VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960 Com Circe Cunha e Mamfil
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Dados do desemprego tanto no Brasil quanto em sua capital não param de crescer. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice médio de desempregados saltou de 11,6% para 12,4%. No Distrito Federal, a situação parece ser a mesma. O índice médio de desemprego na capital subiu de 18,2% para 18,7%. No país são mais de 13 milhões de desempregados. Em Brasília esse número é de 315 mil pessoas sem emprego. Com índices dessa magnitude e sem quaisquer perspectivas à frente de que a situação vá melhorar a curto prazo, o Brasil e sua moderna capital enfrentam situações de grande instabilidade econômica e sobretudo social.
Basta dizer que onde existe desemprego existe também uma série de fatores negativos que acabam influenciando outros setores, mesmo aqueles que aparentemente estão imunes a esse tipo de situação, tanto na cidade como nas áreas rurais. Não há dúvidas de que além da crise econômica persistente, exista ainda uma mudança, trazida pelas novas tecnologias, no perfil dos profissionais buscados tanto pelas empresas como pela indústria. Uma coisa não mudou durante todos esses anos. O desemprego continua a afetar mais mulheres, negros e jovens. O Estado que era o grande empregador, quando chegou nos anos sessenta e setenta a contratar até 30% da força de trabalho, reduziu esse número, com o encolhimento do chamado Estado do bem-estar social e das políticas estatizantes, verificadas sobretudo no período militar.
É preciso levar em conta que, num mundo globalizado, as oscilações da economia em outros países acabam influenciando também a situação local, principalmente nos países periféricos dependentes. Ao lado das consequências já conhecidas advindas da falta de trabalho como o aumento da violência, da pobreza e das desigualdades, do qual o Brasil é ainda campeão mundial, o desemprego fez explodir a níveis nunca antes verificados do emprego informal e sua congênere, o mercado informal. Com isso, aumentou também a quantidade de produtos contrabandeados nas ruas e avenidas de todo o país.
Segundo dados fornecidos pelo Índice de Economia Subterrânea (IES), fosse um país, o mercado informal brasileiro ocuparia a 39ª posição entre as economias do planeta, com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 1,173 trilhão, o que equivale a 16,9% do PIB nacional. Não há como negar: andar pelas ruas do Brasil é como se movimentar dentro de uma feira a céu aberto. Por todo lado que se olha, comerciantes e camelôs estão vendendo todo o tipo de produto.
A situação chegou a tal limite que muitas prefeituras e administrações já não conseguem mais controlar essa multidão de gente negociando pelas ruas. O pior é que esse comércio informal, que não paga e ainda por cima sonega impostos, e não cumpre as obrigações trabalhistas vem se expandindo enormemente por toda a parte.
Em Brasília essa é uma realidade que parece ter vindo para ficar. Ambulantes armam suas barracas em frente ao comércio legalizado. Para piorar, o brasiliense assiste também à proliferação dos chamados comércios de lata. São Barracos de lata fixos em todas as quadras residenciais e os chamados foodtrucks, que se espalharam pela cidade, formando um verdadeiro exército de ambulantes que trabalham sem fiscalização, em áreas públicas, nas entre quadras e em qualquer estacionamento vazio. Trata-se de uma situação que exigirá enorme esforço das autoridades, caso elas venham realmente a cuidar dessa questão. Por sua magnitude e pelo pouco caso demonstrado até agora pelos governantes, diante de uma situação de desemprego geral, não seria exagero se o país e sua capital não viessem a ser totalmente dominados por esse tipo de comércio ambulante, transformando nossas ruas em feiras abertas, sujas, perigosas, intransitáveis. Um decadente retrato do terceiro mundo, em pleno século XXI.
A frase que foi pronunciada:
“Por volta de 2035, não haverá quase nenhum país pobre deixado no mundo. Quase todos os países serão o que agora chamamos de renda média-baixa ou mais rica.”
Bill Gates, empresário, filantropo e autor americano
Celebração
Chega a notícia do Ceará, pelo Cel Jucenilio Evangelista da Silva, que convida todos os ex-alunos espalhados pelo país para participar dos eventos da Solenidade do Centenário do Colégio Militar de Fortaleza. Dia 31, a partir das 19h na Aldeota.
Souza Cruz
“Estamos confiantes que as autoridades entenderão que esses dispositivos são importantes para a redução dos danos do cigarro à saúde e uma forma de preservar a sustentabilidade da cadeia produtiva do tabaco”, disse o executivo sul-mato-grossense, Liel Miranda, à revista DINHEIRO. Se faz mal à saúde, a cadeia produtiva do tabaco precisa ser interrompida. O que não faz sentido é o país ter sido vitorioso na diminuição de mortes por fumo através de uma legislação moderna e a fundamentação para que tudo vire fumaça seja a produção do tabaco.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A mudança das favelas tem tomado tempo demais do Prefeito, e com isto, até o momento, não sabemos quando teremos novo supermercado, que é, atualmente, o de que mais se ressente a população. (Publicado em 21.11.1961)