Autor: Circe Cunha
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Certos comportamentos de autoridades repercutem negativamente em momentos de tragédias. Não cabem exibições em jet ski, enquanto acontece uma guerra. Depois da experiência com a Covid, ao mirar no presidente da República, o que a população espera é que a liturgia do cargo reflita na conduta.
Com essa postura, pouco exemplar para os cidadãos, o chefe do Executivo vai consolidando, para si, a fama de indivíduo insensível e indiferente aos dramas humanos, sejam eles de outros países ou mesmo seus próprios conterrâneos. Talvez imagine que, agindo dessa forma, demonstrará valentia e coragem. Nada mais falso e mais próximo da covardia do que ignorar seus semelhantes. A imagem que passa é de insensibilidade e pouco caso que faz dos dramas alheios. Claro que o peso da imprensa deve ser considerado, mas, não por outro motivo, o presidente do Brasil achou, por bem, não se manifestar com relação à guerra que vai destruindo, pelas beiradas, a Ucrânia.
Na visita que fez a Moscou, às vésperas de Putin mandar varrer do mapa a vizinha Ucrânia, o presidente do Brasil chegou a afirmar que o Brasil era solidário com a Rússia. Por certo, o presidente, mesmo a despeito de ser constitucionalmente chefe de Estado, não falou em nome dos milhões de cidadãos brasileiros de bem que condenam, com veemência, essa chacina.
A posição dúbia e vacilante do representante do Brasil, obviamente orientado pelo Palácio do Planalto, junto à Organização das Nações Unidas, (ONU), pedindo, de modo protocolar e refinado, bem ao estilo Itamaraty, o estabelecimento de um impossível diálogo entre os dois países do Leste, foi posto de lado, dessa vez, de modo nada protocolar, com a resolução, tomada agora, da Assembleia-Geral da ONU, condenando a Rússia pela invasão à Ucrânia.
Do mesmo modo, o Tribunal de Haia deixou claro que investigará a Rússia por crimes de guerra e por crimes contra a humanidade. Com isso, o colega russo do presidente do Brasil poderá se tornar réu no Tribunal Internacional por crimes de genocídio.
O chefe do Executivo nacional disse ainda que vai adotar um discurso neutro em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia. Na contramão do que pensa o mundo todo, o chefe da Nação brasileira diz atrelar às suas decisões, de caráter personalista e frio, o que querem os brasileiros nesse momento. Nada mais falso.
A frase que foi pronunciada:
“Não devemos nos permitir esquecer os milhões de cidadãos não judeus da Bielorrússia, Rússia, Ucrânia e outros territórios eslavos que também foram massacrados. Mas, para mim, permanece o fato saliente de que o antissemitismo era o princípio dominante, essencial e organizador de todas as outras teorias raciais nacional-socialistas. Portanto, não deve ser pensado como apenas um preconceito entre muitos”.
Christopher Hitchens

Curiosidade
Começa a ser arrecadado, pelos estados e municípios, o IPVA. Em 1969, o TRU, que era a taxa paga, ia para governo federal: Taxa Rodoviária Única. O destino da verba era delineado pelo ordenamento jurídico brasileiro. Expandir, conservar e financiar novas rodovias no país. Já o IPVA, nasceu de uma Proposta de Emenda Constitucional e, como imposto, é destinado a despesas da administração pública. Não há como acompanhar os investimentos feitos com essa verba.

Vulneráveis
Em franco andamento, as obras da Escola Técnica do Paranoá. As colunas já subiram. Há muita esperança em formar, profissionalmente, tantos jovens daquela região.

Adeus papai!… Adeus, filho!…
“Há dois ou três dias, na divisa com a Ucrânia, uma mulher assistia a orientação dada aos jovens soldados russos, perfilados, prontos para a ocupação da Ucrânia. Avistando filho no meio da tropa, não resistiu: atropelou oficiais e guardas, invadiu a formação, abraçando-se a ele, chorando. O soldado manteve inicialmente a postura militar ereta, olhando para frente onde estava os superiores mas, de repente, também desabou em lágrimas abraçado à mãe.” Leia a seguir a íntegra do artigo do professor Aylê-Salassié Filgueiras Quintão.

