Autor: Circe Cunha
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Com contundência, a realidade vai se impondo a cada dia e fazendo ver, até aos mais incrédulos, a necessidade de reforma da previdência. A questão é que o tema foi empurrado para o labirinto pantanoso da política. Pior, para o beco sem saída da ideologia. E ao que parece, a situação está ainda mais complicada: o tema da reforma acabou em ano eleitoral, encurralado na armadilha preparada pela esquerda. Não qualquer esquerda. Mas uma do tipo comandada por múmias do passado, mortos vivos de uma guerra fria longínqua e com validade vencida.
Quando um assunto, sério e urgente como esse, é remetido pelos inspetores da Administração Central dos Campos ou Gulag, para os confins congelados da mentira, fazendo ver aos mais necessitados que esse tema só veio à baila em razão de uma perversão das elites, e que o povo precisa reagir sem pensar, nada mais pode ser feito.
Doravante, quem tocar no tema, em tempos de caça aos votos, estará condenado a danação e a maldição dos eleitores. Com uma estratégia dessas, todo o movimento é infrutífero. A tinta falsa que cobre a questão da reforma, fazendo-a parecer sem propósito, esconde a ferrugem que tomou conta da máquina da previdência.
Não reformá-la, ajuda a empurrar, ainda mais, parte da população para a insolvência. Preocupante é saber que, com um problema desse tamanho, diante dos olhos, a maioria dos congressistas, a quem cabe buscar soluções viáveis para tão emaranhado imbróglio, não sabe ao menos do que se trata.
Fôssemos pesquisar junto aos políticos qual leitura factual que fazem desse problema, a maioria não saberia explicar. Por uma razão simples: muitos desconhecem o assunto. Suas miudezas. Não possuem, pois, opinião formada sobre o tema. Não são a favor e nem contra. Muito pelo contrário.
Em tempos de campanhas, melhor deixar o tema de lado. Se a querela, em suas minúcias, é ignorada por muitos, para aqueles que conhecem a questão e que fazem coro junto com o Executivo, a intenção é outra. Resume-se em deixar tudo como está, em razão da baixa popularidade do atual governo e do tempo exíguo para implementar tamanha mudança.
Nessa rota não há saídas para reforma da previdência. Nem à esquerda, nem à direita. Melhor empurrar a coisa para frente. Sine die. Quem sabe confeccionar, depois de 2018, minirreformas pulverizadas em doses homeopáticas. Mais prudente então, uma reforma indolor, incolor, sem cheiro e sem gosto. Que seja uma reforma. Mas do tipo que não foi reformada. Que haja alterações na Previdência, mas que não sejam percebidas por ninguém e que acabe como começou, ou seja, com os mesmos problemas de antes.
Para não chatear os trabalhadores, melhor seguir nessa pantomina, onde todos ensaiam uma dança sem sair do lugar. Uma mímica feita sem gestos e ação. Tudo aparente e falso. Correndo em volta das cadeiras, como crianças, alheias a contundência da realidade, uma multidão frenética busca sentar nos poucos lugares que há. Muitos ficarão de pé, ou tombarão sem assistência na velhice.
A frase que foi pronunciada:
“Uma forma infalível para diminuir o número de partidos e candidatos no Brasil é cortar mordomias dos Três Poderes, nas esferas federal, estadual e municipal.”
Frase ouvida no cafezinho da Câmara
Código de Conduta
Manual para os próximos eleitos: Um país sem excelências e mordomias, da Geração Editorial. Sem carro particular, sem apartamento, sem penduricalhos no contracheque. É só chegar na casa legislativa, executiva e judiciária com as novas regras de economia já estabelecidas. Mais fácil de se acostumar. Os impostos devem ser revertidos para o bem-estar da população, não dos eleitos por ela.
Sintonia
No discurso em Formosa, a ministra Cármen Lúcia disse que o cidadão está cansado de “tanta ineficiência” dos serviços públicos e “cansado inclusive de nós do Sistema Judiciário”, concordando com a nota acima.
Compete
Mais uma atleta sem patrocínio. Paloma, 11 anos, treina 5h por dia, desde que voltou do Pan. O objetivo é competir em Las Vegas no dia 19 deste mês. Esperando que o programa Compete, do GDF, fosse bancar a passagem, sua mãe, Clarissa Vaz Dias, recebeu a negativa no mesmo mês da viagem. Pede ajuda. Fotos e dados para o depósito no Blog do Ari Cunha.
Favorecido
Agência: 1003-0
Conta: 34286-6
Cliente: Clarissa Vaz Dias
Visível
Em pouco tempo, as regras para a exibição de preços mudarão nas gôndolas dos supermercados. A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados propôs que as informações sejam disponibilizadas inclusive para quem tiver visão reduzida. O relator da matéria é o deputado Aureo. A proposta segue para a CCJ da Casa.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O que vale no Banco, é a estrutura, que vem do tempo do sr. Raul Barbosa, e a prova de que é boa, é que enfrentou esta última administração. (Publicado em 13.10.1961)
Qualificar o voto, por sua origem, é qualificar a representação por sua finalidade
ARI CUNHA
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Eleições lavam mais branco, já dizia dona Dita há décadas. Com a renovação do Legislativo, reacendem, a cada eleição, as esperanças de um novo tempo. Pelo menos, tem sido assim as expectativas desde a redemocratização. Ocorre que a realidade dos fatos, e principalmente da composição dos parlamentos e dos Executivos, tem insistido em contrariar o desejo íntimo da sociedade esclarecida, fazendo surgir, a cada quatro anos, figuras que, para ficar em mínimas análises, desapontam a todos.
Se o Parlamento e o Executivo são o reflexo acabado de seu povo, é preciso, antes de tudo, analisar, bem de perto e com urgência, o tipo de eleitor que tem comparecido às urnas. O voto é ou deveria ser, antes de tudo, uma conquista preciosa da cidadania e, como tal, deveria ser valorizado como joia rara e fugaz, que passa ligeiro pelas mãos e se perde no turbilhão de milhões de outros e segue seu curso.
Sendo o espírito de uma nação, o voto não deveria ser entregue a todo e qualquer cidadão. Os exemplos pelo mundo mostram que o eleitor qualificado desde a origem vê no voto um trunfo conquistado. O voto precisa ser dado por aqueles que demonstram, pela cidadania, seu real compromisso com o futuro do país. O voto é um louro. Dito dessa forma e em um mundo ideal, seria preciso que, para o eleitor pudesse erguê-lo orgulhoso junto à urna, ficasse demonstrado cabalmente sua capacidade moral e intelectual e principalmente sua plena consciência de que esse é, dentre todos, o maior galardão e a mais alta comenda conferida pela nação a um cidadão.
Sem contendas caros leitores. No mundo prático, um modelo como esse só se sustentaria se tivesse como base sólida uma educação também de qualidade.
