Fraude em concurso do STJ provoca operação da Polícia Civil do DF

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Com o objetivo de cumprir 13 mandados de busca em vários locais do Distrito Federal, a Polícia Civil local (PCDF) deflagrou, nesta quarta-feira (19/12) a quarta fase da Operação Panoptes. Desta vez o alvo é o concurso público do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que teria sido fraudado. A operação foi realizada pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e, até o fechamento da reportagem, a Divisão de Comunicação da corporação não forneceu mais informações. A corporação informou posteriormente que haverá uma coletiva de imprensa às 14h30.

De acordo com o STJ, a investigação é sobre o concurso de 2015. Leia mais em: Baixo desempenho de servidores levou STJ a procurar Polícia Civil

 

Operação Panoptes

Segundo informações da PCDF, a operação é voltada a desarticular grupos criminosos que se dedicam a fraudar concursos públicos. As ações visam, ainda, à execução de medidas judiciais contra os candidatos que compraram vagas em concursos públicos do DF.

Nas duas primeiras fases, foram presas 12 pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa responsável pelo aliciamento de candidatos para a realização da fraude e ficou conhecida como a Máfia dos Concursos. Entre os presos estava o líder do grupo, assim como o segundo na cadeia de comando da fraude, e um ex-funcionário da Cebraspe, responsável por executar a fraude dentro da banca examinadora.

A terceira fase foi deflagrada em março deste ano e recebeu o nome de Magister, mestre em Latim, pois apurou fraude no concurso público da Secretaria de Educação para os cargos de professor e apoio administrativo. Os policiais civis cumpriram nove mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão. Entre os suspeitos, seis professores da rede pública de ensino, nomeados no último concurso.

Irmãos tentam fraudar concurso da PM com celular escondido em gesso

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Os irmãos pernambucanos Hygor Ayslan Oliveira Lima, 28 anos, e Aylton Hytalo Oliveira de Lima, 26 anos, foram presos em flagrante durante tentativa de fraudar o concurso da Polícia Militar de Sergipe (PMSE). As provas para o posto de soldado, que oferta 200 vagas, foram aplicadas no último domingo, 1º de julho, para 20.871 inscritos. De acordo com informações do governo de Sergipe, eles já estavam sendo observados por policiais à paisana que se passaram por fiscais do Instituto Brasileiro de Capacitação e Formação (IBFC), a banca organizadora do concurso.

 

Ainda segundo as informações do governo local, eles eram candidatos do concurso e faziam as provas na mesma sala de aula, na Universidade Tiradentes (Unit). Mesmo sendo proibido, um dos irmãos teria sido flagrado com um celular debaixo da carteira, após o aparelho tocar. O outro, após a entrega da prova, foi abordado pela polícia e submetido a exame de Raios-X, onde um outro celular teria sido encontrado escondido dentro do gesso que protegia o braço esquerdo, com uma suposta fratura.

 

O governo afirmou que o flagrante é fruto de medidas prévias, entre a banca e a PMSE, tomadas para se evitar fraudes, e que o IBFC aplica em seus concursos uma metodologia de auditoria de gabaritos que permite a verificação de respostas coincidentes, “permitindo total segurança quanto à lisura do certame”. Dessa forma, o concurso seguirá seu curso conforme previsto no edital. O gabarito já foi publicado e pode ser conferido aqui.

 

Os irmãos, que já responderam por crime semelhante no Piauí, foram encaminhados ao Complexo de Operações Policiais Especiais.

O concurso

O concurso ainda vai contar com teste de aptidão física, avaliação psicológica, pesquisa de conduta social, da reputação e idoneidade e curso de formação. O salário após o curso é de R$ 3.370.

Mais de 20 pessoas são presas por fraudar concursos em Piauí

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A Polícia Civil do estado do Piauí iniciou, na manhã desta terça-feira (9/5), a Operação Infiltrados, em que o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) já prendeu mais de 20 pessoas integrantes de organização criminosa por suspeita de fraude em concursos públicos locais. Em torno de 16 delas são agentes da própria PCPI, que teriam sido aprovados de forma ilegal do concurso de 2012. De acordo com a assessoria da corporação, as buscas ainda estão em andamento e por isso o número de prisões ainda não está fechado. Os suspeitos foram autuados em flagrante e alguns deles foram levados coercitivamente pela polícia para prestar depoimentos.

