Hérnia de disco pode causar paralisia

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Especialista em neurocirurgia explica por que cães baixinhos e compridos têm predisposição à hérnia de disco, um problema que, se não resolvido a tempo, pode causar a paralisia permanente das patinhas

Bolinha está obesa e isso pode impactar a coluna da cachorrinha Crédito: Arquivo Pessoal

Bolinha é uma dachshund de aproximadamente 6 anos, resgatada das ruas há três por Lívia Almeida, moradora de São Joaquim da Barra (SP). A cachorrinha está pesada: 13,5kg, o que vem preocupando a tutora. “Tenho visto muitos casos de cães dessa raça que precisaram operar hérnia de disco. O que causa esse problema?”, questiona. Outra dúvida de Lívia é se a obesidade pode contribuir para o desenvolvimento dessa degeneração do disco que fica entre vértebras.

O blog convidou o ortopedista e neurocirurgião Sandro Stefanes, da clínica especializada Ortotec Vet, de Brasília, para responder a dúvida da leitora. Pesquisador e professor universitário, ele é membro fundador da Associação Brasileira de Ortopedia Veterinária e membro da rede global de cientistas e cirurgiões Aovet.

Stefanes explica que alguns genes associam-se à hérnia de disco, e o dachshund, além de de carregar essas variantes no DNA, tem uma anatomia que predispõe o problema. “O dachs é como uma ponte pênsil, com pilares afastados e o meio mais móvel. Ele tem patinhas muito distantes, e o meio da coluna mais móvel. Essa mobilidade exagerada pode predispor a aceleração da degeneração dos discos intervertebrais. Infelizmente, ele tem uma predisposição genética e anatômica”, explica.

Além disso, o excesso de peso é um elemento a mais para facilitar problemas de coluna. “O cachorro obeso tem uma sobrecarga constante sobre aqueles discos”, explica o médico veterinário. Nesse vídeo, Stefanes explica detalhadamente o que é a hérnia de disco e o que os tutores podem fazer para evitar que seus cãezinhos sofram e até mesmo percam a mobilidade das patinhas.

 

 

 

 

 

A cura pelas agulhas

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No Oriente, a acupuntura é usada há milênios tanto em humanos quanto em animais. Por aqui, a aplicação em pets começou há algumas décadas e tem sido grande aliada no combate a doenças e à dor

Oreo não gostou das agulhas, mas, agora, já está acostumado Crédito: Arquivo pessoal
Oreo não gostou das agulhas, mas, agora, já está acostumado. A técnica milenar chinesa tirou a dor lombar do cachorrinho Crédito: Arquivo pessoal

Há cerca de 4 mil anos, a acupuntura vem sendo praticada na China. Esse conhecimento milenar foi adotado no Ocidente principalmente a partir dos anos 1960 e, nas últimas décadas, passou a fazer parte dos consultórios veterinários. Assim como no caso de humanos, animais podem se beneficiar da prática de diversas maneiras, segundo a médica veterinária Ana Catarina Valle, pós-graduada em homeopatia e acupuntura veterinária e doutoranda em biotecnologia.

“A acupuntura é um tratamento que consiste na aplicação de agulhas em pontos definidos do corpo, chamados de ‘acupontos’, que se distribuem principalmente sobre linhas chamadas de ‘canais’”, explica.

“Essa técnica busca a recuperação do organismo como um todo, induzindo os processos regenerativos, normalizando as funções alteradas, reforçando o sistema imunológico e controlando a dor”, diz a médica veterinária.

De acordo com ela, há milênios são demonstrados benefícios aos pacientes com problemas gastrointestinais, respiratórios, musculares, urológicos, endocrinológicos, neurológicos e até mesmo dermatológicos.

