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Colaboração Mamfil  

O cerrado já está extinto

Destruído impiedosamente a partir dos anos 1960,  primeiro para a instalação da nova capital e, em seguida, para a expansão das fronteiras agrícolas com base na exploração intensiva das monoculturas, o cerrado, como bioma, já não existe na prática.

Os impactos sobre o desaparecimento desse ecossistema já são sentidos na sua inteireza, sobretudo na diminuição e no desaparecimento de importantes reservatórios de água responsáveis pelo abastecimento de regiões. O agronegócio também tem seus dias contados. A derrubada sistemática de milhões de hectares de matas nativas para o cultivo de monoculturas e o uso intensivo de pesticidas já provocaram, na parte central do Brasil, alterações profundas e irreversíveis, de modo que as repercussões virão num crescendo difícil de prever.

Ao lado das monoculturas de grãos, plantadas em grandes latifúndios, o cerrado sofreu ainda com a introdução de outras culturas, como o eucalipto e a cana-de-açúcar, impulsionada pela campanha dos combustíveis verdes. A expansão dessas culturas empurrou o gado para outras terras, acelerando a degradação ambiental a um tal ponto que hoje se torna quase impossível medir, com precisão, os ganhos reais que essa atividade trouxe vis-à-vis dos estragos perenes que deixaram para trás. O fato é que o festejado agronegócio, responsável por saldos favoráveis na balança comercial, tem deixado um rastro de destruição de proporções bíblicas. Como se trata de um setor superavitário e com forte poder de lobby junto aos poderes da República, as vozes contrárias a essa bonança imediatista que rende lucros cada vez mais a um pequeno número de produtores são sempre taxadas de reacionárias e atrasadas, sendo muitas vezes caladas à força.

Goiás, Triângulo Mineiro, Mato Grosso, norte de São Paulo, Bahia, Tocantins, além de Piauí e sul do Amazonas já sentem os efeitos da destruição desse bioma. Trata-se não só de um crime contra os brasileiros e as próximas gerações, mas sobretudo de um crime ambiental para toda a humanidade. O que se observa é que apenas 7,2% das áreas do cerrado são protegidas por lei —  a maioria em parques nacionais —  e mesmo essas áreas sofrem com a propagação de incêndios, provocados pelos fazendeiros e pelo forte calor e seca.

O professor Altair Sales Barbosa, da Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), criador do Memorial do Cerrado, lembra que o cerrado é um dos primeiros ambientes do planeta formado após a extinção da vida sobre terra, há 70 milhões de anos. “Vivemos no local onde houve as formas de ambiente mais antigas da história recente do planeta, principalmente se levarmos em consideração as formações vegetais. No mínimo, o cerrado começou há 65 milhões de anos e se concretizou há 40 milhões de anos”. Para o estudioso, o cerrado já atingiu o clímax da sua evolução. Destruído, não se recuperará em sua plenitude.

O calor e a secura cada vez mais intensos refletem as mudanças drásticas das últimas décadas sendo que, a cada ano, esses reflexos serão mais sentidos. Para alguns especialistas,  considerando a taxa de extinção de dois milhões de hectares por ano, daqui a apenas 15 anos (2030) o cerrado deixará de existir. Trata-se de uma previsão catastrófica, mas que  não tem despertado a atenção das autoridades, satisfeitas apenas com o brilho fácil e rápido do agronegócio. É importante salientar que nessa  região existem mais de 20 mil nascentes catalogadas, que abastecem 12 diferentes regiões hidrográficas do país.

Em países civilizados, a região seria tratada como área de segurança nacional, dado o valor incomensurável das suas riquezas naturais. É preciso que os novos dirigentes tenham em mente que transformar essa área em celeiro do mundo é mais uma dessas mirabolantes fantasias que escondem um passivo infinitamente maior do que toda a produção somada nos últimos anos. Altair Sales lembra que o abastecimento das três grandes bacias do continente sul-americano (Guarani, Bambuí e Urucaia) têm sua origem no cerrado. As mais de 12 mil espécies de plantas catalogadas captam mais gás carbônico do que outras, em outras regiões. Mais de 50 milhões de hectares de pastagem, 15 milhões de lavouras, o plantio de espécies alienígenas —  como eucalipto e cana-de-açúcar — em larga escala, além de milhares de carvoarias espalhadas nessa região, somadas às queimadas frequentes, fazem do cerrado um bioma moribundo cujo desaparecimento custará a sobrevivência de milhões de brasileiros.

O professor lembra ainda que “o cerrado foi incluído na política de expansão econômica brasileira como fronteira de expansão. É uma área fácil de trabalhar, em um planalto, sem grandes modificações geomorfológicas e com estações bem definidas. Junte-se a isso toda a tecnologia que há para a correção do solo. É possível tirar a acidez utilizando o calcário; aumentar a fertilidade usando adubos. Com isso, altera-se a qualidade do solo, mas afeta-se os lençóis subterrâneos e, sem a vegetação nativa, a água não pode mais infiltrar na terra”. O estudioso lembra que onde houve modificação do solo pela introdução do calcário e gramíneas exóticas, a vegetação nativa não brota mais. E ressalta um detalhe fundamental: “Quando se retira a vegetação nativa dos chapadões, trocando-a por outro tipo, altera-se o ambiente. Ocorre que essa vegetação introduzida —  por exemplo, a soja ou o algodão  —  tem uma raiz extremamente superficial. Então, quando as chuvas caem, a água não infiltra como deveria. Com o passar dos tempos o nível dos lençóis vai diminuindo, afetando o nível dos aquíferos, que fica menor a cada ano.”