A operação é um desdobramento das investigações iniciadas no ano passado, após a polícia descobrir esquema de fraude no concurso do Tribunal de Justiça do Piauí, em que foram presas 21 pessoas. O grupo contratava pessoas para responder as provas por meio de conversas em um grupo de Whatsapp. A Polícia Civil afirmou, na época, que dentre os indiciados estão candidatos detidos no mesmo dia do concurso e durante o processo de investigação. Os presos são os principais organizadores do esquema de fraude e entre eles, está um policial civil que passava informações sobre a investigação da polícia para pessoas investigadas. Uma parte dos presos está na Delegacia da Polícia Interestadual (Polinter) e outra parte em presídios do estado.

Na ocasião, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Raimundo Eufrásio, afirmou que foram eliminados 50 candidatos beneficiados direta ou indiretamente pelo esquema. “O relatório elaborado pela Polícia Civil é extenso, bem circunstanciado, e exaure todas as possibilidades de elementos para anular o concurso, porque todos os envolvidos, tanto os participantes quanto os intervenientes, foram identificados e estão afastados do certame. As pessoas foram identificadas, e essas pessoas não fazem parte do elenco de aprovados”, enfatizou.

Pernambuco: investigação da Polícia Civil desfaz esquema de fraude em concurso da PM

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Do CorreioWeb – O concurso para soldado da Polícia Militar de Pernambuco, realizado no último dia 29 de maio, foi alvo de investigações da Polícia Civil do estado. O motivo foi um suposto esquema que visava fraudar o resultado das provas. Os suspeitos utilizavam um ponto eletrônico para manipular a avaliação do certame. Outro artefato usado na ação foi um cartão semelhante a um cartão de crédito que substituía o chip comum por um de celular. “Um dos candidatos, ao invés do cartão, simulou o invólucro de chiclete”, afirmou o delegado coordenador das investigações, Joselito do Amaral.

 

Segundo o delegado, a “Operação ponto eletrônico” durou pouco mais de um mês e se estendeu das regiões metropolitanas até as cidades do interior. Ele conta que os suspeitos teriam comprado os equipamentos por R$ 2 mil e que receberiam, após a aprovação dos candidatos no concurso, cerca de R$ 30 mil por empréstimo consignado, pagos por quem contratou os serviços.

 

O concurso foi estruturado de forma que não houvesse gabarito oficial. A avaliação era feita por professores de cada disciplina que elaborariam as respostas de acordo com seus julgamentos. Esses professores passariam os gabaritos para o líder da associação.

 

Apesar da confusão, as provas foram realizadas normalmente. Isso porque, dias antes da aplicação, uma nova regra, que foi divulgada no Diário Oficial, determinava que os candidatos só poderiam sair da sala 15 minutos antes do horário estipulado. Amaral aponta que “isso garantiu a idoneidade do processo seletivo, pois os professores não puderam sair para passar as respostas do exame para o líder e ele foi capturado antes que conseguisse receber e repassar os gabaritos aos candidatos”.

 

No total, 14 pessoas foram presas com a operação. O líder foi encontrado próximo a um dos locais de realização de prova. Além dele, candidatos e professores também foram detidos. Participaram das investigações 162 policiais militares e 52 policiais civis.

 

O delegado informou ainda que as investigações continuam e que em breve mais pessoas devem ser presas, pois, após o término da prova, foram identificadas ligações e mensagens no celular do líder da fraude com reclamações de quem não havia recebido os gabaritos.

Quem fraudar cotas em concursos de São Paulo pode ser denunciado por servidores

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Lorena Pacheco – A Prefeitura da cidade de São Paulo publicou nova portaria, no Diário Oficial municipal, que objetiva inibir fraudes de candidatos ao sistema de cotas raciais em seus concursos públicos. A partir de agora, servidores dos recursos humanos deverão avaliar se os novos servidores da Prefeitura, após serem nomeados, realmente são negros, de acordo com critério racial adotado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Em caso de suspeita de fraude, o servidor deve denunciar o possível infrator à Comissão de Monitoramento e Avaliação da Execução da Lei 15.939, que estabelece desde 2013 o ingresso de pessoas negras no serviço público municipal por meio da autodeclaração. É recomendado ainda que o servidor avise o candidato de que vai denunciá-lo.

 

Segundo a portaria, “para a constatação prevista no caput será instituído procedimento próprio que poderá incluir a convocação do candidato para comparecimento pessoal, bem como apresentação de documentos e outros meios de prova admitidos em direito, assegurando ao nomeado o contraditório e a ampla defesa”.