–> Adeus papai!…Adeus, filho!…
História de Brasília
Outro jardim muito bonito, é o do Banco do Brasil. A grama não está sendo cortada a propósito, até que fique o tapete verde. Nas quadras da Fundação, parece que falta alguma coisa. Só o gramado não está dando uma impressão ideal. Parece que faltam flôres, e falta uma área para parque infantil. (Publicada em 18.02.1962)
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Jornais, revistas, livros e boa parte da mídia em todo o mundo, de repente, passaram a se interessar pela biografia de Vladimir Putin. Na verdade, o que muitos estão fazendo é buscar conhecer quem é esse personagem e o que tem feito até aqui, para entender até onde ele irá nessa sua nova empreitada, regada a sangue de invasão à vizinha Ucrânia e que possíveis planos prepara, posteriormente, para saciar sua sanha de recriação do antigo poderio da União Soviética.
Ao contrário do que muitos historiadores fazem ao ir pesquisar na fonte os documentos que necessitam para compor seus relatos, no caso de Putin, a metodologia tem que ser outra. De fato, em relação ao russo, fica difícil, se não impossível, nessa altura dos acontecimentos, encontrar qualquer documento oficial que indique quem é esse indivíduo que governa o maior país da Europa com mão de ferro desde 1999.
Até mesmo a ONG Memorial Internacional, fundada em 1989 para apurar fatos e crimes contra os direitos humanos pelos go vernos russos, apesar do trabalho de alto nível que vinha realizando, angariando respeito e admiração mundo afora, foi fecha da por ordem de Putin, acusada de criar uma imagem distorcida da União Soviética, prejudicando a memória “sagrada dos russos” durante a Segunda Grande Guerra.
Os documentos oficiais que traçam uma biografia de Putin foram, todos eles, “maquiados” e suavizados para emprestar ao líder supremo uma imagem de intocabilidade. Para pesquisadores ingleses e alemães que têm ido em busca de decifrar esse personagem, Putin chegou ao comando do país pelas trilhas mal afamadas da KGB, a temida e eficaz organização de serviços secretos da antiga União Soviética, criada em 1954 e extinta, oficialmente, em 1991.
Por sua capacidade em cumprir as mais duras missões, principalmente a eliminação de suspeitos e outros oponentes ao regime, com frieza e precisão, logo ascendeu dentro da organização. Dali para a política, sob a sombra de Boris léltsin, foi um pulo. A crise desencadeada com a invasão da Ucrânia acendeu nos pesquisadores o desejo de escanear a vida desse mandatário, como meio de antever suas pretensões futuras e quiçá, livrar o mundo e a Europa de novas e nefastas surpresas.
O congelamento de recursos da Rússia, dentro das medidas de retaliações contra a invasão da Ucrânia, mira secretamente na verdadeira fortuna estimada pela mídia, por baixo, em U$ 200 bilhões, que Putin e os oligarcas sob sua proteção, ainda segundo notícias, teriam desviados do país.
A oposição russa, pelo menos aquela que ainda não foi envenenada, diz que Putin possui pelo menos US$ 40 bilhões mantidos secretamente fora do país. O fato é que a corrupção, uma praga que conhecemos muito bem, também é um flagelo que acompanha a história da Rússia, sendo mais significativa após a dissolução da União Soviética em setembro de 1991.
Compreender a trajetória do homem e sua história ajuda a assimilar parte significativa de suas ações, facilitando no entendimento geral de toda a conjuntura, principalmente quando esse personagem enfeixa em suas mãos todo o poder, calando a imprensa, mandando prender ou matar opositores, controlando a Justiça e o Legislativo e mantendo sob seu controle total as Forças Armadas do país.
Observadores políticos asseguram que, após a invasão da Ucrânia, outros movimentos expansionistas e de controle das regiões próximas estão na cabeça de Putin, aguardando o tempo certo para serem deflagradas. No Ocidente foi aceso o alerta vermelho, não apenas por paranoia, mas pela certeza de que novos desdobramentos virão. Primeiro, para os países próximos. Depois, para os demais onde conceitos como democracia e respeito pelos direitos humanos ainda estão presentes, sendo que são essas mesmas características, comuns ao Ocidente, que mais parecem ameaçar os planos de Putin.
A frase que foi pronunciada:
“A mídia ocidental tende a dar muita ênfase às instituições oficiais da Ucrânia, como sua Suprema Corte, a comissão eleitoral central e o parlamento. Na realidade, o povo da Ucrânia agora controla seu destino.”
Bob Schaffer, senador estadunidense

Mobilidade
É preciso ouvir a população em relação às calçadas. Muitos dos que ajudaram a construir esta cidade não podem se locomover por falta de conservação nos passeios. Um deles é o da 105 Sul. A mensagem é de Inas Valadares, pioneira. Já viu pessoas tropeçando e caindo por causa dos desníveis constantes. Outro local é o corredor da quadra interna para o Pão de Açúcar. Frutas podres e folhas pelo chão escondem as calçadas irregulares. As fotos estão a seguir.
Visual
Melhor forma de reconhecer um país subdesenvolvido é olhar para a paisagem. Quanto mais fios e postes, pior a situação do PIB.

Expert
Procurado pelo Citibank de Stamford, em Connecticut, o senador Flavio Arns deve dar uma entrevista para o podcast da instituição. Como autor do PL 3825, que disciplina os serviços referentes a operações realizadas com criptoativos em plataformas eletrônicas de negociação, o senador despertou a atenção da brasileira Ana Figueiredo, responsável pelo assunto no banco internacional.

História de Brasília
Quanto ao sr. Ibrahim Sued, também. Mas o colunista social não conhece Brasília. Esteve aqui uma vez, para o lançamento da superquadra da família imperial, que ficou somente no cercado, sem que nenhuma prestação tenha sido paga. (Publicada em 18/02/1962)
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Tecer comentários sobre qualquer outro assunto que não seja esta famigerada guerra que o czar da Rússia, ou seja, o Napoleão de hospício, pôs em marcha contra a vizinha Ucrânia, parece embaralhar a prioridade das coisas, pondo uma crise humanitária, sem precedentes no mundo atual, a reboque de outros problemas menores e até menos urgentes.
Mesmo sabendo que o mundo, por sua configuração no cosmos, não pode parar, as consequências para a população civil local, provocadas por esse conflito, são imensas e devem concentrar a atenção do planeta, sob pena de nos tornarmos insensíveis ao que ocorre com nossa própria espécie.
Quer queiram, ou não, somos uma mesma família, abrigada neste planeta que vai sendo, irremediavelmente, exaurido, sob nossos pés, e essa é a mais importante tarefa que cabem aos líderes mundiais atualmente, e não a perpetuação de guerras, uma atividade que estamos empenhados desde o surgimento das primeiras civilizações sobre a Terra.
Pudessem essas querelas armadas serem arbitradas num tribunal internacional isento e peremptório, por certo, o veredito final apontaria a existência de um conjunto de culpabilidades, distribuído para os dois lados, tanto para o Ocidente quanto para o Oriente, em iguais proporções e com iguais penalidades.
De fato, para aqueles que se dispuserem a buscar mocinhos nessa guerra, em ambos os lados, não os encontrará com facilidade. Os únicos que, em todo esse conflito, podem ser aponta dos como totalmente isentos de culpa são as populações, com postas por homens, mulheres, crianças, idosos e enfermos, que nada fizeram para serem triturados no maquinário bélico que promove essa carnificina.
A rigor, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o Kremlin deveriam se sentar no banco de réus, assim como todos os países, que, direta ou indiretamente, açularam o conflito armado. Quem azeitou a máquina de guerra de Putin, pondo-a em marcha contra seus conterrâneos, foram os generais do Ocidente, em conluio com a classe política dirigente de vários países, tendo, na retaguarda o enorme complexo industrial de armamento.
A produção recorde de armamentos, cada vez mais letais e cirúrgicos, necessita ser posta para funcionar na prática. Pudessem ser exibidos à luz do dia, veríamos que os principais patrocinadores dessa guerra fratricida é a indústria bélica, de ambos os lados das trincheiras. E pensar que a macabra tecnologia que fabrica esses moedores de carne humana é desenvolvida por ex-alunos das melhores universidades do planeta, sendo que muitas dessas máquinas da morte são financiadas graças aos impostos pagos pela população civil.
Nas mãos de celerados, essas tecnologias mortíferas acabam promovendo o show de horrores que as emissoras de TV transmitem ao vivo e a cores. Ironia tétrica é observar que os alvos dispostos para receber os tiros certeiros dos mísseis de última tecnologia, orgulho da capacidade bélica de um povo, são justamente casas de civis, escolas, hospitais, praças, igrejas e outros monumentos construídos para celebrarem a vida em comunidade e a paz entre as pessoas. O que o mundo assiste agora em tempo real é ao show da morte, um oferecimento dos coveiros de sempre.
A frase que foi pronunciada:
“Uma das coisas agridoces de envelhecer é perceber o quanto você estava enganado quando era jovem. Como jovem esquerdista político, eu via a esquerda como a voz do homem comum. Nada poderia estar mais longe da verdade.”
Thomas Sowell