Ana Catarina explica que a acupuntura atua harmonizando a energia vital. “Ao fazer isso, há um estímulo do sistema imunológico que auxiliará na homeostasia e na capacidade de autocura do organismo”, diz. Segundo a médica veterinária, essa prática faz com que o organismo libere endorfinas e outros hormônios, ao mesmo tempo que há uma diminuição das inflamações, sejam elas internas ou externas. “Os benefícios da acupuntura para animais são inúmeros, e os responsáveis de cães e gatos a cada dia vêm se surpreendendo com os resultados”, afirma.

Romeo tem 17 anos e, devido à idade, não pode operar. A acupuntura o livrou das dores Crédito: Arquivo pessoal
Romeu tem 17 anos e, devido à idade, não pode operar. A acupuntura o livrou das dores Crédito: Arquivo pessoal

A gerente de projetos Vanessa Lisboa Bastos está bastante satisfeita com os resultados do tratamento de Romeu, um “vovozinho” de 17 anos. “Ele foi diagnosticado com seis hérnias de disco. Uma delas comprime mais de 60% do nervo entre as vértebras. Ele estava bastante debilitado, sentindo muita dor na coluna. Além disso, também apresentava sangramentos diversos nas fezes, urina e vômitos”, relata. Durante dois anos, os tutores tentaram tratá-lo com medicamentos alopáticos. “Ele teve uma crise de dor na coluna que impedia qualquer movimento. Nesse dia, ele tomou analgésicos por via venosa. Depois disso, começamos com a acupuntura. Atualmente, faz acupuntura e fisioterapia na água”, relata. “Apesar de ele estar bem mais gordinho do que no início do tratamento, os resultados são incríveis. As dores diminuíram vertiginosamente. Ele está mais disposto. Quanto aos sangramentos, não acontecem mais. Isso tudo em um bichinho de 17 anos”, comemora.

O bulldog Oreo também está na acupuntura para amenizar dores na lombar. Ele já se tratava para as alergias com homeopatia e, em julho de 2017, começou a receber as “agulhadas”, depois de uma forte crise. “Começou a sentir muita dor na lombar, o que foi agravado pelo frio que estava fazendo”, conta a nutricionista Priscilla Araujo Lopes Coimbra. Só que, muito agitado, ele fez apenas uma sessão. Neste ano, Oreo teve outra crise, porém mais grave. “Foi horrível. Ele sentia tanta dor que chegava a hiperventilar. A gente acha que ele tem uma hérnia, mas pra confirmar teríamos que fazer uma tomografia, o que, além de caro, exige sedação”, explica Priscilla. De volta à acupuntura como tratamento principal, Oreo já aceita as agulhas, sem problemas. “Iniciamos com duas sessões por semana e fomos espaçando. Agora, ele está fazendo de 15 em 15 dias. Está muito bem! Sem nenhuma dor!”, relata a nutricionista.

Seja para animais ou humanos, a acupuntura tem sido bastante estudada em pesquisas científicas. Uma delas, publicada em julho na revista médica The British Medical Journal, avaliou a eficácia do método para tratamento de dor (de lombar a exaqueca), entre 20.827 pessoas. O resultado foi que, em 85% dos casos, os efeitos analgésicos das agulhas permaneceram por até um ano após o fim do tratamento. “Para os pacientes que respondem à acupuntura, ela melhorar consideravelmente aspectos da qualidade de vida associados à saúde e tem muito menos riscos que anti-inflamatórios não-esteroides”, concluiu Mike Cummings, editor de um periódico publicado pelo BMJ.

Medicina integrativa trata pet como um todo

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A partir de hoje, a médica veterinária Ana Catarina Valle explica, semanalmente, os conceitos da medicina integrativa para pets. Essa prática não se foca apenas na doença, mas enxerga o animal como um todo. Dependendo do caso, o tratamento inclui homeopatia, fitoterapia e acupuntura, entre outros

Ana Catarina Valle: homeopatia ajuda animais desenganados pela medicina tradicional Crédito: Raimundo Sampaio
Ana Catarina Valle: homeopatia pode ajudar animais desenganados pela medicina tradicional Crédito: Raimundo Sampaio

 

Foram três anos de peregrinação por clínicas veterinárias, doses cavalares de medicamentos fortes, inclusive corticoides, inúmeros exames e muito estresse até que a gatinha Mia começasse a recuperar os pelos. Já adulta e acostumada a reinar sozinha na casa da cientista política Daniela Dias, a bichana passou a dividir espaço com o gato Tonico quando Daniela se casou com a nutricionista Kelly Ferro.