Mesmo após flagrante, banca nega evidência de fraude em concurso no Pará

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Em comunicado oficial, a Consulplan, banca organizadora do concurso dos Bombeiros do Pará, afirmou que não há nenhuma evidência que concretize fraude na seleção, com provas aplicadas no último domingo (24/1), apenas suspeitas. A declaração foi feita após a divulgação de um vídeo, feito pela Polícia Militar do estado, em que um grupo de pessoas estaria em um colégio ao lado da escola onde as provas foram aplicadas distribuindo informações por meio de cola eletrônica aos candidatos do concurso. Veja aqui as imagens. Segundo a examinadora, a aplicação das provas “transcorreu em absoluta tranquilidade… não houve ocorrências relevantes na organização do evento que mereçam registro. Todos os locais de provas foram devidamente preparados”.

 

Segundo o comunicado, por volta das 14h do domingo, a banca ficou sabendo das prisões dos 49 suspeitos de fraude e foi à delegacia comprovar o fato, juntamente a representantes da Secretaria de Administração do Pará e do Corpo de Bombeiros. Após constatar que a informação tinha procedência, a Consulplan começou a levantar dados dos suspeitos. Chegou-se à conclusão que o mentor da cola realizou a prova praticamente no tempo mínimo exigido de permanência em sala e não saiu com o caderno de questões, mas apenas com suas anotações de respostas, que, por sua vez, foram copiadas pelos demais flagrados.

 

Mesmo assim, segunda a examinadora, “concluiu-se que o desempenho do candidato em questão foi pífio”. Das 60 questões da prova verde a que foi submetido, ele acertou apenas sete, sendo ser necessário pelo menos 30 acertos para ser aprovado.  “Assim, ainda que houvesse qualquer repasse de informações, o que, repita-se, não está comprovado, nenhuma vantagem prática teriam os eventuais candidatos envolvidos. Por tudo apresentado, fica claro que dificilmente a ação do grupo acarretaria qualquer interferência no resultado do concurso do CBM-PA”, defendeu a banca.

 

A Consulplan destacou ainda que “possui rígidos procedimentos de segurança nas aplicações de provas sob sua organização, muitos deles inovadores, proporcionando alta segurança à seleção realizada”. Um deles seria o embaralhamento de questões em quatro tipos de prova com denominações de cores (branco, verde, amarelo e azul), artifício que não seria do conhecimento dos candidatos até a aplicação dos exames.

 

De acordo com a Secretária de Administração do Pará, Alice Viana, a tentativa de fraude não prejudica o certame. “Não há demonstração de que o certame seja maculado, o concurso está mantido. O cronograma segue normalmente com a divulgação do resultado das provas objetivas no dia 22 e seguiremos com as fases que são quatro”, afirmou.

 

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, o grupo foi detido inicialmente pelo serviço de inteligência da Polícia Militar, que estava com policiais do lado de fora de uma escola no bairro do Tenoné, distrito de Icoaraci, em Belém. “Todos foram conduzidas para a sede da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), para responder por tentativa de fraude em certame de interesse público, com base no artigo 311A, do Código Penal, que prevê pena de 1 a 4 anos de reclusão”, relatou. “Infelizmente as pessoas que compraram o resultado foram enganadas já que o individuo não conseguiria repassar um gabarito que interferisse no resultado do concurso. Ele também será enquadrado por falsidade ideológica já que a inscrição dele foi indeferida pela comissão do concurso por ele ter mais de 27 anos, e ele fez a prova com uma identidade falsificada”. A Polícia Civil do Pará continua investigando o caso.

Vídeo: PM flagra grupo em sala de aula com gabarito escrito no quadro

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Parece até montagem ou, no mínimo, uma brincadeira de mau gosto. Mas a Polícia Militar do Pará flagrou uma sala inteira de pessoas que estariam repassando respostas para candidatos durante as provas do concurso para o Corpo de Bombeiros estadual. A abordagem foi filmada pela PM e no vídeo podemos ver que as pessoas estavam usando celulares e fones de ouvido, sem falar que o gabarito das questões estava escrito no quadro da sala de aula. As imagens estão circulando pela internet desde a aplicação das provas, neste domingo (24/1), mas somente hoje a Polícia Civil confirmou a veracidade do vídeo ao Correio. Veja abaixo:

 

