Categoria: ÍNTEGRA
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Não se tem ainda, no Brasil, um estudo mais preciso sobre as diversas doenças contraídas pelo homem da cidade e do campo pelo uso de agrotóxicos, principalmente pela aplicação do glifosato. Os levantamentos esparsos que se conhecem sobre o uso indiscriminado do herbicida, produzido pela Monsanto sob o nome de RoundUp, mostram que são elevados os números de doenças, como câncer, distúrbios da tireoide, má-formação de fetos e intoxicações diversas.
O glifosato é o agrotóxico mais utilizado no mundo e, no Brasil, representa 50% das vendas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). Diferentemente do que ocorre no nosso país, o uso desse veneno, na Europa, tem validade definida. Em países como a França, será banido, definitivamente, em 2022. Em outras partes do continente europeu, o uso também está prestes a expirar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o produto como potencialmente cancerígeno.
Outras pesquisas contrárias não têm a credibilidade pelo fato de serem financiadas pelas indústrias do produto. O Brasil é considerado o campeão mundial de uso do glifosato. Metade da importação do veneno é destinada para as lavouras de soja, depois, às plantações de cana e de milho — três commodities, que tornam o Brasil o maior exportador agrícola mundial —, cultivadas em latifúndios com área superior à de muitos países da Europa. Nesse sentido, o Brasil exporta não só esse tipo de alimento transgênico em enormes quantidades, mas, sobretudo, produtos altamente contaminados — 96% da nossa soja é transgênica. No caso do milho, a porcentagem é de 86%. Ou seja, o agronegócio produz basicamente alimentos geneticamente modificados e com alta dosagem de veneno.
Essa é uma realidade que tem, como subproduto, grande incidência de doenças adquiridas pela população e, principalmente, pelo trabalhador do campo, além causar danos irreversíveis ao meio ambiente, com o envenenamento do solo, da água, dos animais silvestres, desde insetos polinizadores, como as abelhas, até animais maiores, mortos também por intoxicação severa. Além disso, os resíduos do veneno, presentes na água potável que consumimos, são cinco mil vezes maiores do que os presentes na água para consumo humano na Europa, o que é um escândalo sem precedentes.
No Brasil, diferentemente do que ocorre em outros países, há uma bancada numerosa, conhecida como “bancada ruralista”, no parlamento, que, curiosamente, se move abertamente contra os interesses da população, sobretudo contra a saúde dos brasileiros, deixada de lado e a reboque de interesses puramente econômicos.
Para se ter uma ideia, entre 2007 e 2014, houve registros de mais 25 mil intoxicações no Brasil — sem contar com as subnotificações — decorrentes exclusivamente do uso de venenos na agricultura. Ocorre que, na avaliação da bem-conceituada Fiocruz, para cada caso notificado ao Ministério da Saúde, estimam-se outros 50 casos que não foram registrados. Ou seja, 50 vezes 25 mil, um número absurdo mantido sob silêncio.
A frase que não foi pronunciada
“A alma da fome é política!”
Betinho
Continua
Pelos corredores dos aeroportos de grande parte do país, persiste a venda de revistas, subtraindo contas indevidas de cartões de crédito. As reclamações aumentam. Para se ter um quiosque em aeroporto é necessário pagar alto preço. Certo seria verificar a idoneidade desses comerciantes.
Absurdo
Outro assunto de muitas reclamações sobre os aeroportos brasileiros se refere aos preços cobrados por produtos simples: um pão de queijo, R$ 7, ou uma Coca-Cola, R$ 13.
Estacionamento
Outro valor superestimado, absolutamente, fora de todos os parâmetros. O que era espaço público foi privatizado e a população é submetida a preços exorbitantes.
História de Brasília
A sua posição, embora passageira, à frente do Gabinete do Presidente da Novacap, embora seja a valorização do cargo, não é conveniente a Brasília, que perde um técnico no seu plano de obras. Um cargo executivo na Diretoria da Companhia seria o justo lugar do sr. Vasco Viana de Andrade em Brasília. (Publicado em 11/10/1961)
ARI CUNHA
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Um texto, sem assinatura, de 16 anos, publicado na revista Cronicas de Los Tiempos, traz a realidade esperada pela negligência humana em relação às nascentes e ao mau uso da água. Uma inspiração para os cientistas, especialistas e líderes espirituais que se reúnem em Brasília, em janeiro, para discutir o desmatamento, níveis de chuva, aumento do consumo hídrico.
Águas pela Paz espera que o Brasil lance uma aliança global pela conservação e uso consciente da água no planeta. A simplicidade do texto da Carta dos anos 2070 assusta pela forma cristalina como retrata a realidade e ao mesmo tempo mostra que, se nada for feito agora, depois será tarde demais. Segue o texto:
“Ano 2070. Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém com 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.
Recordo quando tinha cinco anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro… Agora usamos toalhas de azeite mineral para limpar a pele. Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora, devemos rapar a cabeça para a manter limpa sem água.
Antes, o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje, os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam “Cuida da água”, só que ninguém lhes ligava — pensávamos que a água jamais poderia acabar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados.