Aproveitamento
Mesa Brasil é um programa patrocinado pelo Sesc, que ensina as donas de casa a aproveitar toda a comida, frutas e cascas. Em tempos de guerra, é uma dica preciosa. Veja no link: O MESA BRASIL SESC.
Juntos
Num esforço concentrado, desta vez, pela Liga do Bem, o Senado arrecadou 35 toneladas de doações para Petrópolis. Clique aqui para acessar a matéria elaborada pela Casa.
Imundice
Está na hora de a Vigilância Sanitária dar uma volta pelas asas Norte e Sul. Vai ter muito trabalho.
Inodora, incolor e insípida?
Mais uma vez, as imagens registram o descaso da Caesb com os moradores do Setor de Mansões do Lago Norte. Moradores gravaram a cor da água servida, sem concorrência, pela companhia.
História de Brasília
Não sei o que dirão depois disso, os senhores Mauricio Joperte Gustavo Corção, mas já era hora de dar a mão à palmatória. (Publicada em 18/02/1962)
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Erros históricos são aqueles que, por suas dimensões e efeitos negativos ao longo do tempo, ficam registrados para sempre, marcando seus personagens em episódios que denigrem não só a imagem de seus autores como do país que representam, prejudicando ambos indistintamente. A história da humanidade está repleta de exemplos, bastando ao interessado consultar os registros do passado.
No Brasil, alguns dos muitos erros históricos, cometidos no passado, conduziram-nos para o que somos hoje como país e nação. Dos erros históricos mais significativos e que nos levaram a distanciar-nos de países como os Estados Unidos, colonizados no mesmo período, destacam-se a perpetuação do regime da escravidão, a manutenção dos latifúndios e da monocultura de produtos para a exportação e a exploração e depredação da colônia, exaurida e renegada a ser apenas uma economia complementar à metrópole.
Um erro histórico e contemporâneo imenso, capaz de empurrar todo o país para uma crise institucional que desembocaria na desventura do regime militar, foi a renúncia, até hoje mal explicada, do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961. Os efeitos deletérios desses cometimentos impensados marcam e afetam o país, o que mostra, com clareza, que nossas autoridades, em todo o tempo e lugar, sempre desprezaram as lições do passado. Não é por outra razão que repetia o filósofo de Mondubim: “Quem não aprende com a história, está condenado a repeti-la.”
Deixando de lado os muitos e repetidos erros históricos cometidos durante a década petista e que acabariam por nos levar à mais profunda brutal recessão que experienciamos, todas elas decorrentes de um misto entre má gestão e corrupção sistêmica, chama a atenção a recente visita feita pelo atual presidente Bolsonaro à Rússia. Não bastasse a presença do chefe do Executivo ao Kremlin, num momento absolutamente inoportuno, contrariando todas as recomendações de assessores que lidam profissionalmente e no dia a dia com as relações internacionais, o atual presidente, sob o pretexto de ir tratar de assuntos relativos ao fornecimento de insumos agrícolas, ainda cometeu o erro histórico de afirmar, com todas as letras e no plural: “Somos solidários à Rússia.”
Com isso, falando em nome do Estado que representa, colocou todo o Brasil e sua população ao lado do fratricídio que vem sendo cometido pelo atual Napoleão de hospício, na figura do ditador russo. É não só uma vergonha, para todos nós, que fatos como esse tenham acontecido e sido registrados em vídeo para a posteridade, como continuem a serem confirmados pela tibieza de nossos representantes na Organização das Nações Unidas (ONU).
Errar historicamente é persistir no erro, quer por voluntarismo, quer por total falta de senso ou razão. Não satisfeito com essa gafe internacional, o chefe do Executivo, em pronunciamento durante essas costumeiras e patéticas lives, condenou o pronunciamento do seu vice-presidente, General Hamilton Mourão, que defendeu reprimenda dura às ações de Putin, posicionando-se ao lado da soberania dos países e da democracia.
Os Estados Unidos e seus aliados deixaram entender que as nações que agora apoiam as atrocidades desse Napoleão de hospício russo ficarão marcadas como inimigas da democracia. Ir contra a corrente internacional passou a ser, desde 2018, o que nosso país tem feito. Questões como o aquecimento global, a preservação do meio ambiente, da vacinação, entre outras mostram que seguimos à deriva, sem um norte, guiados por um néscio.
A frase que foi pronunciada:
“A Guerra é um lugar onde jovens, que não se conhecem e não se odeiam, se matam, por decisões de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam.”
Erich Hartman
Sina
Tem sido a sina, de todos os grandes ditadores e tiranos, deixarem, atrás de si, um gigantesco cemitério com milhares de vítimas e uma paisagem de escombros e cinzas, que testemunham sua passagem ruinosa entre os humanos.