Em outras palavras, equivale a dizer que somente um povo educado, e por conseguinte cônscio de si, de suas obrigações, deveres e direitos, possui as qualidades necessárias para escolher, entre seus conterrâneos, aqueles que, por merecimento e serviços prestados, deveriam ser seus legítimos e dignos representantes. Mas isso, lamentavelmente, só poderá ocorrer num país ideal, do qual, pelo visto até agora, estamos arredados milhas de distância. Vale lembrar que na realidade, milhares de eleitores educados do primeiro mundo, onde o voto não é obrigatório, já desistiram de votar.
Dessa forma fica claro que ao voto não interessa quantidade e sim qualidade. Nesse caso, a universalização do voto se antepõe, e a realidade tem demonstrado isso, o voto de qualidade permitido apenas àqueles com capacidade e cuidado para conduzi-lo, solenemente até a urna, como uma bandeira.
A realidade é que, enquanto permanecer turva a água na nascente, todo o curso adiante será também turvo. Nas palavras livres e diretas de Dona Dita, o voto deveria caber apenas àqueles brasileiros com vergonha na cara e que sabem e temem pelas consequências de suas ações e não livre passagem para aventureiros e outros tipos de representantes que acabam estampados nas páginas dos jornais, portando algemas de aço nas mãos e nos pés, saindo de camburões da polícia e adentrando penitenciárias de segurança máxima. Para os crédulos o equivalente ao ditado: Pelos frutos, conhecerão a árvore.
A frase que foi pronunciada:
“A primeira impressão que se tem de um governante, e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam”.
Maquiavel, filósofo italiano
Release
Lançado pelo GDF, o Corujão. Pela distância do trabalho e dificuldades no transporte público, a solução encontrada pela Secretaria de Mobilidade foi o transporte público em horários especiais, como as linhas noturnas que funcionarão entre as 23h e às 5h. As regiões contempladas foram Sol Nascente, Lago Norte, Varjão e Píer 21.
Estranho
Conselho Nacional de Justiça dedica menção honrosa pelas mais de 3 mil audiências de conciliação que a operadora de plano de saúde realizou em 2017. Cai entre nós. Menção honrosa merecem os usuários de qualquer plano de saúde, que recorreram aos tribunais para fazer valer seus direitos. São pacientes que pagam horrores de impostos e ainda precisam se submeter aos planos de saúde e suas imposições.
Muito bom
Google Play dedica a tecnologia para quem quer pular carnaval e para quem quer ficar bem longe dele. Pelo aplicativo da plataforma, o internauta pode ter a localização da folia, comentar, compartilhar. Ou pode ver as alternativas de descanso com o google maps dando suporte.
Luta
Inacreditável como nossas autoridades desprezam a arte. Hércules Gomes está gravando um CD em homenagem aos 170 anos de Chiquinha Gonzaga e precisa de contribuição financeira dos amigos para viabilizar o projeto. Pelo Blog do Ari Cunha acesse o link para contribuir, se quiser.
https://www.catarse.me/notempodachiquinha
No Tempo da Chiquinha
Com licença querido(a)?estou ajudando um amigo pianista, Hércules Gomes, a divulgar sua campanha de financiamento para gravação de um CD em homenagem a ? Chiquinha Gonzaga, pelos seus 170 anos?. Se você puder contribuir ficaríamos muito agradecidos, qualquer valor é importante, super fácil é só acessar o link https://www.catarse.me/notempodachiquinha. Obrigado pela atenção, Grande abraço ? e se puder, compartilhe esse projeto lindo ❤?❤ Wandrei Braga ?
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Banco sem sorte, o do Nordeste. Depois de uma administração calamitosa como a do sr. Alencar Araripe, surge, agora o governador Parsifal Barroso indicando o sr. Valdemar Alcântara para a presidência. (Publicado em 13.10.1961)
ARI CUNHA
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Com a sanção feita agora pelo GDF da Lei Distrital nº 6.094, de 2018, prevendo punições e multas para os autores de pichações, está aberta, oficialmente, a temporada de caça às garatujas e outros rastros de sujeira deixados por delinquentes em prédios e monumentos públicos espalhados pela capital.
O problema é que esse é apenas um primeiro e curto passo num longuíssimo caminho contra o vilipêndio contra nossas cidades, transformadas em guetos de gangues, que usam os espaços urbanos para marcarem posições de domínio e controle. Como foi elaborada, essa legislação precisaria ser mais incisiva e dura contra esses malfeitores, vedando qualquer possibilidade de depredação dos monumentos tombados e do mobiliário urbano. A brecha na lei para que o infrator repare o dano causado, desde que não seja reincidente, amolece a punição e deixa, em aberto, o retorno do pichador.
Hoje, a pichação já é considerada, em todo mundo, como uma praga de difícil contenção. Nos países desenvolvidos, a atividade é mais visível apenas nas áreas degradas dos subúrbios, onde os serviços públicos são mais ausentes. Mesmo assim, a punição é severa e sujeita o infrator a duras penas, com o trancafiamento do sujão por longos períodos, além de pesadas multas e reparação do dano.
Nos países que formam o bloco do chamado Terceiro Mundo, as pichações fazem parte da paisagem urbana e são vistas em qualquer parte da cidade em que a vista alcança, contribuindo para a degradação física dessas áreas e deixando subentendido a todos que naquela região o poder público e a segurança do Estado não mandam. A celebrada Teoria das Janelas Quebradas, provando que pequeninos sinais de depredação do espaço público acabam por induzir a destruição de tudo em volta, como uma semente do mal, ainda não foi devidamente considerada por nossas autoridades para deter a decadência da maioria das áreas centrais de nossas metrópoles.
A pichação forma, ao lado da poluição visual dos reclames publicitários disformes, um retrato acabado da distopia urbana, que faz de nossas capitais um lugar ainda mais insalubre e hostil para seus habitantes. As pichações nessas áreas de risco apenas delineiam o caminho para delinquência agir e registra, com assinatura e tudo, que aquele é um espaço do crime, entregues a eles pela omissão do poder público e, em parte, pelo assentimento da população, acossada e refém dessas gangues.
Hoje em dia, andar pelos centros de nossas cidades, qualquer uma, quando a noite cai, é uma experiência de alto risco e sujeita o incauto ao risco de morte. Aqui vale dizer, que nossos representantes na presidência da Câmara dos Deputados e Senado Federal comandam as casas legislativas vindos dos estados mais violentos do país. Rio de Janeiro e Ceará clamam para que os ocupantes do alto escalão façam efetivamente alguma coisa para coibir a violência no país.
Na abertura dos trabalhos legislativos, o presidente do Senado abordou o assunto dizendo que “é preciso agir de forma cada vez mais vigorosa contra o crime organizado”. O senador Eunício Oliveira sugeriu, ainda, a criação de um Sistema Nacional Unificado de Segurança Pública e mais rapidez nas reformas dos códigos Penal e de Processo Penal e da Lei de Execuções Penais. Já o presidente da Câmara Rodrigo Maia confessa que o tema violência precisa ser discutido de maneira transparente no Parlamento.
