VISTO, LIDO E OUVIDO
Criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Com Circe Cunha e Mamfil
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Um giro pelas escolas públicas das principais capitais brasileiras dá uma mostra da situação de abandono e descaso com que a questão da educação é tratada por seguidos governos. Buscar uma explicação racional para a violência recorrente, entre alunos e entre eles e professores, torna-se desnecessário, uma vez que as escolas, bem ou mal, reproduzem intramuros, o mundo exterior. Só no estado de São Paulo, de longe o mais rico do país, todos os dias, dois professores registram boletins de ocorrência, relatando agressões dentro de sala de aula. Em Brasília a situação não é diferente. O mais curioso é que a questão da violência dentro das escolas não escolhe regiões centrais nem periféricas. Todas, de igual maneira, registram os mesmos e tristes casos.
De acordo com a OCDE, 12,5% dos professores brasileiros confessaram ter sido vítimas de violência ou de intimidação de alunos, pelo menos uma vez por semana. O problema da violência contra o professor, por seus aspectos mais profundos, acaba por repercutir diretamente em todo o sistema de educação, criando profissionais desmotivados, com sérios problemas de saúde física e mental. Não raro, eles pedem afastamentos prolongados ou mesmo desligamento da instituição.
A questão de exercer a autoridade, fundamental para o desenvolvimento de todo o amplo e laborioso processo ensino e aprendizagem, requer, de antemão, do professor, enfrentar o dilema de como exercitá-la, numa sociedade impregnada pelos mais diversos tipos de violência, e em que a autoridade é vista como elemento indutor da agressividade. Além disso, há tolerância extrema de muitos pais para o comportamento impróprio dos filhos. Se a escola entra em contato, a reação é abarcar a criança como se educar fosse um castigo que não pode pesar mais ainda na balança da ausência. Pais omissos e ausentes compensam o peso na consciência com a permissividade. Há também uma boa gama de pais que não educam por preguiça. Educar é uma tarefa contínua, habitual, trabalhosa e compensadora.
Existem educadores que não negam a existência de um certo quantum de violência produtiva na relação professor-aluno, e que esse elemento se torna condição sine qua non para o funcionamento e efetivação da instituição escolar. É sintomático observar, contudo, que as escolas, onde a disciplina é levada a sério e as mais leves faltas não são toleradas, são justamente aquelas em que o rendimento escolar é mais significativo e os próprios alunos sentem maior confiança e segurança.
No processo ensino-aprendizagem, o fator disciplina é essencial. Disciplina, por sua vez, só se obtém com o exercício da autoridade. Ocorre que a autoridade, ao ser exercida de modo efetiva, acaba resultando em conflitos de interesses que, normalmente, entre nós, descambam para a violência. Esse é o dilema atual de nossas escolas públicas, inseridas e imersas até o pescoço numa sociedade extremamente violenta e desigual.
A frase que foi pronunciada:
“É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade.”
Immanuel Kant
Sem limites
Dois minutos para se ambientar em um quarto escuro são suficientes. Assim acontece com a corrupção. Quando a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, disse que Pezão operou em um esquema de corrupção próprio, dá a impressão de que o modus operandi era sempre o mesmo entre todos os corruptos. Pezão era diferente porque, segundo dados documentados, em dezembro, ele exigia um adicional como 13º de propina.
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Nessa segunda-feira, 3 de dezembro, um concerto gratuito imperdível. Momentos memoráveis da obra de Haendel, O Messias. Quem convida é o Madrigal de Brasília, da Escola de Música (L2 Sul, Quadra 602), sob a regência de Isabela Sekeff. O grande homenageado da noite será o maestro Emílio de César, regente que viu a cidade nascer e que formou grande parte dos músicos da capital. Veja o cartaz no blog do Ari Cunha.
Prevenção
Mutirão de Prevenção ao Câncer de Pele organizado pelo HRAN, das 9h às 15h, hoje. Com exame preventivo de graça.
Solução
Podem falar o que quiser dos chineses. Justiça seja feita. Uma vez contatados para fechar algum negócio, são incansáveis em atender cada vez melhor. Vários contatos diários, soluções rápidas, apresentação de alternativas, tudo para resolver.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O nosso trabalho em defesa da cidade não poderia deixar de apresentar ao prefeito Sette Câmara um balanço da situação em Brasília. Este é o nosso intuito, na coluna de hoje. (Publicado em 07.11.1961)