Ditadores
Um dos mais antigos e utilizados estratagemas que ditadores de hospício, como o russo e outros ao longo da história humana sempre recorreram para manterem-se em evidência, e com isso desviar a atenção do cidadão comum, é eleger um inimigo externo, debitando a ele todas as causas, agruras e infortúnios experimentados pela população. À esse inimigo da nação, devem ser monopolizados toda a força do país para derrotá-lo, obviamente sob o comando supremo do chefe ou, comumente, como preferem, o “paí da pátria”.


História de Brasília
A W-4, também, está um encanto. A agressividade do conjunto arquitetônico, com côr única e linhas retas, teve a monotonia quebrada com os jardins, que estão dando mais beleza para a vista. (Publicada em 18.02.1962)
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Em meio às bombas que começam a cair, nessa madrugada, sobre a cabeça dos civis na Ucrânia, forçando milhares de idosos, mulheres e crianças a fugirem, às pressas, das principais cidades daquele país, no que poderá se constituir no mais novo flagelo humano da atualidade, nossos lépidos parlamentares cuidaram logo, também na calada da noite, de lançar sobre a população brasileira o texto bomba do projeto que legaliza os jogos de azar em todo o país, com a volta dos bingos e dos cassinos.
Por 246 votos a favor e 202 contra, o chamado texto-base passou na Câmara, abrindo a porteira para a consolidação não só dos cassinos, mas do jogo do bicho e dos jogos online. A urgência pedida para a apreciação dessa matéria e o empenho das principais lideranças dentro da Câmara para a aprovação dessa medida explicitam os muitos interesses que estão por detrás desse projeto.
Caso venha a ser aprovado também pelo Senado, a lei liberando geral a jogatina cairá como uma verdadeira bomba sobre a cabeça da nação, pois, entre outras consequências imediatas, criará uma espécie de banco especial para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e armas, além, obviamente, de uma excelente lavanderia para o branqueamento dos recursos desviados pela corrupção.
Muito mais importante do que programas sérios nas áreas de educação e de saúde para a população. Iniciativas que poderiam favorecer a sociedade, como o fim do foro privilegiado para todos, ou a prisão em segunda instância, ou mesmo o endurecimento das Leis de Improbidade Administrativa e da Ficha Limpa não são, sequer, mencionadas como prioridades. Pelo contrário, são afrouxadas para facilitar os atos costumeiros contra o erário. Os brasileiros de bem sabem muito bem o que se esconde nas entrelinhas de medidas dessa natureza, que visam apenas o favorecimento daqueles que sempre viveram à sombra do trabalho alheio, quer na contravenção e no crime organizado, propriamente ditos, quer em acordadas políticas para sempre, buscando ganhos escusos e o favorecimento próprio para si e para seus grupos.
A aprovação dessa proposta é um claro retrocesso e um sinal preocupante a mostrar que o crime organizado, por meio do lançamento de candidaturas próprias, vai, pouco a pouco, infiltrando-se nas instituições do Estado. A liberação da jogatina é só uma forma de aplainar os caminhos para a entrada dessas organizações nas entranhas da máquina do Estado, de onde jamais sairão.
Não há qualquer ilusão sobre o fato de que cassinos, casas de bingos e outras modalidades de jogos de azar vão favorecer apenas os donos desses estabelecimentos, ou os testas de ferro das organizações criminosas, não trará benefício algum ao cidadão brasileiro. Pelo contrário, transformará nosso país, campeão mundial na modalidade de violência urbana, em um paraíso tropical para a lavagem de dinheiro de nossos criminosos, com ou sem colarinho branco, e para as muitas máfias internacionais que buscam aplicar e branquear os ganhos astronômicos com todo e qualquer tipo de crime, inclusive o tráfico de órgãos humanos.
Putin não precisa enviar tropas para invadir e destruir o Brasil. Nossos representantes políticos são muito mais eficazes e mortais.
A frase que foi pronunciada:
“A maneira mais rápida de acabar com uma guerra é perdê-la.”
George Orwell


Sacrifício
Para a satisfação de seus desígnios tirânicos, ditadores em evidência não se fazem de rogados e mandam sacrificar, no altar personalista da pátria, o que uma nação tem de mais importante que é sua população jovem, mandada impiedosamente para o campo de batalha.
História
Repleta está toda a história da humanidade de exemplos iníquos como esse, em que um único indivíduo é capaz de conduzir, para o matadouro, milhares de conterrâneos na flor da idade, apenas para a satisfação de um gigantesco ego assassino.
Longevo
Estando, há mais de duas décadas, no poder, por meio de manobras e malabarismos políticos e até sanguinário, Putin revela ao mundo seu acentuado caráter psicológico de psicopatia. Mesmo que os tribunais internacionais, no futuro, eximem-se de condená-lo por crimes contra a humanidade, de certo, ficarão nos livros de história as escaramuças desse novo e transloucado Napoleão de hospício.

Ocidente
Ao assistir, de braços cruzados, uma nação inteira ser esmagada diante do mundo, o Ocidente, na figura da OTAN, dá uma demonstração clara da pouca valia de sua existência.


