 m3 e taxa de esgoto 60%.

A pergunta é:
Fica mais barato aumentar o consumo para 35 m3 do que chamar um caminhão pipa de 10 m3?

A resposta é sim porque esses 10 m3 vão lhe custar a mais 204,96 e um caminhão pipa custa 250,00

Entendeu?

História de Brasília

IAPM e IAPFESP reiniciaram as obras, e dizem que o IAPM fichou quinhentos candangos. Ninguém viu, até agora, nada a não ser limpeza do canteiro. (Publicada em 10/02/1962)

De volta às cavernas

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Comércio fechado em São Paulo. Foto: Rovena Rosa/ABr

 

Uma das visões mais desalentadoras para todos aqueles que buscam retomarem à normalidade, depois de quase dois anos de quarentena, é verificar a quantidade enorme de estabelecimentos comerciais que simplesmente desapareceram no ar ao longo desse período.
Talvez isso explique, em parte, a afirmação de que a vida que conhecíamos antes da pandemia já não existe mais e jamais voltará a ser como era. Existe ao menos a esperança de que novos estabelecimentos comerciais surgirão nesse vazio e uma nova modalidade de mercado será implantada, inaugurando, assim, um novo padrão ou atividade de compra e venda. Não se sabe. Tudo ainda são incertezas.
De concreto, o que se vê nesse momento, com tantas lojas fechadas ou vazias, é que o fenômeno da falência generalizada dos pontos comerciais é um fato a empobrecer a economia das cidades e a gerar mais desemprego e incertezas com relação ao futuro. Cidade alguma pode almejar a prosperidade sem um conjunto de atividades comerciais pujantes.
Aliás, foi o comércio a atividade que fez surgir as primeiras cidades, situadas no entroncamento de rotas por onde transitavam mercadores indo e vindo de regiões produtoras. Também tem sido o comércio o grande atrativo para muitas cidades do mundo e sua principal fonte de renda. Sem esse dinamismo dos mercados, com pessoas negociando, não existe a possibilidade de enriquecimento, e isso pode acarretar, inclusive, a morte desses núcleos populacionais.
Na história, é comum observar o grande número de antigas cidades que simplesmente deixaram de existir tão logo houve o esvaziamento de seus mercados. Essa é uma lição histórica que precisa ser apreendida o mais rapidamente possível, caso haja interesse em salvar nossas cidades.
Por certo que o mercado virtual, o chamado e-commerce, mesmo com o crescimento assustador verificado nos últimos anos, não poderá substituir plenamente e de forma satisfatória a variedade do comércio e das lojas físicas espalhadas por toda a cidade sem colocar em sério risco a própria vida urbana.
É nas praças públicas (ágoras), cercadas por seus comerciantes diversos, que, desde a antiguidade grega, ocorriam as reuniões dos cidadãos e onde eram discutidos os assuntos ligados à vida urbana. É nesse acotovelar-se entre multidões que a vida urbana flui e ganha energias necessárias para impulsionar as cidades.
A pandemia, assim como nos períodos de guerra, recolheu as pessoas das ruas, deixando as cidades à sua própria sorte. O que sobreveio foi a decadência e a transformação das cidades em verdadeiros túmulos a abrigarem mortos-vivos. Nesse cenário desértico, que temos que superar com urgência, o que mais preocupa como sinal de que estamos prestes a sucumbir é quando nos deparamos com a morte da vida cultural da nossa cidade.
Teatros, galerias, livrarias e muitos espaços dedicados à cultura e às artes sumiram do horizonte. E isso parece ser um sinal de mau agouro. Sem essa ebulição das artes e da cultura, próprios de cidades a fervilhar vida, resta-nos um retorno à barbárie, onde permaneceremos presos às nossas cavernas a observar o movimento do mundo projetado como sombras que dançam pela parede como fantasmas.

A frase que foi pronunciada:
“Você sabe que está no caminho do sucesso se você fizer seu trabalho e não for pago por ele.”
Oprah Winfrey

Foto: Vera Anderson- Colaborador/ GettyImages

 

Reforma
Veja a seguir como as calçadas da W3 estão ficando bonitas. Agora é possível andar no comércio, inclusive empurrando uma cadeira de rodas. Calçada sem buracos dá boas-vindas à mobilidade.

 

Entre postes, lixeiras e placas
Por falar em calçadas, a foto foi enviada por Doralvino Sena para o grupo de moradores do Lago Norte, na verdade, não é uma sugestão. É uma fotografia da calçada ideal para a região. Infelizmente não é assim porque grande parte da vizinhança avançou a cerca sobre os 5 metros de área pública.

 

Excelente
As regras são bem definidas, o preço é justo. A Casa do Ceará oferece à comunidade o famoso curso de culinária da dona Isabel. Dos hábitos de higiene, passando pelo almoço caseiro até a sobremesa cativante. Veja no link Curso de Culinária da Casa do Ceará como se candidatar ou indicar sua ajudante.

 

Efetivamente
Tarcísio Gomes de Freitas. Esse é um bom nome para se acompanhar nas redes sociais. O que esse ministro está fazendo pelo país é impressionante. Desenvolvimento pela terra, pelo céu e pelo mar. Com todos os cuidados para que a corrupção não entre nas atividades, esse é um exemplo do que se deve fazer com o dinheiro do contribuinte.

 

História de Brasília
À custa de informações falsas, ninguém escreve nada que preste, e é por isto que o repórter disse que o “mato toma conta de Brasília”. O que ele apresenta na foto, como mato, é o canteiro de erva cidreira, que mantêm firme a rampa do Congresso, e que é uma das coisas bonitas de Brasília. (Publicada em 09/02/1962)

Lições preciosas

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Reprodução: g1.globo.com

 

Crises advindas da pandemia, da inflação que lhe segue os passos e da própria ingovernabilidade que ameaçam, de fato, os brasileiros nesses tempos de incerteza. O mesmo ocorre com o resto do planeta, que parece ter entrado definitivamente na era das catástrofes climáticas, decorrentes do aquecimento global, somado ainda a uma recessão econômica que se anuncia no horizonte.

