Clique aqui – A crise está de quarentena

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Charge do André Guedes, disponibilizada em seu canal no Youtube, intitulada “O maior traidor do Bolsonaro!”

 

Fernando Henrique Cardoso, quando era senador pelo MDB, costumava dizer, da tribuna, todas as vezes que o então presidente José Sarney saía do Brasil: “a crise viajou”. Com isso, o político pretendia ligar diretamente à pessoa do primeiro presidente da República eleito, depois da redemocratização, as seguidas crises que aconteciam naqueles anos no governo Sarney (1985-1990).

Embora a frase tenha ficado injustamente famosa, ao imputar ao governo Sarney a avalanche de crises que ocorriam, numa época em que ambiente político se encontrava totalmente confuso, com a sociedade civil e o Estado procurando se acertar depois de mais de duas décadas de governos militares, o fato é que nossos presidentes, desde 1889, são sempre associados como princípio e fim das instabilidades políticas. Isso decorre das características sui generis de nosso sistema presidencial, centralizador, com doses de um personalismo anacrônico, herdado ainda do tempo da monarquia, quando os poderes e o próprio rei se fundiam numa só entidade de Estado.

Hoje, até de forma grotesca, essa mesma imagem voltou a ser, apropriadamente, associada ao atual governo. Só que com uma diferença básica: ao contrário dos demais presidentes, Bolsonaro tem, dia sim e outro também, chamado as crises para si, dando vulto exagerado a problemas que, em outras mãos, politicamente mais hábeis, passariam imperceptíveis. O presidente é hoje, na visão de dez em cada dez analistas, e mesmo na visão de muitos políticos veteranos, a origem e o destino das crises que surgem e vão se avolumando a cada dia à sua volta.

Contrariamente a outros presidentes, Bolsonaro passou a encontrar, nas crises que dá vida, um mote e uma estratégia para seguir governando, enquanto se mantém como centro das atenções. O problema com essa tática bipolar, que para outros representaria um suicídio político, é que ela expõe a nudez de um governo que, apesar de vários projetos em andamento, parece não ter sido iniciado ainda. As consequências negativas dessa performance vão aparecendo dentro e fora do País.

Para alguns, esse modo pouco litúrgico de agir na presidência pode resultar, num momento derradeiro, na construção de um enorme labirinto a aprisionar todos igualmente. Enquanto procura a estrada por onde encaminhar seu governo, sem que o barulho externo atrapalhe, os efeitos nefastos seguem encolhendo as oportunidades e fechando portas ao Brasil.

O governo da Holanda comunicou, agora, que seu país não irá apoiar os acordos firmados entre o Mercosul e a União Europeia, o que pode render grande prejuízos a todos nós. No caso de a crise econômica mundial ganhar contornos mais sérios, depois da pandemia, os analistas de mercado acreditam que, dificilmente, o Brasil atrairá a atenção de novos capitais. Empresas estrangeiras, que passaram a buscar uma imagem de interação harmônica com o meio ambiente, também vão se afastando do Brasil, que é visto hoje, no exterior, como um pária na questão ambiental. Isso talvez explique, em parte, porque a “crise” não tem viajado como fazia com outros presidentes no passado, o que tem levado muitos a afirmar que a “crise” está hoje em quarentena entre os Palácios do Planalto e da Alvorada.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O justo é o primeiro acusador de si próprio.”

L.de Tobiás, jurista francês

 

Gratidão

É preciso registrar elogios também. Um deles é da família de um rapaz que teve o cérebro operado. Ele foi atendido no Hospital de Base. Garoto novo, alegre, responsável, de repente é surpreendido com a necessidade dessa cirurgia. Dois dias depois já está totalmente recuperado. A família agradece, principalmente, pelo atendimento humanizado, tão importante para a recuperação quanto a competência médica. Desde o apoio de uma equipe de psicólogos, ao funcionário da limpeza que dá bom dia com um sorriso.

