Quadra 500

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Em boa hora, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios decidiu suspender o andamento dos processos de liberação das obras da Quadra 500 do Setor Sudoeste, onde está prevista a construção de 22 prédios residenciais, até que seja julgada ação direta de inconstitucionalidade de 2010. Para os moradores do bairro, essa foi a decisão acertada e que vem ao encontro do desejo da maioria dos habitantes, que temem que o adensamento da área prejudique a qualidade de vida das pessoas.Caso a atual proprietária do terreno, a Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários S/A, vença na Justiça, 5 mil habitantes e mais de 3 mil veículos vão ocupar aquela área, aumentando consideravelmente os problemas diários já existentes na região castigada pelo grande volume de tráfego, falta de estacionamentos, invasão de áreas verdes e outras dificuldades conhecidas pelos moradores de Brasília, como um todo.Para os urbanistas do Iphan e do Instituto Histórico e Geográfico, a construção da Quadra 500 fere o Plano Brasília Revisitada, elaborado por Lucio Costa, já que tal expansão não constava do projeto feito entre os anos 1985 e 1987. Ademais, os técnicos alertam para a destruição da última reserva de cerrado na área central da cidade, o que poderá acarretar também sérios problemas de drenagem da área.Toda a atenção voltada para a Câmara Legislativa que analisa a aprovação de medidas açodadas que trarão prejuízos para a cidade e lucros para os empreiteiros. Entre essas medidas, estão a venda de 32 valiosos terrenos pertencentes ao GDF, alterações nas poligonais do Parque Ecológico do Guará, além da desburocratização nas exigências do Relatório de Impacto de Trânsito.A venda desses ativos, a redução da área poligonal do parque e a redução nas exigências do RIT atendem, em última análise, a interesses imediatos de empreiteiros por lucro. Por outro lado, cobra da sociedade alto preço que se traduz na perda irreversível na qualidade de vida dos brasilienses, valor esse que será debitado da conta das futuras gerações.

Sinalização

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Por falar em Lago Norte, a engenharia de trânsito ainda não conseguiu se fazer entender. Apesar de uma placa pequena desproporcional ao espaço, ninguém obedece. Na subida do Lago Norte, a preferência da faixa da direita é para quem vai virar na primeira quadra par. No Lago Sul, já entenderam.

Tradicional

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Volta o Porão do Rock. A tradição da cidade virou organização não governamental, e com parcerias vai arrecadar alimentos nos shows para o Programa Mesa Brasil, que atende 100 entidades filantrópicas de Brasília. Hoje é dia de apresentação. No estacionamento do Estádio Mané Garrincha. Às 15h, as bilheterias serão abertas. R$ 25, pista (meia-entrada); e R$ 70, camarote (meia-entrada), e 1kg de alimento.

Preços

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Mal comparando, o show dos Rolling Stones no Brasil, em 2016, vai ter preços de ingressos variando entre R$ 260 e R$ 900. A banda passa pelo Rio, no Estádio do Maracanã, em 20 de fevereiro; por São Paulo, no Estádio do Morumbi, em 24 e 27 de fevereiro; e por Porto Alegre, no Estádio Beira-Rio, em 2 de março.

Repensar

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Nesta época de Natal, nos shoppings, nos teatros ou nas salas de concertos, shows promovidos por empresas abastadas têm feito muito sucesso entre os clientes. Mas o tratamento com os trabalhadores que fazem o evento acontecer deixa a desejar. Garçons e recepcionistas dizem que só recebem o pagamento. Nenhum muito obrigado ou reconhecimento pelo serviço benfeito.

Dilma vez por todas

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Para um governo que recomeçou de forma enviesada, não chega a ser surpresa o fato de vir a terminar também de forma confusa. Na verdade, o governo vem desabando a cada dia diante de todos. Com ele, despencam também os números da economia, a confiança da população e a imagem do país diante do mundo. No melhor estilo terrorista, o Estado foi sequestrado pela falência interna do governo, paralisando a máquina pública e estagnando a necessária produção de bens e riquezas. Com isso, segue sem solução a paralisia geral, com o governo se sobrepondo aos interesses da nação.

Ao levar de roldão a sociedade inteira para dentro do redemoinho institucional gestado e alimentado dentro do próprio Palácio do Planalto, fica evidente também a falência do modelo de presidencialismo de coalizão e, de quebra, a multiplicidade de legendadas partidárias.

A polarização, criada pelo governo, para resumir a refrega entre Dilma e Eduardo Cunha, coloca no mesmo ringue dessa política medíocre 200 milhões de brasileiros, alheios a contenda e vítimas potenciais da paralisação do Estado. Para piorar as coisas, o partido da presidente anuncia a convocação da militância para sair às ruas em defesa de um governo que o mesmo partido lavou as mãos e lançou às feras.

Dentro da estratégia do partido que um dia foi dos trabalhadores, o retorno à condição de oposição — em caso de vitória do impeachment — seria o melhor dos mundos, pois estaria a salvo em terra firme, longe das tempestades em alto-mar e, de quebra, pousaria de vítima da artilharia do que chama de direita golpista. A convocação dos gatos pingados fiéis para que venham para as praças pode ainda ensejar a generalização de conflitos fratricidas, com repercussões imprevisíveis. Nesse sentido, aumenta muito a responsabilidade dos verdadeiros estadistas para que o pior seja evitado.

Para um cenário que parecia se agravar a cada momento, possível negação do impeachment pelo parlamento, prolongando a permanência de Dilma no comando do Executivo, pode, ao empurrar a crise para frente sine die, elevar a temperatura da crise, arrastando o país inteiro para dentro do buraco, com efeitos igualmente catastróficos. Para quem pensa que resolver os problemas do país é prioridade, deve se lembrar que estamos a poucos dias do recesso. De toda forma, está aberta a maior oportunidade de todos os tempos, para sanear o Estado por meio das reformas políticas verdadeiramente necessárias.