O tratamento convencional não resolveu o problema de Mia Crédito: Arquivo pessoal
O tratamento convencional não resolveu o problema de Mia Crédito: Arquivo pessoal

“Primeiro, nos disseram que era fungo. Ela fez o tratamento e não adiantou. Passamos por uma dermatologista, que identificou que não havia queda de pelo. Na verdade, a Mia estava arrancando o próprio pelo, era um problema comportamental”, conta Daniela. Além de tomar corticoide, a gata passou a ser atendida por um especialista em comportamento animal, mas não houve melhora. Ela continuava arrancando os fios e chegou a ficar totalmente despelada. O sofrimento era muito, recorda a Daniela. “A gente sofria, chorava muito, porque via o sofrimento dela e nada fazia a Mia melhorar”, diz.

Por indicação de duas veterinárias, Daniela e Kelly decidiram levar Mia a Ana Catarina Valle, médica veterinária, pós-graduada em homeopatia e acupuntura veterinária e doutoranda em biotecnologia. “Eu acredito na medicina tradicional, mas sei que nem sempre ela funciona. Eu mesma sempre tive resultados melhores com a medicina integrativa. A Kelly, por ser da área da saúde, também tem essa visão”, conta Daniela.

Em seis meses de tratamento com homeopatia, Mia sarou. Os primeiros resultados apareceram em duas semanas, quando a gatinha mostrou-se mais relaxada. Passado um mês, os pelos voltaram a crescer. Hoje, ela continua com o corticoide, mas em uma dose bastante baixa, de 0,2ml, aliado ao medicamento homeopático.

Ana Catarina explica que a homeopatia teve  início em 1796, por meio do médico alemão Samuel Hahnemann. No Brasil, a homeopatia veterinária foi oficialmente reconhecida em 1995.  “A homeopatia vem sendo comprovada cientificamente por meio das pesquisas que envolvem medicamentos ultradiluídos e estudos moleculares. Essa terapia constitui uma excelente opção de tratamento das variadas doenças apresentadas pelos animais. Visa o tratamento não só dos sinais clínicos da doença, mas do indivíduo como um todo; ou seja, corpo, mente e ambiente em que vive, entre outros”, diz.

Segundo a médica veterinária, muitas pessoas desconhecem os efeitos da homeopatia em animais. O tratamento pode ser administrado para todos os tipos de enfermidades não-cirúrgicas, com a vantagem de não haver efeitos colaterais, diz Ana Catarina. “As medicações homeopáticas são específicas para cada paciente, dependendo exclusivamente das necessidades de cada um, onde cada caso é um caso”, afirma.

No Brasil, a homeopatia para cães e gatos começa a ser adotada principalmente por tutores que já usam essa terapia neles mesmos e conhecem os efeitos. “Ou mesmo naqueles casos que não há mais solução pela medicina convencional. Costuma-se dizer que a homeopatia não trata a doença e, sim, o doente. O tratamento homeopático visa o reequilíbrio das funções vitais do organismo, fazendo com que o próprio corpo reaja contra a doença, promovendo a cura”, ensina a médica.