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília-20.6.2017

 

Uber eats

Não adianta reclamar. Se esqueceu de mudar o endereço da entrega de casa para o trabalho, a venda é cancelada e não há ressarcimento.

Foto: uber.com

 

R$600

Usuários do cartão dado pelo governo elogiam a tecnologia aplicada. Quando o contemplado for fazer uma compra, basta apontar o celular para um QR Code que o dinheiro é liberado para o pagamento.

 

Mão na massa

Estudantes e educadores da Universidade paulista, São Judas, reuniram-se para desenvolver uma série de materiais educativos para orientar e conscientizar a população leiga e profissionais da saúde sobre a importância de adotar medidas de prevenção e o uso de equipamentos de proteção individual em meio à pandemia do coronavírus. Os conteúdos estão disponíveis de forma gratuita por meio de Ebook, histórias em quadrinhos, site, vídeos, WhatsApp e redes sociais relacionadas a cada tema. Veja como é fácil acessar, a seguir.

–> São Judas desenvolve material educativo para leigos e profissionais em tempos de pandemia

A disseminação do conhecimento pode salvar vidas e contribuir para o desenvolvimento social

Os materiais abordarão diversos assuntos, como: critérios para sair e para chegar em casa, higienização das mãos, covid-19 em crianças, saúde mental no isolamento, cuidados com familiar contaminado dentro de casa, paramentação de profissionais, limpeza e armazenamento do EPI após uso e seu descarte, lesão por pressão causada pelo uso de EPI, saúde mental dos profissionais de saúde, dados do número de óbitos e afastamentos por coronavírus dos profissionais de saúde, entre outros.

“Diante do contexto em que estamos vivendo, nós, professores, resolvemos desenvolver dois projetos de extensão, cujos objetivos são de conscientizar a população leiga e os profissionais de saúde. Neste sentido, utilizamos como estratégia a produção e divulgação de materiais educativos e de autoria dos alunos das diversas áreas do conhecimento. Além disso, poder trabalhar em parceria com professores e com alunos de outras instituições da Ânima está sendo uma experiência inovadora. Estamos encantados com o empenho e a qualidade dos materiais desenvolvidos pelos alunos”, destaca Sara Rodrigues Rosado, professora de Enfermagem da São Judas.     

A ação, que começou com a iniciativa dos alunos e professores da São Judas, ganhou força e mobilizou integrantes da UniBH, Minas Gerais, e Unisociesc, Santa Catariana, que também fazem parte da Ânima Educação. Com isso, 14 educadores da enfermagem e 154 estudantes de diversas áreas das três instituições se dividiram em duas frentes: uma para desenvolver conteúdos direcionados a pessoas leigas e que tem dificuldades para entender o contexto atual e outra para profissionais que estão na linha de frente no combate ao COVID-19.

A aluna do curso de Enfermagem, Geovana Custodio da Silva, por exemplo, está produzindo material sobre as lesões por pressões causadas nos profissionais de saúde pelo uso dos equipamentos a longo prazo. “Pela primeira vez participo de um projeto de extensão e fiquei muito interessada pelo tema e proposta, creio que essa ação é rica em conhecimentos e informações. Eu como aluna da área da saúde, vejo nessa oportunidade uma forma de assegurar o máximo de conhecimento que irá, com certeza, contribuir para da minha formação profissional”, destaca Geovana.

Sobre a São Judas

Fundada em 1971, a São Judas é a segunda melhor universidade privada do estado de São Paulo, segundo o Ministério de Educação (MEC), com nota 4 de 5 no Índice Geral de Cursos (IGC). Com aproximadamente 33 mil alunos, a instituição combina qualidade e acessibilidade, tradição e inovação, com o uso de novas metodologias educacionais, laboratórios de aprendizagem integrada e programas de desenvolvimento de competências socioemocionais. Além disso, o aluno aprende na prática desde o primeiro dia de aula. 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O problema merece mais estudos, merece solução humana sem deixar de ser enérgica para com os que invadem terras alheias. (Publicado em 09/01/1962)

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