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Colaboração: Mamfil

Democracia censitária
Se o número de partidos políticos fosse condição importante para aferir o grau de democracia de um Estado, o Brasil  estaria bem colocado na fotografia. Melhor ainda estaria a vizinha Argentina, com seus 710 partidos devidamente registrados na Câmara Nacional Eleitoral, uma campeã mundial absoluta em pluralidade política. Número de siglas não diz nada sobre o grau de democracia de um Estado. Pelo Contrário. Na realidade, o Brasil com os atuais 35 partidos aceitos no Tribunal Superior Eleitoral, apesar da continentalidade do país e da pluralidade cultural e étnica, ainda não atingiu a devida maturidade democrática e política, por uma razão singela: a grande maioria de legendas partidárias, contrariamente ao que dizem seus estatutos, é dominada ou por um indivíduo, que idealizou a sigla, ou por um grupo de pessoas, reunidas em torno desse “proprietário” do partido, num sistema fechado e monolítico, onde as contestações às decisões da  cúpula  são recebidas com a expulsão do questionador.
 A explicação para essa multidão de legendas tem também um motivo prosaico: a maioria desses pequenos partidos não passam de legendas de aluguel, que flutuam dentro do parlamento ao sabor das leis de mercado da oferta e da procura, como se fossem meras mercadorias. Esses nanicos são utilizados pelos partidos maiores para engrossar bancadas, ampliando tempo de televisão, para inflar ou denegrir adversários, dentre outros expedientes pouco republicanos.
Se a questão ideológica pode ser relegada à segundo plano, o mesmo não ocorre com quando o assunto é divisão do bolo do Fundo Partidário. Recentemente o caixa desse fundo saltou de R$ 289,5 milhões para R$ 867,5 milhões, graças a pressões corriqueiras. É sabido que  com a implantação do financiamento eleitoral exclusivamente com recursos  públicos, os custos para bancar os pleitos poderão exigir um aporte extra da ordem de R$ 5 bilhões a R$ 7 bilhões.  A disseminação de novas legendas tem, no dinheiro fácil do contribuinte, uma explicação pragmática do mesmo modo que o aumento no número de  sindicatos.
Trata-se aqui de um negócio, puro e simples. Os partidos , de certo modo não dependem de financiamentos privados, já que são eles mesmos configurados como empresas típicas, cuja a ideologia maior consiste apenas na obtenção  de lucro, venha de onde vier. Se for do contribuinte melhor ainda, já que ficarão silentes diante do descompromisso com o retorno desses ” investimentos”.
A frase que foi pronunciada.
“Não há democracia onde o voto é obrigatório.”
Pedro Cardoso, Interlagos, SP
 
Classe na média
 
 Um verdadeiro safari para o empregador conseguir cumprir as inúmeras obrigações determinadas pela nova lei. Pagando como empresa e tendo o serviço de particular o empregador precisa cobrar a folha de ponto para quem reside no local, fazer novo contrato de trabalho com uma pessoa que se senta à mesa para fazer as refeições com a família, acordo para jornada com ou sem a sessão da tarde. É justa mas não corresponde ao princípio da realidade.
 
Mais baixo 
 José E. Rabello, nosso leitor assíduo, reclama do sinal dentro do ônibus que avisa ao motorista o ponto a parar para o passageiro. Lembra que por lei, o sinal sonoro deve ser suave e sem estridência. Completa a missiva chamando a atenção dos mantenedores dos caminhões do SLU. O sinal de aviso quando dão ré é ensurdecedor.
Nota: sinais agudos, i.e., de alta frequência, tem muita energia, que podem causar danos à audição ou causar irritação.xxxx
 
Bem comum
Pedro Cardoso, de São Paulo sugere notas em campanha publicitária para que informações simples para uns cheguem ao conhecimento de outros. Exemplos:o abandono de criança pelos responsáveis configura crime; que não colocar filhos na escola também é crime; que a certidão de quitação eleitoral pode ser retirada pelo sítio www.tse.gov.br. Alimentação, higiene e exames ginecológicos e de próstata quando são feitos anualmente podem evitar longos e sofridos tratamentos.