História de Brasília
Deve fazer muita raiva a muita gente, a W-3, como ela se encontra agora. No comêço, perto do Eixo Monumental, o jardim está uma beleza, e é uma resposta colorida aos que não acreditavam nas possibilidades de recuperação do nosso solo. (Publicada em 18.02.1962)
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Nem bem ainda se viu livre dos efeitos conjuntos da pandemia e de uma consequente recessão econômica, o Brasil começa a se preparar para receber o que pode ser a dose fatal, capaz de pôr fim ao ciclo histórico iniciado em 1500 com o descobrimento dessa parte do mundo.
Trata-se aqui de mais uma temporada de governos da esquerda. Não de uma alternância normal e civilizada de governo, mas a entrega do comando do país, pela quarta vez, ao Partido dos Trabalhadores, que muitos brasileiros de bem consideram não como uma legenda política, mas como uma verdadeira quadrilha organizada, tal a sucessão de crimes que praticou ao longo de mais de uma década e que culminariam com a prisão da maioria de suas lideranças e de seus apoiadores.
Caso esse pesadelo venha a se repetir, virão juntas novas tentativas de imposição de controle e de censura das mídias, sobretudo daquelas que pensam em fazer alguma oposição. Virão ainda os mesmos modelos de cooptação parlamentar, a reestatização de empresas, para que sirvam ao partido, a escolha dos campeões nacionais, que também sirvam ao governo, a ajuda, com dinheiro público, às ditaduras do continente e de outros países, a dilapidação do que ainda resta do patrimônio dos trabalhadores, a imposição de modelos, pretensamente educacionais, que visam, ao final, destruir a escola, de acordo com os ditames gramscianos, além da quebra de tabus, como bem lembrou uma deputada federal pelo Distrito Federal, do incesto, dentro de um projeto, de longo prazo, de destruição do que chamam “família patriarcal”, entre outros “avanços” que objetivam desmontar a sociedade, deixando-a frágil e exangue diante do Estado monocrático.
Esses são apenas alguns dos muitos pesadelos que estão prometidos para a Nação, caso essa turma volte a subir a rampa do Palácio do Planalto. Como se vê, não se trata aqui de meras suposições sobre o que virá, mas de todo um ideário trazido na algibeira por essa turma, que almeja não apenas governar o país, mas controlá-lo e submetê-lo aos seus desígnios inconfessáveis. De certo, que o retorno dessa turma irá encontrar um país ainda mais fácil de ser domesticado e subjugado.
A possibilidade concreta da aprovação, pela Câmara dos Deputados, da volta dos cassinos, dos bingos e de todos os jogos de azar emprestará, a essas novas mentes da vida política, todos os instrumentais necessários para a lavagem de dinheiro e para o branqueamento da corrupção.
A angústia dos homens e mulheres de bem desse país, com a possibilidade de repetição desse pesadelo, só não é maior do que a certeza de que todos esses males serão, de fato, repetidos, acrescidos de outras medidas, que também virão para favorecimento apenas desses oportunistas. Estão inscritos, ainda dentro das pretensões desse grupo, o estabelecimento de uma série de medidas, visando transformar as Forças Armadas em forças auxiliares do partido, a exemplo do que ocorre com a vizinha Venezuela.
É bem provável que o retorno desse grupo venha a ser reforçado por todas as experiências que acumularam nos governos passados, principalmente reciclando experiências frustradas, a fim de torná-las efetivas, como é o caso da perpetuação no poder. O pesadelo anunciado somente poderá ser quebrado através de um antídoto apropriado, que é o despertar da população e dos eleitores.
A frase que foi pronunciada:
“O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo… Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é o roubo infinito.”
Mario Quintana


Obsolescência
Enquanto, na Europa, o uso de máscaras já não é obrigatório, no prédio do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e outros prédios governamentais em Brasília, as Excelências exigem o cartão de vacina.


Manutenção.
Os buracos da 710/910 sul fazem estragos constantes. Leitor lembra também da cratera na saída do Drive Thru da Mc Donalds da W3 norte. Veja as fotos a seguir.


Vida da cidade
Foi justa a homenagem, aos 60 anos, do Colégio Sacre Coeur de Brasília. A iniciativa foi do deputado distrital Jorge Viana, do Podemos.


Estranho
Não é mais possível encontrar, no YouTube, vídeos feitos em equipamentos tecnológicos avançados, onde mostram a reação dos fetos durante o aborto. Imagens fortes e que podem convencer muitas pessoas a desistir desse tipo de assassinato. Coincidentemente, o assunto da descriminalização do aborto está voltando.
História de Brasília
Diga presente, ao baile da cidade. Dia primeiro, no Teatro Nacional. Você estará prestigiando a cidade, e poderá dizer, depois, que já participou de um baile, onde não havia penetras. Será o primeiro baile de Brasília, no Carnaval, e marcará uma história que os outros contarão. AC. (Publicada em 17.02.1962)
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Manchetes dos principais jornais nacionais e do mundo amanheceram estampando destaques que alertam para o perigo de uma guerra, de sérias proporções, envolvendo a Rússia e a Ucrânia, no Leste da Europa. Num mundo absolutamente globalizado como temos nesses tempos, possíveis conflitos dessas proporções ameaçam a todos, tanto pelas consequências econômicas, humanitárias e políticas geradas, como pelos efeitos em cadeia que as guerras acabam gerando.
Caso venha a acontecer, de uma forma ou de outra, sentiremos os efeitos desse embate. Não bastassem os efeitos danosos da pandemia mundial do Covid-19 e dos efeitos, cada vez mais sentidos, das mudanças climáticas e de uma previsível recessão econômica que muitos analistas veem apontando no horizonte, uma guerra de grandes proporções, neste momento, abalando boa parte do Leste europeu, pode, com facilidade, levar-nos a uma situação de grande perigo, com ameaça, inclusive, à sobrevivência da espécie humana.
Esforços têm sido feitos, por lideranças europeias, para distensionar o ambiente e, ao que parece, não tem dado resultados. É sabido que, em guerras, a primeira vítima sempre é a verdade, o que explica a multiplicação de versões, de lado a lado, sobre o desenrolar dos fatos. Em casos de conflito, a tendência do ser humano é sempre buscar informações que levem não apenas à compreensão dos fatos, mas, sobretudo, a uma tomada de posição contra ou a favor de um dos lados.
A situação ganha um complicador quando se entende que, nesse caso específico, ambos os lados possuem suas razões, sendo que a nenhum deles é garantida a razão plena. Como dizia o filósofo austríaco Karl Popper (1902-1994), “Se são dois que estão errados. Isso não quer dizer que os dois tenham razão, pois admitir que o outro possa ter razão não nos protege contra um outro perigo: de acreditar que todos talvez tenham razão”.
O fato aqui é que, mais uma vez, em sua longa história, a Ucrânia vê seu território sendo espremido e invadido por potências estrangeiras. No caso atual, o povo ucraniano está no meio do tiroteio entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), com os Estados Unidos à frente, e a belicosa Rússia de outro. Correndo por fora desse conflito estão as grandes indústrias de armamento que fornecem, para esse cenário, os meios materiais para que tudo ocorra.
A OTAN que deveria deixar de existir, tão logo teve fim o império soviético, vem sobrevivendo ao término do Pacto de Varsóvia, embora tenha perdido sua razão de ser. Há ainda aqui o tal do determinismo geográfico, que faz com que a Ucrânia, por sua proximidade física com a Rússia, seu passado histórico e cultural comum, encontre dificuldades enormes em se libertar de Moscou.
O razoável, se é que se pode falar em razoabilidade em conflitos armados, seria a transformação da Ucrânia em área neutra, a exemplo do que ocorre com a Suíça, livre da influência das duas grandes potências atômicas. Mas essa é uma medida que parece não interessar nem a Putin, nem aos Estados Unidos, muito menos às indústrias de armamento, que estão na expectativa de grandes lucros com a eclosão dessa guerra.
No meio desses verdadeiros senhores da guerra, está a sociedade civil ucraniana, constituída por mais 40 milhões de homens, mulheres, crianças e idosos, que terão que partir para outras partes ou morrer debaixo das bombas. Os únicos que parecem possuir razão nesse conflito são aqueles que não desejam esse conflito, mas que, por isso mesmo, não são levados em conta.
A frase que foi pronunciada:
“Toda a história do mundo pode ser resumida pelo fato de que, quando as nações são fortes, nem sempre são justas, e quando elas querem ser justas já não são mais fortes.”
Winston Churchill