Antes, a quantidade de água indicada como ideal para beber eram oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo, e tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado, já que as redes de esgoto não se usam por falta de água.
A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele provocadas pelos raios ultravioletas que já não tem a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados.
A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-nos em água potável os salários. Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele, uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40.
Os cientistas investigam, mas não parece haver solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores e isso ajuda a diminuir o coeficiente intelectual das novas gerações. Alterou-se também a morfologia dos espermatozoides de muitos indivíduos e como consequência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.
O governo cobra-nos pelo ar que respiramos (137m³ por dia por habitante adulto). As pessoas que não podem pagar são retiradas das “zonas ventiladas”. Estas estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam à energia solar. Embora não sendo de boa qualidade, pode-se respirar. A idade média é de 35 anos.
Em alguns países existem manchas de vegetação normalmente perto de um rio, que é fortemente vigiado pelo Exército. A água tornou-se num tesouro muito cobiçado — mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui não há árvores, porque quase nunca chove, e quando se registra precipitação, é chuva ácida. As estações do ano têm sido severamente alteradas pelos testes atômicos.
Advertiam-nos que deveríamos cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem, descrevo como bonito eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que era a gente, e ela pergunta-me: “Papá! Por que se acabou a água?” Então, sinto um nó na garganta; não deixo de me sentir culpado, porque pertenço à geração que foi destruindo o meio ambiente ou simplesmente não levamos em conta tantos avisos.
Agora os nossos filhos pagam um preço alto e, sinceramente, creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível. Como gostaria voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isso, quando ainda podíamos fazer algo para salvar o nosso planeta Terra!”
A frase que foi pronunciada
“Como podeis vós comprar ou vender o céu, o calor, a terra? A Ideia nos parece estranha. Se nós possuímos a frescura do ar e os espelhamentos da água, de que maneira poderá V. Excia. comprá-los?”
Chefe Seatle
História de Brasília
Muito justa, neste momento, é a indicação do sr. Vasco Viana de Andrade para a diretoria da Novacap. É merecimento, é pagamento ao valor de um excelente técnico da equipe arrebanhada pelo sr. Juscelino Kubitschek para a construção de Brasília (Publicado em 11/10/1961)
ARI CUNHA
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O ano de 2017, pelo imenso volume de questões que ficaram pendentes, deve prosseguir em 2018, prolongando um ciclo que insiste em não acabar. Por conseguinte, o ano que se inicia é novo apenas no calendário e no desejo sincero dos otimistas e brasileiros de boa-fé. Há muito tempo andamos em círculos, o que nos obriga a repetir e acumular erros sobre erros. É nessa perspectiva, vista pelo espelho retrovisor, que saudamos o ano que começará, de fato, só depois do carnaval.
Deixando um pouco de lado os aspectos políticos e econômicos ainda por serem resolvidos neste ano de eleições, é preciso centrar todas as atenções para um megaproblema que, por suas consequências graves e que já se fazem sentidas, fará do Brasil exemplo e modelo a não ser seguido por nenhum outro país do globo, sob pena de vir a comprometer a própria existência humana sobre o planeta.
Trata-se da agricultura, ou mais precisamente da monocultura de exportações (commodities), na qual o país vem se destacando no cenário mundial como uma grande potência. Importante estudo, lançado, no finalzinho de 2017, pela professora e pesquisadora do Departamento de Geografia Agrária da Universidade de São Paulo Larissa Mies Bombardi, intitulado Geografia do Uso de Agrotóxico no Brasil e Conexões com a União Europeia, traça um quadro assustador do agronegócio no Brasil e as sérias consequências da atividade para o futuro do país.
Na avaliação da pesquisadora, a questão do agronegócio tomou tamanha importância, a partir do início do século 21, que levou o governo a privilegiar os aspectos econômicos sobre quaisquer outros, inclusive sobre a questão da saúde humana e ambiental. Analisando a pauta de exportações do país dos últimos anos, dá para sentir bem esse fenômeno. Segundo ela, até o início do ano 2000, havia uma preponderância nas exportações de produtos manufaturados sobre os produtos primários.
A partir de 2009, essa situação se inverteu, com os produtos primários ganhando cada vez mais destaque em nossas exportações. Para se ter uma ideia, hoje o Brasil tem, apenas com relação ao plantio de soja, uma commodity, uma área de plantio quatro vezes maior do que o território de Portugal.
Temos, nesse caso, pautado toda a nossa exportação apenas no agronegócio, que tem como pilares principais substâncias químicas na forma de fertilizantes, defensivos agrícolas ou agrotóxicos, importados em enormes quantidades e usados de forma absolutamente irresponsável. Isso ocorre porque nossa legislação tem sido permissiva, graças, em grande parte, ao poderoso e eficaz lobby da bancada do agronegócio com assento no parlamento, avesso a qualquer discussão sobre meio ambiente, agricultura familiar e outros assuntos contrários à economia assentada apenas no lucro a qualquer preço.