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Colaboração: Mamfil
Reforma de Sísifo
Segundo a mitologia grega, as injúrias proferidas por Sísifo
contra os deuses do Olimpo ,resultaram na sua condenação à uma pena  eterna, que consistia em carregar nos ombros uma enorme pedra , morro acima . Tão logo alcançava o cume, a pedra rolava morro abaixo, mostrando que a inutilidade de seus esforços repetitivos decorria da sua falta de liberdade de escolhas.
Respeitado o tempo e a importância real dos personagens, o
mesmo parece acontecer agora com a reforma do Estado prometida pelo governo para conter o colapso do país que vai se anunciando. Pelo o que já foi apresentado até agora, depois de inúmeras idas e vindas e conchavos sem fim, decepção e perda de tempo parecem ser os termos mais apropriados para definir essas mudanças.
Dilma carrega seu governo, convertido num imenso peso, até o
cume, representado a quem deve obediência e gratidão pelo cargo, para que depois os fatos demonstrem a pouca valia de seu trabalho para resolver a crise . Ademais, o próprio histórico da presidente não
contribui para lhe conferir a autoridade necessária para reformar um
estado em situação comatosa . Por onde passou Dilma deixou , atrás de si, um rastro de problemas, que hoje, por obra do destino, é obrigada a engolir. Como ministra das Minas e Energia , presidente do Conselho da Petrobras , chefe da Casa Civil e depois presidente da República, a marca de sua gestão foi sempre caracterizada pelo voluntarismo e pelas decisões atabalhoadas em nome de uma ideologia ou de um partido que a exclui da fatia, fato que só ela mesma entende. O parque hidro elétrico, incluindo aí as estatais Eletrobrás, Furnas e Eletronorte, ganharam as manchetes esta semana em razão de um relatório enviado à Aneel , onde o setor revela um prejuízo de R$ 20 bilhões , em razão, não da falta de chuvas, mas de “decisões dos gestores do sistema e agentes do governo”. Anteriormente, na tentativa de represar os preços do setor
por motivos eleitorais, deixou um passivo que hoje é de R$ 105 bilhões que foi devidamente debitado na conta de luz de todos os brasileiros . No comando do Conselho executivo da Petrobrás, conseguiu literalmente quebrar uma das maiores empresas de petróleo do mundo. Na Casa Civil os escândalos se repetiram, com Erenice Guerra, Lina Vieira e com dossiês falsos contra Ruth Cardoso, além dos escândalos dos cartões corporativos entre outras peripécias palacianas. Na presidência da República, a melhor avaliação de seu desempenho é dada pelos institutos de pesquisa de opinião, que a colocam como a pior mandatária desde a redemocratização e como condutora do Titanic Brasil.
Com uma folha de serviços desse calibre, que reforma pode ser
ainda apresentada ao país que não seja apenas para retribuir os
favores àqueles a quem deve a cadeira que ocupa e que vai lhe
escapando aos poucos?
A frase que foi pronunciada:
“ Se para os petistas a herança de FHC foi maldita, qual será o
adjetivo para a herança que o PT deixa para o Brasil?”
Melhores respostas serão publicadas
Irreal
Divulgadas no site da Receita Federal, as regras para o empregador
doméstico. Ao mesmo tempo em que se faz justiça é um golpe no
trabalhador da classe média que se desdobra para conciliar trabalho e família. Com o mínimo de R$1.200 para bancar um empregado doméstico, o desemprego para essa classe é certo. Ou os direitos irão por água abaixo já que a opção será a diarista. Essa, sem direitos. 
Impressionante
Um elogio para Luis Henrique Fichman, da Reader’s Digest Brasil. O
alto nível das operadoras de telemarketing é inigualável e poderia
muito bem ser aplicados em todas as empresas do Brasil. Ao telefonar para cancelar uma assinatura a atendente pergunta a razão, anota, suspende a assinatura e poucos dias depois chega um cheque nominal com a porcentagem calculada das revistas que você pagou para receber e não quis mais.
Educação curitibana
Ao todo 35 gestores e educadores de escolas particulares do DF foram à Curitiba para uma missão técnica. O grupo visitou escolas da capital paranaense para conhecer propostas pedagógicas e modelos educacionais de referência da cidade. A missão é realizada pelo Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe/DF) e a ideia é trocar experiências do setor, buscar inovações, comparar as práticas adotadas e analisar a aplicação de alguns métodos em Brasília.

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Colaboração Mamfil 

Pela primeira vez, desde a edição da Lei nº 8.069, de 1990, os Conselhos Tutelares realizarão eleições unificadas em todo o Brasil, no próximo dia 4 (domingo). Serão 30 mil novos conselheiros, com 4 anos de mandato, para cumprir uma tarefa das mais delicadas e que exige envolvimento total do eleito, com longas jornada de trabalho e, muitas vezes, sob duras condições.

O Brasil tem 5.956 conselhos tutelares, espalhados por 5.559 municípios. O salário, que chega a R$ 4,8 mil mensais, é forte atrativo e, ao mesmo tempo, cilada para aquelas pessoas sem o devido preparo e talento para lidar com questão tão espinhosa, e infelizmente comum: a violência contra crianças e adolescentes.

Em Brasília serão eleitos aproximadamente 200 conselheiros, distribuídos pelas 40 unidades, que trabalharão em regime de dedicação exclusiva, inclusive com períodos de plantão ou de sobreaviso. É comum relatos de conselheiros, trabalhando com casos de grande gravidade, estenderem a jornada por mais de 30 horas consecutivas, sem descanso. A uniformização das eleições este ano decorreu, entre outras razões, da necessidade de induzir o reconhecimento da sociedade para a relevância da função de conselheiro e da importância, inclusive para o futuro das novas gerações.

Num país com mais de 70 milhões de jovens com menos de 18 anos e onde a vulnerabilidade de crianças, expostas à pobreza e a todo tipo de iniquidade, é corrente. O retrato do abandono dos pequenos brasileiros é visível e perturbador na maioria das cidades, principalmente, nas periferias, onde é comum observar centenas de crianças soltas pelas ruas, totalmente desprotegidas e entregues à sorte. Desse imenso contingente, as crianças negras são as têm menos chance de escapar da pobreza.

No semiárido, segundo o Unicef, órgão das Nações Unidas para a Infância, de cerca de 14 milhões de crianças e adolescentes, 70% são classificados como pobres. Dentro do chamado Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), assumido pelo Estado, o Brasil ainda está longe de atingir as metas propostas para essa parcela da sociedade. As crianças pobres têm o dobro de chance de morrer, em comparação com as crianças das classes mais ricas. Essa situação agrava ainda mais a questão da escolaridade.