Sala de aula
Lado a lado, a história do Brasil e dos Correios andam juntas há 359 anos. Nos canais da empresa, mídias sociais, professores podem explorar o assunto em sala de aula com riquíssimos detalhes de como evoluiu a entrega de correspondências. Além de curioso, o assunto certamente despertará o interesse da garotada.


Haters que matam
Hoje, com ultrassom em 3D, a família pode conhecer o bebê ainda no útero da mãe. Todo formado, reage a estímulos, dorme, soluça, troca de posição, seja menina ou menino. Em 1973, a Suprema Corte Norte-Americana não tinha ferramentas para reconhecer a vida intrauterina com tanta perfeição. Hoje, a mulher tem o direito de mandar no próprio corpo, não no corpo da criança recém-formada, que também é um ser humano. Quem é a favor do aborto deve encarar os vídeos mostrando o que acontece com o embrião, feto ou criança durante o procedimento. Lastimável a decisão da Colômbia que descriminaliza o aborto.


História de Brasília
Novas passagens de nível das tesourinhas estão sendo revestidas. Já foram aprovados os esquemas de iluminação, que será dos mais perfeitos. (Publicada em 17.02.1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Dizia, com toda a razão, o filósofo de Mondubim que “o mesmo risco que corre a árvore, corre o lenhador.” Aplicando esse aforismo ao que parece ocorrer hoje no Brasil, mais precisamente quanto ao papel constitucional das Forças Armadas na estabilidade política o social do país, vis a vis ao alinhamento ideológico dessa instituição a governos que vão e vem ao sabor das eleições.
Há, no ar, um risco de que a gigantesca árvore, representada pelo Estado Democrático de Direito, tombe sobre a cabeça dos cidadãos, levando o país, de roldão, de volta a março de 1964. Não é fora de propósito lembrar que tanto Lula, como Bolsonaro, por diversas vezes, e até de modo velado, já deixaram entender que anseiam pelo apoio irrestrito das FAs às suas pretensões políticas.
É sabido que as Forças Armadas estão, como reza a Carta de 88, sob autoridade suprema do Presidente da República e é nesse ponto que se apegam esses extremos da política, para fazer valer seus pontos de vista. Os ensinamentos da Venezuela estão bem aí nas bordas de nossa fronteira para servir como alerta da possibilidade dessa abdução do poderio militar em proveito de governos, sejam quais forem.
Lá, as FAs foram totalmente aparelhadas para servir de suporte, como guardiãs de um governo condenado por todo mundo civilizado, levando à ruína total daquele que já foi um dos mais prósperos países de nosso continente. Lula e seu ideólogo de algibeira, José Dirceu, já declarou à imprensa que um dos maiores erros do seu governo foi o de não ter captado, para seu entorno, o grosso das Forças Armadas.
Também não tem escondido sua pretensão de que, caso eleito, irá corrigir, de imediato, esse erro, transformando essa Força num braço auxiliar e armado de seu partido, seguindo os ensinamentos do próprio Presidente Maduro, da Venezuela, onde até uma força paramilitar foi organizada para eliminar a oposição.
A possibilidade do atual ministro da Defesa Braga Neto vir a compor a chapa de Bolsonaro como vice, além da instalação de diversos militares em postos chaves do Estado, são sinais, dizem os observadores, de que há, em andamento, um lento e progressivo aparelhamento do governo com vistas a assegurar que, no caso de reeleição, haja uma atração das FAs para a órbita do Executivo.
Em matéria intitulada “Reação ao uso político das Forças Armadas”, publicada nesse jornal, de autoria de Cristiane Noberto e Rafhael Felice, o general Santos Cruz diz, textualmente, que Bolsonaro vem fazendo uso político e exploração das Forças Armadas. Santos Cruz, um militar respeitado por seus pares e que conhece por dentro o funcionamento e o espírito das FAs, não se intimida em afirmar que o atual governo tem como estratégia pessoal cooptar os militares, tanto para a sua base eleitoral como para seus propósitos.
O fato é que as FAs correm nessas eleições o risco de virem a cair na cantilena tanto das esquerdas como da direita. Caberá, à população que tudo assiste, equilibrar-se entre esses dois abismos, caso o que reza a Constituição vir a ser transformado em letra morta. Por certo, tanto a direita como a esquerda, nessa altura dos acontecimentos, já se certificaram que a perpetuação no Poder passa primeiro pela captação das Forças Armadas.
O que não se pode negar é que existe hoje, entre o oficialato das Fas, simpatizantes de um lado e de outro. Mais do que nunca, os brasileiros devem torcer para que os caminhos constitucionais prevaleçam sobre a vontade de governos. Eles passam, a gente fica.
A frase que foi pronunciada:
“A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência.”
Mahatma Gandhi


Urgente
São mais de 200 mil famílias cadastradas na assistência que ainda não conseguiram atendimento. A falta de pessoal para administrar os problemas sociais no DF reflete a inércia gerencial que parece ter perdido a obstinação em não convocar os aprovados no concurso da Sedes/2018 e começa a preparar a chamada da lista de especialistas e técnicos em assistência social.