Após o flagrante, 49 suspeitos de fraudar a seleção por cola eletrônica foram presos. De acordo com a assessoria dos Bombeiros, o crime teria acontecido no bairro de Tenoné, onde o mentor do esquema respondeu às questões em um colégio da região e depois saiu com anotações de respostas em mãos. Foi quando ele teria passado seu gabarito a mais 48 pessoas que estavam aguardando em outro colégio e, por sua vez, tentaram repassar as respostas aos candidatos do concurso. De acordo com os Bombeiros, a tentativa de fraude não deve afetar o andamento do concurso, que está sob a organização da Consulplan. Leia mais em: Mesmo após flagrante, banca nega evidência de fraude em concurso no Pará

Essa não é a primeira polêmica envolvendo o concurso que oferece 330 vagas e salários de até R$ 5.469,59. Saiba mais aqui.

49 são presos por suspeita de fraude em concurso dos Bombeiros do Pará

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Após ter a suspensão cancelada dias antes da aplicação das provas, o concurso do Corpo de Bombeiros Militar do Pará é alvo de novo polêmica. Durante a aplicação dos exames neste domingo (24/1), a Polícia Civil do estado prendeu 49 suspeitos de fraudar a seleção por cola eletrônica.

 

De acordo com a assessoria dos Bombeiros, o crime teria acontecido no bairro de Tenoné, onde o mentor do esquema respondeu às questões em um colégio da região e depois saiu com o caderno de prova em mãos. Foi quando ele começou a divulgar o gabarito por mensagens de celular a mais 48 pessoas. De acordo com os Bombeiros, a fraude não deve afetar o andamento do concurso. A Polícia Civil não atendeu às nossas ligações até o fechamento da matéria.

 

O concurso

Um dia após as provas, a banca organizadora da seleção que oferece 330 vagas divulgou os gabaritos preliminares oficiais. Clique aqui  se você concorreu a oficial e aqui se concorreu a soldado. Estão em jogo remunerações que variam de R$ 1.005,71 a R$ 5.469,59. De acordo com a Consulplan, 42.357 candidatos se inscreveram na seleção.

 

Suspensão

Na semana passada, o Tribunal de Justiça do estado decidiu cassar a liminar que suspendeu o concurso. De acordo com o procurador-geral, Antônio Sabóia, a liminar foi concedida às vésperas da prova e a decisão provocaria lesão à economia do estado e à organização administrativa do processo seletivo.

 

O motivo da suspensão, proposta pelo Ministério Público e acatada pela 1ª Vara Cível e Empresarial de Itaituba, foi que os quatro locais de prova, disponíveis em edital desde o ano passado, não seriam suficientes para atender os inscritos de Itauituba e região. Porém, segundo Sabóia, o município de Santarém, uma das cidades de aplicação dos exames, demonstra abrangência regional suficiente para suprir a carência.

 

Pesou na decisão ainda que o concurso demorou seis meses para ser elaborado e que a seleção possui diversas fases de avaliação (prova objetiva, avaliação médica, avaliação física e avaliação psicológica), a última delas prevista para outubro deste ano.

MP investiga concurso em que 23 aprovados são parentes ou amigos de prefeito

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Luciano Nagel, da Agência Estado – Uma suposta fraude em um concurso público da prefeitura de Cristal do Sul, na região norte do Rio Grande do Sul, está sendo investigada pelo Ministério Público gaúcho. As provas foram realizadas em 13 de dezembro do ano passado. Cerca de 700 candidatos prestaram o exame.

O fato mais curioso é de que, entre os 26 aprovados na seleção, 23 são parentes, amigos próximos ou partidários do prefeito Cesar de Pelegrin (PMDB) ou da vice Maristela Zadinello (PDT). Entre os aprovados no concurso está a filha do prefeito, que passou em primeiro lugar para o cargo de fisioterapeuta, entre os 36 concorrentes.

O promotor de Justiça Marlos da Rosa Martins disse na manhã desta terça-feira, 19, em entrevista ao Estado, que várias denúncias de irregularidades foram citadas referentes a esse concurso público.

“A prefeitura já foi notificada, e estamos aguardando uma resposta. Se comprovada a fraude, será ajuizada uma ação para anular o concurso e até mesmo uma ação criminal contra os eventuais envolvidos”, adiantou o promotor.

A filha da vice-prefeita e um primo também foram aprovados no concurso, além do sobrinho do prefeito, entre outros candidatos que têm relação com políticos da cidade. Procurados pela reportagem do Estado, o prefeito e a vice-prefeita não atenderam aos chamados. Vereadores do município pediram ao Ministério Público a anulação do concurso.