Uma em cada quatro crianças permanece ainda fora da escola. Nas regiões mais pobres, somente 40% delas terminam a educação fundamental. No Brasil, segundo estatísticas de 2008, a cada dia ocorrem, em média, 150 casos de violência psicológica e física envolvendo menores, nesses números estão incluídos os casos de abuso sexual contra meninas. Ocorre, no entanto que, grande parte dos casos contra os menores ocorrem dentro do lar e envolvem os parentes próximos. Os números poderiam ser ainda mais graves, se todas as ocorrências dentro do lar fossem devidamente denunciadas.

A frase que foi pronunciada

“Deputado me traiu, se

vendeu por cargos e emendas.”

Renato Mendes Prestes, leitor

Necessidade

» Sandro Lucio Dezan, estudioso sobre o assédio moral, publica artigo comentando o fato de não ter sido positivado na Lei n.º 8.112/90. Apesar de haver o Projeto de Lei do Senado Federal, PLS n.º 121/2009, ainda não foi apreciado para normatizar a proibição desse mal. O título do trabalho é “A recente tendência de tipificação disciplinar do assédio moral no serviço público federal.” Está disponível no Âmbito Jurídico.

Público

» Funcionários começam a retirada de cercas da QL2  do Lago Norte com passagem para o Lago. A ação é a primeira etapa para a desocupação da orla do Paranoá. Até outubro os moradores precisam permitir o acesso público ao local.

Calçadas

» Do outro lado, dessa vez, na área interna das quadras, estão as cercas engolindo as calçadas. Pedestres que caminham nas quadras internas do Lago Norte constantemente se deparam com um poste no meio do percurso.

Direita livre

» Já que estamos falando em Lago Norte, os moradores da primeira entrada de quadras nos lados pares, mais precisamente a entrada do Parque Vivencial I, ainda não se deram conta de que a entrada à direita é livre. Continuam parando no semáforo. Falta estratégia da engenharia de trânsito em estabelecer a regra de uma vez por todas.

Verde

» Passeando pelo Setor Noroeste, é notável a falta que faz meu amigo Ozanan Coelho. Na volta das chuvas, milhares de árvores deveriam ser plantadas naquela imensidão de barro vermelho.

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Colaboração Mamfil  

Nossos cupins seculares   “Pouca saúde e muita saúva, os males do Brasil são.” A frase, colocada , por Mário de Andrade, na boca do herói ícone do país, Macunaíma, soa atual, como de resto soam hodiernas todas as mazelas que nos assolam desde a chegada de Cabral. No caso da formiga cortadeira, que ameaçava acabar com o Brasil, deu-se um jeito através da aplicação do formicida da marca Tatu. Verminoses, paludismo, chagas e outras infecções dos trópicos subdesenvolvido podem ter retardado nosso progresso,  mas nem de longe podem se comparar em malignidade aos nossos cupins seculares, responsáveis , desde sempre pela dilaceração contínua dos cofres públicos. No dizer do saudoso Ulysses Guimarães, “a corrupção é o cupim da República”, consumindo não só a própria democracia mas sobretudo o futuro da Nação,  negando-lhe o acesso aos mais elementares direitos humanos.   Por isso chama a atenção dos brasileiros toda a movimentação em torno da Operação Lava Jato, principalmente quando essa mega investigação é ameaçada pelo descompasso entre os atalhos da justiça , encontrados pelos caríssimos advogados e as perspectivas de uma solução final pelo cidadão comum. Algumas pedras no caminho da justiça sempre poderão ser encontradas. No nosso caso, temos a estranheza da transformação de uma Corte Constitucional, dita Suprema,  em juizado criminal comum, cuidando das estripulias de ladravazes que, acobertados pelo manto desigual da prerrogativa de foro,  se tornam  mais iguais que  outros, perante a justiça. Não bastasse esse privilégio odioso aos olhos da população, são esses mesmos que indicam  e aprovam a composição dessa Corte. Escolhem seus algozes como quem experimenta um anel ou uma camisa. Nenhuma tecnicidade jurídica terá a capacidade de convencer o cidadão dessa montagem bem ajustada,  ainda mais quando se anuncia o fatiamento da Operação Lava Jato. Ajusta-se o ritual e afina-se a orquestra às vozes desafinadas desses  nobres réus. A repercussão negativa dessa decisão do STF,  obrigou os juízes criminais federais reunidos em Santa Catarina a tornar pública a Carta de Florianópolis, onde reafirmam e declaram “Isenção e firmeza” na condução da Operação Lava Jato. Esses magistrados “defendem a necessidade de um Judiciário forte e independente como instituição vital contra todas as práticas criminosas que enfraquecem a democracia, abalam a reputação do País no cenário internacional, inviabilizam a implementação de políticas públicas e prejudicam os menos favorecidos.”   A frase que não foi pronunciada: “ Saber é compreendermos as coisas que mais nos convém.” Friedrich Nietzsche   Casa Cor A cada finalização da Casa Cor fica para trás o que é bom. Nesse ano o tema é a brasilidade. Até 10 de novembro a mostra pode ser visitada no antigo Inacor – Instituto Nacional do Coração na QI 9, Lote D.   Sugismundo Estrago causado pela falta de Educação está a um passo de ser sanado. O ex-senador Pedro Taques foi inspirado em regras cariocas que multam os cidadãos que sujam as ruas. Solução para enfrentar as chuvas sem sofás e fogões jogados nas ruas e rios. Jorge Viana, relator da matéria na comissão de Meio Ambiente diz que o comportamento recorrente pode ter na punição um caráter pedagógico.   Impessoalidade Foi interessante ver a ação dos funcionários em três motos do Detran. Pararam um transporte alternativo, multaram e deram a volta na contramão na pista da entrequadra comercial da asa norte.