Antes das eleições
Deputado Federal Júlio César Ribeiro, da base do governo, pelo partido Republicanos, está acompanhando as emendas parlamentares feitas para o DF, inclusive a nomeação dos aprovados no concurso da Sedes/2018. Representantes dos 466 aprovados estiveram em comissão no auditório José Alencar. Entre eles, apenas 20 administradores aguardam pela promessa do governador em nomear todos.


Poder
Também do Republicanos, nascido em São Paulo, e representante do DF, o deputado distrital Martins Machado, tem se desdobrado para fazer valer sua palavra aos aprovados nesse concurso. De um lado, mostram empenho aos aprovados e, de outro, aguardam a resposta que é justamente o indicador do poder desses parlamentares junto ao GDF. Fato interessante é que o deputado, ao perguntar, um por um dos representantes dos aprovados, o cargo e a classificação, ficou espantado ao perceber que apenas 3 administradores foram nomeados até agora e exclamou: “Para administrador está triste mesmo!”.


SOS
Desde 1967, a Casa do Pequeno Polegar recebe crianças carentes de 1 a 3 anos em período integral. Agora as instalações precisam atender exigências dos Bombeiros, mas não há caixa para mais esse gasto durante todas as dificuldades que a pandemia impôs. Quem quiser ajudar o PIX é 00.094.714/0001-06 ou Banco do Brasil, agência 3129-1, CC 15387-7
História de Brasília
O hall dos elevadores do bloco 1 dos ministérios não tem mais onde sejam colocados cartazes. Agora, até plantas de clubes já estão sendo expostas. (Publicada em 17.02.1962)
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De quatro em quatro anos, os brasileiros têm nas mãos a grande chance de mudar radicalmente os rumos do país, delegando a cidadãos, probos, a representação política e o governo da Nação. Estranhamente, a cada temporada dessa, os eleitores teimam em repetir erros grosseiros, votando em candidatos que, lá na frente, voltam a atentar contra a cidadania, mantendo e até piorando a situação de toda a população.
Por certo, deve haver, nessa atitude masoquista coletiva, um componente psicológico ligado ao suicídio ou à própria autoflagelação. Desde o período da redemocratização, assistimos a uma sequência, até monótona, de governos e de congressistas que, volta e meia, deixam as páginas políticas e ingressam no noticiário policial, como protagonistas das mais escabrosas histórias de crimes, todas elas contra o cidadão e a cidadania
Sabedores desse desleixo e volúpia dos eleitores, os partidos políticos, na figura de seus caciques, vão pondo em prática um conjunto de regulações que amarram as necessidades dos cidadãos às exigências estabelecidas pelas legendas, criando um labirinto que obriga o eleitor a votar em candidatos escolhidos a dedo pelas agremiações.
É o novo curral, com o corredor estreito, levando o gado direto para o matadouro. O que resulta desse pouco caso dos eleitores, na hora cívica do voto, pode ser conferido em episódios dantescos como os ocorridos agora na antiga cidade imperial de Petrópolis, uma das joias do nosso passado. Podem ser conferidos também nas enchentes que devastaram o Sul da Bahia, pela falta no atendimento médico em hospitais e numa série, sem fim, dos outros flagelos, todos eles decorrentes de má gestão ou negligência por parte dos dirigentes deste país. Antes das enchentes, o que se viu foram incêndios monstruosos que destruíram, por completo, tanto o Museu Nacional do Rio de Janeiro como o Museu da Língua Portuguesa e outros símbolos do nosso patrimônio artístico e cultual.
Fôssemos fazer aqui uma lista das catástrofes, ditas naturais, mas que decorrem da total falta de empenho e interesse por parte das autoridades brasileiras, necessitaríamos de uma centena de páginas, apenas para enumerar cada uma delas. Na verdade, o que os eleitores têm colhido das eleições é exatamente o que têm semeado com seus votos. O Pior é que, quando surgem candidatos tocando na ferida e alertando para a continuação dessa descida sem fim aos infernos, a mídia e o grosso da classe política tratam logo de desacreditá-lo, lançando-o na vala comum em que jazem outras possíveis alternativas para esse desatinado destino. Não é por outra razão que, volta e meia, ressurgem, das cinzas, candidatos com uma folha pretérita capaz de provocar ciumeiras nos maiores chefões do crime organizado, e que, sem cerimônia e apostando no desdém dos eleitores, lançam-se. Impávidos, em campanha, certos da vitória e, portanto, da impunidade.
Petrópolis não é nenhuma neófita em calamidade provocada pelas chuvas. Da última vez que esse fato ocorreu, com mortes e outras perdas, as autoridades locais cuidaram logo de desviar os recursos enviados para os flagelados. Nada foi feito! Agora a história se repete e, logo mais, cai no esquecimento, à espera de outras temporadas de chuva que, com certeza, virão.
Em 2011, uma CPI sobre as catástrofes na região teve seu relatório final jogado para o fundo de uma gaveta qualquer. Enquanto o Brasil real procura seus mortos soterrados em avalanches ou busca vagas inexistentes em UTIs, na Câmara, seu presidente, ocupa-se em votar, com urgência, pautas como a liberação dos jogos de azar ou a isenção de IPTU para imóveis ocupados por igrejas, além de propostas que blindam, ainda mais, os parlamentares das importunações da Justiça.
O mais deprimente é constatar que eles todos estão com a razão, pois receberam, legalmente, nas eleições, a procuração da sociedade para agirem como agem nesse e em outros mandatos que virão.
A frase que foi pronunciada:
“A democracia não pode ter sucesso a menos que aqueles que expressam sua escolha estejam preparados para escolher sabiamente. A verdadeira salvaguarda da democracia, portanto, é a educação”.
Franklin D. Roosevelt