Mia, totalmente recuperada depois de começar a homeopatia Crédito: Arquivo Pessoal
Mia, totalmente recuperada depois de começar a homeopatia Crédito: Arquivo Pessoal

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Seu pet pede muito colo? Pode ser o coração

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Cansaço fácil dos cães é um dos sintomas de problemas no coração, fique atento. Um a cada quatro cães com mais de sete anos tem algum tipo de doença cardíaca

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Um dos primeiros indicativos de que a saúde cardíaca do cãozinho não anda bem é o cansaço fácil.  “Se o cachorro pede colo durante um passeio, na rota que já estava acostumado, ele pode sofrer de problemas cardíacos”, atenta o médico veterinário da Equilíbrio (Total Alimentos), Marcello Machado. Dificuldade para respirar, fadiga excessiva, tosse e rejeição a atividades físicas podem ser sinais de que o coração do cachorro não está conseguindo suprir adequadamente os tecidos, causando insuficiência cardíaca ou outras doenças do coração.

De olho na alimentação

Mudanças no estilo de vida e na alimentação são fundamentais para que um animal cardiopata tenha qualidade de vida “junto com prescrição dos médicos veterinários, o cão precisa de alimentos específicos para cardíacos, com esses procedimentos combinados garantirá a ele bem-estar e longevidade”, explica. Ele recomenda alimentos ricos em Taurina e L-carnitina, que auxiliam no funcionamento do músculo cardíaco, e possuem baixos teores de fósforo e sódio: “Os níveis dessas substâncias precisam ser controlados, pois o sódio pode gerar acúmulo de fluídos, e o fósforo em excesso pode gerar a sobrecarga dos rins e até uma doença renal, de tratamento muito mais complexo que uma doença cardíaca”.

Comida caseira não é aconselhada. De acordo com o médico veterinário, é difícil conseguir o perfeito balanceamento e equilíbrio nutricional por meio da comida preparada em casa pelo tutor do animal.

Sintomas:

  • Dificuldade para respirar;
  • Alteração da cor da língua;
  • Rejeição a atividades físicas;
  • Sono demasiado;
  • Fadiga;
  • Sede;
  • Tosse.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença cardíaca é realizado por meio de exames específicos: a bioquímica sérica (exame de sangue) e o ecodoppler cardiograma e deve ser realizado por um médico veterinário, de preferência, especialista em cardiologia.

 

Alergia pode piorar no frio

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Pets com dermatite alérgica desencadeada por ácaro e poeira sofrem mais no inverno. Por isso, fique atento a sinais de que o animal está com desconforto, como coceiras exageradas

Crédito: Reprodução
Crédito: Reprodução

 

Coceiras e pruridos podem piorar durante o inverno. Segundo a dermatologista veterinária Ursula Thomas, da  Ceva Animal Health, cães e gatos que sofrem de dermatite alérgica desencadeada por alérgenos domésticos, como poeira e ácaro, sofrem especialmente nessa época do ano, quando, devido ao frio, passam a ficar mais tempo dentro de casa.

 

“Além disso, o clima seco do ambiente doméstico pode levar a um aumento na vontade de se coçar. Assim, o tutor deve procurar a ajuda de seu veterinário na temporada de inverno para discutir medidas de controle ambiental, bem como opções de tratamento tópico para a doença da pele”, diz. Ela ressalta que a maioria dos cães e gatos, quanto tem comichões, demonstra desconforto  lambendo as patas, a barriga ou as pernas ,ou coçando a cabeça ou as orelhas.”Muitas vezes, isso é confundido com um mero comportamento”, observa.  “Pode ser aconselhável o uso de banhos frequentes com xampus apropriados e / ou a aplicação de pulverizadores e mousses hidratantes.  Banhar um animal com xampu incorreto pode fazer mais mal do que bem”, diz.

Quais os transtornos dermatológicos mais comuns entre pets?

Cães e gatos podem sofrer de uma grande variedade de problemas de pele, como alergias cutâneas (dermatite alérgica), doenças parasitárias da pele, infecções bacterianas e fúngicas, bem como câncer de pele e vários distúrbios cutâneos autoimunes. Na minha carreira como dermatologista veterinária, o problema de pele mais comum tem sido a dermatite alérgica. Infelizmente, é uma doença incurável. Mas os dermatologistas veterinários estão empenhados em desenvolver um plano de tratamento que melhor se adapte às necessidades do animal de estimação e do tutor.