O que decorre dessa prioridade que visa apenas a renda dos grandes produtores é que temos reduzido significativamente a produção e diversificação de alimentos para a população. Não é por outro motivo que, quando uma dona de casa brasileira vai ao supermercado ou à feira, acaba se deparando com produtos, de origem animal ou vegetal, com preços muito acima dos praticados em outras partes do mundo, isso num país em que o governo alardeia como sendo o celeiro do mundo.
Essa balela de que o Brasil produz alimentos para todo o mundo esconde uma realidade que está, de fato, envenenando a população, a terra, os rios, matando animais, expulsando comunidades inteiras de suas terras e, a longo prazo, tornando inférteis e áridas enormes extensões do território nacional. Soja, milho, cana-de-açúcar, eucalipto e outras commodities voltadas exclusivamente para o mercado externo, dentro da visão atual da divisão internacional do trabalho, favorecida pela globalização da economia, e que obriga o país a se manter como produtor de gêneros básicos a um custo altíssimo.
Nesse contexto perverso, as indústrias transnacionais que produzem os componentes químicos e, principalmente, sementes geneticamente modificadas, aproveitam-se enormemente de países, normalmente agroexportadores e do terceiro mundo, onde a legislação é sempre permissiva e leniente com esses venenos modernos.
A frase que foi pronunciada
“Como seriam venturosos os agricultores se conhecessem os seus bens!”
Virgílio
Interessante
Se o desemprego está ruim no Brasil, há cinco páginas na internet de empregos disponíveis em uma pequena cidade da Califórnia, onde a língua portuguesa é exigida. A maioria é para esteticistas.
Só eles
Era o Pelé, depois Ronaldo e agora Neymar. Assim o Brasil é conhecido no exterior.
Maconha
Ontem a maconha foi liberada na Califórnia. A população aprovou a liberação em uma consulta governamental em 2016. A regra é parecida com a venda de álcool, ou seja, permitida apenas para maiores de 21 anos. Outra curiosidade é que cada pessoa pode cultivar até 6 pés de canabis em casa e portar no máximo 28,3 gramas.
História de Brasília
Nenhuma administração da Prefeitura ou da Novacap pôde prescindir, até o presente momento, do trabalho do sr. Vasco Viana de Andrade. Técnico competente, organizado e trabalhador, é responsável pelo maior volume de obras do Distrito Federal, sendo o seu departamento estruturado com uma das melhores equipes já formadas no Brasil. (Publicado em 11/10/1961)
ARI CUNHA
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Num país que, desde a abertura política, avança aos tropeços, pior do que a espetaculização dos acontecimentos, revelados pelas investigações do Ministério Público e da Polícia Federal, é ter que engolir, como medida ditada pelos cânones dos direitos humanos, ao festival de indultos, saidões de presos, reduções significativas de penas e outras ações que parecem nos remeter à certeza de que o Estado brasileiro não tolera ter que punir quem comete delitos e crimes de toda a ordem.
Quando o cidadão de bem reclama dessas benesses exageradas, concedidas principalmente às elites, chegam os defensores do garantismo falando em sede de punição e vingança da sociedade, ansiosa por ver na cadeia poderosos de toda a ordem.
Há muita confusão mali-ntencionada e jatos de fumaça nesses argumentos dos dois lados da questão. Na verdade, ninguém ouviu falar em prisão domiciliar para pobre, mesmo para mulheres grávidas. Bandido pé de chinelo jamais andou de tornozeleira eletrônica tampouco impetrou agravos ou embargos infringentes perante o Supremo.
Nesses casos, com todas as imagens que vão sendo mostrados pela mídia, fica patente para todo mundo que existem duas justiças, que trafegam em ruas paralelas. Prender ou fazer justiça, conforme manda o Código Penal, parece ter virado questão tabu ainda mais em se tratando de altos figurões. Ainda assim, seja no patamar de cima ou na base da pirâmide social, é preciso uma certa encenação para mostrar a igualdade de todos perante as leis.
Nesse sentido, o indulto concedido pelo presidente Temer e, oportunamente, suspenso pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, em muito se assemelha ao saidão de presos para comemorar as festas de fim de ano. Nesse quesito, chegou-se ao absurdo de conceder o saidão para comemorar do Dia das Mães a uma detenta que havia assassinado o pai e a mãe.
O indulto é uma indulgência aos crimes da elite que muito se assemelha aos saidões de presos do regime semiaberto. Mesmo a comutação de penas em serviços comunitários, ou o abrandamento de severas sanções em regime fechado àqueles que fecharam acordos de delação premiada, soa, para a população, como um escárnio que faz do Brasil um país onde o crime parece compensar.
A curto prazo, “indulto não é prêmio ao criminoso nem tolerância ao crime. Nem pode ser ato de benemerência ou complacência com o delito”, afirmou Carmem Lúcia, para quem o indulto de Temer pode tornar as penas tão ínfimas que deixariam a sociedade totalmente desprotegidas.