Não se enganem, pichadores formam a linha de frente da violência e, como tal, devem ser combatidos com todo o rigor sob pena de virmos a nos tornar encarcerados em nossas residências, transformadas hoje em verdadeiros bunkers, mas, que na realidade, não passam de celas que construímos para nós mesmos.
A frase que foi pronunciada:
“A violência é uma questão de poder. As pessoas se tornam violentas quando se sentem impotentes.”
Andrew Schneider
Outro lado
Recebemos de Juliana de Castro, da agência de Comunicação CDN, um Relatório Anual da Seguradora Líder – DPVAT. A íntegra pode ser lida no blog do Ari Cunha.
Email enviado pela Assessoria de Imprensa da Segura Líder sobre Relatório Anual – DPVAT
Distrito Federal tem um dos mais baixos índices de acidentes de trânsito no Brasil
O Distrito Federal, apesar de possuir uma frota de aproximadamente 1,7 milhão de veículos (dados do DENATRAN/novembro 2017), possui um dos mais baixos índices de indenizações pagas em todo o Brasil. Em 2017, foram 2.411 indenizações pagas pela Seguradora Líder a moradores do Distrito Federal, ou 0,6% do de indenizações pagas em todo o Brasil. Outro destaque relativo à região é o baixo número de fraudes detectadas: apenas 14 casos em todo o ano de 2017.
Número de indenizações por morte pelo DPVAT cresce 23% em 2017
Relatório Anual Seguradora Líder-DPVAT, administradora do seguro, apresenta um panorama sobre as vítimas de acidente de trânsito no Brasil
Rio de Janeiro, fevereiro de 2018 – O número de indenizações pagas para vítimas fatais no trânsito brasileiro cresceu 23% em 2017. O dado é fruto do Relatório Anual Seguradora Líder-DPVAT, administradora do seguro, que indica um retrato da violência no trânsito em todo o país. Em relação a mortes, o destaque fica com São Paulo que, seguido por Minas Gerais e Ceará, figura no topo da lista dos estados com maior número de sinistros pelo segundo ano consecutivo.
Segundo os dados, em 2017, mais de 380 mil indenizações foram pagas nos três tipos de cobertura oferecidas pelo DPVAT: morte, invalidez permanente e despesas médicas. Ainda que expressivo, o número é, aproximadamente, 12% menor do que o registrado em 2016, com cerca de 430 mil indenizações pagas. No recorte somente por invalidez permanente, por exemplo, os dados também registram queda, desta vez, de 18% em relação ao ano anterior.
Em relação ao perfil das vítimas, os homens representam 75% das indenizações pagas por acidentes no país. A faixa etária entre 18 e 34 anos, um extrato importante da população economicamente ativa, concentra 49% das indenizações pagas. Quando avaliado por cenários regionais, a mesma tendência se repete em praticamente todos os estados.
Outro recorte que merece destaque é o dos acidentes com motocicletas. De acordo com o relatório, três em cada quatro indenizações do Seguro DPVAT estão relacionadas a veículos sobre duas rodas. Apesar de representarem 27% da frota nacional, as motos são responsáveis pelo maior número de acidentes e de vítimas, acumulando 285.662 sinistros ou 74% das indenizações pagas em 2017.
Em alguns estados, o número de vítimas de acidentes com motocicletas chega a ser 10 vezes maior do que o registrado com carros, como é o caso do Ceará. 88% das indenizações por morte em acidentes com motocicletas foram para vítimas do sexo masculino. No caso de acidentes de motos que resultaram em sequelas permanentes, 79% das indenizações também foram para vítimas do sexo masculino.
O Seguro DPVAT representa uma proteção importante aos mais de 200 milhões de cidadãos em caso de acidentes de trânsito em todo o território nacional, seja ele motorista, passageiro ou pedestre, sem considerar a responsabilidade sobre o acidente. O Relatório Anual Seguradora Líder-DPVAT 2017 contribui para dimensionar a extensão dos danos causados pela violência no trânsito em todo o país, bem como progressos alcançados pela educação e conscientização de motoristas.
Intenso combate a fraudes
Outro importante dado apresentado pelo relatório é em relação ao combate a fraudes. Somente em 2017, foram evitadas perdas de R$ 222,9 milhões referentes a 17.550 tentativas comprovadas de fraudar o Seguro DPVAT para recebimento de indenizações. O montante de fraudes evitadas em 2017 é 85% superior ao identificado em 2016 (120,2 milhões).
O resultado expressivo representa o intenso trabalho da Seguradora Líder a fim de garantir que o Seguro DPVAT continue atendendo a quem de fato precisa. Neste sentido, uma das principais atribuições da empresa é criar instrumentos que busquem a proteção do benefício contra fraudes. Para isso, a Seguradora Líder segue investindo em tecnologia para aprimorar os controles.
O Relatório Anual Seguradora Líder-DPVAT completo está disponível no link.
Sobre a Seguradora Líder-DPVAT
Em operação desde janeiro de 2008, a Seguradora Líder-DPVAT é uma empresa privada, responsável pela administração do Seguro DPVAT no Brasil. A seguradora se tornou uma das principais fontes de dados relacionados a acidentes de trânsito no país. No site www.seguradoralider.com.br estão disponíveis para o cidadão diversas informações sobre o Seguro DPVAT e estatísticas.
Seguradora Líder – Assessoria de Imprensa
CDN Comunicação
Juliana Castro – juliana.castro@cdn.com.br / 21 3626-3726
Fábio Cunha – fabio.cunha@cdn.com.br / 21 3626-3761
Fabiane Moreira – fabiane.moreira@cdn.com.br / 21 3626-3723
Seguradora Líder
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Juliana Castro
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Tensão
Momentos de tensão no concerto da abertura da temporada da Orquestra Sinfônica (do Cine Brasília, já que o teatro da cidade está há 5 anos fechado.) Ao anunciar a presença da primeira dama Márcia Rollemberg, não houve vaias, mas aplausos.
Realidade
Embora muita gente discorde, foi bom o governador enfrentar a opinião pública indo até a Galeria dos Estados. Pelo menos, não fez como muitos que só sobrevoam de helicóptero. Estava atento e agora bem mais informado sobre a sua responsabilidade de administrar a verba para as devidas manutenções de engenharia.
Tartaruga
A Comunicação Social da Secretaria de Cultura está bem lenta em relação a divulgação dos trabalhos da Orquestra. Na abertura da temporada, o material chegou um dia antes do evento.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O sítio Pirangy, do sr. Silvio Pedroza, em Natal, tem um cajueiro, que é o maior do mundo, ocupando sua copa, uma área de 4.200 metros quadrados. Uma semente já foi plantada no Pirangy de Brasília, para ver se filho de cajueiro é cajueirinho… (Publicado em 13.10.1961)
ARI CUNHA
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No futuro distante, quando os historiadores passarem a analisar, com mais acuidade e sem a cegueira das paixões políticas, o período marcado pelos governos petistas no comando do país, irá se deparar com um material vasto e riquíssimo para a elaboração das mais diversas teses, abrangendo os mais variados aspectos da alma humana, abarcando temas que vão desde a psicologia comportamental até a elementos que remetam a literatura, mais propriamente ao realismo fantástico.