Remédios caseiros podem ajudar?

Para o sucesso a longo prazo de qualquer terapia relacionada com a pele, é extremamente crítico que os tutores permaneçam em contato direto com o clínico geral e o dermatologista durante todo o curso da vida do animal. Isso garante um suporte veterinário contínuo, que permitirá responder melhor a qualquer alteração no estado de saúde do animal de estimação e prevenir doenças de pele no futuro.

Como o pelo de cães e gatos variam consideravelmente em comprimento, densidade e forma, existem algumas raças que são mais difíceis de diagnosticar e tratar?

Dependendo do tipo e do comprimento do pelo, a pele do animal pode ou não ser de fácil visualização para o tutor e o veterinário. Assim, lesões cutâneas podem passar despercebidas por algum tempo em cães e gatos com um pelo denso ou muito longo. Portanto, é aconselhável realizar um exame minucioso da pele e do pelo regularmente, para que os proprietários alertem o veterinário sempre que notarem alterações. De forma similar, quando os veterinários prescrevem qualquer tipo de tratamento tópico para um animal com um pelo denso e/ou longo, é aconselhável tosar nas áreas afetadas durante a duração do tratamento, para observar melhor a evolução.

Alguns problemas de pele são genéticos. Existem algumas raças predispostas a essas doenças?

Para alguns problemas de pele, já se identificou uma associação com genes. Um exemplo seria a ictiose dos goldens retrievers. No caso da ictiose, os animais afetados sofrem de caspa severa e generalizada, que pode impactar significativamente a aparência geral do indivíduo e predispor o animal a infecções bacterianas e fúngicas cutâneas. Também sabemos que algumas raças de cães são mais propensas a desenvolver certas doenças de pele do que outras. Por exemplo, collies, pastores de Shetland sheepdogs e pastores alemães têm propensão para uma doença inflamatória da pele chamada  lúpus eritematoso. Do mesmo modo, o husky siberiano e o malamute do Alasca são propensos ao desenvolvimento de dermatose responsiva ao zinco.

 

Saiba quais frutas o pet pode comer

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Frutas e hortaliças são ótimas para se oferecer como petisco ou complemento da ração. Algumas, porém, estão proibidas para o consumo animal

Mel e Marley: eles exigem frutas toda semana Crédito: Arquivo pessoal
Mel e Marley: eles exigem frutas toda semana Crédito: Arquivo pessoal

Quando o vendedor de frutas passa pela quadra de Wanessa Bougleux, no Guará, Mel e Marley abanam os rabinhos, em aprovação. Apaixonados por mamão, melancia, maçã e banana, eles fazem questão de garantir o petisco. “A mel vai onde minha mãe está, cutuca ela com a patinha e a leva para a porta. O Marley aprendeu com ela. Quando ninguém vai comprar, eles vão para a janela e choram”, diz a tutora dos dois Shihtzu.

Frutas e hortaliças podem ser ótimas opções de lanches ou para complementar a ração dos pets. Mas nem nem sempre o que é benéfico para os seres humanos também é bom para o organismo dos animais, observa Jorge Morais, veterinário e diretor da rede de franquias Animal Place. Entre os vegetais recomendados por ele, estão a cenoura, que auxilia na saúde oral; o alface e a couve, que são alimentos ricos em fibras e melhoram o trato intestinal; a beterraba e a abóbora.

O profissional também afirma que frutas como a banana, o caju – sem a castanha-, o caqui (moderadamente pois é rico em carboidrato) o, a maçã, a pera, a manga (sem a casca e o caroço), o kiwi, a goiaba e o morango são excelentes para balancear a alimentação dos pets.