Do mesmo modo,falta proteção à população quando é obrigado a assistir à abertura das portas das prisões a milhares de detentos que, do lado de fora, comemoram, isso sim, a leniência do Estado. Se os cidadãos pudessem ser consultados a dar seu veredito sobre indultos, saidões, redução de penas e outros benefícios àqueles que têm contas a ajustar com a Justiça, pensariam duas vezes antes de cometer qualquer crime por saberem o resultado.
No frigir dos ovos, o que está certo é que a punição deveria ser proporcional à quantidade de verba pública desviada. Para os detidos pelas operações da Polícia Federal e pelo Ministério Público, tudo vale a pena quando a punição é tão pequena.
A frase que não foi pronunciada
“Quanto mais organizado o suspeito, mais fácil de chegar lá.”
Perito da Operação Lava-Jato, pensando enquanto abre s arquivos no computador
Registros
Um novo ranking, mais completo e detalhado, desenvolvido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-BR), com base nas informações de Cartórios do Distrito Federal prestadas à Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), mapeou um estudo completo sobre os nomes mais registrados no Distrito em 2017.
Garotos
No ranking separado por sexo, os 10 nomes masculinos mais escolhidos foram Miguel (904 registros), Arthur (762), Heitor (689), Davi (520), Bernardo (495), Gabriel (429), João Miguel (417), Enzo Gabriel (364), Samuel (351) e Theo (282).
Garotas
Entre as mulheres, o ranking dos 10 nomes mais registrados foram Alice (603 registros), Valentina (486), Helena (425), Laura (404), Sophia (373), Heloisa (335), Julia (309), Maria Eduarda (296), Cecilia (276) e Isabella (261). Esse assunto é interessante porque, no Brasil, os nomes obedecem a tendência do tempo. Em Portugal, o Estado interfere. Nada de nomes bizarros ou fora das regras.
Fica o registro.
História de Brasília
Ridículo, fora de hora e criminoso, o movimento na Câmara para retorno ao Rio. Aproveitar a mudança de regime para satisfazer aos antimudancistas é, além de perigoso, motivo para incertezas futuras. (Publicado em 12/10/1961)
ARI CUNHA
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Imagens que circulam agora nas redes sociais mostram um frentista e seu parceiro, desviando, tranquilamente, o combustível do estabelecimento, enquanto abastecem o carro de um displicente motorista. Bastou um descuido do freguês e o larápio encheu o regador de plástico, que normalmente fica junto a bomba, colocando parte da gasolina, que o cliente pagou no vasilhame, roubando, apenas nesse caso flagrado ao vivo, uns dez litros do produto.
A operação criminosa se repetiu, cada vez que um motorista solicitava o enchimento do tanque. Não se sabe em quantos postos espalhados pela cidade esses desvios aconteceram e com que frequência. Pela naturalidade e rapidez com que agiam, é fácil supor que esse crime vem acontecendo a muito tempo. Neste ramo, além da prática costumeira do cartel, da adulteração de combustível e da alteração eletrônica do contador de litros das bombas, o flagrante de mais esse crime coloca os postos no topo dos estabelecimentos de comércio nos quais os consumidores precisam ficar de olhos bem abertos. Enquanto as montadoras não providenciarem contadores de combustível e outros equipamentos como itens de fábrica que verifiquem, no ato do abastecimento, a qualidade e quantidade do produto, os motoristas continuarão a ser ludibriados das formas mais criativas possíveis. Infelizmente esse é apenas um pequeno exemplo da selva que os brasileiros construíram para si próprios.
Rouba-se tudo e em todos os lugares. Em estabelecimentos com bares e restaurantes, a prática de cobrança com sobre preços é usual. Na hora de fechar a conta, aqueles consumidores que não costumam conferir a nota, invariavelmente são lesados no valor final com o acréscimo de produtos e serviços que não foram prestados. É preciso ficar atento principalmente naqueles estabelecimentos que funcionam a meia luz. É no escurinho dos bares e boates, depois de rodadas de bebidas que as fraudes acontecem repetidas vezes. Rouba-se na quantidade, na qualidade e em qualquer oportunidade que surja .
Mesmo em casos de acidentes, nas estradas, com vítimas fatais, tornou-se normal assistir a população local saqueando os carros envolvidos nos sinistros, passando inclusive por cima dos mortos. Na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, por diversas vezes, as câmeras flagram comunidades inteiras saqueando caminhões. Em poucos minutos cargas inteiras desaparecem, levadas por moradores locais, numa operação por atacado. Obviamente que essas práticas desonestas que ocorrem na base da pirâmide, nem de longe alcançam o montante de dinheiro que tem sido desviado pelas maiores lideranças do país e que constantemente tem sido reveladas pelas operações do Ministério Público e Polícia Federal.
Padre Antonio Vieira no sermão do Bom Ladrão, escrito em 1655 já alertava sobre esse comportamento corriqueiro observado na colônia portuguesa: O ladrão que furta para comer, não vai, nem leva ao inferno; os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são outros ladrões, de maior calibre e de mais alta esfera. (…) os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. – Os outros ladrões roubam um homem: estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco: estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.” A impunidade das elites para casos de desvios de conduta também foi denunciado por Luis de Camões, maior poeta da língua portuguesa, que ainda no século XVI chamava a atenção para o fato de que “leis em favor dos reis, se estabelecem. As em favor do povo só perecem”.