Aliás, para entender com mais precisão, esse período e a performance de pessoas e grupos ligados ao partido no poder naquela ocasião, será necessário ir buscar, para além da ciência política, características também descritas no realismo mágico, presente em muitas obras da literatura latino-americana. Somente a partir de uma análise mais ampla e sem preconceitos desse tempo, será possível adentrar num período de nossa história em que personagens reais se misturam com seres imaginários fabricados pelo marketing e pela propaganda política, resultando numa amálgama sui generis e surrealista.
De imediato os pesquisadores irão se defrontar com personagens que repentinamente se viram emergindo numa nova realidade, passando a ser expostos à um mundo que jamais sonharam existir. Para tanto, colocando os interesses do Estado de lado, até por que não compreendiam seu funcionamento, passaram a cuidar, às pressas e de improviso, de organizar um patamar ou bunker para proteger a cúpula do partido, assegurando medidas que permitiriam, doravante
Para um grupo, que se viu de repente sob as luzes da ribalta, aquele era um mundo novo, semelhante, talvez, àquele encontrado pelos navegantes europeus no século XV. Os Saltimbancos tomaram o poder dos patrões e conseguiram fazer o pior. Continuaram com o mesmo olhar que tanto reclamavam, mas de forma provinciana, abastecendo pessoas e partidos com dinheiro da corrupção. Tanto é, que não há estruturas mudadas nem na educação, transporte, segurança e saúde. A esperança depositada nos Saltimbancos também morreu.
Ao tomar posse do novo e amplo continente, os Saltimbancos paulistas trataram logo de agradar os autóctones do poder, com ossos, ovos de outro, carroças e uma estranha liberdade na forma de maços gordos de dinheiro, arrancados dos cofres do Estado. Guardados em malas, apartamentos, cuecas, contas no exterior, países afora.
Pela facilidade com que encontraram as minas do ouro de aluvião, passaram a explorar, febrilmente, as jazidas localizadas no seio das muitas estatais. Como nos melhores contos, onde a ambição de uns poucos leva todos igualmente à ruína, a rapinagem desmedida acabou por despertar inveja nos antigos donos da terra, alijados do banquete pantagruélico.
O que seguiu dessa desventura foi trazida à luz da população, sob a forma de delações, feitas por traidores temerosos do cadafalso da justiça. Os milhares de relatos, que compõem essa fase, traçam o retrato de um mundo que pareceu existir muito além da realidade, mostrando situações e personagens que levariam escritores como Gabriel Garcia Márquez, Jorge Luis Borges, Alejo Carpentier, Manuel Scorza e outros, a entender que para além do fantástico e mágico mundo que criaram, existe um país onde uma miríade de personagens eleva esse tipo de leitura aos píncaros da imaginação, reduzindo a realidade à um livro de areia, que se escreve infinitamente.
A frase que foi pronunciada:
“Nosso Brasil é um eterno baile de máscaras e fantasias.”
Joãozinho Trinta, de onde estiver.
Ainda
Não foi preciso aguardar o desastre ocorrido na Galeria dos Estados para externar a preocupação de muito tempo. Esta coluna já chamou a atenção várias vezes para a ponte do Bragueto. A ondulação saliente que havia na ponte foi lixada poucos dias atrás pelo DER. Sempre remendos. Essa ponte não foi projetada para o peso e movimento das últimas décadas. A mesma coisa com a Barragem do Paranoá. Se para a troca de um alambrado o descaso é gritante, imaginem para a manutenção da área.
Cidadania
Professor Davi Moreira Santos, do CED Condomínio Estância III, encaminhou 3 correspondências ao Governo do DF. A primeira ao senhor Marcelo Granja, do Detran, solicitando que seja revitalizada a pintura das faixas sinalizadoras de trânsito, próximo à escola e posto de saúde, avenida principal da Estância, Avenida Marechal Deodoro, Quadra 98 Setor sul de Planaltina.
Documentado
A outra carta pede ao administrador de Planaltina, Vicente Salgueiro, postes na rua contrária ao prédio da escola Estância III, já que os alunos do horário noturno precisam de mais segurança na saída das aulas. O parquinho da Estância, Próximo ao centro de Saúde, precisa ser revitalizado. As cartas e a documentação poderão ser lidas na íntegra no Blog do Ari Cunha.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Sr. Roberto de Souza Lima, SQ 411 Bl. 20 apt. 108: foi uma nota de bom humor. O senhor é que não interpretou bem. Desculpe. (Publicado em 13.10.1961)
ARI CUNHA
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No Brasil, de uma forma geral, a compra de um carro é feita para atender a necessidade de trabalho. É, nesse sentido, uma ferramenta, usada para transporte de pessoas ou carga e passa longe de ser um objeto de luxo, até pelo preço cobrado pelas unidades que são vendidas aqui, no mercado interno.
Também a precariedade acentuada dos transportes públicos, acaba servindo como incentivo a mais na compra de um automóvel particular. Ciente desses aspectos, a indústria automobilística fatura alto nas vendas, o que faz desse mercado um dos maiores do mundo.
Com isso, uma frota fabulosa de aproximadamente 45 milhões de carros de todo o tipo se somam a 13 milhões de motos que passam a entupir, todos os dias, nossas principais metrópoles, contribuindo para o caos urbano no trânsito e causando prejuízos de toda ordem.
Com uma frota desse tamanho circulando nas estradas em péssimas condições, não chega a ser surpresa que todos os anos sejam registados 47 mil mortes no trânsito, além de 400 mil pessoas que ficam com algum tipo de sequela por conta dos acidentes variados.
Para uma economia como a nossa, forçada a conviver com os parâmetros ditados por uma espécie de capitalismo selvagem em que o Estado se coloca como o sujeito de maior proeminência, o caos provocado pelo número enorme de automóveis e vítimas é, antes de tudo, fator de lucros.
O que resulta em prejuízos para os donos de automóveis envolvidos em sinistro, representa para as agências de seguros, impostas de forma compulsórias pela legislação de trânsito, um oceano de lucros fáceis e nebulosos, amealhados de cada cadáver ou mutilado nessa guerra desigual das estradas brasileiras.
Os Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) possuem, em cima do prêmio do seguro obrigatório, além de um monte de cadáveres e mutilados, montanhas de explicações para prestar à sociedade.
Os desvios do DPVAT são numerosos e antigos, e foram aqui mesmo, nesta coluna, por diversas vezes, motivo de editoriais. Os negócios pouco explicados envolvendo sinistros, dentro do nosso modelo particularíssimo de legislação de trânsito, vão desde o destino final do valor arrecadado até as centenas de fraudes e negócios mal explicados com a indenização das vítimas.