A devastação do cerrado tem sido responsável pelo desaparecimento de dez pequenos rios a cada ano. Esses pequenos riachos são alimentadores de outros rios maiores e o processo de seca acaba se estendendo por cadeia, com consequências que já começamos a sentir na pele. O professor alerta que “vai chegar um tempo, não muito distante, em que não haverá mais água para alimentar os rios. Então, esses rios vão desaparecer.” As consequências dessa ocupação desenfreada pelo agronegócio e outros agentes alheios ao cerrado serão, segundo Altair Sales ,ainda mais severos .“Não existem mais comunidades vegetais de formas intactas; não existem mais comunidades de animais  —  grande parte da fauna já foi extinta ou está em processo de extinção, os insetos e animais polinizadores já foram, na maioria, extintos também; por consequência, as plantas não dão mais frutos por não serem polinizadas, o que as leva à extinção.”

Por fim, a água, fator primordial para o equilíbrio de todo esse ecossistema, está em menor quantidade a cada ano. “Com um volume tão impressionante de previsões catastróficas como essa, o que aflige mais, sem dúvidas, é a cara de paisagem das autoridades, alheias a um futuro de penúria extrema, que já chegou.

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Colaboração Mamfil 

Francisco secular I
 
Quem conhece um pouco da história da Igreja e das diversas Ordens religiosas que  a compõem , logo reconhece na atuação  missionária e pastoral  do Papa Francisco,  traços nítidos de sua  formação, moldada  dentro dos princípios  que  orientam a Companhia de Jesus  criada em 1540.  
Nos “Exercícios Espirituais”, escrito por Inácio de Loyola, estão algumas pistas que identificam a postura do atual Papa e sua disposição para as tarefas desse mundo, neste conturbado século XXI. Firmeza de princípios e universalidade do apostolado, são algumas das características básicas que definem os Jesuítas.  
Bento XVI, que para muitos, é considerado um dos maiores teólogos da Igreja Católica, vislumbrou, como nenhum outro, no argentino Bergoglio ,  as qualidades essenciais, tanto pessoal , como de formação, para atuar como reconstrutor de uma Igreja em processo de acentuado esvaziamento. Como construtor de pontes, o pontífice Francisco vestiu-se  dos trajes do mundo e partiu para uma missão ao redor do planeta,   árdua  e sem data para terminar, da mesma forma que faziam seus irmãos jesuítas durante a fase dos grandes descobrimentos na idade moderna.
Naquela época , era comum encontrar os chamados “Soldados de Cristo” nas mais remotas e inóspitas áreas do planeta.  É  essa formação jesuíta que faz de Francisco um papa secular, mais preocupado com os problemas do mundo real do que em colar os cacos do grande vaso cristão, estilhaçado com as Reformas no passado e com o avanço das religiões pentecostais  sobre a massa de fiéis, no presente.
Neste sentido  sua atuação  hoje , se prende à uma lógica cartesiana: de que adianta remendos e reformas abstratas na Igreja,   se em seu entorno o planeta parece  se desmanchar a cada rotação.
No comando da Santa Sé, o papa se firmou como ser político , e como tal vem planejado minuciosamente sua agenda internacional, dotando-a do elemento de equilíbrio e negociação, sempre na busca da convergência das partes. A luta dos cristãos é pela santidade. Entenda-se compartilhar a alegria e estar perto na hora da tristeza. Ser santo não é ser santinho. Como bem lembrou o papa João Paulo II “O Brasil precisa de santos! O Brasil precisa de muitos santos! Santos no sentido de gerar frutos de justiça e paz. Santidade fundamental da Igreja, também na vida dos leigos”. Padre Leo também  não cansava de repetir: “Ser santo significa ser melhor para o outro. Procurar a paz com todos significa que eu fiz o possível para viver bem com a outra pessoa. Se eu não fiz isso, significa que não recebi a graça da cura interior. Paz é fruto do Espírito Santo e a santidade tem a ver com essa busca pela paz”.
Na visita recente a Cuba, “caminhou sobre papel de arroz” , ao se posicionar de maneira clara entre a gerontocracia dos Castros e os reclames dos dissidentes.
Francisco foi o elemento catalizador que acelerou o retorno das relações entre a Ilha e os Estados Unidos. Por isso, muitos cubanos veem em sua figura uma espécie de libertador moderno, vindo de uma das mais antigas instituições da Terra.  
No discurso que fez já no Congresso americano, o papa pediu a atenção e cautela com todo tipo de fundamentalismo, religioso ou não.
Ao lado da defesa dos refugiados e de temas como o aquecimento global, papa Francisco falou , sem destemor,  de temas como homossexualismo, aborto e divórcio. “Todos estamos plenamente cientes e também profundamente preocupados com a situação social e política inquietante do mundo atual. O nosso mundo torna-se cada vez mais um lugar de contendas. Conflitos  violentos, ódios e atrocidade brutais, cometidos até mesmo em nome de Deus e da religião. Sabemos que nenhuma religião está imune de formas de engano individual ou de extremismo ideológico. Isto significa que devemos prestar especial atenção a qualquer forma de fundamentalismo, tanto religioso como de qualquer outro gênero. É necessário um delicado equilíbrio para se combater a violência perpetrada em nome duma religião, de uma ideologia ou de um sistema econômico, enquanto, ao mesmo tempo, se salvaguarda a liberdade religiosa, a liberdade intelectual e as liberdades individuais.
Mas há outra tentação de que devemos acautelar-nos: o reducionismo simplista que só vê bem ou mal, ou, se quiserdes, justos e pecadores. O mundo contemporâneo, com as suas feridas abertas que tocam muitos dos nossos irmãos e irmãs, exige que enfrentemos toda a forma de polarização que o possa dividir entre estes dois campos.” 

