VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960 Com Circe Cunha e Mamfil
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Uma das questões que tem preocupado muito os especialistas em Educação é saber se o Brasil terá tempo e condições para acompanhar e implementar algumas das profundas e rápidas transformações que estão sendo operadas no ensino em boa parte do mundo desenvolvido e que serão de vital importância nesses novos tempos. Quando se percebe que nem ao menos o básico, como salas de aulas decentes e professores bem remunerados, o país consegue manter, pensar em assuntos como globalização ou aquecimento do planeta e outros temas do cotidiano é colocar o carro à frente dos bois.
Em pleno limiar do século XXI, andamos às voltas ainda com problemas primários, como escolas sem teto, sem banheiro, sem refeição e sem professores. Enquanto isso, o mundo civilizado vai empreendendo profundas revoluções no ensino, criando escolas bem distantes do modelo tradicional, herdado ainda do século XVIII. Nesses países, o antigo modelo de ensino vai dando lugar a uma educação que valoriza mais as habilidades dos alunos do que as fórmulas prontas, aplica a tecnologia e estimula a curiosidade.
Nessas novas escolas, a preocupação é preparar indivíduos que possam ser devidamente inseridos num mundo em rápida transformação e onde muitas das atuais profissões simplesmente irão desaparecer. Educadores modernos concordam que num mundo dominado pela tecnologia, nenhum conteúdo educacional, mesmo aqueles ligados à linguagem de programação, terá valor prático se não for aplicado ao mundo real.
O ponto fundamental nessa nova escola é ensinar a criança a raciocinar, com base no pensamento crítico e a partir de problemas reais do dia a dia. Uma dessas novas metodologias em países como a Holanda, Inglaterra, Finlândia e Estados Unidos e que tem chamado a atenção também da própria organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é o Ensino Baseado em Competências (EBC), que tem como objetivo desenvolver habilidades e o raciocínio das crianças, deixando de lado os velhos métodos da memorização de conteúdos.
Nessa nova modalidade de ensino, os alunos adquirem conhecimento à medida em que vão desenvolvendo projetos específicos. Deixam de existir também a divisão dos alunos por séries. Pesquisas diversas, ao longo das últimas décadas, têm demonstrado que o ensino tradicional, com currículos rígidos e lineares, desenvolvidos de forma rápida e num mesmo ritmo para todos, tem, na verdade, levado os alunos a um caminho oposto a uma educação hodierna de qualidade.
Para tanto, essa nova pedagogia foca em quatro habilidades centrais, necessárias para enfrentar os desafios próprios desse século e que são a comunicação, a colaboração, a criatividade e o pensamento crítico. Outro aspecto importante nessa nova abordagem é o desenvolvimento nas crianças do pensamento ético, visando as perspectivas sociais, de forma que o aluno possa adotar decisões pensando primeiro nos efeitos que produzirão para toda a comunidade.
A frase que foi pronunciada:
“O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.”
Içami Tiba, psiquiatra e escritor brasileiro.
45 anos
Professor Nagib Nassar nos lembra que leciona a disciplina Biodiversidade: formação, conservação e evolução para alunos de pós-graduação de Botânica, na UnB. Veja, no link disponível abaixo, as fotos do curso. O sucesso está na biodiversidade em espécies silvestres da mandioca Manihot Spp. Alto conteúdo proteico e resistência a doenças.
Link: https://www.geneconserve.pro.br
Muito boa
Sem o nome do autor, Luiz Saboia nos envia o texto de um nordestino trazendo em verso a chuva de xixi no carnaval. Leia a seguir.
–> Texto de um nordestino
“Mao Tsé Tung fez na China
Revolução Cultural;
Tentaram fazer na Rússia
Revolução social;
Querem fazer no Brasil
Revolução urinal.
II
Em vez de pegar em arma,
A esquerda dá sinal
De que vai subverter
Por meio do bacanal:
Dispara tiro de urina
No meio do carnaval.
III
Um artista estrangeiro,
Com o cabelo sem lavar
Já fazia cinco meses,
Quase perto de azedar,
Abaixou-se na avenida,
Pediu pro outro urinar.
IV
Foi uma confusão danada,
Com o mijo a borbulhar:
Correu do meio do cabelo
Um pediculus capilar
Que, se não fosse a reforma,
Já ia se aposentar.
V
Bolsonaro, revoltado
Com aquela depravação,
Divulgou pelo Twitter,
Em tom de reprovação,
E os mijões reagiram
Pedindo a deposição.
VI
– É uma obscenidade
Da parte do presidente! -,
Disse o líder do PT
De lá do Buraco Quente.
– A nossa somente obrava,
Mas era perto da gente.
VII
Disse um cara da direita,
Ajeitando o bacamarte:
– Dizem que é obsceno,
Mostrado da nossa parte;
Mas a esquerda mijando
É uma obra de arte.
VIII
Começa a mobilização
Com aura de “heroísmo”:
Zé Mijão da Guariroba,
Que é avesso ao civismo,
Já convocou um “Mijaço
De luta contra o fascismo”.
IX
Já fizeram até uma música
Que embala a revolução,
Que é caminhando e mijando
E dizendo “Ele não”,
Para ver se o povo esquece
Quem foi que meteu a mão.”
Sem atendimento
Depois de todas as garantias às empregadas domésticas, se os patrões tiverem qualquer dúvida sobre o ESocial, não há lugar físico para atendimento. Apenas o Fale Conosco ou pelo 0800.
Nota
Essa semana, em uma reunião no Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros do DF, foram discutidas as diretrizes para a implantação de um Grupo de Força Tarefa para o Programa SOS DF Saúde no combate ao Aedes Aegypti. Todas as Administrações Regionais estavam presentes.
Evolução?
No Brasil (e em Portugal) funcionou a “Roda dos Enjeitados” (ou dos expostos) na Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro, desde 1738; e em São Paulo de 1825 até 1950 (a última a tê-la), para receber as crianças abandonadas pela mãe, e cuidar delas até a adolescência. Hoje, a ideia é liberar o aborto.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Até o momento, embora deferida, ainda não foi feita a reintegração de posse do apartamento ocupado por um antigo oficial de gabinete do dr. Jânio Quadros, já desligado de Brasília. (Publicado em 15.11.1961)