Desde sua criação em 1974, os negócios envolvendo a Seguradora Líder e seu consórcio de 77 seguradoras, que orbitam essa empresa, vem sendo alvo da justiça e mais recentemente do Ministério Público. O poderoso lobby desse consórcio tem impedido, até aqui, que projetos como o do senador José Medeiros (PPS-MT), que restabelece a livre iniciativa, dando ao proprietário de veículos o direito de livre escolha da seguradora que irá cobrir possíveis danos pessoais, prossigam em tramitação.
São mais de R$ 7 bilhões arrecadados todos os anos que se perdem no sinuoso caminho da burocracia marota. Colocada sob as leis do mercado, onde impera a lei da oferta e da procura, o valor desse tipo de seguro será reduzido drasticamente. A Seguradora Líder recebe 2% da arrecadação com o DPVAT de cerca de 60 milhões de veículos automotores todos os anos.
Curiosamente, quando a Polícia Federal chega perto desse negócio da China, o valor do seguro cai, como foi o caso da Operação Tempo de Despertar, realizado pela PF. Naquela ocasião, janeiro de 2017, houve uma redução dos prêmios do DPVAT em 37%, gerando uma economia naquele instante de R$ 3 bilhões para os consumidores.
Auditoria feita agora pelo Tribunal de Contas da União (TCU) identificou a necessidade de se investigar um esquema de fraudes de mais de R$ 5 bilhões só com seguro obrigatório DPVAT, administrado pela Seguradora Líder, ao longo dos últimos dez anos. A investigação mira também a atuação da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que teria viabilizado as fraudes ao longo de todo esse tempo.
Caso chegue à um bom termo, essas investigações poderão abrir caminho para a liberdade de milhões de condutores, explorados por mais de quatro décadas por um sistema, que muitos acreditam operar como uma quadrilha institucionalizada no seio do Estado.
A frase que foi pronunciada:
“Quem é cego? Aquele que é incapaz de enxergar outro mundo./Quem é mudo? Aquele que é incapaz de dizer palavras amáveis no momento certo/Quem é pobre?/Aquele que é atormentado por ambição desmedida./Quem é rico? Aquele cujo o coração está em paz!”
Provérbio indiano
Conserto
Por falar em revitalização, não localizamos nos arquivos da administração da 308 Sul quem foram os responsáveis pela construção dos dois escorregadores de pedra do Parquinho da quadra. São diferentes e eram uma diversão sem igual para a meninada. Hoje, estão caindo aos pedaços, sem manutenção alguma, afastando de lá qualquer responsável que queira ver os filhos brincando em segurança. Veja o estado dos escorregadores hoje em dia. As fotos são de Cláudio C. Oliveira.
Concerto
Hoje é o grande dia. Promovido pela Embaixada da Índia, em parceria com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, a Bharat Symphony, ou A Sinfonia da Índia, será apresentada no Cine Brasília, às 20h, sob a regência do maestro Claudio Cohen e as presenças do Dr. Lakshminarayana Subramaniam, Kavita Krishnamurty, Bindu e Ambi Subramaniam. A entrada é franca.
Arte
Livro Scratch Ink, da Catapulta Editores, usa nova técnica de colorir para estimular criatividade e relaxamento. Por trás de um preto total há cores. Quem dá a forma é o leitor. Veja no blog do Ari Cunha o desenho feito por Mamfil, nosso colaborador desta coluna.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Hoje é sexta-feira, treze. Não leia seu horóscopo. Foi publicado o Decreto nº 51.336 que dispõe sôbre níveis de salário-mínimo. (Publicado em 13.10.1961)
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Tantas a Câmara Legislativa do DF aprontou e por tanto tempo, que acabou induzindo os brasilienses a elaborar um Projeto de Lei de Iniciativa Popular (Plip) contra o acúmulo de mordomias e disparates que esse parlamento local ergueu para seus membros.
Ironia das ironias, quis o destino que, por sua ação perdulária com o dinheiro público, a Casa das Leis acabou sendo alvejada pela primeira lei popular confeccionada diretamente pela população da capital, escandalizada pelo comportamento de seus representantes.
Juntos, o Observatório Social de Brasília (OSBrasília), o Instituto de Fiscalização e Controle (IFC) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), associações apartidárias sem fins lucrativos, que buscam o controle social dos gastos públicos e a transparência das instituições, tomaram a frente do projeto com o lançamento da campanha “Câmara mais barata” e passaram a recolher assinaturas da população para trazer o Poder Legislativo da capital de volta a realidade.
O objetivo é juntar 30 mil assinaturas, transformando essa petição num projeto regulatório que tem, apenas num primeiro momento, a intenção de acabar de vez com os gastos com verba indenizatória que hoje totalizam R$ 25 mil mensais para cada distrital. Somente com essa medida será possível, segundo os idealizadores do projeto, fazer uma economia de R$ 300 milhões a cada legislatura, ou o equivalente a compra de 3.640 ambulâncias ou 135 milhões de merendas escolares.
O projeto de lei popular visa, ainda, diminuir os gastos da CLDF com as chamadas verbas de gabinete, que hoje perfazem R$ 230 mil mensais para cada parlamentar para a contratação de pessoal. Pela proposta, este gasto será equiparado com outras assembleias legislativas do país, o que resultaria em mais uma economia de R$ 48 milhões anuais, que teriam um destino bem mais nobre e necessário para os brasilienses.
Outra intenção preliminar do projeto é reduzir drasticamente a verba com a publicidade institucional, cujo o valor em 2017 ficou em R$ 25,9 milhões e vinha aumentando a cada ano. Pela nova lei, esse valor seria reduzido para aproximadamente R$ 5 milhões anuais, o que resultaria numa economia de mais R$ 85 milhões a cada quatro anos. É bom os idealizadores, junto com a população, apressarem o passo para colher logo as assinaturas necessárias e pressionar pela aprovação integral do novo texto, disciplinando a Casa.
Alguns distritais, informados desse projeto e ante as eleições que se aproximam, já começaram a se movimentar para apresentar um texto alternativo e obviamente mais desidratado para apresentar aos eleitores, colocando-se, é claro, como pai da criança.
A presença do próprio presidente da CLDF ao lançamento da campanha no Museu da República e declarações como a feita pelo deputado Chico Vigilante chamando a proposta de demagógica, dão a pista de que haverá resistências dentro da Casa. Olho vivo e faro fino, portanto.
A frase que foi pronunciada:
“O homem público é o cidadão de tempo inteiro, de quem as circunstâncias exigem o sacrifício da liberdade pessoal, mas a quem o destino oferece a mais confortadora das recompensas: a de servir à Nação em sua grandeza e projeção na eternidade.”
Ulysses Guimarães
Carro quebrado e multa
Antes de passar pelo pardal da Barragem do Paranoá, que fica no sentido Norte/Sul, o motorista deve reduzir a velocidade menos do que exige o detector de velocidade. Isso porque um buraco está postado à vontade, sem que ninguém o incomode, pronto para estourar um pneu ou quebrar uma roda. Talvez seja mais interessante instalarem os pardais onde há buracos. Assim, quem desobedecer a lei será punido duas vezes.