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Interina: Circe Cunha         
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Samba no pé e no futuro do país Um passo à frente e dois atrás. É nesse movimento vacilante que as instituições públicas se movimentam. Ora, em sintonia com os anseios da população, ora, com olhar apenas nos próprios interesses. É nesse ir e vir constante, sempre ao sabor dos ventos favoráveis, que se posicionam tanto os membros do Poder Legislativo, como do Judiciário e do Executivo. A sintonia entre eles é perene e ditada pelo instinto de sobrevivência e de interesses comuns, nunca satisfeitos.  Fora dessas relações, orbitando bem longe, encontra-se a sociedade, alijada e vítima direta desse  processo maroto e secular. Diante da eminência de vir a perder o cargo, a presidente Dilma escancarou o balcão de negócios que estava temporariamente fechado dentro do Congresso. Na mesma tática em que ensaiou a permanência dos vetos, antecipou  também as jogadas que serão finalizadas quando da votação do processo de impeachment. Estranhamente a mesma estratégia usada para abrir facilidades em votações de interesse do Planalto e elevada a alturas nunca antes vista, é idêntica a que deu origem a maior investigação criminal do país. A Operação Lava Jato é descendente direta desse  modo fazer política. A arte política, talvez a maior invenção do gênero humano e que lhe permitiu a ascensão   ao patamar evolutivo da civilização, foi transformada entre nós, no mais abjeto e mesquinho mercadejar. Enquanto isso as letras da Carta Magna esperneiam tentando chamar a atenção para o § 4º do Art.37 “ Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.” Nestas entabulações, o que de direito pertence à nação, é negociado à sua revelia, apenas em beneficio  imediato dos tratantes. Noutra frente, o Judiciário, encurralado pela monstruosa pressão de grupo poderosos, quando já estava na antessala que dá acesso aos comandantes- em –chefe do escândalo, resolve dar um passo  atrás e fatiar os processos da Operação Lava Jato.  Ninguém melhor do que o próprio juiz Sérgio Moro para avaliar essa decisão inusitada: “ a dispersão das ações penais, como pretende parte das defesas, para vários órgãos espalhados do Judiciário no território nacional , não serve à causa da Justiça, tendo por propósito pulverizar o conjunto probatório e dificultar o julgamento”. Advogados dos demais réus já se mobilizam para tentar dispersar as ações penais, num movimento que pode, segundo muito analistas, significar um tiro certeiro contra a Operação.  Sabedores da ausência de governo e com uma taxa de desemprego beirando os 9% da população economicamente ativa, recrudescem os movimentos grevistas e oportunistas , ladeados ainda pela eclosão da violência urbana desenfreada. A “venezuelalização” do Brasil vai ensaiando seus primeiros passos para a dança macabra da desordem pública, dos conflitos fratricidas , abrindo também as portas do salão para a entrada dos salvadores da pátria. Neste ponto, nunca é demais lembrar a frase de Bertold  Brecht: “ a cadela do fascismo está sempre no cio.”

A frase que não foi pronunciada: “A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem um, que seja estratégia.” Norman Schwarzkopf

Direção É preciso divulgar a página do Senado. Está espetacular. O cidadão tem acesso a todos os discursos, inclusive nas comissões. Pode escolher em texto ou ouvir o áudio. A Comunicação Social da Casa está com os melhores profissionais. São eles que dão o toque de modernidade para facilitar o acompanhamento do eleitor aos trabalhos dos parlamentares. Virgínia Malheiros da Comunicação Social e Ilana Trombka da Diretoria Geral e equipes estão deixando a marca.

Funarte Hoje,  às 18h, o teatro Plínio Marcos apresenta pelo Festival Ágora da Música Brasileira, o grupo goiano Vida Seca, que desenvolve pesquisas sonoras com materiais reutilizáveis, do lixo, da sucata, e de onde mais for possível aproveitar. Bela oportunidade para reflexões sobre o consumo, o descarte, o lugar das coisas que criamos, que esquecemos e talvez possamos relembrar e recriar.