Pandemia, recessão e mudanças climáticas representam sim uma verdadeira ameaça ao mundo e aos brasileiros, que também estão nesse mesmo barco à deriva, nesse século XXI. Esses são os três cavaleiros do apocalipse que galopam de encontro à humanidade. Quanto a nós, o que temos no ambiente político e institucional é uma crise artificial, gestada, exclusivamente, por interesse pessoal do atual ocupante do Palácio do Planalto e de seu grupo imediato, cujos propósitos parecem imbicar rumo a um passado que os brasileiros julgavam perdido no tempo e encerrado com a redemocratização no começo dos anos oitenta. O resto é lorota. O problema é que uma crise dessa natureza, mesmo que criada no laboratório de guerra, pode vir a gerar uma crise de fato que, por contaminação, pode levar todo o Estado Brasileiro de roldão e, por tabela, prejudicar ainda mais a situação de muitos cidadãos que habitam o país real e que se vêm obrigados a bancar a conta dessas desavenças todas.

É, de fato, uma crise que só interessa ao presidente da República em seu projeto de reeleição, mas que pode favorecer, e aí mora o perigo, o retorno do lulopetismo ou o fechamento político, duas pragas igualmente nefastas e que os cidadãos querem ver banidas da vida nacional. Não há meias palavras para descrever toda essa pantomima armada pelo Executivo. Trata-se de uma cilada a qual aderiram outros parceiros, dentro do Congresso. A complicar o que parecia ser apenas uma crise feita nos mesmos moldes sem lastro com a realidade, e com o mesmo receituário seguido lá atrás, por Jânio Quadros, e que deu no que deu, vemos correr, em paralelo, os trabalhos da CPI do Covid, a revolta dos governadores, a ameaça da variante Delta, a inflação ascendente, a infiltração do Centrão na máquina do Estado e o acirramento dos ânimos da população, açulada por extremistas irresponsáveis.

Não é pouco! Desnecessário dizer aqui que caberia, ao chefe de Estado, nesses tempos de agruras, firmar-se como líder e apaziguador e como alguém capaz de construir pontes e não de dinamitá-las, tornando a situação irreversível.

Para aqueles que, por suas características de espírito, não possuem a capacidade de construir concessos e estabelecer laços de união, a história ensina e recomenda que jamais sejam alçados a postos de comando, sob pena de lançar irmãos contra irmãos. Essa é uma lição que é preciso aprender com rapidez, quem sabe antes de 2022.

A frase que foi pronunciada:

A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos.”

Albert Einstein

Albert Einstein. Foto: Arthur Sasse/Nate D Sanders Auctions/Reprodução

Comunidade

Depois da celeuma causada com o PLC 69, o famoso projeto que arranca o sossego das residências, o deputado que se propôs a intermediar a comunidade com o parlamento local foi Rafael Prudente. Brasília é uma cidade politizada por natureza. A mobilização popular salvou a área verde que temos hoje no Parque Olhos D’Água e pode salvar muito mais.

Deputado Distrital Rafael Prudente. Foto: agendacapital.com

Espaço para todos

Ninguém imagina a guerra nos bastidores das clínicas veterinárias da cidade. É mais ou menos a mesma coisa do que ocorre com algumas construtoras. Quando alguém sério aparece, oferecendo um serviço destacado, agradando o consumidor com a qualidade e compromisso, daí é perseguição na certa.

Foto: iStock

Saúde

Está na hora de cuidar da audição dos motoristas de alguns ônibus que fazem longos percursos. É insuportável.

Foto: jcmoreira.adv

Estrago

Outro animal que precisa de atenção por causa da proliferação excessiva é o periquito. A ave destrói os forros das casas e, várias vezes, o pessoal de TV a cabo é chamado para trocar fiação destruída por esse pequeno pássaro.

Foto: wikiaves.com

Estímulo irrefletido

Flávio Gordon surpreende no livro A Corrupção da Inteligência, lamentando “que aquele vício positivista tenha nos legado um sentido pueril de “objetividade”, que terminou por devastar a prosa não ficcional contemporânea.” O autor comenta que, nos manuais de redação e livros de cursinho, as regras padronizadas como “evite adjetivos” ou “use apenas a forma denotativa”, “prime pela impessoalidade” trazem a ideia do texto sem sujeito “como que extraída pronta da natureza. Uma linguagem só de objetos.”

Foto: aluizioamorim.blogspot.com

História de Brasília

Da satisfação à gente ver a disposição de ser mantido o Plano de Brasília, que tem demonstrado, até agora o sr. Sette Câmara. (Publicada em 07/02/1962)

Os rastros das lições que a pandemia deixou

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Ilustração: saladerecursos.com

 

Depois da pandemia que assolou a Educação no país, todo o processo de recuperação levará tempo. Mais tempo do que o despendido num processo normal de ensino sem interrupções bruscas e prolongadas. Ou seja, para cada ano sem escola, são necessários, pelo menos, o dobro do tempo para recuperar, atualizar e reinserir o aluno no curso normal de aprendizagem. A desmotivação e o abandono da escola é o que os especialistas preveem com o fim da pandemia. O horizonte, que já era de preocupação, agora vai se transformando em caos completo.

A falta de renda das famílias tem obrigado que essas crianças sem escola entrem para o mercado informal de trabalho. Algumas delas para a criminalidade. Fazer com que essas crianças regressem para a escola é uma tarefa quase impossível, dizem os educadores. O tempo perdido em educação é praticamente irremediável. São cidadãos que terão, pela frente, poucas perspectivas como baixos salários, más condições de vida, mais oportunidades para entrarem para o mundo do crime, mais doenças, mais desajustes sociais e que engrossarão as periferias perigosas das grandes cidades, intensificando os casos de violência tão presentes em nossas metrópoles.

Aqui mesmo em Brasília, quem se der ao trabalho de percorrer algumas dessas áreas periféricas da capital, como Sol Nascente e outras, notará que as ruas nessas localidades estão constantemente tomadas de crianças e de adolescentes que perambulam sem destino durante todo o dia e parte da noite também. O que esperar de uma situação como essa no futuro, se não há projetos para reverter essa situação?