Ilegal livre
Enquanto o DF Legal fiscaliza residências legalizadas, compradas com todos os impostos e taxas pagos, impondo curvatura de calçada a tantos graus para liberar habite-se, condomínios que tomaram conta do cerrado ilegalmente, na Estrada Parque Paranoá Norte, cercam a área com muros e trancam as entradas impedindo cidadãos de ir e vir.


Malemolência
Consumidores de Brasília cortam a indústria dos exames de uma forma simples. São atendidos por médicos de certa clínica e fazem exames de imagem em outros locais. Assim, a contagem de exames pedidos pelos médicos é creditada em outras instituições. Os pacientes portadores de excelentes planos de saúde temem com o excesso de indicações cirúrgicas, além do volume de exames pedidos. É preciso coragem para mexer nesse vespeiro.


História de Brasília
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Na impossibilidade de cada um dos mais de trinta partidos políticos existentes eleger o presidente da República de seu gosto, o Congresso apressou-se na confecção do modelito das federações, capaz de contemplar cada legenda, com o máximo possível de cargos eletivos. Obviamente que, na sequência dessa medida, virão os maiores benefícios e ganhos dentro do que é concebido no receituário do presidencialismo de coalizão.
A opção pelas confederações de partidos foi uma fórmula encontrada para adiar o sepultamento dos partidos nanicos. Trata-se aqui de um arranjo ou de um puxadinho que passa longe do que seria o ideal para o eleitor, ou seja: a existência de, no máximo, quatro ou cinco partidos, com uma honesta linha ideológica.
Não surpreende que as reformas políticas, costuradas por parlamentares, acabem sempre servindo unicamente aos propósitos de grupos políticos e nunca em benefício e proveito para os eleitores. Em matemática, seria a representação de um conjunto vazio ou, em outras palavras, a união de várias nulidades, cujo propósito é aquele que já conhecemos de antemão.
O que chama a atenção nas eleições desse ano é o desejo demonstrado por todos os partidos em fazer o maior número possível de parlamentares, para a Câmara e para o Senado. De repente, todos os partidos, em uníssono, passaram a mirar suas atenções no Poder Legislativo.
É tamanho o desejo e a ânsia com que se voltam para esse Poder da República que até o santo desconfia. O que teria de tão atraente no Legislativo que passou a atrair tanto o desejo das mais de trinta agremiações ao mesmo tempo? Pergunta o eleitor atento. Lamentavelmente, a resposta para essa questão passa muito longe de qualquer ideário republicano ou ético.
Acontece que os caciques dessas legendas se deram conta de que o Legislativo, dentro da desvirtuação sofrida pelo dito modelo de presidencialismo de coalizão, é que comanda hoje o grosso dos recursos da União. Aí está o interesse real dos partidos. As emendas secretas, emendas de relator, emendas individuais e de bancadas, somadas aos fundos partidários e eleitorais, além da distribuição de cargos no Executivo para os apoiadores do governo, passaram a representar um forte chamariz para esse enxame de partidos, que pairam como moscas varejeiras sobre carne em putrefação.
É esse o retrato em preto e branco desse súbito desejo em formar bancada no Congresso. Para os cientistas políticos que preferem enxergar nuances amenas, tanto na construção das federações como na estratégia marota de fazer número no parlamento, relacionando todo esse movimento às exigências da política, resta, talvez, um pedido de desculpas, não sem antes chamar a atenção para o cheiro ruim que todos esses arranjos estão a exalar.
A frase que foi pronunciada:
“Quando refletimos em profundidade, um ânimo depressivo acerca da depravação de nossa época, frequentemente nos ocorre pensar que o mundo se aproxima do seu dia final. E o mal se acumula de geração em geração.”
Goeth (1828)
Perigo a prazo
Hora de o GDF gerenciar as antenas da Torre de TV. Antenas de rádios e TVs que não existem mais estão acopladas ocupando espaço. Não há o menor controle sobre o espaço.


Fotos e fatos
Sem paz no restaurante. Bolsonaro é abordado em Moscou por inúmeros fãs, pousando para fotos e declarando simpatia ao presidente brasileiro.
O MITO chegando no restaurante de Moscou!#BolsonaroOrgulhoDoBrasil pic.twitter.com/Zu3W7a2TcE
— BolsoMito380 (@BolsoMito380) February 16, 2022
Homenagem
Quem comemora nova idade hoje é o colaborador Mamfil, que brinda nossos leitores junto à equipe da coluna e do Blog do Ari Cunha. Nossos votos de muitas realizações e conquistas.


Pouco inteligente
Um sol que não brilha, um sol que não ilumina e nem dá vida. Mais de 1000 km de ferrovia entre o Sinop e o porto do Rio Tapajós em Miritituba enfrenta imposições do PSOL, que é contra o projeto de escoação da produção brasileira tornando o processo mais barato. Oposição tacanha que não parece ser do mesmo Brasil.


Petrópolis
É inacreditável que gente sem escrúpulo consiga usar uma situação de tragédia para criar página falsa e desviar as doações para Petrópolis. Quem não sabe como ajudar as vítimas de Petrópolis, aí está o telefone para doar pelo PIX 24 99303 8885.


História de Brasília
Pasmaria quando souber que êsse mesmo senhor está agora, dessembargador Sousa Neto está em atendimentos no Rio para arrendar o “DC-Brasília”. (Publicada em 17.02.1962)