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Lembrete para as próximas eleições Com o impostômetro rodando atualmente na casa de R$ 1,45 trilhão, a velocidade  voraz com que são sugados os recursos dos cidadãos tende a aumentar, à medida em que o  Estado gigante cambaleia , ameaçando colapsar de vez. Curiosamente foi o que ocorreu também , dois mil anos atrás, com o Império Romano, abrindo passagem para as teses revolucionárias do cristianismo, durante a maior parte da chamada Idade Média. O problema com superestruturas, está justamente nas bases. Uma vez comprometidas as fundações, todo resto vem a baixo , esmagado pelo peso próprio. Temos, assim a situação paradoxal, também encontrada pelos astrofísicos na formação e destruição das estrelas, de um estado hipertrofiado, que ameaça desabar sobre nossas cabeças. Até 31 de maio, ou seja, durante cinco meses, os brasileiros, principalmente os da classe média e de baixa renda, trabalharam apenas para pagar impostos diretos. Pelo resto do ano, os impostos continuarão sendo cobrados de diversas outras maneiras. Impossível escapar dessa bolha.  No gigantismo do Estado, do tipo capitalismo estatal, ou mais precisamente na chamada “nova matriz econômica”, é onde são alimentados os tigres que vão devorando as finanças nação. Nesta situação, onde tudo pode ficar ainda pior na sequência, o sorvedouro dos esforços nacionais é acelerado ainda pela introdução de um novo catalisador da crise: a corrupção forjada no próprio seio do Estado, (corrupção estatal). À essa nova modalidade  espraiada não só  por toda a máquina pública , vem se juntar as forças de outros poderes da República. Usando de todos os recursos que imaginação põe ao dispor dos homens, nossos líderes cuidam de escalpelar o cidadão quer na forma legal dos impostos e taxas, quer sob a forma ilícita da corrupção  desenfreada,  gestada dentro do próprio Estado. Não é por outra razão que, pelo quinto ano consecutivo, o Brasil ocupa o último lugar,  entre os 30º países com as maiores cargas tributárias do planeta, onde o retorno de bem-estar à sociedade é o pior de todos. O Chamado Índice de Retorno de Bem-estar à Sociedade (Irbes) , traduz em números o que o brasileiro sente na própria pele,  quando busca amparo do Estado nos hospitais, escolas, transporte e segurança pública. Entre o caminhão de impostos e os serviços prestados aos cidadãos, estão, de um lado, nossos representantes legítimos, com suas malas executivas, meias e cuecas, bolsos, bolsas, contas internacionais cheias de dinheiro. Na outra ponta, ficam os brasileiros exauridos  até os ossos.

A frase que foi pronunciada: “Nem se Hércules dedicasse os seus doze trabalhos à aprovação desse plano, com Zeus no governo, ele passaria pelo Congresso do Olimpo” Arthur Virgilio Bisneto, deputado e vice-líder do PSDB na Câmara, sobre as medidas orçamentárias e fiscais anunciadas por Dilma

Prestigie Nesse sábado começa o II Festival Hip Hop na Fercal, à 16h. A vibração dos moradores é grande. “O local nunca havia recebido um evento dessa natureza” diz sem conter a alegria o presidente da Associação Cultural Azulim e coordenador do Festival, Iranildo Gonçalves Moreira. A surpresa só nossos leitores saberão. Um mega mural pintado pelos artistas locais ficará de presente para a Feira da Fercal.

Meio Além da Amazônia, que merece a atenção do país, os governadores precisam proteger  a Mata Atlântica, o Cerrado, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal se quiserem água no futuro. Caixa, Ministério do Meio Ambiente e da Justiça lançaram um edital para projetos de recuperação de Áreas de Proteção Permanente em regiões de nascentes e margens de rios. Em princípios foram 18 regiões que vivem em situação d insegurança hídrica.A ministra Izabella Teixeira garantiu transparência nos resultados “ de quanto foi plantado e restaurado e como isso dialoga com a produção de água em cada propriedade, reconhecendo os serviços ambientais que esse produtor no futuro dará para a região”.

Ambiente Aguardada em Berlim, a visita da presidente Dilma para tratar de assuntos bilaterais com a chanceler Merkel. Pela Europa a Alemanha foi a primeira a se preocupar com o meio ambiente tendo instituído os Partidos Verdes desde os anos 80. Resta saber se o Brasil vai manter o compromisso de descarbonizar a economia

Movimento O 2.ºFestival DF Hip Hop será iniciado  neste sábado (26/09), `as 16h, na Fercal “por se tratar de uma cidade com características rurais que até então nunca recebera um evento desta natureza e com graves problemas ambientais”, explica. Ele também revela que artistas do grafite pintarão um mega mural que ficará de presente para a Feira da Fercal.