O nosso apagão como nação perante o mundo, notado nos últimos anos em decorrência da decadência paulatina que tomou conta da escola pública, parece agora se transformar num alerta e numa ameaça para o mundo civilizado. A Unesco tem alertado para os efeitos negativos que o fechamento prolongado das escolas trará para o país. Alguns deles são: aprendizagem interrompida, má nutrição, confusão e estresse para professores, pais despreparados para a educação à distância, lacunas nos cuidados com as crianças, aumento do custo econômico, pressão não intencional no sistema de saúde, maior pressão sobre as escolas que permanecem abertas, aumento de taxa de abandono escolar, maior exposição à violência e exploração e isolamento social. Além disso, a Unesco calcula que o prejuízo desse fechamento das instituições educacionais públicas durante a pandemia poderá se estender por até quinze anos.

Nesse período, os impactos se farão sentir de forma evidente até no Produto Interno Bruto (PIB), sendo possível que influenciem negativamente a economia pelo menos até 2038. Escolas fechadas hoje, significam, segundo a Unesco, um país mais pobre no futuro. É preciso lembrar que, somente com a evasão escolar, um fenômeno anterior à pandemia, o Brasil perdia cerca de R$ 214 bilhões ao ano. Com a pandemia, esses números poderão chegar para algo próximo a R$ 1,5 trilhão em prejuízos.

Para um país que caminha a passos largos para um envelhecimento precoce da população, a situação poderá chegar a um perigoso patamar lá pelo ano 2060, quando um em cada quatro brasileiros terá 65 anos ou mais, sendo necessário que, para cada um deles, haja, pelo menos, um jovem em idade produtiva para custear o sistema de seguridade. Num mundo onde o referencial de riqueza há muito passou a ser a escolaridade da população e seu grau de eficiência técnica e científica, resta saber que papel caberá ao Brasil nesse contexto.

A frase que foi pronunciada:

Brigar por política no atual cenário é o mesmo que ter uma crise de ciúmes na zona!”

Carregado por Jüh Nascimentto, no Instagram.

Charge do Duke

Boas novas

Em todo o Brasil, o número de pessoas internadas por Covid em UTIs diminui consideravelmente.

Foto: Pedro Vilela/Getty Images

Depende

Para quem está de fora do Departamento Penitenciário Nacional, parece fácil acabar com o acesso de internos a celulares. Se as famílias são revistadas, os advogados também deveriam ser. Mas se não são revistados e cometem o ilícito de entregar celular para o preso, nada que uma antena bloqueadora de sinais não resolva.

Reprodução de vídeo que viralizou na internet.

Golpes

Por falar em penitenciária, veja, no link Atitudes para segurança pessoal e de dados, a cartilha elaborada pelo Ministério Público de Pernambuco com dicas para prevenção a golpes virtuais e presenciais.

História de Brasília

O dr. Afrânio Barbosa da Silva passou quase o dia inteiro na usina, e tem dado à obra o espírito de Brasília. (Publicada em 07/02/1962)

Desigualdades educacionais

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Foto: REUTERS / Amanda Perobelli/direitos reservados

 

Se hoje nossos cientistas e pesquisadores têm que buscar, no exterior, meios para prosseguirem suas pesquisas, foi porque deixamos de dar a atenção devida e o valor que merece a educação, sobretudo a pública. Hoje, nossas escolas públicas, apesar dos volumosos recursos que o governo diz alocar para o ensino, estão, em sua maioria, sucateadas ou simplesmente fechadas pela pandemia, deixando milhares de alunos sem aulas e sem perspectiva de retorno. Esse atraso, dizem os especialistas, será mais sentido ainda no futuro, quando a situação atingir um nível crítico, comparável aos países mais pobres do planeta.

A cada cinco crianças e adolescentes, quatro estão matriculados em escolas públicas, em sua maioria, ainda fechadas. Falar em recuperação da aprendizagem, perdida em 2020, é uma falácia. O mesmo se pode dizer da aprendizagem perdida no primeiro semestre de 2021. As escolas particulares estão ocupando esses espaços vazios, atendendo apenas os alunos de famílias da classe média para cima, deixando uma legião de brasileiros, filhos de famílias de baixa renda, no porão escuro do analfabetismo.

Esse vácuo deixado pela escola pública, por conta da pandemia, traz reflexos não apenas ao binômio ensino-aprendizagem, estendendo-se também para à saúde, ao desenvolvimento mental e emocional, à segurança e à assistência social, já que muitas crianças deixam de ser atendidas nessas importantes áreas de seu crescimento como ser humano. Os mais atingidos são, sobretudo, aqueles alunos de famílias mais pobres das periferias das cidades.

Não bastasse a acentuada queda na renda familiar, a questão da segurança alimentar é também importante, já que muitas crianças ficam sem a merenda escolar diária. São impactos que trarão problemas duradouros no futuro desses cidadãos. Esse é um tempo irrecuperável, do ponto de vista do desenvolvimento humano. Infelizmente, essa não é uma preocupação que o cidadão observa nas autoridades responsáveis por essas áreas. Não há um mutirão nacional em prol do ensino. Não há propagandas educativas abordando esses problemas e suas consequências, muito menos orientando a população como proceder para enfrentar essa crise vivida na educação dos brasileiros. Nem mesmo as manchetes diárias abordam esse assunto. É como se ele não existisse, ou fizesse parte apenas do cotidiano daqueles que se ocupam realmente com essa questão.

Se, antes da pandemia, esse já era um problema demasiado sério, agora, com o prolongamento da quarentena, ele adquiriu proporções deveras catastróficas. Autoridades que estão em posição de influência, que poderiam mudar essa situação de paralisia, possuem filhos matriculados em escolas particulares e, portanto, não sentem o problema na pele e não possuem ideia, sequer, das repercussões negativas que o fechamento das escolas tem par o futuro do país.