Já na lista de vegetais que devem sair do cardápio dos animais de estimação, estão a pimenta, que favorece o surgimento de gastrite; a cebola, que ataca os glóbulos vermelhos do pet, gerando anemia profunda,e a batata crua, que contém substâncias tóxicas para o animal. Já entre as frutas que eles não devem consumir estão o tomate verde, que pode causar arritmias cardíacas, salivação, diarreia e vômito; a laranja e as frutas cítricas no geral, o abacate, a carambola, e a uva, que pode levar a lesões renais.

Lola ganha banana como petisco Crédito: Arquivo pessoal
Lola ganha banana como petisco Crédito: Arquivo pessoal

O veterinário também frisa que os cães e gatos são carnívoros por essência, mas que, tomando o devido cuidado, os vegetais e as frutas podem servir como petiscos ou como estratégias para a distração dos seus apetites vorazes. É o que faz Ana Júlia Albuquerque, tutora de Mia e Lola. As cachorrinhas adoram fruta, especialmente melancia, banana e maçã. “Dou como petisco, umas duas vezes por semana”, conta a jovem, que buscou saber quais as espécies indicadas para as cachorrinhas, principalmente depois de Lola passar mal com abacate.

“Não substitua a ração ou comida caseira por vegetais e frutas, eles devem ser apenas complemento à alimentação principal do animal”, reforça Jorge Morais. “Os vegetais misturados na ração podem até mesmo ser uma boa alternativa para fazer os cães comerem, mas é sempre bom lembrar de consultar um veterinário para escolher a melhor e mais adequada dieta para o pet”, finaliza.

PODE:

  • Banana
  • Caju (sem castanha)
  • Caqui (com moderação)
  • Maçã
  • Melancia (sem caroço)
  • Pera
  • Manga (sem casca nem caroço)
  • Kiwi
  • Abacaxi (sem casca)
  • Goiaba
  • Morango
  • Cenoura
  • Alface
  • Couve
  • Beterraba
  • Abóbora

NÃO PODE

  • Pimenta
  • Tomate verde
  • Batata crua
  • Abacate
  • Uva
  • Frutas cítricas, como laranja
  • Carambola
  • Uva
  • Uva passa

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Você viu a Laila?

Ajude a Laila a voltar para casa. Ela desapareceu no Riacho Fundo 2 há dois meses. A família está desesperada e oferece recompensa.

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Alimentação ameniza gases

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Cães que comem rápido demais têm mais propensão a gases. Oferecer a comida fracionada facilita a digestão e pode melhorar o problema

 

Crédito: Reprodução do site www.cambalacho.com.br
Crédito: Reprodução do site www.cambalacho.com.br

 

Vários fatores podem causar gases nos cães. Um dos motivos é o fato do animal se alimentar muito rapidamente – o ideal é oferecer alimentação três vezes ao dia, isso facilita a digestão e a absorção dos nutrientes. Outra causa da constipação são as doenças gastrointestinais, a qualidade da composição do alimento e também a mudança brusca do tipo de alimentação sem prévia toca gradual.

“Diarreia crônica ou aguda, ventre enrijecido e fezes com coloração mais escurecida são sinais de que talvez o cãozinho tenha algum problema gastrointestinal”, afirma o médico veterinário da Equilíbrio e Gerente Técnico Nacional da Total Alimentos, Marcello Machado. A constipação e os gases são sintomas comuns e podem ser controlados com uma alimentação específica “Depois de constatada a doença intestinal, o cão precisa consumir alimentos específicos para amenizar as crises, pois o manejo nutricional de uma doença gastrointestinal exige alimentos formulados com ingredientes específicos, como a proteína de soja, glutamina e prebióticos, que proporcionam alta absorção e ajudam na digestibilidade”, explica o veterinário e especialista em nutrição animal.

A dieta especial é coadjuvante à terapia farmacológica e pode ser necessária por toda a vida do animal, “em quadros agudos, crises, o alimento especial deve ser utilizado, no máximo, durante um mês, mas nos casos crônicos o pet precisa consumir ao longo da vida, sempre com acompanhamento veterinário”, completa Machado.