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Corrupção nossa de cada dia            Por trás da atual crise econômica que aflige as famílias brasileiras, principalmente as de baixa renda, está o fenômeno persistente e antigo da corrupção em todos os níveis. Muito mais do que inaptidão e a incompetência dos gestores,  a corrupção, sobretudo aquela incrustrada nas engrenagens da máquina pública é a responsável direta pelo Estado paquiderme, gastador e dissipador da renda nacional. Não existem fórmulas econômicas eficazes e duradouras que sejam capazes de debelar a infestação provocada pela corrupção, enquanto não forem feitas mudanças na estrutura do Estado e no seu arcabouço jurídico, de forma não só a estancar a hemorragia do dinheiro do contribuinte, mas deter , na origem os desvios, quaisquer que sejam, mesmos os mais insignificativos. Como repete o filósofo de Mondubim que quem rouba um centavo, rouba um milhão. O chamado roubo de formiguinhas, praticados na esfera pública e que consiste no singelo ato do funcionário levar para casa, papel, lápis, borracha, clips, tirar cópias particulares,  e outras ações consideradas menores, resulta , em seu somatório, num imenso prejuízo para o erário. À esses pequenos-grandes deslizes do cotidiano, vem a se juntar  a desfaçatez e sem-cerimônia com que os representantes do povo se assenhoram do dinheiro público. Protegidos pelo odioso e necessário instituto do foro privilegiado, cobertos pelo manto de amigo da Justiça , através dos mais caros advogados do país e contando ainda com o  espírito de corpo, nossos políticos, são o que são e agem como agem, por causa de um detalhe que passa quase imperceptível aos nossos olhos: eles são a nossa imagem. Para tanto foram alçados a essa posição por nossa vontade expressa. Nossos corruptos são tantos e tão variados que para cada um que a Justiça consegue por as mãos, outros tantos se apresentam para assumir o lugar. Uma vista rápida nos principais noticiários do país, dá conta da enormidade dessa gente e do grau de sofisticação com  que agem. 50 bilhões de reais, ou mais escoam para o ralo todos os anos. As imagens dos arrastões nas praias cariocas neste final de semana, o desespero de turistas, querendo ir embora do país imediatamente, dão uma pequena mostra do que somos ou pelo menos  do que nos permitimos ser.   A frase que foi pronunciada: “Qualquer cidadão é parte legitima para propor ação popular   Novo povo   Deputado Eduardo Cunha afirmou que só vai conseguir se eleger quem tiver sindicato ou capacidade de alugar doador. Disse também que se não for o caso, a candidatura será inócua. Interessante notar que na prática isso não é verdade. Os candidatos Mujicas brasileiros que não ostentam, que têm a humildade de buscar os votos nas saídas das universidades, que devolvem as regalias infundadas que recebem além do alto salário conseguiram se eleger. A ideia é: Quem não tem a máquina pública em seu favor que trate de ganhar a simpatia do povo o conquistando pelas atitudes.   Opiniões Duas considerações sobre as milhas aéreas. Elas valem dinheiro. Tanto para o uso familiar como para a lavagem . Ao mesmo tempo o consumidor fica desprotegido caso a empresa venha a deixar de prestar serviços. O deputado Aureo Ribeiro começa a mobilizar a Casa por uma audiência pública sobre o assunto com a participação de representantes do BC, Coaf e de programas de milhas.   Contemporâneo   É natural que os visitantes fiquem deslumbrados pelo projeto  Pier Luigi Nervi que concebeu a embaixada Italiana em Brasília. Com todas as possibilidades de reaproveitamento de energia, água, luminosidade, ventilação, o edifício é  um belo exemplar da construção verde. Raffaele Trombetta, o embaixador mostra o orgulho abrindo as portas para a garotada da rede pública de ensino do DF.   Efetivo Perto das 5h da manhã e a PM já parava carros em uma blitz no Eixão.    PT com PSDB Sem opção para escolher quem fornece a eletricidade, o consumidor é obrigado a se sujeitar ao que existe. Mas em pouco tempo a isso vai mudar. Pelo menos para os grandes consumidores de energia.  Um projeto de autoria do senador Delcídio Amaral já aprovado na Comissão de Meio Ambiente amplia o mercado livre de energia. O relator Aloysio Nunes disse que as empresas vão ter que se esforçar para oferecer mais qualidade por preços mais convidativos.

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Quem quer substituir Dilma Rousseff?                                      “Estamos  nesse caos por conta da governança corrupta. Temos como método de governança um modelo cleptocrata”. A afirmação , não feita por um cidadão comum , sentado à mesa de um bar, em companhia de amigos e sob o efeito do álcool. Quem deu esse veredito sumário, foi o ministro do Supremo Tribunal Federal,  e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, da mais alta corte de justiça do país. A declaração não foi feita à portas fechadas, apenas para seus pares, em sessão secreta, mas dita em público, em uma mesa de debates na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para que todos pudessem ouvir com clareza.  Trata-se aqui de uma acusação que , por sua origem, possui uma dimensão absoluta e ganha uma gravidade até não vista em toda a crise que se instalou no país, após as revelações feitas pela Operação Lava Jato. Por si só, a afirmação do ministro mereceria uma paralisação total das três esferas de poder do Estado, até que fosse devidamente esclarecida, tamanha acusação.  Ao tachar o governo Dilma, seus trinta e nove ministros, sua base de apoio e, sobretudo seu partido, de  ladrões, o ministro Gilmar Mendes, pelo volume de informação de que dispõe e do alto da posição que ocupa no organograma republicano, precisa vir à público para fundamentar seu parecer, esclarecendo para todos sua fala. Na petição de Hélio Bicudo, jurista que ajudou a fundar o partido da presidente Dilma as palavras encaminhadas à Câmara dos Deputados Federais pedem a autorização para que a Presidente da República seja processada pelos delitos perpetrados como rege a Constituição Federal no artgo 52. Bicudo declarou também que não seriam necessários empréstimos vedados dos bancos públicos nem maquiar contas públicas se o orçamento fosse respeitado e conduzido com probidade.  Tão preocupante quanto a declaração do ministro e do fundador do partido, foi o silêncio dos diretamente atingidos por ela dentro do governo. Para completar, nesses tempos de desmensurado desmonte do Estado , as entidades de defesa da cidadania, mortalmente aparelhadas e adestradas, fingiram desconhecer o assunto, atribuindo a declaração à rusgas políticas, comuns em qualquer democracia.     Para o cidadão órfão e estupefato com a sequência rápida dos acontecimentos,  resta apenas a certeza de que a solução para crise econômica que bate à sua porta, afligindo toda sua a família, só terá solução eficaz e duradoura, com o fim da instabilidade política que tomou conta do país. Em outras palavras,  o fim da crise depende da retirada de cena dessa gente pouco brasileira.   A frase que foi pronunciada: “A petição do senhor Bicudo, que foi apoiada pela oposição no Congresso, marca o início do que poderia ser um longo processo para derrubar a ex-guerrilheira marxista apenas nove meses após iniciar o segundo mandato… A presidente Dilma Rousseff “sente o calor” da discussão do impeachment.” Financial Times   Caos Sem previsão para o fim e causando transtornos sem precedentes na vida dos segurados, a greve dos funcionários do INSS completa 78 dias. Pedidos de aposentadoria empacados, perícia médica impedindo mães em licença amamentação de receber o salário.   Lupa Nem a presença da ANVISA na União Química Farmacêutica Nacional em Valparaíso de Goiás impediu o espanto de um professor de química com o protocolo adotado no local em relação aos medicamentos genéricos. Vale um olhar mais atento do Ministério da Saúde no assunto.   Elogio Na entrequadra 106/107 é possível visualizar o resultado de uma quadra de esporte bem estruturada. Crianças, alunos, adultos, vizinhança, todos usufruem do bem comum exercitando o corpo e a socialização. Tão pouco para o governo e tantos resultados para a comunidade.   Caixa Cobrar IPVA dos barcos e jatinhos foi uma ideia abafada com vigor. A informação foi dada por um professor que acompanhou discussões sobre alternativas de aumentar o caixa do governo. Esse assunto aconteceu quando o Brasil disponibilizava o traseiro para o recém expulso da Fifa Jérôme Valcke.   Logística Se apenas uma pessoa está disponível para vender a passagem do metrô a fila é enorme. Enquanto isso o trem sai sem passageiros fazendo mais voltas que o necessário. Se viajasse com a capacidade maior, teria tempo para parar para a manutenção.