São justamente essas crianças e adolescente, da periferia, que mais sentem os efeitos da pandemia e são os que, no presente, são os mais esquecidos. Isso simplesmente retira-lhes qualquer chance de alcançar um futuro minimamente decente. Não é difícil prever que essa defasagem irá aumentar, além das desigualdades educacionais já altas, as desigualdades econômicas entre ricos e pobres, tornando nosso país, que já é um campeão nesse quesito, um exemplo a ser evitado a todo custo.

De certo essa é uma questão que, num país sério e comprometido, deveria ser transformada num verdadeiro esforço de guerra conjunto. Para aquelas crianças que estão ficando quase dois anos sem escola, há um duplo prejuízo cognitivo: a perda de novos conhecimentos e a perda daqueles que já tinham sido aprendidos, mas não apreendidos, que restaram apagados na memória.

Por outro lado, o afastamento prolongado faz aumentar, ainda mais, o desinteresse dessas crianças pela escola, isso sem falar que já havia anteriormente uma grande evasão escolar. Também para aquelas crianças em fase de alfabetização, os prejuízos são incalculáveis e, em alguns casos, irreversíveis.

Charge do Cazo

História de Brasília

Falta na Asa Norte: telefone, táxi, hospital, escola, jardim da infância, mercado e parede sem rachadura. (Publicada em 06/02/1962)

O dragão de Pan Ku

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Charge do Kim, 2021.

 

Das inúmeras heranças amaldiçoadas, legadas pelos destrambelhados governos petistas, nenhuma outra tem sido mais deletéria e nefasta ao nosso país quanto aquela que reconheceria, pelos enviesados e vazios caminhos da ideologia, o status da China como economia de mercado. Com isso, de uma penada, em novembro de 2004, o governo empurrou, de uma só vez, e sem qualquer estudo preliminar de risco, todos setores da economia interna brasileira para o campo minado do comércio chinês, controlado, de modo camuflado e estratégico, pelo partido comunista daquele país.

De lá para cá, o que se viu e se vê por toda a parte é a invasão avassaladora dos produtos chineses, de duvidosa qualidade, em toda a cadeia produtiva do país, com prejuízos seríssimos, não só às indústrias nacionais, mas a todo processo de produção, que, da noite para dia, parece ter recuado aos tempos da total dependência externa. Não seria exagero considerar hoje que nosso país passou a integrar, juntamente a outras nações financeiramente quebradas do ocidente, a grande carteira de investimentos da China. Existe, inclusive, quem prefira falar num restabelecimento de uma espécie de neocolonialismo, em que o governo central da China passa a explorar, de modo cabal, o que seriam suas novas colônias no Ocidente.

Já foi dito aqui que, por detrás dessa estratégia mista entre economia e política expansionista, está o fato de a China ligar pouco para investimentos tradicionais, preferindo a compra pura e simples de alguns setores importantes das economias dos países. Assim é que eles preferem assumir o controle acionário, ou mais diretamente todas aquelas áreas ligadas aos bens de produção, indo também, com grande sede ao pote, aos setores de infraestrutura dos países, onde o poder de barganha e pressão é muito maior e onde os limites para os lucros, simplesmente, não existem.

Nesse capítulo, os grandes empresários chineses, pretensamente donos das grandes empresas privadas, funcionariam como testas de ferro dos dirigentes do Partido Comunista Chinês (PCC), numa pantomima que os igualariam aos empresários do Ocidente. Tão logo demonstrem alguma independência ou sinal de rebelião, são prontamente postos de lado, acusados de corrupção e crimes. De fato, absolutamente nenhuma empresa chinesa, seja de qualquer setor, está livre da influência pesada do governo, devendo todo o esforço econômico ser orientado segundo objetivos traçados pelos dirigentes partidários. Essa é, na visão dos economistas, o mais definitivo e acabado conceito de capitalismo estatal, onde todo o potencial da economia é voltado para objetivos estratégicos de dominação expansionista.

De acordo com dados fornecidos pelo próprio Ministério das Relações Exteriores, entre 2003 e 2019, os chineses ingressaram no Brasil mais de US$ 72 bilhões, ou seja, 37,3% do total investido por outros grupos estrangeiros. Ao contrário de outros países investidores, os chineses preferem comprar participação em setores inteiros da economia, seja na área do pré-sal, nas hidroelétricas, no que for, que possa garantir domínio e poder de pressão. É desse modo que se age e é assim que se garante sua aceitação na Organização Mundial do Comércio (OMC) como economia de mercado.

Trata-se, no jargão popular, de “um jogo bruto”, com visão de médio e longo prazo e que pode ser resumido na palavra domínio. Ainda é incerto se a disseminação do vírus da Covid-19 pelo mundo fazia parte dessa grande estratégia de hegemonia e dominação, mas, em todo caso, o que é fato é que, com isso, as economias de todo o mundo, ao contrário da chinesa, foram à bancarrota e tornaram-se mais vulneráveis ainda e mais sujeitas à pressão do dragão chinês.

A frase que foi pronunciada:

Dica para a PM: Um casal tem feito uma festa dentro dos ônibus da linha 0.101. Sem vigilância, furtam celulares e o que estiver fácil. Sem agressão, sem violência.

Imagem: inforbrasilia.com

Espaço Público

Nada como uma pandemia para deixar os órgãos de administração e vigilância adormecidos ou fora de combate. Em plena luz do dia, operários erguem um barracão de madeira no comércio local do Lago Norte, ao lado do supermercado Pão de Açúcar. Nenhuma iniciativa da Administração Regional ou da Brasília Legal foi tomada. Talvez estejam esperando a obra ficar pronta para destruir, o que causa mais estrago.

Liberar

Agora com o home office instituído e a calmaria no trânsito, fica sem sentido impedir os moradores das primeiras quadras pares do Lago Norte de fazer o retorno no local, que foi criado para isso e impedido por canaletas instaladas.

Captura de imagem em março de 2020. Reprodução: Google Maps.