De lá para cá pouca coisa parece ter mudado. Persistimos afundados num pesadelo que nos acorrenta ao passado. Imagem mostrada também nas redes sociais parece resumir essa nossa triste sina. Nela aparece um indivíduo com um rodo em punho tentando enxugar a praia a cada recuo das ondas, num esforço inútil e eterno.
A frase que foi pronunciada:
“Um sistema de legislação é sempre impotente se, paralelamente, não se criar um sistema de educação.”
Jules Michelet, filósofo e historiador francês.
Pela paz
Aprovado na Câmara o Projeto de Lei da deputada Keiko Ota que impõe às escolas política da paz principalmente para evitar o bullying. A matéria seguiu para o Senado. Resta saber se as escolas terão interesse em cumprir as regras porque a lei anti bullying já existe a muito tempo.
Sexismo
Conhecemos uma aeromoça da United Airlines que precisou fazer a opção pelo trabalho, por isso aceitou a imposição da empresa em permanecer solteira. Caso contrário seria demitida. Hoje, com mais de 80 anos, é absolutamente solitária.
Ainda
Hoje em dia o sexismo continua. Patrícia Smith procurava uma casa para comprar. Quando marcou o encontro para assinar a papelada ouviu do vendedor a seguinte pergunta: “Nenhum homem, marido, irmão ou pai está com a senhora? A senhora vai fazer essa negociação sozinha?”
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Esses movimentos devem respeitar a figura do Presidente da Republica e a pessoa do Prefeito de Brasília, porque cabe a este, a nomeação. E a procura do cargo através do Presidente da República, deixa transparecer desconfiança ou apadrinhamento, o que não é o caso de Brasília. (Publicado em 12.10.1961)
ARI CUNHA
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Por razões culturais e outras características muito próprias de nossa formação histórica, falar em planejamento no Brasil ou em planos de longo prazo, invariavelmente não resulta em nada. Definitivamente não temos vocação para o futuro. O tempo e o nosso desleixo natural, cuidam de dissolver planos ou quaisquer anseios, mesmo os mais simples. Só é definitivo no nosso país o que for provisório.
O que ocorre hoje com a capital do país exemplifica e explica muito esse desencontro que mantemos entre o presente e o amanhã. Planejada dentro do espírito otimista dos anos sessenta, quando se imaginava que o país estava prestes a despertar de seu sono profundo tido em berço esplendido, quatro anos depois de inaugurada, Brasília se viu como sede do poder de um novíssimo governo, que logo se mostrou avesso a todos aqueles que haviam idealizado a nova capital. Perseguições, prisões e mudança de rumos político, tiveram o dom de alterar os rumos da cidade.
O exílio imposto a alguns entusiastas da nova capital, fez esfriar os ânimos desses e de outros idealizadores da cidade e os planos originais ou foram deixados de lado ou perderam seu sentido de ser. O que se seguiu foram intervenções descasadas dos projetos pioneiros.
De fato a nova realidade acabou por impor novos modelos a capital. Seguimos em frente sem muito entusiasmo, até a chegada o governo de José Aparecido. Mineiro com sensibilidade e com boas relações com o mundo cultural, sua administração (1985 – 1988) trouxe algum alento na cidade esquecida. Mas por pouco tempo. Com o advento, inexplicável, da emancipação política da capital, com a criação de um gigantesco e dispendioso aparato de gestão pública, perdulário e desonesto, o que era não mais do que displicência urbana, se converteu num caos generalizado, com a formação súbita de bairros dormitórios ao redor da capital, invasão de terras públicas, transformadas em moeda de troca por políticos aventureiros, sem compromisso algum, até mesmo moral com os destinos da capital.
O que se seguiu é o que se tem agora: uma cidade, que à semelhança de muitas outras país afora, caminha para se tornar inadministrável, não só por seu gigantismo disforme e acelerado, mas sobretudo pelo acúmulo de distorções e equívocos urbanos, feitos as pressas para atender esse ou aquele governador em particular, mas nunca em favor do futuro dos brasilienses.
O Estádio mamute é um bom exemplo desse tipo de equívoco. Com o caos urbano vieram seus descendentes diletos na forma de violência desenfreada, congestionamento dos serviços públicos e agora, com a escassez do abastecimento de água. O cercamento de prédios por grades metálicas, a invasão indiscriminada de áreas públicas, os puxadinhos disformes e o abandono de espaços de cultura e lazer, formam apenas o outro lado dessa moeda que tem como lastro apenas a credibilidade vazia de nossos políticos locais.
A frase que foi pronunciada:
“Socorrooooo!”
Grita Brasília ao Executivo, Legislativo e Judiciário
À estudar
Interessante observar a linguagem gestual de diferentes países. São completamente ininteligíveis e acabam arrancando gargalhadas quando o assunto toma conta de um grupo.