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HISTÓRIA DE BRASÍLIA A melhor nota de elogio da semana foi num jornal do Rio, sobre o Ministro Pedroso Horta, e começa assim: “A estrela do ministro Pedroso Horta voltou a brilhar na constelação do governo, readquirindo o fulgor dos dias… etc”. Daí por diante, ninguém consegue esconder a saudade do estilo do Joaquim de Azevedo Marques, fundador do “Correio Paulistano”. (Publicado em 24/08/1961)

HISTÓRIA DE BRASÍLIA Percam as esperanças, os cariocas. O sr. Carlos Lacerda, não renunciará, porque ainda tem o mesmo ponto de vista dos dias de sua posse, quando em São Paulo, declarou a um jornalista: “A vida de governo bem que é boa. A gente fica sentado, e é só assinando…”. (Publicado em 24/08/1961)

HISTÓRIA DE BRASÍLIA Era um capitão da Aeronáutica, Raimundo Muniz, o piloto do avião que desceu no Açude Pentecoste, no Ceará, com contrabando. Não devia ser segredo, o depoimento desse militar. (Publicado em 24/08/1961)

HISTÓRIA DE BRASÍLIA Funcionários do Tribunal Federal de Recursos, residentes na Asa Norte, estão enfrentando um sério problema: transporte. Os ônibus não são regulares, e a repartição não fornece ônibus como o faz com os que moram na Asa Sul. (Publicado em 24/08/1961)

HISTÓRIA DE BRASÍLIA O telefone 2-2822 do Hospital Distrital, quando está ocupado, desvia a chamada para outro aparelho fantasma. Nesse aparelho, um senhor diz horrores às senhoras, usando o nome de vários médicos. Uma advertência ao gaiato: O DTUI vai localizar seu aparelho. (Publicado em 24/08/1961)

HISTÓRIA DE BRASÍLIA Inaugurada a loja para a venda de material escolar diretamente ao público, pelo Ministério da Educação. Mais uma batalha é perdida pelos exploradores de Brasília. (Publicado em 24/08/1961)

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É na crise que os amigos se revelam
 
Nas relações internacionais o convívio harmonioso entre os países é tarefa das mais delicadas e instáveis que existe. Muito mais do que entendimentos institucionais entre Estados,  a política de boa vizinhança deve levar em conta que, por trás dos governos, é encontrada uma miríade de gentes de todo tipo. Com cultura própria e aspirações humanas comuns à toda espécie do planeta.
Portanto, a crítica à postura de algum país com relação ao modo escolhido, por cada um, para  enfrentar seus problemas internos é sempre uma tarefa que exige a sensibilidade de poetas.
Quando na busca de resolver seus problemas  internamente, esses mesmos países passam a desprezar as mais elementares  regras de relações humanas e civilizadas,  a questão passa a ganhar dimensões preocupantes. Basta ver , que em pleno século XXI , já não se pode conceber violações dos direitos humanos, vindas justamente de Estados que integram  e são aceitos como membros de  países ricos.  Esse parece ser, numa primeira análise, o comportamento adotado pelo governo da Hungria com relação a crise de refugiados e a pressão feita em suas fronteiras pela grande massa de pessoas desesperadas que fogem da guerra na Síria e em outros conflitos pelo mundo.
 O tratamento dispensado à esse contingente de aflitos tem causado indignação mundo afora, mesmo conhecendo as limitações e a situação geopolítica daquele país. O caso que começou pela divulgação de ocasional de imagens mostrando a cinegrafista húngara chutando e dando rasteira contra refugiados em fuga. Crianças e velhos não foram poupados, numa ação desumana e inconcebível mesmo para uma militante de um partido de extrema direita. Se a ação individual não poder ser extensiva aos húngaros de modo geral, a sequência dos acontecimentos e de ações vindas de  suas lideranças políticas mancha a reputação desse povo e reascende no mundo civilizado episódios históricos vergonhosos do alinhamento desse país às forças do Eixo nazi-facista  durante a segunda grande guerra e a perseguição aos judeus, ciganos e outras minorias durante aquele triste período.  Nas mesmas imagem em que se veem guardas fronteiriços lançando pães, como quem joga comida aos animais à multidão, mostram também um cartaz escrito às pressas com os dizeres: “ Não queremos sua água e sua comida , queremos passar em paz”.
A construção de cercas e alambrados ao longo da fronteira, mais do que reminiscências dos campos de concentração, revelam um lado desta questão que parecia adormecido para todos. A despeito da falta de sintonia e colaboração dos demais países do eurobloco , a atitude do governo húngaro tem sido indesculpável. O próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sempre reticente em suas declarações considerou “inaceitável” a forma como aquele país vem tratando os migrantes e refugiados. Também o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) vem criticando as manifestações de xenofobia adotadas pelo governo da Hungria. Não se trata aqui de uma critica ao valoroso povo húngaro, mas de apontar as falhas de um modelo de conduta repulsivo por parte de seus governantes, principalmente num momento trágico para milhões de refugiados.
 