Internacional

Francisco Balestrin, do Conselho da Anahp será designado presidente da Federação Hospitalar Internacional, em Chicago. São mais de 50 mil hospitais e estabelecimentos de saúde de mais de 100 países e que atendem a aproximadamente três bilhões de pessoas.

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   Brasil segue pelos mesmos atalhos de sempre   Dentro do modelo de  presidencialismo de coalizão a  governabilidade só é estabelecida quando o capital eleitoral do presidente, traduzido pelo volume de votos, é convertido em capital político, ou seja, em apoios dentro do Legislativo. Trocando em miúdos, o presidente só governa se tiver apoio de uma base aliada.             De um lado forma-se o fisiologismo, com a troca de favores entre ambas as partes, dentro do princípio “é dando que se recebe”. De outro lado, favorece e incrementa a prática, tornada corriqueira, da compra de apoios, pura e simples. Em determinadas situações,  como na atual, já não bastam  a simples participação da sigla na composição dos ministérios e estatais. É preciso mais. Sempre mais. O mensalão e escândalos congêneres que se seguiram, tiveram suas origens neste exato modelo. A crise, detonada pela mixagem de incúria e corrupção em larga escala, envolvendo esse e outros parceiros, implodiu essa relação pouco republicana, lançando o Executivo para um lado e Legislativo para outro oposto. Ambos, no entanto, para o fundo do poço. Mais ágil e articulado, os mais experientes buscam saídas para as crises. Ao governo, apanhado de calças curtas, com a mão na cumbuca, deixado à pé em pleno deserto, resta entregar o restante das joias da coroa para livrar o pescoço. Orbitando por fora ,esta a população alheia as tramoias dessa súcia, chamada apenas a custear a construção do próprio cadafalso .   A frase que foi pronunciada:   “Eu dirijo e o governo desvia.” No para-choque de um caminhão na BR 005   Segurança ostensiva   Policiamento durante a madrugada pelas estradas do DF. Carros da PM são vistos em ronda. O secretário de segurança, professor Arthur Trindade é graduado na Academia Militar de Agulhas Negras. Com doutorado, ele está licenciado do departamento de Sociologia da UnB.   Interessante   Entre os anos 25 e 60, o Senado, que até então funcionava no Rio de Janeiro, tinha os salões do Palácio Monroe iluminados por  lustres feitos de ferro, latão e cristal. Dentro de grandes caixas de madeira lacradas por 4 décadas estavam lá os lustres, em um almoxarifado no novo Senado. Agora é postar as mãos para os céus acreditando que mais luz poderá iluminar nossos representantes.   Docentes    Congresso estuda isenção de imposto de renda para os profissionais de educação. A proposta é que tenham um aumento entre 14% até 38% com o fim do desconto na folha.   Pesquisa   Por falar em professores, a enquete do Senado é sobre possíveis penalidades para os pais que não participam da vida escolar dos filhos. A discussão sobre esse projeto de lei aguarda relator. A Casa quer saber o que pensa a população. Basta entrar na página do Senado e procurar enquete.   Avaliação   Ciências sem Fronteiras precisa de uma avaliação para aperfeiçoamento. O projeto pode ampliar o acesso aos estudos em áreas estratégicas além da importância em se ter  o domínio de idiomas. Fernando Sobral, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência acredita que avaliações contínuas são importantes para os ajustes necessários.   Trabalho Terror no pistão sul. Sem equipamentos de segurança um funcionário ficou preso a um outdoor. Já não bastasse essa agressão visual, agora trabalhadores em risco.   Inconstitucional   PMDB, PT e PSDB têm dois terços de doações vindos de empresas. O STF decidiu que esse tipo de financiamento é inconstitucional. Além disso derrubou artigos da Lei dos Partidos Políticos que preveem esse tipo de doação.

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HISTÓRIA DE BRASÍLIA O decreto sobre a profissão de jornalista está causando muita discussão. O que é verdade é que as escolas não preparam jornalistas de rua, e sim de banca. Esta, pelo menos, é a informação dada por colegas profissionais, que cursaram as Escolas de Jornalismo. (Publicado em 24/08/1961)

HISTÓRIA DE BRASÍLIA Jornalista de rua é o repórter, é o faro da notícia, é o presente a tudo, é a cidade em todas as suas pulsações, é o jornalista do começo da vida, que os “doutores” não aceitarão como primeiro emprego. Muitos deles permanecem a vida inteira “na rua”, e são a salvação dos jornais. (Publicado em 24/08/1961)

HISTÓRIA DE BRASÍLIA O espelho d’água do Palácio do Congresso é uma beleza, visto da Praça dos Três Poderes. Visto, porém do edifício do Anexo, é simplesmente deprimente. Imundo, mal cuidado e mal cheiroso, abriga seus duzentos quilos de papéis velhos atirados “displicentemente” pelos faxineiros do edifício. (Publicado em 24/08/1961)