Preconceito
O grupo que usou carro de luxo para assaltar residências em Brasília conseguiu pegar o âmago da cidade. O julgamento pela aparência. A própria segurança dos condomínios é preconceituosa, julgando honestos os que esbanjam riqueza. Quem sentiu na pele várias vezes foi a então senadora Heloísa Helena, barrada várias vezes com calça jeans e blusa branca.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O Humberto Queiroz, que redigia o “Jornal da Cidade Livre” é quem afirma que o dito Cândido Garcia está utilizando o movimento do Núcleo Bandeirante para encobrir seus fracassos comerciais. (Publicado em 11.10.1961)
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2017 será marcado como o ano em que os movimentos feministas em todo o planeta renasceram das cinzas, depois de praticamente serem deixados de lado com o fim da revolução sexual e de costumes que varreram o ocidente nos anos sessenta. Eleita a palavra do ano pelo Dicionário Merriam-Webster’s dos Estados Unidos, o feminismo do século XXI ganhou as ruas das principais metrópoles do planeta empunhando uma bandeira e uma denúncia tão antiga como a própria civilização, mas que nunca foi tratada com seriedade e com a devida atenção que merecia: o assédio sexual.
Na verdade o que fez renascer e impulsionar os movimentos feministas, foi não apenas o poderio massivo e difusor das mídias sociais, mas o fato de que o assédio passou a ser revelado como prática comum também entre pessoas poderosas do show business, da política e de outras posições sociais e econômicas de destaque.
De fato, nenhum estamento da sociedade está imune as misérias humanas, sendo que no alto da pirâmide social os escândalos, embora tratados com discrição por razões óbvias, são tão comuns como nas bases. Dos palácios as palafitas, o assédio tem sido prática ao longo da história humana e praticamente um comportamento aceito como usual, sem maiores problemas para os assediadores. De alguma forma a movimentação feita pelas mulheres agora, mundo afora, tem produzido resultados, com punições e condenações aos agressores.
Chama a atenção o caso espetaculoso do mega produtor americano Harvey Weinstein, denunciado por uma série de atrizes famosas do cinema. São relatos de abusos ocorridos nas últimas três décadas, a maioria contra mulheres que pretendiam entrar para a carreira na indústria cinematográfica. No mundo da política as histórias vêm se repetindo com a mesma intensidade, envolvendo figurões dos altos escalões do estado. O próprio presidente norte americano, Donald Trump, tem sido alvo de algumas acusações de abusos, até agora sem maiores consequências .
O abuso sexual é uma prática comum sobretudo no mundo da política, onde as pressões, o poderio das pessoas e do dinheiro são capazes de transformar casos repugnantes e verídicos, em ameaças e compra de silêncio. Do Itamaraty vieram denúncias variadas de caso de assédio sexual envolvendo embaixadores. A situação ganhou tamanha repercussão que o próprio MRE, por iniciativa do Sinditamaraty criou uma comissão especial para investigar esses casos e promover políticas de prevenção e de combate ao assédio e dar assistência psicológica às vítimas.
Escolinhas de futebol, escoteiros, igrejas e outros lugares, volta e meia aparecem na imprensa com relatos assombrosos de caso de violência e abuso sexual contra crianças de todas as idades. A situação tem chamado a atenção em todo o mundo.
Recentemente a Organização das Nações Unidas (ONU) criou uma força-tarefa para investigar casos dentro da Organização, sendo que o relatório sobre o assunto deverá estar pronto já nos primeiros meses de 2018. São tantos os casos, e por toda a parte, que não é preciso ir muito longe para se certificar que o abuso sexual pode estar bem ao nosso lado e nos lugares mais inusitados possíveis.
No Centro Educacional 06 do Gama, 30 vítimas, entre 15 e 17 anos do estabelecimento aguardam a meses o desfecho das denúncias ou o início das apurações de que, pelo menos 15 professores dessa instituição de 1.300 alunos, teriam, por meses, abusado sexualmente, das alunas. Esse caso, particularmente ainda permanece no fundo da gaveta, numa prova de que esse assunto ainda é ainda um tabu. Ganham com isso os agressores e todos aqueles que querem o silêncio como resposta.
A frase que foi pronunciada:
“No Itamaraty a mentalidade é que roupa suja se lava em casa; porém, quando se tenta lavar a roupa, a lavadeira fica marcada. Por isso a mulher se cala.”
Diplomata em entrevista. Pediu o anonimato.
ONG
Child Fund Brazil é um Organização Não Governamental que conseguiu apoio nos Estados Unidos para apadrinhamento de crianças no Brasil. É interativo, com muitas cartinhas, desenhos e acompanhamento do progresso da criança na escola.
Dando o sangue
Projeto da senadora Rose de Freitas determina a gratuidade em concurso público para doadores de sangue. A comprovação da doação de sangue deve ser feita por carteira de doador feita por hospital, clínica ou laboratório. É preciso que o candidato tenha feito doação pelo menos a cada seis meses nos últimos dois anos. A Comissão de Assuntos Sociais designará um relator para o projeto.