A frase que não foi pronunciada:
“ A verdade é que governo e base aliada querem rir com a minha dentadura.”
Contribuinte pagando as contas.
 
Faz sentido
Chega a pergunta do Rio de Janeiro com a letra de Jorge Farah. Compra de voto não é crime? Então como é que a presidente Dilma oferece a volta da CPMF como barganha para votarem nessa proposta?
 
Segredo
Lincon Silva concordou com a dica da coluna para clientes insatisfeitos com a rede bancária. Uma ligação descrevendo o fato e dando o nome dos funcionários é a melhor solução. Ele conclui a missiva: Pelo o que percebi, ter a atenção chamada pela Ouvidoria, pelo menos na CEF, gera algum demérito que afeta os pedidos feitos ao Papai-Noel do próximo Natal. Funciona.”
 
Carta do leitor
Devido a problemas no ambiente tecnológico de processamentos de
loterias, o sorteio e a apuração dos ganhadores do concurso 3872 da
Quina que seria realizado dia 31/8, foi adiado para o dia 01/9.
Lembrei-me do caseiro Francenildo que teve quebra ilegal de sigilo
bancário dentro da CEF, que resultou à época na  demissão do Ministro
da Fazenda Antonio Palocci. Nestas águas apodrecidas que a nau
(Brasil) está mergulhada, será que dá pra confiar nas loterias da
Caixa?
Caro Renato Prestes, o senador Álvaro Dias vai gostar de conversar com você.
 
55 anos
Recebemos do administrador do Lago norte  Leandro Casarin um convite para a inauguração da Praça da Acessibilidade. Amanhã,  dia 21, às 10h. Ao lado do Centro de Saude 10.
 
Lixões
Apesar de ser lei os prefeitos e governadores precisam discutir formas de fazer valer o fim dos lixões. A Comissão de Meio Ambiente vai receber, a pedido do senador Jorge Viana, convidados para audiência pública para discutir o assunto. O prazo dado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos passou para 2018. Temos que cobrar explicações e colaborar na construção de uma estratégia para acabar com os lixões”, justifica Jorge Viana.

VISTO, LIDO E OUVIDO

Publicado em Íntegra

circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br        

Interina: Circe Cunha        
Colaboração Mamfil  

Aposta na crise ou interesses escusos
 
Diz o filósofo de Mondubim que quando a miséria entra pela porta, a vergonha sai pela janela. Durante o período da grande depressão de 1929, a lei da selva retornou às principais metrópoles do planeta, principalmente naquelas em que a crença nos valores da civilização eram  mais aceitas e difundidas. Prostituição, contrabando, assaltos, falsificações e contravenções toda espécie aumentaram assustadoramente. A miséria e a falta de perspectivas empurraram muitas pessoas e até mesmo famílias inteiras para o mundo do crime. Nunca se jogou e bebeu tanto como naquele período. As organizações do crime se fortaleceram e com ela, aumentaram também os casos de corrupção nos serviços públicos. Nem  instituições como a polícia e os políticos ficaram de fora.
Por baixo da miséria material, fermentou-se o caldo da miséria moral. Juntas, essas mazelas galgariam altos postos no comando das  cidades. Poucas instituições ficaram totalmente à salvo dessa degradação geral.
Numa análise mais detida, é possível constatar que a  abdução da classe política, feita pelo submundo do crime, resultou num agravamento sem precedentes desse quadro e, na visão da época, tornou ainda mais difícil a  solução  para o caos instalado. Na história, em muitos casos onde a polícia e políticos começaram a aparecer juntos na mesma manchete dos noticiário, era  sinal de que o Estado estva em vias de ser dominado pela bandidagem. Crises são as piores conselheiras.  
Na maioria das vezes, a saída rápida para um problema estrutural e complexo, quase nunca é simples e quase nunca se resolve pulando a janela para fugir.
Na crise atual em que esta mergulhado o país, para muito a maior desde sempre, não tem nas soluções fáceis um remédio eficaz. Não serão com arrochos improvisados nos impostos e outras maquinarias que a crise irá arrefecer. Muito menos com a liberação dos  jogos de azar e dos cassinos e bingos.  Na verdade, a exploração desses negócios, muitas vezes é feito por pessoas com  sérias dívidas com a justiça e com longas fichas criminais Usar a ideia de taxação sobre o jogos,  como estratégia para aumentar as receitas da união equivale a negociar  a alma da nação,  fazendo empréstimos junto à bandidagem , usando como garantia o bom nome dos cidadãos.
Para um Estado, onde a segurança pública,  não controla nem os chefões do crime confinados nas penitenciárias de segurança máxima, controlar os tentáculos da jogatina e seu enorme poder de influência , parece até ficção do tipo realismo fantástico.
 