Contra mulheres

Foi preciso que Kelli Patrícia da Luz criasse a Associação de Mulheres Vítimas do Essure Brasil (Amveb) para buscar justiça às pacientes que fizeram implante com esse contraceptivo, autorizado pela Secretaria de Saúde do DF. Na verdade, mulheres de todo o mundo protestam contra o Essure da Bayer. No Reino Unido, o Sistema de Saúde Pública é similar ao brasileiro. O Essure era uma alternativa não cirúrgica aos métodos de esterilização. Depois das dores crônicas nas pacientes, intoxicação por níquel, órgãos perfurados e até a necessidade de histerectomia, o escritório PGMBM, líder em ação coletiva, responsabilizou a Bayer pelos estragos, ganhando a causa na justiça em favor de milhares de mulheres afetadas. A Secretaria de Saúde do DF não reconhece o problema.

Audiência pública com usuárias do contraceptivo Essure, em abril de 2021. Reprodução: CLDF.

História de Brasília

Ainda sobre os cartórios, resta agora, que tomem providências para que não haja morosidade proposital nos casos de casamentos gratuitos. (Publicada em 04.02.1962)

O peso da utilidade

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Foto: Álvaro Laforet

 

Aos justos o que é de justiça. Pelo menos é o que ainda teimam em acreditar aqueles que sempre tiveram a ética como norte. Mas, como os tempos são outros, outros costumes também se estabeleceram, vindos, como uma espécie de invasão bárbara, não se sabem bem de onde. Com essas novas hordas também vieram novos sentidos e interpretações para as leis, transformando-as todas em letras a serviço daqueles que, pelo poder da força e da posição, podem, inclusive, feri-la de morte sem receio algum.
Muitos brasileiros já estão certos de que dobramos o Cabo da Impunidade e da injustiça, donde parece não haver mais regresso. A pandemia deixou patente para todos que, aqueles que mais mereciam ter o amparo do Estado, justamente por estarem nos postos avançados de combate à doença, foram os que menos receberam a ajuda devida. Erram aqueles que creem que a população aceita, conformada, essas distorções que fazem com que as elites do Estado possam, lá na longínqua retaguarda confortável e protegida de seus lares, receber toda a proteção e cobertura médica de ponta.
Não são poucos os que entendem que os reais merecedores de toda a proteção médica por parte do Estado deveriam ser aqueles que sempre arriscam a própria vida para assegurar a segurança de outros. Até por uma questão de reconhecimento e humanidade, os maiores beneficiados por planos de saúde de ponta, custeados pela União, deveriam ser médicos,  paramédicos, enfermeiros, padioleiros, motoristas de ambulâncias e, sobretudo, os servidores do Corpo de Bombeiros, que, durante todo o período da pandemia, cortavam a cidade de um extremo ao outro socorrendo os necessitados, na sua grande maioria, pessoas de baixa renda, que, nas horas de dificuldade, só podem contar com esse apoio.
A esses servidores, que trabalham na beira do abismo, sem proteção e em troca de salários que, todos sabem, irrisórios, deveriam caber proteção e o escudo do Estado, para que, ao menos, sigam vivos e dispostos em suas tarefas de salvar outras vidas.
Infelizmente, não é o que se vê até aqui. Os números ainda são incertos e continuam a aumentar, mas dados coletados, apenas no ano de 2020, dão conta de que quase 6 mil profissionais de saúde morreram, vitimados pela Covid-19, numa média de uma morte a cada 19 horas. Os casos de mortes desses trabalhadores aumentaram 26% em relação a 2019, quando ainda não havia ocorrência dessa virose. Em 2021 não tem sido diferente, e segue em alta.
Se, até o final do ano, continuarmos nesse ritmo, o número de mortos desses servidores deve saltar para quase 8 mil. Isso é o que apontam os números da Arpen-Brasil. As maiores baixas foram registradas em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Dos profissionais de saúde mortos durante a pandemia até aqui, o pessoal de enfermagem ocupa o maior número, com mais de 2 mil mortes.
Mais do que simples estatísticas, dispostas em gráficos matemáticos, a perda desses trabalhadores representa uma brecha enorme, por onde a virose certamente irá penetrar para infectar e matar mais pessoas. Fossem colocados numa balança do tipo “utilidade para vida”, comparados vis a vis com a elite do Estado, digamos, um político ou alto magistrado ou outro da mesma espécie, quem vocês acreditariam que possuiria maior peso nesse quesito? Não precisam responder. Essa é apenas uma questão a explicar porque se deveria dar aos justos o que é de justiça.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A escala da maldade de um homem não deve ser medida inteiramente por suas consequências práticas. Os homens cometem o mal dentro do escopo disponível para eles.”

Theodore Dalrymple, Our Culture, o que resta dela: os mandarins e as massas.

Theodore Dalrymple. Foto: PovertyCure/Reprodução

 

Excelente
Impressionante a eficiência do aplicativo Moovit. Agora, é possível acompanhar os horários dos transportes públicos por todo o DF e região do entorno.

Humor
No Coro Sinfônico da UnB, a regra era a seguinte: faltas justificadas contariam como presença. Até que um espírito de porco deixou um bilhetinho na mesa da Secretaria. “Na semana que vem, estarei com amigdalite.”

Coro sinfônico da UnB. Foto: correiobraziliense.com

 

Cores
Raimundo Neto nos envia uma foto bem candanga com a frase: só em Brasília o verde se encontra com o roxo e o azul. Veja a seguir.

 

Vale ver
Futuros radicais: liberdade para transformar. Como novas tecnologias podem contribuir para democracias mais saudáveis e eficazes? A Escola Nacional de Administração Pública acompanha as novidades no mundo para o uso da tecnologia na comunicação, na integração e na cooperação. O webnário ainda está disponível no Youtube. Muito interessante.