HISTÓRIA DE BRASÍLIA Outra coisa horrível no Palácio do Congresso é o funcionamento dos elevadores Atlas, do Anexo. Um deles pára, automaticamente, em todos os andares, mesmo nos que não foram assinalados no painel pelo cabineiro. (Publicado em 24/08/1961)

HISTÓRIA DE BRASÍLIA O sr. Juscelino Kubitschek convidou o jornalista Murilo de Melo Filho para um jantar, no Rio, e ficou surpreso quando, à sobremesa, o repórter disse que era contra a sua volta em 65. “A gente nunca deve voltar ao lugar de onde saiu bem”, disse Murilo ao ex-presidente. (Publicado em 24/08/1961)

HISTÓRIA DE BRASÍLIA O caso da bailarina continua nos jornais, com a declaração do Ministro Moss de que a nota de seu gabinete sobre o caso foi “prematura” e a confusão foi originária da distância entre Rio e Brasília. E o “telex” 24, horas por dia? (Publicado em 24/08/1961)

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Colaboração Mamfil  

O cerrado já está extinto

Destruído impiedosamente a partir dos anos 1960,  primeiro para a instalação da nova capital e, em seguida, para a expansão das fronteiras agrícolas com base na exploração intensiva das monoculturas, o cerrado, como bioma, já não existe na prática.

Os impactos sobre o desaparecimento desse ecossistema já são sentidos na sua inteireza, sobretudo na diminuição e no desaparecimento de importantes reservatórios de água responsáveis pelo abastecimento de regiões. O agronegócio também tem seus dias contados. A derrubada sistemática de milhões de hectares de matas nativas para o cultivo de monoculturas e o uso intensivo de pesticidas já provocaram, na parte central do Brasil, alterações profundas e irreversíveis, de modo que as repercussões virão num crescendo difícil de prever.

Ao lado das monoculturas de grãos, plantadas em grandes latifúndios, o cerrado sofreu ainda com a introdução de outras culturas, como o eucalipto e a cana-de-açúcar, impulsionada pela campanha dos combustíveis verdes. A expansão dessas culturas empurrou o gado para outras terras, acelerando a degradação ambiental a um tal ponto que hoje se torna quase impossível medir, com precisão, os ganhos reais que essa atividade trouxe vis-à-vis dos estragos perenes que deixaram para trás. O fato é que o festejado agronegócio, responsável por saldos favoráveis na balança comercial, tem deixado um rastro de destruição de proporções bíblicas. Como se trata de um setor superavitário e com forte poder de lobby junto aos poderes da República, as vozes contrárias a essa bonança imediatista que rende lucros cada vez mais a um pequeno número de produtores são sempre taxadas de reacionárias e atrasadas, sendo muitas vezes caladas à força.

Goiás, Triângulo Mineiro, Mato Grosso, norte de São Paulo, Bahia, Tocantins, além de Piauí e sul do Amazonas já sentem os efeitos da destruição desse bioma. Trata-se não só de um crime contra os brasileiros e as próximas gerações, mas sobretudo de um crime ambiental para toda a humanidade. O que se observa é que apenas 7,2% das áreas do cerrado são protegidas por lei —  a maioria em parques nacionais —  e mesmo essas áreas sofrem com a propagação de incêndios, provocados pelos fazendeiros e pelo forte calor e seca.

O professor Altair Sales Barbosa, da Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), criador do Memorial do Cerrado, lembra que o cerrado é um dos primeiros ambientes do planeta formado após a extinção da vida sobre terra, há 70 milhões de anos. “Vivemos no local onde houve as formas de ambiente mais antigas da história recente do planeta, principalmente se levarmos em consideração as formações vegetais. No mínimo, o cerrado começou há 65 milhões de anos e se concretizou há 40 milhões de anos”. Para o estudioso, o cerrado já atingiu o clímax da sua evolução. Destruído, não se recuperará em sua plenitude.

O calor e a secura cada vez mais intensos refletem as mudanças drásticas das últimas décadas sendo que, a cada ano, esses reflexos serão mais sentidos. Para alguns especialistas,  considerando a taxa de extinção de dois milhões de hectares por ano, daqui a apenas 15 anos (2030) o cerrado deixará de existir. Trata-se de uma previsão catastrófica, mas que  não tem despertado a atenção das autoridades, satisfeitas apenas com o brilho fácil e rápido do agronegócio. É importante salientar que nessa  região existem mais de 20 mil nascentes catalogadas, que abastecem 12 diferentes regiões hidrográficas do país.

Em países civilizados, a região seria tratada como área de segurança nacional, dado o valor incomensurável das suas riquezas naturais. É preciso que os novos dirigentes tenham em mente que transformar essa área em celeiro do mundo é mais uma dessas mirabolantes fantasias que escondem um passivo infinitamente maior do que toda a produção somada nos últimos anos. Altair Sales lembra que o abastecimento das três grandes bacias do continente sul-americano (Guarani, Bambuí e Urucaia) têm sua origem no cerrado. As mais de 12 mil espécies de plantas catalogadas captam mais gás carbônico do que outras, em outras regiões. Mais de 50 milhões de hectares de pastagem, 15 milhões de lavouras, o plantio de espécies alienígenas —  como eucalipto e cana-de-açúcar — em larga escala, além de milhares de carvoarias espalhadas nessa região, somadas às queimadas frequentes, fazem do cerrado um bioma moribundo cujo desaparecimento custará a sobrevivência de milhões de brasileiros.