Sem proteção
Por falar em Barragem do Paranoá, a fitinha amarela continua lá. Está no lugar do alambrado que foi derrubado por um carro que caiu muitos metros de altura. Sem o alambrado ou gard rail, a fita amarela faz o papel de proteção.
Escola
Vamos acompanhar se a merenda escolar da criançada da escola pública virá mais caprichada depois do carnaval. Ano passado, o lanche do noturno era caprichado, mas à tarde teve criança que não saiu das aulas de barriguinha cheia.
Novo Brasil
Sair da cadeia bilionário depois de ter surrupiado verba do erário parece ser uma punição bastante branda. Todos aguardam as declarações de Antonio Palocci quanto ao destino do dinheiro roubado pela corrupção. A cadeia é uma punição para a falta de consciência, mas tudo o que foi levado deve voltar aos cofres públicos. Espera-se então que saúde, educação, segurança e transporte passem a ser efetivamente responsabilidade do estado, como rege a Carta Magna.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Empreiteiros conversando na pagadoria da Novacap: “É a primeira vez que vemos espremer uma laranja para sair dinheiro”. (Publicado em 13.10.1961)
As manifestações populares passadas poderão dar o tom das próximas eleições?
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
No dia 15 de março serão exatos 3 anos da maior manifestação popular de toda a história do país, quando, em 239 cidades espalhadas pelo Brasil afora, milhões de brasileiros saíram espontaneamente às ruas para protestar contra a corrupção e mais precisamente contra boa parte da classe política envolvida em denúncias de desvios de dinheiro público.
Os protestos tinham destinatário certo e miravam objetivamente a elite dirigente do país, que por séculos vinha se revezando no poder com o único intuito de enriquecimento rápido e fácil. Nenhum outro acontecimento do passado jamais contou com tamanha adesão livre da população e, de certo que, nenhum outro no futuro será capaz de promover as transformações necessárias que a nação há muito reclama.
É fato de que esse tipo de mega evento não possuiu o condão de sensibilizar aqueles que ainda acreditam que tudo irá permanecer como antes. Contam para isso, com o providencial espírito de corpo de seus iguais, instalados nos mais variados postos de comando do Estado.
Mesmo esses últimos bastiões de resistência, encontram-se hoje cercados pela vigilância da sociedade. Uma vez removidos, as odiosas muralhas do foro de prerrogativa, com a ascendência definitiva do Artigo 5º da Constituição, restará vencida a derradeira batalha, com a afirmação final de que todos são iguais perante a lei.
O ponto de inflexão, ou o dobrar da esquina, pode estar mais perto do que se imagina e estará visível já nas próximas eleições. Para muitos, será exatamente na “troca da guarda”, marcada para 7 de outubro próximo, que será dado o sinal para o nascimento de um novo Brasil, com o afastamento definitivo do “ancien régime”.
Para alguns observadores atentos da cena nacional, essa situação, experimentada agora pelos brasileiros, se reveste de uma importância maior do que a própria redemocratização ocorrida a 30 anos atrás. Naquela ocasião, muitos brasileiros sabiam exatamente o que não queriam mais para o país, mas ignoravam ainda, e por completo, o que desejavam para o futuro.
Com a Constituição de 1988, acenderam-se algumas tochas a iluminar possíveis rumos a seguir, mas que, por conjunturas específicas, principalmente com reagrupamento de forças políticas do passado em torno dos novos governos que formaram, essas aspirações ficaram a meio caminho, como uma miragem no deserto. Tão ou mais importante do que a própria Constituição, para a mudança de eixo reclamada pela sociedade, foi a confecção, por iniciativa popular, da Lei da Ficha Limpa, capitaneada pelo juiz Márlon Reis entre outros juristas e avalizada por cerca de 1,6 milhão de assinaturas.
A questão que se põe agora é saber até que ponto as manifestações populares terão efeito sobre as eleições que se avizinham. Por certo, o efeito deletério da população nas ruas, contra a corrupção, pela ética pública e sobretudo pelo fim da impunidade, ainda poderá abalar as próximas eleições, trazendo um vento novo. O problema aqui é que os ventos da mudança parecem ainda não fazer tremular as bandeiras hasteadas nos tribunais superiores.
Nas redes sociais, contudo, aumenta o clamor pela convocação de todos para que não votem em nenhum representante do passado. Ciente dessa possibilidade, os partidos com assento no parlamento se anteciparam e fizeram uma espécie de reajustamento político sob o disfarce de reforma, da qual resultou, sobretudo, na injeção de R$ 1,7 bilhão de recursos públicos, para o azeitamento das máquinas partidárias, com vistas ao próximo pleito.
Essa manobra fez ver a todos, que mantém os olhos abertos, que está no seio dos próprios partidos, o principal movimento de contrarreforma e de perenização do status quo, do qual a maioria das siglas depende, desesperadamente, para sobreviver.
Num país imenso e desigual como o Brasil, é certo que as forças do atraso irão investir tudo na captação de apoio entre aqueles grupos mais desfavorecidos e consequentemente mais desinformados, de onde esperam angariar respaldo nas urnas.
A reedição do antigo voto de cabresto, sob roupagem moderna, não está descartada como estratégia final. Nesse jogo que se aproxima, mais do que votar, os eleitores irão à caça dos candidatos que querem ver, não no comando dos destinos do país, mas deixados no limbo da história ou até mesmo atrás das grades. O fato mostrado nas manifestações e nas mídias sociais é que a maioria dos políticos, que aí está ou esteve até recentemente, não possui o respaldo daqueles milhões de brasileiros que saíram às ruas em busca de um novo país.
A frase que foi pronunciada:
“A civilização é a longa e fascinante história da libertação do homem. A liberdade é o roteiro da civilização. Toda invenção é triunfo da libertação humana. Com a roda, o homem começou a libertar-se do espaço e do tempo; com a agricultura, do nomadismo e da fome; com a medicina, da doença; com a casa, a roupa e o fogo, das intempéries, do frio e das feras; com a escola, da ignorância; com a sociedade, da solidão; com a Imprensa, o rádio e a televisão, da desinformação; com a democracia, dos tiranos.”
ULYSSES GUIMARÃES
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O nosso próximo vizinho no Setor Gráfico será o grupo “Manchete”. A preocupação do Murilo Melo Filho subindo e descendo escadas da Prefeitura, com plantas debaixo do braço, está se transformando em um belo estabelecimento gráfico. (Publicado em 13.10.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
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Com a divulgação do Censo Escolar 2017, feito pelo Ministério da Educação (MEC), a própria ministra substituta, Maria Helena de Castro, reconheceu que a situação é grave, principalmente com relação ao número elevado de reprovação de alunos ao fim do terceiro ano do ensino fundamental, que chegam a esta fase sem ter aprendido a ler, a escrever e a fazer contas de Matemática.