A frase que não foi pronunciada:
 “ Somos árvores. Mostramos as nossas folhas, flores e frutos. Mas não saímos do lugar para efetivamente lutar pelos nossos direitos. A Dilma, sim. Fez isso quando era jovem. “
Palavra de um crítico ou admirador?
 
Cru
Comida e  arte. No CCBB com entrada franca. De 3 a 12 de outubro. Na página do facebook nenhum comentário fica sem resposta. Busque CCBB Brasília.
 
Medicamento
Uma charge do RochaCBruno serve para muita gente. Em um medicamento só o paciente terá um calmante, emagrecedor, benefícios para a circulação e dormida perfeita. O remédio em questão se chama: viagem.
 

Depredaçao
Alunos da UnB precisam saber as consequências da depredação do patrimônio público. Estudam sem pagar um tostão e devolvem para a sociedade banheiros arrebentados, pichações nas paredes, festas regadas a álcool e drogas no campus. Não há autoridade que tenha pulso para impedir a ação desses vândalos. Aliás, a UnB tem reitor?
 

Anos Luz
Por falar em falta de noção gerencial a Escola de Música de Brasília é outra instituição que está se apagando. Professores, pais e alunos unidos continuam a luta pelo resgate de uma direção competente, como foi a do maestro Levino.
 
Faz sentido
Chega a pergunta do Rio de Janeiro com a letra de Jorge Farah. Compra de voto não é crime? Então como é que a presidente Dilma oferece a volta da CPMF como barganha para votarem nessa proposta?

VISTO, LIDO E OUVIDO

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circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br       

Interina: Circe Cunha       
Colaboração Mamfil    
Segue a crise
 
Pior do que estar no fundo do poço é ter que compartilhar o pouco espaço com gente cuja a moral sempre habitou essa região.  Empurrada poço abaixo, pelo uso sistemático da inversão da verdade e dos negócios armados nos porões da República, a nação amarga dias de grande angustia.
A cada delação  que  emerge desse  profundo pré-sal político, aumenta, na mesma proporção,  o sentido de perda e desânimo diante da imensidão do estrago feito ao país e a sociedade. A magnitude dos escombros,  espalhados por toda a parte, confirma o trabalho hercúleo que teremos pela frente. Serão necessários anos para recolocar os tijolos no local. Mais uma década estará perdida irremediavelmente. O preço desse estrago, pelos valores materiais e morais que envolvem,  jamais será conhecido em sua integralidade.  
Para a capital do país, assolada pelo mesmo modelo de governo que desmanchou a federação, restou o buraco de canhão nos cofres públicos, por onde se avista um desarmonioso e gigantesco estádio em forma de jaula. Erguido à revelia da sensatez, esse monumento ao vazio, simboliza, juntamente com outros construídos na mesma ocasião, país afora, um marco em homenagem a uma era de mediocridade, em que os valores de uma nação foram reduzidos à uma pelada de futebol.
Conhecidos parte desse descalabro inusitado,  já não há lugar para meias palavras e o temor de ferir suscetibilidades. É chegada a hora de pedir licença, limpar a área, dar lugar e espaço a valores mais elevados e perenes e que se situam muito acima de gentes e partidos. A rota está traçada no mapa da constituição. A crise não está na mudança. Tem identidade e endereço certo e se traduz pela permanência e pela teimosia do status quo do atraso. “Cesse tudo o que a Musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta”.
É chegado o tempo de reconhecer  que a renúncia à mudança é a mais nefasta das renúncias. Nesses dias de incerteza e vacilos , não há lugar para hesitantes de qualquer espécie.  A fase dos  salamaleques  cerimoniais ficou para trás. Os antigos já sabiam muito bem que a porta da rua é a serventia da casa.
 
A frase que foi pronunciada:
“Sei que vou encontrar um caminho. E, se não encontrar, construo um.” Aníbal, comandante militar, no século 3 A.C
 
Nota legal
Governador Rodrigo Rollemberg reconheceu o valor do Programa Nota Legal. Com toda a crise, a manutenção do desconto prossegue. Vale muito mais a pena contar com a participação da população no registro das notas fiscais para monitorar as empresas, do que cortar essa fonte de informação.
 
Os melhores
Que fique registrada a história de Carlos Kennedy Witthoeft, brasileiro que descobriu a cura do câncer e foi preso pela falta de patriotismo dos nossos governantes. Assim como o tratamento dispensado pelo governo brasileiro a Nelio Nicolai e tantos outros talentos que poderiam trazer o respeito ao país.
 
Online
União e inteligência é a fórmula para se defender em tempos de inflação. Boa Lista, é um aplicativo colaborativo, O Meu Carrinho traz os preços de supermercados e drogarias, Guiato e Aonde Convém também são plataformas na trincheira contra o dragão.
 
Ipês
         Quando fotografar os ipês da cidade lembre-se do Sr. Ozanan Coelho. Ele foi o autor da proeza. Homem de hábitos simples é visto no Lago Norte fazendo caminhadas.
 
Sismo
         Guarulhos e Osasco tiveram vários registros de chamados aos Corpos de Bombeiros. Pequenos tremores. Pelo facebook os Bombeiros avisaram que não era necessário alarde. Nenhuma situação apresentava qualquer risco.