O professor lembra ainda que “o cerrado foi incluído na política de expansão econômica brasileira como fronteira de expansão. É uma área fácil de trabalhar, em um planalto, sem grandes modificações geomorfológicas e com estações bem definidas. Junte-se a isso toda a tecnologia que há para a correção do solo. É possível tirar a acidez utilizando o calcário; aumentar a fertilidade usando adubos. Com isso, altera-se a qualidade do solo, mas afeta-se os lençóis subterrâneos e, sem a vegetação nativa, a água não pode mais infiltrar na terra”. O estudioso lembra que onde houve modificação do solo pela introdução do calcário e gramíneas exóticas, a vegetação nativa não brota mais. E ressalta um detalhe fundamental: “Quando se retira a vegetação nativa dos chapadões, trocando-a por outro tipo, altera-se o ambiente. Ocorre que essa vegetação introduzida —  por exemplo, a soja ou o algodão  —  tem uma raiz extremamente superficial. Então, quando as chuvas caem, a água não infiltra como deveria. Com o passar dos tempos o nível dos lençóis vai diminuindo, afetando o nível dos aquíferos, que fica menor a cada ano.”

A devastação do cerrado tem sido responsável pelo desaparecimento de dez pequenos rios a cada ano. Esses pequenos riachos são alimentadores de outros rios maiores e o processo de seca acaba se estendendo por cadeia, com consequências que já começamos a sentir na pele. O professor alerta que “vai chegar um tempo, não muito distante, em que não haverá mais água para alimentar os rios. Então, esses rios vão desaparecer.” As consequências dessa ocupação desenfreada pelo agronegócio e outros agentes alheios ao cerrado serão, segundo Altair Sales ,ainda mais severos .“Não existem mais comunidades vegetais de formas intactas; não existem mais comunidades de animais  —  grande parte da fauna já foi extinta ou está em processo de extinção, os insetos e animais polinizadores já foram, na maioria, extintos também; por consequência, as plantas não dão mais frutos por não serem polinizadas, o que as leva à extinção.”

Por fim, a água, fator primordial para o equilíbrio de todo esse ecossistema, está em menor quantidade a cada ano. “Com um volume tão impressionante de previsões catastróficas como essa, o que aflige mais, sem dúvidas, é a cara de paisagem das autoridades, alheias a um futuro de penúria extrema, que já chegou.

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Colaboração Mamfil 

Francisco secular I
 
Quem conhece um pouco da história da Igreja e das diversas Ordens religiosas que  a compõem , logo reconhece na atuação  missionária e pastoral  do Papa Francisco,  traços nítidos de sua  formação, moldada  dentro dos princípios  que  orientam a Companhia de Jesus  criada em 1540.  
Nos “Exercícios Espirituais”, escrito por Inácio de Loyola, estão algumas pistas que identificam a postura do atual Papa e sua disposição para as tarefas desse mundo, neste conturbado século XXI. Firmeza de princípios e universalidade do apostolado, são algumas das características básicas que definem os Jesuítas.  
Bento XVI, que para muitos, é considerado um dos maiores teólogos da Igreja Católica, vislumbrou, como nenhum outro, no argentino Bergoglio ,  as qualidades essenciais, tanto pessoal , como de formação, para atuar como reconstrutor de uma Igreja em processo de acentuado esvaziamento. Como construtor de pontes, o pontífice Francisco vestiu-se  dos trajes do mundo e partiu para uma missão ao redor do planeta,   árdua  e sem data para terminar, da mesma forma que faziam seus irmãos jesuítas durante a fase dos grandes descobrimentos na idade moderna.
Naquela época , era comum encontrar os chamados “Soldados de Cristo” nas mais remotas e inóspitas áreas do planeta.  É  essa formação jesuíta que faz de Francisco um papa secular, mais preocupado com os problemas do mundo real do que em colar os cacos do grande vaso cristão, estilhaçado com as Reformas no passado e com o avanço das religiões pentecostais  sobre a massa de fiéis, no presente.
Neste sentido  sua atuação  hoje , se prende à uma lógica cartesiana: de que adianta remendos e reformas abstratas na Igreja,   se em seu entorno o planeta parece  se desmanchar a cada rotação.
No comando da Santa Sé, o papa se firmou como ser político , e como tal vem planejado minuciosamente sua agenda internacional, dotando-a do elemento de equilíbrio e negociação, sempre na busca da convergência das partes. A luta dos cristãos é pela santidade. Entenda-se compartilhar a alegria e estar perto na hora da tristeza. Ser santo não é ser santinho. Como bem lembrou o papa João Paulo II “O Brasil precisa de santos! O Brasil precisa de muitos santos! Santos no sentido de gerar frutos de justiça e paz. Santidade fundamental da Igreja, também na vida dos leigos”. Padre Leo também  não cansava de repetir: “Ser santo significa ser melhor para o outro. Procurar a paz com todos significa que eu fiz o possível para viver bem com a outra pessoa. Se eu não fiz isso, significa que não recebi a graça da cura interior. Paz é fruto do Espírito Santo e a santidade tem a ver com essa busca pela paz”.
Na visita recente a Cuba, “caminhou sobre papel de arroz” , ao se posicionar de maneira clara entre a gerontocracia dos Castros e os reclames dos dissidentes.
Francisco foi o elemento catalizador que acelerou o retorno das relações entre a Ilha e os Estados Unidos. Por isso, muitos cubanos veem em sua figura uma espécie de libertador moderno, vindo de uma das mais antigas instituições da Terra.  
No discurso que fez já no Congresso americano, o papa pediu a atenção e cautela com todo tipo de fundamentalismo, religioso ou não.
Ao lado da defesa dos refugiados e de temas como o aquecimento global, papa Francisco falou , sem destemor,  de temas como homossexualismo, aborto e divórcio. “Todos estamos plenamente cientes e também profundamente preocupados com a situação social e política inquietante do mundo atual. O nosso mundo torna-se cada vez mais um lugar de contendas. Conflitos  violentos, ódios e atrocidade brutais, cometidos até mesmo em nome de Deus e da religião. Sabemos que nenhuma religião está imune de formas de engano individual ou de extremismo ideológico. Isto significa que devemos prestar especial atenção a qualquer forma de fundamentalismo, tanto religioso como de qualquer outro gênero. É necessário um delicado equilíbrio para se combater a violência perpetrada em nome duma religião, de uma ideologia ou de um sistema econômico, enquanto, ao mesmo tempo, se salvaguarda a liberdade religiosa, a liberdade intelectual e as liberdades individuais.
Mas há outra tentação de que devemos acautelar-nos: o reducionismo simplista que só vê bem ou mal, ou, se quiserdes, justos e pecadores. O mundo contemporâneo, com as suas feridas abertas que tocam muitos dos nossos irmãos e irmãs, exige que enfrentemos toda a forma de polarização que o possa dividir entre estes dois campos.” 

