VISTO, LIDO E OUVIDO

Publicado em Íntegra
circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br]
Colaboração: Mamfil

Democracia censitária
Se o número de partidos políticos fosse condição importante para aferir o grau de democracia de um Estado, o Brasil  estaria bem colocado na fotografia. Melhor ainda estaria a vizinha Argentina, com seus 710 partidos devidamente registrados na Câmara Nacional Eleitoral, uma campeã mundial absoluta em pluralidade política. Número de siglas não diz nada sobre o grau de democracia de um Estado. Pelo Contrário. Na realidade, o Brasil com os atuais 35 partidos aceitos no Tribunal Superior Eleitoral, apesar da continentalidade do país e da pluralidade cultural e étnica, ainda não atingiu a devida maturidade democrática e política, por uma razão singela: a grande maioria de legendas partidárias, contrariamente ao que dizem seus estatutos, é dominada ou por um indivíduo, que idealizou a sigla, ou por um grupo de pessoas, reunidas em torno desse “proprietário” do partido, num sistema fechado e monolítico, onde as contestações às decisões da  cúpula  são recebidas com a expulsão do questionador.
 A explicação para essa multidão de legendas tem também um motivo prosaico: a maioria desses pequenos partidos não passam de legendas de aluguel, que flutuam dentro do parlamento ao sabor das leis de mercado da oferta e da procura, como se fossem meras mercadorias. Esses nanicos são utilizados pelos partidos maiores para engrossar bancadas, ampliando tempo de televisão, para inflar ou denegrir adversários, dentre outros expedientes pouco republicanos.
Se a questão ideológica pode ser relegada à segundo plano, o mesmo não ocorre com quando o assunto é divisão do bolo do Fundo Partidário. Recentemente o caixa desse fundo saltou de R$ 289,5 milhões para R$ 867,5 milhões, graças a pressões corriqueiras. É sabido que  com a implantação do financiamento eleitoral exclusivamente com recursos  públicos, os custos para bancar os pleitos poderão exigir um aporte extra da ordem de R$ 5 bilhões a R$ 7 bilhões.  A disseminação de novas legendas tem, no dinheiro fácil do contribuinte, uma explicação pragmática do mesmo modo que o aumento no número de  sindicatos.
Trata-se aqui de um negócio, puro e simples. Os partidos , de certo modo não dependem de financiamentos privados, já que são eles mesmos configurados como empresas típicas, cuja a ideologia maior consiste apenas na obtenção  de lucro, venha de onde vier. Se for do contribuinte melhor ainda, já que ficarão silentes diante do descompromisso com o retorno desses ” investimentos”.
A frase que foi pronunciada.
“Não há democracia onde o voto é obrigatório.”
Pedro Cardoso, Interlagos, SP
 
Classe na média
 
 Um verdadeiro safari para o empregador conseguir cumprir as inúmeras obrigações determinadas pela nova lei. Pagando como empresa e tendo o serviço de particular o empregador precisa cobrar a folha de ponto para quem reside no local, fazer novo contrato de trabalho com uma pessoa que se senta à mesa para fazer as refeições com a família, acordo para jornada com ou sem a sessão da tarde. É justa mas não corresponde ao princípio da realidade.
 
Mais baixo 
 José E. Rabello, nosso leitor assíduo, reclama do sinal dentro do ônibus que avisa ao motorista o ponto a parar para o passageiro. Lembra que por lei, o sinal sonoro deve ser suave e sem estridência. Completa a missiva chamando a atenção dos mantenedores dos caminhões do SLU. O sinal de aviso quando dão ré é ensurdecedor.
Nota: sinais agudos, i.e., de alta frequência, tem muita energia, que podem causar danos à audição ou causar irritação.xxxx
 
Bem comum
Pedro Cardoso, de São Paulo sugere notas em campanha publicitária para que informações simples para uns cheguem ao conhecimento de outros. Exemplos:o abandono de criança pelos responsáveis configura crime; que não colocar filhos na escola também é crime; que a certidão de quitação eleitoral pode ser retirada pelo sítio www.tse.gov.br. Alimentação, higiene e exames ginecológicos e de próstata quando são feitos anualmente podem evitar longos e sofridos tratamentos.
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