Nesse período, o Censo mostrou que um em cada dez estudantes não consegue concluir a alfabetização proposta pela rede pública do país, o que, para a ministra, mostra um “fracasso” da escola. Essa deficiência se prolonga também ao fim da 9ª série, quando se conclui o ensino fundamental. Nesta fase 11,1% dos alunos são reprovados.
Para Maria Helena, existe nas escolas do país uma espécie de “cultura da reprovação”. Esse aspecto, na sua visão, traz impactos na vida escolar e na autoestima dos alunos, favorecendo, inclusive, a evasão escolar. “Os professores são influenciados pela cultura da reprovação, observou a ministra, para quem nenhum outro país do continente apresenta taxas de reprovação tão preocupantes como a nossa. Segundo sua avaliação, torna-se “inútil reprovar e não mudar o que a escola vai ensinar.
Também a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Institucionais (Inep), Maria Inês Fini, “Há uma crença de que a reprovação agrega conhecimento. A reprovação, diz, “contamina a cultura escolar.” Mesmo o diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Moreno, insiste na mesma análise. Para ele a repetência do aluno do 3º ano do ensino fundamental é um dado muito negativo, pois trata-se da etapa que finaliza o ciclo de alfabetização para aqueles alunos que deveriam estar na faixa dos oito anos de idade.
Pode ser que, por razão, o Censo 2017 tenha apontado uma queda no número de crianças e adolescentes nas escolas públicas e privadas brasileiras nos últimos quatro anos. Houve nesse período uma queda global de 45 milhões para 43,7 milhões de matrículas na comparação com 2013.
Muito além dos números, dados, gráficos e estatísticas trazidos pelo Censo Escolar 2017, está a comprovação global de que a escola pública no Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer se quiser um dia se igualar às suas congêneres, principalmente aquelas dos 35 países que formam a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O que chama ainda mais atenção dentro desse quadro desolador é que, ao lado da deficiência no âmbito pedagógico, nossas escolas ressentem do básico em termos de infraestrutura.
No ensino fundamental, 8,2% não possuem vasos sanitários; 45,7% não têm salas de leitura e bibliotecas e 88,5% não contam com laboratórios de ciências. No geral, apenas 41,6% dessas escolas possuem rede de esgoto, sendo que 52,3% contam apenas com escoamento por fossas.
Esses problemas aparecem com maior frequência nas escolas da região Norte, atingindo sobremaneira os estados do Acre, Amazonas, Pará e Roraima, onde a situação sanitária é precária também para toda a população.
Existem ainda escolas que nem rede de água possuem e que são abastecidas por poços artesianos ou carros pipas. O Censo apontou que em algumas escolas do ensino fundamental (10%) não há, sequer, rede de energia elétrica.
No Brasil são milhares de escolas que funcionam precariamente e fazem parte daquele conjunto de estabelecimentos de ensino perdidos no tempo e espaço, abandonados numa parte do país em que as condições de vida pouco diferem daquelas vividas no século XIX.
A frase que foi pronunciada:
“Choca-me ver o desbarato dos recursos públicos para educação, dispensados em subvenções de toda natureza a atividades educacionais, sem nexo nem ordem, puramente paternalistas ou francamente eleitoreiras.”
Anísio Teixeira
Leitora
Ana Lucia Duarte D’Alessandro nos escreve contando que recebeu uma multa indevida no Aeroporto de Brasília. Seu carro estaria estacionado em local proibido na plataforma superior. No mesmo dia e hora registrados na multa, ela estava em casa e o carro na garagem. Sem ter condições de comprovar o que diz, por ter recebido a multa meses depois, a leitora teve que pagar a multa aplicada. Ao contar o episódio em uma roda de amigos, dois deles relataram ter passado pela mesma situação.
Pagamento
Ceasa comemora menos furtos a veículos depois da cobrança para ocupar o estacionamento. A entrada e saída controladas e o monitoramento do espaço diminuíram sobremaneira o número de ocorrências.
Expressão
Ânimo em Brasília com a engenhoca importada pelo afinador de pianos, o Rogério. Pianolift custou 25 mil euros contando com os impostos de importação. Agora “carregar piano” não é lá tão difícil assim.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Começaram as chuvas e os abrigos nos pontos de ônibus ainda não foram construídos. (Publicado em 13.10.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
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com Circe Cunha e Mamfil
Houve tempo em que o governo federal podia resumir sua gestão com o lema: “governar é abrir estradas”. Mas isso foi há 90 anos atrás, quando Washington Luís usou dessa frase durante a inauguração da primeira rodovia construída no país, ligando o Rio de Janeiro a Petrópolis, em agosto de 1928.
De lá para cá, com poucas variações, seguimos teimando em interligar o país apenas por rodovias asfaltadas, amarrando nosso destino e nosso desenvolvimento às boleias dos caminhões, indiferentes às mudanças do tempo. Houvéssemos optado, no século passado, pelo transporte ferroviário em larga escala, sem dúvida alguma estaríamos muito mais à frente em termos de desenvolvimento econômico.
Nenhum país desenvolvido pode alcançar esse estágio econômico prescindindo do transporte ferroviário. Não seria exagero dizer que as ferrovias formam o principal e mais básico eixo de infraestrutura capaz de alavancar e garantir o progresso. Não é por acaso que é, de longe, o principal meio de transporte de cargas e pessoas daqueles países.
Ao atrelar a economia brasileira fundamentalmente às rodovias, imediatamente passamos a depender do petróleo e de seus derivados, do pneu do caminhão ao asfalto das próprias rodovias. Com a formação dos cartéis internacionais do petróleo no final dos anos sessenta, passamos de dependentes dos combustíveis fósseis a reféns dos grandes produtores, tipo OPEP. Mesmo ao nos tornamos um dos dez maiores produtores de petróleo do mundo, prosseguimos, por outras vias, dependentes e amarrados à indústria petrolífera, principalmente agora com a flutuação diária dos preços desse produto no mercado internacional.
O tempo é delicado com a descoberta de que a estatal brasileira (Petrobras) foi usada e abusada por governos passados para financiar partidos e políticos de todas as matizes ideológicas, dentro do maior escândalo de corrupção de nossa história. Exaurida e depauperada ao máximo por verdadeiras quadrilhas, a Petrobras amargou os maiores prejuízos desde sua criação. Obviamente, que por nossa dependência crônica desses derivados, fomos chamados a reparar os danos econômicos causados a estatal, na forma de aumentos espetaculares nos preços dos combustíveis. Sob o argumento da flutuação nos preços dessas commodities no mercado internacional, o que os brasileiros e os brasilienses, de modo particular, têm experimentado, é a surpresa das variações nos preços desse produto, sempre para cima, fazendo com que nossos combustíveis, incluindo o gás de cozinha, se situem entre os mais caros de todo o continente.
Em 2017, o valor médio nos preços da gasolina subiu 9,16% para uma inflação anual registrada em 2,9%, ou seja, 3 vezes mais. O pior, é que esse quadro não tem perspectiva de melhora, sendo que novos aumentos não estão descartados.