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Interina: Circe Cunha         
Colaboração Mamfil

Samba no pé e no futuro do país Um passo à frente e dois atrás. É nesse movimento vacilante que as instituições públicas se movimentam. Ora, em sintonia com os anseios da população, ora, com olhar apenas nos próprios interesses. É nesse ir e vir constante, sempre ao sabor dos ventos favoráveis, que se posicionam tanto os membros do Poder Legislativo, como do Judiciário e do Executivo. A sintonia entre eles é perene e ditada pelo instinto de sobrevivência e de interesses comuns, nunca satisfeitos.  Fora dessas relações, orbitando bem longe, encontra-se a sociedade, alijada e vítima direta desse  processo maroto e secular. Diante da eminência de vir a perder o cargo, a presidente Dilma escancarou o balcão de negócios que estava temporariamente fechado dentro do Congresso. Na mesma tática em que ensaiou a permanência dos vetos, antecipou  também as jogadas que serão finalizadas quando da votação do processo de impeachment. Estranhamente a mesma estratégia usada para abrir facilidades em votações de interesse do Planalto e elevada a alturas nunca antes vista, é idêntica a que deu origem a maior investigação criminal do país. A Operação Lava Jato é descendente direta desse  modo fazer política. A arte política, talvez a maior invenção do gênero humano e que lhe permitiu a ascensão   ao patamar evolutivo da civilização, foi transformada entre nós, no mais abjeto e mesquinho mercadejar. Enquanto isso as letras da Carta Magna esperneiam tentando chamar a atenção para o § 4º do Art.37 “ Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.” Nestas entabulações, o que de direito pertence à nação, é negociado à sua revelia, apenas em beneficio  imediato dos tratantes. Noutra frente, o Judiciário, encurralado pela monstruosa pressão de grupo poderosos, quando já estava na antessala que dá acesso aos comandantes- em –chefe do escândalo, resolve dar um passo  atrás e fatiar os processos da Operação Lava Jato.  Ninguém melhor do que o próprio juiz Sérgio Moro para avaliar essa decisão inusitada: “ a dispersão das ações penais, como pretende parte das defesas, para vários órgãos espalhados do Judiciário no território nacional , não serve à causa da Justiça, tendo por propósito pulverizar o conjunto probatório e dificultar o julgamento”. Advogados dos demais réus já se mobilizam para tentar dispersar as ações penais, num movimento que pode, segundo muito analistas, significar um tiro certeiro contra a Operação.  Sabedores da ausência de governo e com uma taxa de desemprego beirando os 9% da população economicamente ativa, recrudescem os movimentos grevistas e oportunistas , ladeados ainda pela eclosão da violência urbana desenfreada. A “venezuelalização” do Brasil vai ensaiando seus primeiros passos para a dança macabra da desordem pública, dos conflitos fratricidas , abrindo também as portas do salão para a entrada dos salvadores da pátria. Neste ponto, nunca é demais lembrar a frase de Bertold  Brecht: “ a cadela do fascismo está sempre no cio.”

A frase que não foi pronunciada: “A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem um, que seja estratégia.” Norman Schwarzkopf

Direção É preciso divulgar a página do Senado. Está espetacular. O cidadão tem acesso a todos os discursos, inclusive nas comissões. Pode escolher em texto ou ouvir o áudio. A Comunicação Social da Casa está com os melhores profissionais. São eles que dão o toque de modernidade para facilitar o acompanhamento do eleitor aos trabalhos dos parlamentares. Virgínia Malheiros da Comunicação Social e Ilana Trombka da Diretoria Geral e equipes estão deixando a marca.