História de Brasília
Os cartórios estavam cobrando 2.500 cruzeiros por serviços em desobediência à Constituição, que está agora respeitada de acordo com a portaria do vice-presidente do Tribunal de Justiça do DF. (Publicado em 04.02.1962)

O novo mito da caverna

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Charge do Karna

 

Um fato curioso e preocupante, cujos desdobramentos ainda são incertos, vai se tornando cada vez mais evidente nas pessoas e nas suas relações sociais: com a pandemia prolongada, imposta pelo Coronavírus, o que seria um isolamento voluntário, condicionado pelo medo real da transmissão da doença, foi, com o passar do tempo, transformando-se numa espécie de enclausuramento voluntário, fazendo com que muitos indivíduos, simplesmente, perdessem não só o gosto pelo convívio social como também adquirissem o hábito de ficar trancado em casa, transformando esse ambiente onde vivem no que seria uma réplica de miniatura do mundo.

Não surpreende que, durante esse processo de afugentamento das ruas, as pessoas passaram a se preocupar mais com o ambiente em que vivem, dedicando mais tempo ao que consideravam ser o aperfeiçoamento desse espaço, promovendo reformas, comprando móveis mais confortáveis, equipando o lar com todo o tipo de parafernália eletrônica, principalmente computadores e equipamentos que pudessem mantê-las em conexão direta e instantânea com o mundo externo; obviamente, sem a necessidade de deixar essa espécie de novo porto seguro.

De um certo modo, o isolamento social que a pandemia obrigava fez nascer, em muitos, uma nova categoria de ser social: o indivíduo ermitão, que, mesmo habitando em cidades superpovoadas e frenéticas, adquiriu um gosto misterioso pela solidão domiciliar, onde, aparentemente, sente-se mais seguro e protegido do que em meio às multidões e junto aos seus semelhantes.

Por outro lado, é preciso recordar que não é de hoje que a maioria das metrópoles pelo mundo, mesmo nos países mais desenvolvidos, tornaram-se violentas e hostis às pessoas, sobretudo quando a noite cai. Trata-se aqui de um fenômeno mundial, mas que no Brasil adquiriu uma feição bem sangrenta, com muitas áreas centrais da cidade dominadas pelos criminosos. Nesse aspecto, a pandemia veio apenas potencializar uma tendência que parecia já estar em andamento.

De fato, o velho costume de antigos boêmios, de perambular pelas ruas sob a luz do luar, deixou de ser uma moda e se transmutou num medo pavoroso e distante. Ao transformar o lar numa espécie de bunker, pretensamente infenso aos perigos do mundo externo, esse novo indivíduo do século XXI aliou a síndrome de pânico, que já experimentava em pequenas doses, à uma condição autoimposta que o transformou num exilado cercado pelas paredes de sua própria casa e onde parece viver com a ansiedade mais controlada.

Por certo, o isolamento social, mesmos em face dos temores reais existentes no mundo externo, tem feito mal a saúde mental dessas pessoas. São, por sua condição voluntária, um remedo dos antepassados que viveram em cavernas. Experimentam, por esse motivo, as mesmas sensações vividas por aqueles indivíduos que, de costas para a entrada da caverna, acreditavam, ser o mundo real, apenas as imagens e sombras que eram projetadas contra a parede pela luz externa.

É o mito da caverna feito agora através das telas de computadores e celulares, a mostrar um mundo que existe, mas que não pode ser vivido em todos os sentidos e que tampouco interessa ser experienciado em carne.

A frase que foi pronunciada:

É tarefa dos iluminados não apenas ascender ao aprendizado e ver o bem, mas estar dispostos a descer novamente até aqueles prisioneiros e compartilhar suas angústias e suas honras, sejam valiosas ou não. E isso eles devem fazer, mesmo com a perspectiva de morte.”

Platão, A Alegoria da Caverna

Foto: © Steve Bisgrove—REX/Shutterstock.com

Conhecimento

Embrapa disponibiliza, gratuitamente online, Livros da Coleção Cerrado. A Coleção Cerrado aborda temas como ecologia e flora, matas de galeria, aproveitamento alimentar, correção de solo e adubação, entre outros. A equipe do Blog do Ari Cunha postou o link da Embrapa para você a seguir: Livros da Coleção Cerrado podem ser baixados gratuitamente.

Estudo

Ao todo, soma 1.103 páginas o trabalho impecável do juiz federal Leonardo Cacau Santos La Bradbury. “Curso Prático de Direito e Processo Previdenciário”, 4ª ed., Editora GEN/Atlas, 2021.

Menos oferta

Um aviso curto e educado da Samsung comunica aos proprietários de celulares que, em breve, não haverá mais armazenamento de fotos, vídeos e arquivos. Como dizia o filósofo de Mondubim: “um homem prevenido vale por dois.” Já não há impressão de fotos para registro histórico nos dias de hoje. É bom deixar salvo o que interessa. Veja a seguir!

Imagem: reprodução
Alterações da Agenda de encerramento de alguns recursos do Samsung Cloud

Prezados clientes do Samsung Cloud,

Estamos atualizando a nossa agenda de encerramento dos recursos Sincronização da Galeria, Unidade e Plano de armazenamento pago do Samsung Cloud e gostaríamos de compartilhar os detalhes com você.

Para garantir que forneçamos aos nossos clientes tempo suficiente para migrar e fazer o download dos dados, decidimos adiar a data final de encerramento dos recursos para 3 meses após a data anunciada originalmente. A partir de 2021-11-30, a Sincronização da Galeria e o armazenamento dos Meus arquivos na Unidade não serão mais suportados pelo Samsung Cloud, e seus dados serão excluídos, como explicado em mais detalhes a seguir.

Alterações na Agenda

2020-12-01
* Os recursos recém-listados acima não estarão mais disponíveis
* Migração para o OneDrive e download de dados disponíveis
2021-10-01
* Descontinuação do uso existente da Sincronização da Galeria e da Unidade
* Encerramento do suporte à migração para o OneDrive (somente disponível download de dados)
* Cancelamento automático do Plano de armazenamento pago então existente e estorno do último pagamento
(* Implementação gradual por usuário)
2021-11-30
* Encerramento do suporte ao download de dados e desaconselhamento do uso dos recursos a serem encerrados
* Dependendo do status de operação do serviço, a agenda acima pode ser alterada sem aviso adicional.
* Pode haver atrasos técnicos com a remoção completa dos dados do servidor do Samsung Cloud.
* Para obter informações mais detalhadas, visite o site da web do Samsung Cloud.
(https://support.samsungcloud.com/)

Daqui para frente, você pode usar esses recursos por meio do Microsoft OneDrive.