Novidade
Correndo contra o tempo o TSE já preparou uma licitação para a impressão dos votos. Embora seja contra a vontade do ministro Gilmar Mendes há uma pressão popular para que os votos sejam impressos acabando de uma vez por todas com as dúvidas sobre as urnas eletrônicas. Infelizmente, por restrições orçamentárias (acreditem se quiser) apenas 30 mil urnas, ou 5% do total, terão o dispositivo.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Pessoal ligado ao movimento da Cidade Livre informa que os abaixo assinados são colhidos vários de uma vez, e usados conforme o interesse, na data desejada, o que dá a entender que essa manifestação pode não ser verdadeira. (Publicado em 11.10.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Tomar distância dos problemas, além de se constituir numa boa estratégia para entender a questão em seu conjunto, serve como método para avaliar as repercussões de cada assunto e o que deve ou não ser posto de lado e esquecido de uma vez. Para aqueles que tem a oportunidade de viajar ao exterior e olhar o Brasil de fora, a visão que se tem é de um país que, apesar das potencialidades materiais que apresenta e da disposição geral da população, ainda tem muito o que avançar, em várias frentes. 2018 trará consigo o primeiro grande momento dos brasileiros de mudar definitivamente os rumos do país, depois das muitas revelações e dos escândalos que vieram à tona. Observado a distância dá para perceber, com clareza, que neste ano que se anuncia, uma grande janela de oportunidades irá se abrir. Obviamente que este momento é também percebido por aqueles que ainda lutam internamente pela manutenção do status quo.
O que dá para visualizar com certa nitidez é que o maior entrave para o estabelecimento de fato da República, conforme estabelecido em seus preceitos básicos desde sempre, ainda está centrado na elite que comanda o país. Nenhum outro fator é mais decisivo para o deslanche do Brasil. Hoje já se pode afirmar com certeza que, está no modelo de Estado que privilegia uma minoria da sociedade, o maior e mais importante elemento que caracteriza o custo tido. De todos os gargalos que impedem o desenvolvimento, o maior e mais poderoso está justamente no tipo de elite que ainda temos à frente no comando da nação.
A persistir nesta toada, depois das eleições, não será surpresa que, mais a frente, iremos nos deparar com uma ruptura violenta, ditada pelo desespero de muitos e fomentada não apenas pela realidade cruenta que irá se estabelecer, mas por aqueles que querem colocar fogo na lona no circo para escapar em meio ao tumulto generalizado.
Neste sentido, as forças do atraso apostam parte de suas fichas num Supremo idiossincrático e sob nova direção. Vista do alto o que se nota é que estão centrados na Praça dos Três Poderes os maiores movimentos de contra reforma que buscam salvar a pele de muitos, mesmo as custas da perpetuação do atraso. O problema é que está nas mãos de uma parte da nação, deixada, desde sempre, à margem do Estado, o ponto da virada. É nessa massa, incapaz de perceber com clareza o ponto ebulição, que se apoiam as forças do atraso.
A unção, pelo voto, daqueles que do ponto de vista ético e moral, não possuem mais qualquer condição de continuar ditando os destinos do país, pode significar, entre outras coisas, no prolongamento da agonia de um Estado, já diagnosticado com morte cerebral e que desde 2014 vem respirando com o auxílio de aparelhos.
A frase que foi pronunciada:
“O que vemos daqui é a ordem e o progresso da corrupção do Brasil, avalizada inclusive pela Suprema Corte.”
Luigi De Marrenieri
Sem vento
O que é certo é que a Caesb proíbe o uso do instrumento que inibe o hidrômetro de rodar com a entrada de ar. Mas o coordenador de Tecnologia de Micromedição, da Caesb, Clóvis Ribeiro, garante que os hidrômetros conferidos por amostragem de lotes conferem o volume d’água consumido e a quantidade rodada.
Parceria
Sem custos adicionais no contrato com o GDF, os papa lixo estão fazendo sucesso nas cidades onde os caminhões não têm acesso. A diretora-presidente do SLU, Kátia Campos explica que é a forma mais segura de acumular lixo sem atrair ratos e escorpiões. Uma parceria entre o SLU e as escolas seria fundamental para ensinar a importância da reciclagem do lixo para o meio ambiente. As crianças são as melhores divulgadoras do que aprendem.
Precaução
Pode até ser emocionante a aventura de entrar em um restaurante congelado artificialmente no Pátio Brasil. Mas uma coisa é certa. Quando havia brinquedos como um parque de diversões o chão tremia. Vale a presença do IAB, engenheiros para atestar a capacidade da estrutura do prédio em suportar tanto peso.
Sinal laranja
A cada dia aumenta o número de sem-teto nos Estados Unidos. Ao longo de um ano inteiro, em 2016, mais de 1,4 milhão de pessoas usaram um abrigo de emergência ou um programa de habitação de transição.