Como miséria pouca é bobagem, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) autorizou, agora, a venda em todos os postos de abastecimento da gasolina do tipo “formulada”, que vem a ser a gasolina combinada com outros 200 solventes. Mais barata, com menos rendimento, mais poluidora e muito mais danosa para os motores dos automóveis, essa será a alternativa posta aos consumidores que reclamam.
É o preço que todos os brasileiros têm de pagar para tapar o rombo deixado pelas gestões passadas recentes e pelas opções feitas, ainda no início do século passado, ao amarrar nosso destino ao ouro negro, desconhecendo a lenda que fala da maldição do petróleo e que a Venezuela, nossa vizinha e uma das maiores produtoras do planeta, é um exemplo vivo e atual.
A frase que foi pronunciada:
“ É assim que o mundo termina. Não com um estrondo, mas com a choradeira.”
T.S. Eliott
Leitor
Há muito venho falando e denunciando o abandono do nosso Lago Norte, o que eu chamo de “Paraíso Abandonado”. A realidade deste bairro é exatamente o que está contido no artigo. Se não bastasse o descaso do governo, existem ainda a falta de senso de alguns moradores que, sob o argumento da falta de segurança, cercam seus lotes com plantas espinhosas e agressivas que invadem as calçadas e obrigam os pedestres a descer das calçadas, expondo-se aos riscos de ser atropelados. Missiva de Augusto Evaristo Borges.
Novidade
Com o advento da Internet, a questão dos Direitos Autorais tornou-se incontrolável. O poderio do Ecad suscitava desconfiança por todos os lados. Depois de uma CPI na Câmara e outra no Senado, constatou-se que, apesar de ter sido criado pela Constituição, o Ecad não tinha o mínimo de transparência. Agora, o ministro da Cultura, Sá Leitão, habilitou outras entidades para gerir os direitos autorais dos artistas. São elas além do Ecad: Associação Brasileira de Música e Artes (ABRAMUS), Associação de Músicos Arranjadores e Regentes (AMAR/SOMBRÁS), Associação de Intérpretes e Músicos (ASSIM), Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música (SBACEM), Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais (SICAM), Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos Intelectuais (SOCINPRO) e União Brasileira de Compositores (UBC). Dividir a verba e dobrar a transparência é o que se espera.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Já começaram a chegar à Esplanada dos Ministérios, as primeiras máquinas paralisadas de Brasília. (Publicado em 13.10.1961)
ARI CUNHA
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com Circe Cunha e Mamfil
Não foi por falta de aviso que o GDF, no caso, e a Agência de Desenvolvimento (Terracap) deixaram de providenciar, a tempo, obras preventivas para conter o assoreamento do lago Paranoá. Aqui mesmo, nessa Coluna, por diversas vezes, foi feito o alerta de que as obras, à toque de caixa, do Setor Noroeste, estavam levando ao assoreamento do braço Norte do Lago Paranoá, ao lado da Ponte do Braguetto.
Era visível por quem passava pelo local, que diariamente a água que formava aquele imenso espelho d’água, no estuário do Rio Bananal, vinha apresentando uma coloração acentuada de barro, indicando a presença massiva de sedimentos de terra. Não precisou muito para se verificar que aquele espelho d’água, que anteriormente tinha uma profundidade de mais de 4 metros em muitos pontos e onde alguns banhistas ousavam mergulhar por cima do parapeito da ponte, começou a apresentar sinais de acúmulo de terra, com o surgimento de ilhas de capim que, pouco a pouco, foram tomando conta do lugar.
Infelizmente não foram tomadas quaisquer providências nem para dragar os milhões de metros cúbicos de terra que haviam sido carreadas para aquele sítio, nem para deter o fluxo contínuo de sedimentos que se acumulavam a cada dia. Pior do que essa omissão, foi dar início, também em ritmo acelerado, à gigantesca obra do anel viário do Trevo de Triagem Norte (TTN), sem que ao menos fossem adotadas medidas preventivas para que novo desastre ambiental fosse consumado com um mínimo de atenção naquela mesma região.
O desenho traçado pelos técnicos em engenharia de estradas para a instalação de pontes e viadutos da TTN simplesmente desprezaram a existência de importantes minas d’águas naquela região, passando por cima de nascentes que, no tempo da construção da Ponte do Braguetto, serviram muito bem para abastecer, com água de boa qualidade, o imenso acampamento que existia onde é hoje QL 01 do Lago Norte.
Nos anos sessenta era clara a existência de uma extensa mata ciliar que protegia aquelas nascentes de um lado e de outro das margens do Lago e que faziam daquela região um verdadeiro santuário para peixes e aves. Com o avanço inevitável do progresso e da ganância, dificilmente aquela região poderá recuperar o antigo equilíbrio ecológico e paisagístico, deixado para trás como empecilho ao crescimento desenfreado da cidade.
Agora, tardiamente, a 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema) requisitou providências administrativas em relação aos empreendedores do Setor Noroeste e do Trevo de Triagem Norte com relação ao assoreamento daquela região que reduziu drasticamente o armazenamento daquele manancial, contribuindo, segundo os promotores, para piorar a qualidade da água, numa época de escassez hídrica e em que o próprio GDF passou a captar água para o abastecimento da população.
A frase que foi pronunciada:
“Água sim, ouro não!”
Povo peruano, com o instinto de sobrevivência, contra o Projeto Conga de exploração mineira.
Partida
Ida foi quem anunciou a partida de Cauby. Disse que a sobrinha Nina confirmou que com a chegada de Cauby teria Xaxado no céu.
Foi assim
Quando a pessoa é boa e morre todos querem falar dela. Foi assim no enterro do amigo Cauby de Oliveira. Ana Ghita lembrou que recitava com ele Augusto dos Anjos, “Budismo moderno”. Tome, Dr., esta tesoura, e… corte Minha singularíssima pessoa./ Que importa a mim que a bicharia roa Todo o meu coração, depois da morte? (…)Ah! Mas o agregado abstrato das saudades/ Fique batendo nas perpétuas grades/ Do último verso que eu fizer no mundo!
Marca
Otaviano lembrou de três palavras para definir Cauby. Retidão, coerência, loucura e alegria. Além de ensinar os filhos sobre o horror do preconceito e a importância da tolerância.
Vivas
Iara comunicou que a despeito das religiões, Cauby ficaria com a Golda onde ela estivesse. Aqui na terra ou em qualquer lugar. Falava de ser judeu ou não. Marília Panitz bradou: Viva a subversão! Arrancou risos de quem conhece bem a família pioneira, alegre e ligada à arte de viver a verdade.
Profundo
Foram muitas as falas, as músicas, as homenagens, as lágrimas, sorrisos e as gargalhadas. Uma homenagem intensa, dos descendentes de Abraão ao gibão de couro do agreste. Como os Pietrikovsky de Oliveira.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
E o pior de tudo é atacar a pediatria, que possui excelente equipe, devotada e cumpridora do dever, sem desmerecer as demais. É negar a atenção que se deve a quem trabalha com atenção e desvelo. (Publicado em 13.10.1961)