Para minimizar qualquer inconveniente, oferecemos suporte à sincronização da Galeria existente armazenada no Samsung Cloud e à transferência dos dados da Unidade para o OneDrive até 2021-09-30.

* Pode não ser suportado em alguns países ou modelos de aparelho.
* A transferência de dados encerrará os recursos existentes de Sincronização da Galeria e Unidade, e, após a conclusão da transferência, os dados sincronizados/armazenados da Galeria e da Unidade no Samsung Cloud serão totalmente excluídos. (Os dados transferidos podem ser verificados no OneDrive).

O download de dados é suportado.

Também oferecemos suporte a downloads de dados seguros até o encerramento desses recursos para clientes que não podem ou não querem usar o OneDrive.

Ao transferir/baixar seus dados, esses recursos podem ser encerrados antecipadamente e levar a alterações no cronograma de exclusão de dados. Consulte abaixo para obter detalhes.

* Os dados serão totalmente excluídos 60 dias depois que você selecionar Baixar meus dados ou da data final de encerramento 2021-11-30, o que ocorrer primeiro.
* Depois de selecionar Baixar meus dados, você não poderá transferir seus dados para o OneDrive.

Você pode continuar aproveitando outros recursos do Samsung Cloud.

Você pode continuar a usar outros recursos do Samsung Cloud que não estão sujeitos ao encerramento (backup/sincronização e restauração de outros dados, como Contatos, Calendário, Notas etc.).

Agradecemos sua compreensão e informamos que a agenda acima pode ser alterada dependendo do status de operação dos serviços. Faremos o possível para permitir que você mova ou baixe seus dados com segurança.

Obrigado.

Copyright © Samsung Electronics Co., Ltd. All Rights Reserved

Informação

Para proteger contra vírus, vacina. Para evitar fake news, informação.” Com base nessa premissa, o professor de Biologia do Colégio Marista Asa Sul, José Nascimento da Silva Júnior, percebe a importância do atual momento de pandemia para explicar conceitos sobre os imunizantes. Veja a íntegra do documento a seguir.

Aprenda conceitos sobre vacinas para evitar notícias falsas

Professor de Biologia do Colégio Marista Asa Sul esclarece informações sobre as formas de prevenção de doenças como a Covid-19

Para proteger contra vírus, vacina. Para evitar fake news, informação. Com base nessa premissa, o professor de Biologia do Colégio Marista Asa Sul, José Nascimento da Silva Júnior, percebe a importância do atual momento de pandemia para explicar conceitos sobre os imunizantes.

O professor lembra o quanto o assunto “vacinas” domina as atuais rodas de conversas, discussões e debates entre as pessoas. No entanto, ressalta, é preciso compreender mais o assunto e saber discernir conteúdos científicos de notícias falsas. 

As vacinas são importantes tanto para o indivíduo como para a saúde coletiva. De acordo com o Ministério da Saúde, “manter a vacinação em dia, mesmo na fase adulta, é um dos melhores métodos para evitar doenças e infecções.” O professor esclarece algumas dúvidas frequentes sobre as vacinas, principalmente sobre os imunizantes contra a Covid-19. 

O que é imunização?

A imunização é o processo que ativa o sistema de defesa do corpo de uma pessoa. O sistema imunológico do corpo humano consegue defender o corpo de diversas formas, por exemplo, a pele é uma excelente barreira para diversos microrganismos evitando várias doenças. A pele é uma defesa inata, que todos têm desde o nascimento. Outra forma de defender é aquela em que o sistema imunológico adquire ao longo da vida. Essa defesa inclui a produção de anticorpos.

O que são anticorpos?

Anticorpos são respostas específicas do sistema imunológico, quando o corpo é invadido. Os anticorpos são produzidos especificamente para responder a um ataque ao corpo de cada pessoa, funciona como a chave e a fechadura, em que apenas a chave certa abre a fechadura. Então, cada pessoa tem um conjunto de anticorpos específicos, dependendo dos possíveis ataques que seu corpo sofre ao longo da vida.

E a vacina, como funciona?

A vacina é uma maneira controlada de reação a um ataque ao corpo humano e induzir a produção de anticorpos específicos. Os laboratórios que produzem vacina buscam descobrir uma maneira de injetar no corpo humano moléculas do invasor que induzam a produção de anticorpos, sem desenvolver a doença.

Por que existem diferentes vacina para a Covid?

Cada laboratório faz testes com diferentes componentes do vírus, o objetivo é induzir a resposta mais intensa na produção de anticorpos para a maioria das pessoas. Por isso são necessários testes em diferentes níveis até que a vacina seja aprovada pelas autoridades de saúde.

Algumas vacinas podem ter efeitos colaterais? Por que isso acontece?

Como a vacina simula um ataque ao corpo, o sistema imunológico de cada pessoa responderá de diferentes formas. Para alguns, essa resposta induz a febre, dores e mal-estar, que são sintomas característicos de um ataque de microrganismo ao corpo. Em outras pessoas, os sintomas são imperceptíveis, indicando que apenas a produção dos anticorpos foi ativada.

É necessário tomar duas doses da vacina, ou uma só é suficiente?

A vacina tem a vantagem de induzir uma memória imunológica, ou seja, o sistema imunológico mantém a capacidade de responder a um novo ataque no futuro. Para desenvolver essa memória imunológica é necessário um determinado nível de resposta e cada laboratório identifica esse nível em suas pesquisas. Por isso, é importante tomar a segunda dose, quando indicado, para garantir que a memória imunológica seja adequadamente formada.

Por que, mesmo depois de vacinadas, as pessoas ainda têm que continuar usando máscaras, álcool gel e fazendo o isolamento social?

