Autor: Circe Cunha
Uma das estratégias usadas pelos terroristas, no interminável conflito no Oriente Médio e em outras partes do mundo, consiste em misturar os combatentes em meio à população civil, escondendo soldados e armamentos em hospitais, escolas e outros lugares de aglomeração cotidiana.
A lógica, além de camuflagem dos insurgentes, visa dificultar, por motivos éticos, o bombardeio desses ninhos de guerrilheiros. Trata-se de tática de guerra covarde, que obriga o oponente a pensar duas vezes antes de lançar bombas contra alvos delicados. Mesmo assim, os bombardeios pesados a esses sítios são costumeiros, com grande número de vítimas, principalmente de civis.
Como nas guerras, a primeira vítima costuma ser sempre a verdade, as versões sobre a morte de inúmeros civis são variadas. Os serviços de propaganda dos terroristas exploram ao máximo os fatos, mostrando para o mundo a crueldade dos ataques contra inocentes usados como escudos.
Na guerra é assim, na política, também. A estratégia de marketing do atual governo insiste na tecla de que as chamadas pedaladas fiscais foram necessárias para atender aos programas sociais. Fato é que apenas 19% desse descaminho do dinheiro foram usados para o programa Minha Casa Minha Vida, o restante foi empregado efetivamente no Bolsa Empresário, atendendo a programas como sustentação de investimento. Outra parte, destinada à safra agrícola.
Na propaganda oficial e nos discursos feitos pela presidente Dilma, a verdade ganha outra vertente. Segundo a presidente, aqueles que pedem seu impeachment não admitem que se gaste dinheiro público com programas de alcance social como o Minha Casa Minha Vida.
A estratégia de dona Dilma, de usar a população mais carente para se escudar do que manda a lei, com a distorção grosseira da verdade, é a mesma usada nos conflitos alhures. Dessa vez, além da verdade, a outra vítima é a parte da população blindada para que a educação não chegue até ela.
“Carro desgovernado nvade Ministério gualmente desgovernado.”
Comentário do pessoal da madrugada que viu o carro que entrou na recepção do Ministério da Fazenda
Engraçado que ninguém consegue comer um alfajor Manolo sem dar uma olhada para ele depois da primeira mordida. Realmente é muito gostoso. É o resultado da união de um casal que deu certo. Josefina, argentina e Tommy, de Brasília. Ela é engenheira de alimentos e, ele, bacharel em relações internacionais.
Para fechar a informação. O alfajor Manolo foi tão bem-aceito que vários pontos de venda aceitaram vender sem tanta burocracia. Sanfelice, Livraria Cultura, California Coffee, Panitalia, Belini e Quitinete
No estacionamento de um shopping no Guará, um homem foi preso quando tentava sequestrar um taxista. No caixa eletrônico da Caixa, no Setor Central do Gama, dois menores e um maior de idade quase conseguiram concluir mesmo intento. A polícia passou no local logo depois da fuga. Conseguiu levar para trás das grades todos os três. Por causa das leis, e não da polícia, logo os menores voltarão ao crime. O adulto era reincidente.
Por falar em Caixa, a Caixa Econômica mais uma vez adiou a divulgação do rateio do Concurso nº 1.776. O senador Alvaro Dias, de recesso, certamente está acompanhando o mistério.
Se precisar fugir da tempestade, fique longe da Ponte do Bragueto. Debaixo chove mais. Há anos que o escoamento da rede pluvial cai nos vidros dos carros que passam por ali. Essa ponte não tem idade nem estrutura para suportar o tráfego que vem enfrentando nos últimos 10 anos. Uma ponte ligando o Setor de Mansões, Lago Norte e Asa Norte é questão de tempo e necessidade.
Nada tem sido feito pela Agência Nacional de Saúde em relação aos planos. Depois de anos pagando uma fortuna mensal para cinco filhos, nosso leitor recebe correspondência informando que, ao pagar a parcela de janeiro, será automaticamente transferido de um lano melhor para um plano que não é aceito m lugar algum. E fica or isso mesmo.
Contam que ao se despedir do sr. José Aparecido, no aeroporto militar, o sr. Jânio Quadros teria dito: “Cidade malsinada esta: espero não tornar a vê-la”.(Publicado em 29/8/1961)
Imagens têm o poder de revelar fatos que estão além das possibilidades das próprias palavras. É justamente esse poder imagético, capaz de capturar o objeto, revelando-lhe a alma por inteiro, que melhor traduz um tempo e suas possíveis vicissitudes. Na foto recente em que aparece o ex-ministro Joaquim Levy entrando no saguão do aeroporto de Brasília, o que se vê é a imagem de um homem comum, com vestimenta informal, carregando uma pequena bagagem de mão. Nela, o sujeito parece caminhar ligeiro rumo ao portão de embarque. Na imagem despretensiosa, o personagem é fotografado de costas, mas, mesmo assim, parece demonstrar certa aflição para deixar a cidade o quanto antes.
Na verdade, todo um tratado de economia poderia ser erigido apenas tomando como ponto de partida o último ato registrado do agora ex-ministro da Fazenda. Um epitáfio ou subtítulo poderia esclarecer no rodapé da imagem: Ministro tem a barreira da paciência ultrapassada, deixa o governo, pega a mala e ruma para o aeroporto de Brasília. Ou ainda: Levy, irritado com pressão de petistas e sabotagens de toda a ordem ao seu plano de reestruturação da economia, abandona o governo às pressas. Ou quem sabe: Levy dá no pé e sai à francesa. Também poderia ser: Levy se convence de que Dilma é bipolar e se manda para o aeroporto.
A bem dos fatos, nenhuma sentença escrita poderia traduzir o verdadeiro sentimento daquele personagem, naquela hora, naquele local. Professor do ex-ministro no passado, o também economista Armínio Fraga afirmou certa ocasião, durante entrevista, que Levy era uma ilha de competência num mar de mediocridade no governo Dilma. De posse da foto e dessa derradeira informação, tem-se o último ser competente da equipe da presidente Dilma. Fez as malas e voou. Dizer mais o quê?