Notícia
Chico Sant’Anna informa que a Católica de Brasília fecha mestrados em Comunicação e em Tecnologia da Informação. Também foram extintos os cursos de graduação em Pedagogia e em Serviço Social. Com o fim desses mestrados, até sexta, 15/12, 28 professores de pós-graduação haviam sido demitidos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Foi ou será entregue nestas horas, ao Presidente da República um abaixo assinado da Cidade Livre pedindo a nomeação do sr. Cândido Garcia para a Subprefeitura do Núcleo Bandeirante. (Publicado em 11.10.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Em termos gerais os brasileiros atendidos por abastecimento de água passou de 80,9% em 2007 para 83,3% em 2015. Com relação a coleta de esgoto essa variação foi 42% para 50,3%. Na avaliação de especialistas no assunto esse ritmo é ainda muito lento e, pior, nos países desenvolvidos, essa era uma discussão que preocupava as autoridades no século 19 . Para esses entendidos no assunto a questão da baixa infraestrutura em saneamento básico gera prejuízos de grande monta em diversas outras pontas.
Além de problemas de ordem social, a falta de saneamento traz problemas também para as áreas ambientais, para os sistemas financeiro e principalmente para a estrutura de saúde , já que essas deficiências representam um aumento significativo na proliferação de doenças variadas. Se em questões de saneamento básicos andamos as voltas com a baixa universalização desses serviços, em educação esses problemas não são diferentes.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE, o Brasil é um dos países que menos gastam com alunos do ensino fundamental . Em compensação possui gastos com as universidades semelhantes a países do primeiro mundo.
Estudo intitulado Um Olhar sobre a Educação, analisando 35 países mostrou que o Brasil gasta anualmente US$ 3,8 mil (R$ 11,7 mil) por aluno do primeiro ciclo do ensino fundamental ou menos da metade do que é gasto nos outros países da OCDE que anda por volta de US$ 8,7 mil.
Em recente matéria que escreveu para um jornal da capital, intitulado “Afogamento e fuga de nossos cérebros” o senador pelo DF Cristovam Buarque que tem na educação sua principal bandeira política, levantou um problema ainda mais preocupante. Mesmo considerados baixos , em relação aos países desenvolvidos , os investimentos brasileiros ao longo de todas as etapas de ensino, que vão do básico à universidade e que consomem décadas de despesas e de esforços, acabam sendo perdidos na ponta final do processo, quando os poucos estudantes que chegam a concluir uma pós-graduação e atingir o nível de conhecimento que os torna um pesquisador e cientista em sua área de estudo, pela precariedade variadas de condições , acabam por deixar o país em busca de melhores oportunidades no exterior.
Essa fuga de cérebros, lembra o senador, equivale a perda de riquezas inestimáveis para o país, numa época em que a ciência, a tecnologia e a cultura representam o verdadeiro ouro do século XXI. Sem esses cientistas todo o processo de sua formação desses cérebros e os recursos escassos investidos na sua formação, e que fazem falta em outras pontas, é desperdiçado de forma grave para o Brasil, com as consequências que já conhecemos.
Os brasileiros se revoltariam se tomassem conhecimento de que nossos governos estão omissos diante da destruição de parte de nossas minas, deixando que países estrangeiros levem uma parte de nossos minérios. Entretanto, nenhuma indignação é manifestada e nada é feito para impedir a fuga de cérebros” ,avalia o senador.
A frase que foi pronunciada:
“Sou otimista: se não consigo entrar por uma porta, tento outra porta. Ou então trato de construir uma entrada”.
Rabindranath Tagore, escritor indiano
Votos
Agradecemos aos leitores pelos votos de Boas Festas e por terem acompanhado e contribuído com a coluna por todo o ano. A todos desejamos um ano cheio de notícias mais agradáveis.
Vexame
Novamente tumulto em avião com a presença de políticos. Dessa vez a senador Gleice Hoffman foi alvo de protesto. Normalmente apenas uma pessoa assume os ataques. Dessa vez o avião aplaudiu o discurso.
Release
Os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe não conseguiram fazer o pagamento do 13º salário dentro do prazo para os servidores estaduais. Pela Consolidação das Leis do Trabalho o 13º pode ser pago em até duas parcelas, a primeira entre fevereiro e novembro e a segunda, até 20 de dezembro.
Pague-se
Completamente desnecessário o estrago feito na árvore da 314 norte em frente a barraquinha do chaveiro. Há multa para tudo, menos para quem acaba com dezenas de anos de vida de uma árvore.
Destruição
Outra coisa comum naquela quadra são os caminhões que atravessam pelas calçadas destruindo o que foi recentemente feito. Os moradores só assistem sem poder fazer nada.
Vigilância Sanitária
Em vários órgãos públicos, empresas e acreditem, em padarias e restaurantes, falta um tanque para lavar panos de chão. O pano é limpo na mesma pia onde é feita a comida, pizza ou onde todos lavam as mãos e escovam os dentes.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Na W3, com o Eixo Monumental abriram uma vala anteontem. O serviço foi feito imediatamente. Fechada a vala, poucas horas depois veio outra turma, e abriu novo buraco na distância de oitenta centímetros do primeiro. (Publicado em 11.10.1961)