A vacina é um modo eficaz de controlar o parasita e reduzir os impactos que causa em nossa sociedade. Contudo, o vírus Corona continuará em nosso meio ambiente e devemos manter os cuidados básicos para evitar a contaminação daqueles que ainda não foram imunizados. Dessa forma, o uso de máscara, a higienização das mãos e evitar as aglomerações são maneiras de agir pensando no bem coletivo, mesmo para os que já foram vacinados.

A descoberta de variantes do Corona vírus significa que teremos que ser vacinados novamente?

As variantes descobertas são vírus modificados que são formados a partir de cópias imperfeitas que cada vírus pode produzir ao se replicar dentro das células hospedeiras. Os pesquisadores estão investigando o quanto cada variante é diferente em relação a imunização causada pelas vacinas. Esse é outro motivo para mantermos os cuidados básicos contra essa pandemia.

Sobre os Colégios Maristas:  os Colégios Maristas estão presentes no Distrito Federal, Goiás, Paraná, Santa Catarina e São Paulo com 18 unidades. Nelas, os mais de 25 mil alunos recebem formação integral, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação. Saiba mais em www.colegiosmaristas.com.br.

História de Brasília

Aprenda a morar: você, que vive na 409-410 não exponha suas roupas nas janelas, não estenda seus lençóis na parte exterior do edifício. O seu direito termina onde começa o do outro. (Publicada em 04.02.1962)

Para além do vírus

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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.
Tivessem juízo os legisladores, com aqueles que cuidam de fazer respeitar e proteger as linhas tortas de nosso universo infinito de leis, cuidariam de providenciar e fixar, o mais urgentemente possível, mais alguns artigos no Código Penal ou a outro que o valha, estabelecendo, de forma extraordinária, penas duríssimas para todos aqueles que cometeram o monstruoso crime de desvio dos recursos destinados ao combate ao coronavírus.
A essas pessoas, em tempos de tanta aflição e mortes, caberiam sentenças derradeiras, em tribunais do tipo marcial, semelhantes a crime de guerra ou crimes contra a humanidade, ou, como se diz em latim: sine peccatorum remissione, ou seja, sem possibilidade de perdão. Mas como essa é uma possibilidade remota, dada a letargia e a falta de interesse reinante, fica, ao menos, a sugestão colhida junto a boa parte da população, feita não apenas em nome daqueles que viram seus entes queridos partirem repentinamente desse mundo sem a possibilidade de dizer adeus, mas, principalmente, em nome e em memória de meio milhão de mortos.
Infelizmente, esse não parece ser o objetivo dos membros e integrantes da CPI da Covid, apesar da oportunidade que essa comissão tem ainda de clarear todos esses tristes acontecimentos. Houvesse real empenho, a essa altura dos andamentos dos trabalhos, muitos fatos já teriam sido devidamente esclarecidos e providências estariam sendo encaminhadas, para que crimes dessa natureza, por sua crueza, jamais voltassem a se repetir.
Deixar de lado a possibilidade de penalizar aqueles que lucraram, direta ou indiretamente, com a morte de milhares de inocentes, é deixar a porta aberta para a repetição desses mesmos crimes. Pelo que temos visto, lido e ouvido até aqui, com relação às investigações tanto por parte do Legislativo como do Judiciário, são remotíssimas as chances de que esses fratricidas venham a receber as devidas penas. Não se trata aqui de justiçamento ou coisa semelhante, mas apenas estabelecer o que é justo. Do contrário, nos transformaremos, indistintamente, em cúmplices, por omissão ou medo.
Se desses dois Poderes da República pouco ou nada se pode esperar em matéria de estabelecer a justiça, muito menos há esperanças de que o Executivo mande apurar os fatos, pelos meios que possui, inclusive com a apoio dos órgãos de inteligência. O presidente, por seu comportamento ciclotímico e imprevisível, e mesmo por seu comprometimento com as forças políticas do atraso que chamou para junto de si, muito se assemelha hoje ao personagem Fausto, de Goethe, que vendeu sua alma a Mefistófeles, representado aqui pelo Centrão, e muito pouco ou quase nada pode fazer para estabelecer a verdade. Ainda mais quando vai ficando claro, para todo mundo, que ele próprio nada fez para que esses acontecimentos tivessem um desenrolar mais satisfatório e pacífico.
O que se sabe, e isso é o mote principal de toda essa questão, é que crimes diversos foram cometidos durante a pandemia e em decorrência dela, resultando num número impressionante de meio milhão de mortos. Por certo que, para além dos efeitos provocados pelo vírus, em si, outros personagens contribuíram, por suas ações e omissões, para elevar a quantidade de óbitos. É isso que se quer posto a limpo.
A frase que não foi pronunciada
“Agora eu entendo porque o PT não tinha oposição.”
Dona Dita, preocupada com o Brasil que vai deixar para os netos
Vergonha alheia
O fato de fazer vista grossa aos governadores que não prestaram contas da verba recebida do governo federal pode estar ligado à aproximação das eleições gerais de 2022. É neste momento que parlamentares, das mais diferentes matizes políticas e com assento e interesses nessa CPI, estarão em peregrinação por seus estados buscando novos mandatos e quando deverão buscar apoio, junto a esses mesmos administradores, implicados ou não em desvios de recursos na pandemia.
Foto: Evaristo Sá/AFP
Vozes roucas?
Por certo, e tendo em vista nossa histórica e desavergonhada desmemória, passadas as eleições, as possíveis repercussões e resultados das investigações sobre a mortandade de brasileiros nessa pandemia irão direto para os jazigos do arquivo morto da Justiça, deixados de lado e remetidos ao futuro, quando, enfim, se transformarão em estatísticas numéricas. A não ser que o trovão das ruas volte a ser ouvido e reclame por justiça e punição.
Charge do J. Bosco (O Liberal)
História de Brasília
É que o governo anterior já tinha dado essa ordem que foi cumprida imediatamente. Com a saída do presidente os responsáveis pela transmissão voltaram ao rio mas não se desfizeram da “dobradinha”. (Publicado em 04.02.1962)