Funarte Hoje,  às 18h, o teatro Plínio Marcos apresenta pelo Festival Ágora da Música Brasileira, o grupo goiano Vida Seca, que desenvolve pesquisas sonoras com materiais reutilizáveis, do lixo, da sucata, e de onde mais for possível aproveitar. Bela oportunidade para reflexões sobre o consumo, o descarte, o lugar das coisas que criamos, que esquecemos e talvez possamos relembrar e recriar.

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Interina: Circe Cunha         
Colaboração Mamfil

Lembrete para as próximas eleições Com o impostômetro rodando atualmente na casa de R$ 1,45 trilhão, a velocidade  voraz com que são sugados os recursos dos cidadãos tende a aumentar, à medida em que o  Estado gigante cambaleia , ameaçando colapsar de vez. Curiosamente foi o que ocorreu também , dois mil anos atrás, com o Império Romano, abrindo passagem para as teses revolucionárias do cristianismo, durante a maior parte da chamada Idade Média. O problema com superestruturas, está justamente nas bases. Uma vez comprometidas as fundações, todo resto vem a baixo , esmagado pelo peso próprio. Temos, assim a situação paradoxal, também encontrada pelos astrofísicos na formação e destruição das estrelas, de um estado hipertrofiado, que ameaça desabar sobre nossas cabeças. Até 31 de maio, ou seja, durante cinco meses, os brasileiros, principalmente os da classe média e de baixa renda, trabalharam apenas para pagar impostos diretos. Pelo resto do ano, os impostos continuarão sendo cobrados de diversas outras maneiras. Impossível escapar dessa bolha.  No gigantismo do Estado, do tipo capitalismo estatal, ou mais precisamente na chamada “nova matriz econômica”, é onde são alimentados os tigres que vão devorando as finanças nação. Nesta situação, onde tudo pode ficar ainda pior na sequência, o sorvedouro dos esforços nacionais é acelerado ainda pela introdução de um novo catalisador da crise: a corrupção forjada no próprio seio do Estado, (corrupção estatal). À essa nova modalidade  espraiada não só  por toda a máquina pública , vem se juntar as forças de outros poderes da República. Usando de todos os recursos que imaginação põe ao dispor dos homens, nossos líderes cuidam de escalpelar o cidadão quer na forma legal dos impostos e taxas, quer sob a forma ilícita da corrupção  desenfreada,  gestada dentro do próprio Estado. Não é por outra razão que, pelo quinto ano consecutivo, o Brasil ocupa o último lugar,  entre os 30º países com as maiores cargas tributárias do planeta, onde o retorno de bem-estar à sociedade é o pior de todos. O Chamado Índice de Retorno de Bem-estar à Sociedade (Irbes) , traduz em números o que o brasileiro sente na própria pele,  quando busca amparo do Estado nos hospitais, escolas, transporte e segurança pública. Entre o caminhão de impostos e os serviços prestados aos cidadãos, estão, de um lado, nossos representantes legítimos, com suas malas executivas, meias e cuecas, bolsos, bolsas, contas internacionais cheias de dinheiro. Na outra ponta, ficam os brasileiros exauridos  até os ossos.

A frase que foi pronunciada: “Nem se Hércules dedicasse os seus doze trabalhos à aprovação desse plano, com Zeus no governo, ele passaria pelo Congresso do Olimpo” Arthur Virgilio Bisneto, deputado e vice-líder do PSDB na Câmara, sobre as medidas orçamentárias e fiscais anunciadas por Dilma

Prestigie Nesse sábado começa o II Festival Hip Hop na Fercal, à 16h. A vibração dos moradores é grande. “O local nunca havia recebido um evento dessa natureza” diz sem conter a alegria o presidente da Associação Cultural Azulim e coordenador do Festival, Iranildo Gonçalves Moreira. A surpresa só nossos leitores saberão. Um mega mural pintado pelos artistas locais ficará de presente para a Feira da Fercal.

Meio Além da Amazônia, que merece a atenção do país, os governadores precisam proteger  a Mata Atlântica, o Cerrado, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal se quiserem água no futuro. Caixa, Ministério do Meio Ambiente e da Justiça lançaram um edital para projetos de recuperação de Áreas de Proteção Permanente em regiões de nascentes e margens de rios. Em princípios foram 18 regiões que vivem em situação d insegurança hídrica.A ministra Izabella Teixeira garantiu transparência nos resultados “ de quanto foi plantado e restaurado e como isso dialoga com a produção de água em cada propriedade, reconhecendo os serviços ambientais que esse produtor no futuro dará para a região”.

Ambiente Aguardada em Berlim, a visita da presidente Dilma para tratar de assuntos bilaterais com a chanceler Merkel. Pela Europa a Alemanha foi a primeira a se preocupar com o meio ambiente tendo instituído os Partidos Verdes desde os anos 80. Resta saber se o Brasil vai manter o compromisso de descarbonizar a economia

Movimento O 2.ºFestival DF Hip Hop será iniciado  neste sábado (26/09), `as 16h, na Fercal “por se tratar de uma cidade com características rurais que até então nunca recebera um evento desta natureza e com graves problemas ambientais”, explica. Ele também revela que artistas do grafite pintarão um mega mural que ficará de presente para a Feira da Fercal.