Proselitismo político-pedagógico

Publicado em ÍNTEGRA

Desde 1960

aricunha@dabr.com.br

com Circe Cunha // circecunha.df@dabr.com.br

 

Nestes tempos conturbados em que os ânimos políticos foram artificialmente acirrados ao máximo, cautela e prudência são bem-vindas e necessárias. O mantra “nós contra eles”, pregado incessantemente pela cúpula petista, reproduzido e multiplicado agora pela massa de manobra do partido, coloca o país à beira de conflito insano. Uma vez açulados, os cães da discórdia ideológica não mais obedecem ao comando do dono.

Em momentos assim, as escolas, pelo menos aquelas em que a educação humanista está à frente de outros assuntos acadêmicos, têm o dever de clarear as ideias, por meio de uma chamada à razão. Na prática, no entanto, não é o que vem sendo feito.

Em parte significativa das escolas públicas, tem sido comum que professores deixem de lado o conteúdo programático, elaborado pelo pessoal especializado em educação e que deve, necessariamente, ser desenvolvido ao longo do ano, para fazer o que o sindicato da classe manda, ou seja, catequizar os alunos de acordo com os dogmas da cartilha petista.

Aulas seguidas têm sido preenchidas com o falso debate político, em que o proselitismo do tipo político-pedagógico é empregado não como ferramenta de discernimento das ideias, mas com claro objetivo de doutrinação partidária.

Não custa lembrar que as escolas são, por sua natureza, o ambiente adequado para a discussão e debates de ideias de tudo o que se refere à natureza humana. A abdução político-partidária de alunos, levada a cabo por parcela de professores pouco esclarecidos sobre suas funções, além de crime, não é aceitável por seus efeitos deletérios, já que apartam os alunos entre os que aderem e os que não.

Ao reproduzir em sala de aula o mesmo maniqueísmo pregado pelo partido no poder, o que esses pretensos educadores fazem, na realidade, é semear o caos nas escolas, dando falso significado do que é política. Em vez de doutrinar, cabe aos professores ensinar o que é política, sua origem e importância.

É preciso ensinar, com isenção, o que é comunismo, socialismo, anarquismo, Estado, formas e sistemas de governo. É preciso que os alunos tenham pelo menos pequena noção de história das ideias. É preciso falar em nazismo, fascismo. É preciso citar as conquistas e frustrações do homem com a política.

Escolas não são apêndices de aparelhos partidários. Nas escolas, deve prevalecer a discussão em que pelo menos haja um aceno para o consenso. Ao capturar professores, principalmente aqueles com precária e deficiente formação acadêmica, o que o partido no poder espera é apenas multiplicar e reproduzir nos alunos, soldadinhos sem cérebro prontos a obedecer a ordens da cúpula.

Sala de aula não deveria ser palanque de campanha. Professor não é candidato, é educador. Aluno não é militante, é aprendiz. Educação é universal nos seus valores, não tem cor, ideologia ou outras divisões artificiais criadas por espertalhões do momento. A escola é de todos.

 

A frase que foi pronunciada:

“Disseram que os advogados são prostitutos das letras. Servem sem distinção.”

Tradutor meio em dúvida sobre o que ouviu

 

Dia das Mães

A Action Aid está fazendo campanha para adotantes de mães pelo mundo todo que querem voltar aos estudos. Você autoriza o desconto em conta da quantia que quiser. O contato com a estudante é feito individualmente. O doador tem o endereço para trocar correspondência e acompanhar a evolução nos estudos. É só procurar o site.

 

Praxis

É sempre bom ver políticos diligentes como o deputado prof. Reginaldo Veras e o deputado Wasny de Roure que visitaram unidades de saúde, no Areal, como parte do trabalho da
Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Câmara Legislativa. Ver os problemas de perto é passo mais curto para as soluções.

 

Brasília posa

Todo o amor pela capital federal. Ensaio fotográfico que estará exposto no Shopping Pier 21 até 8 de maio, das 12h às 22h. A exposição foi idealizada pelo diretor e jornalista Daniel Zukko, #minhabrasilia.

 

História de Brasília

Temendo possíveis choques pessoais, o Hospital Distrital organizou uma equipe de emergência, integrada por médicos, enfermeiros, motoristas, ambulâncias e todo o pessoal necessário. Se houvesse necessidade, diversas enfermarias de emergência teriam sido feitas em poucos minutos. (Publicado em 5/9/1961)

It's only fair to share...Share on Facebook
Facebook
Share on Google+
Google+
Tweet about this on Twitter
Twitter
Share on LinkedIn
Linkedin