 

 

Bolas de pelo: saiba como lidar

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Comuns por causa do hábito de limpeza dos gatos, bolas de pelo nem sempre são expelidas e podem causar obstrução intestinal

Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação

Os gatos são animais extremamente limpos e fazem sua higiene com sucessivas lambidas pelo corpo. O único problema é que os pelos mortos retirados durante essa autolimpeza viram uma bola de pelo depois de engolidos.

As bolas de pelo formam o que se chama de tricobezoar. Além dos pelos acumulados no sistema digestivo, há secreções gástricas, que saem no vômito. “Em alguns casos, quando o felino não as expele, pode ocorrer até obstrução intestinal e a necessidade de uma intervenção cirúrgica”, explica a coordenadora da Comunicação Científica da Equilíbrio e médica veterinária Bárbara Benitez.

“Os gatos costumam passar até duas horas diariamente se lambendo, então você pode imaginar a quantidade de pelo que ele acaba ingerindo”, complementa a médica.  Os mais afetados são os gatos de pelos longos, como os Persas. Por isso é fundamental que o tutor escolha um alimento específico para eles. Embora o vômito seja o meio natural de expelir a tricobezoar, o animal também pode descartá-la pelas fezes. “Uma dica é escolher alimentos que contenham óleo mineral e fibras, que estimulam a regulação intestinal e ajudam a evitar bolas de pelos”, explica Bárbara.

A veterinária explica que, no mercado, há produtos preventivos, que ajudam os bichanos a lidar com esse hábito. Veja na embalagem se o alimento tem a palavra “hair ball” escrita. Nesse caso, é indicado para os gatos com maior propensão à formação das bolas de pelo.

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Parabéns pra você!

Hoje é AUniversário do Chokito, o amor da mamãe Eloá. Parabéns, lindinho!!!

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Você viu o Pingo?

A família do vira-latinha Pingo está desesperada. Aos 10 anos, ele está desaparecido. Sumiu de casa, na QNE 30 de Taguatinga,  por volta das 11h do dia 5 de julho. “Ele é um charme de cachorrinho, tímido, pelos eriçados, acinzentado ( uma mistura de pelos brancos e pretos), magrinho, de raça indefinida e tem uma faixa de pelos brancos no peito”, diz Melissa Seixas. “Por favor, pelo amor de Deus, quem o vir nos avisar, estamos adoecidos de preocupação e saudade”, destaca.
 Quem tiver notícias ou mesmo se tiver visto o Pingo por perto pode entrar em contato com o 996238800 (Juliana)/ 981705658 ( Melissa)/ 33549463 ( Sergio ou Celia).

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Proteja o melhor amigo do frio

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Brisa Wolff, mascote da AuAu Petshop, toda "empacotada" neste inverno. Crédito: Danielle Wolff/Divulgação
Brisa Wolff, mascote da AuAu Petshop, toda “empacotada” neste inverno. Crédito: Danielle Wolff/Divulgação

Com as temperaturas de Brasília em queda, não é só a gente que tem de se empacotar. Os cães têm uma proteção natural, mas isso não significa que eles não passam frio. Você sabe como identificar se o seu melhor amigo precisa de um reforço na para ficar quentinho?

Patas, narizes e orelhas merecem atenção e não devem estar gelados, pois dizem muito sobre a saúde dos animais”, ensina a veterinária e especialista da Hercosul Alimentos, Laís Alarça. “Os pets que dormem fora de casa também merecem atenção e não basta apenas uma casinha no pátio, é necessário cuidar para que eles tenham cobertores e roupas secas para ajudar a aquecer nos dias mais frios”, diz.

Além disso, os animais idosos são os que mais sofrem com as baixas temperaturas. O porte e a quantidade de gordura corporal também interferem nesse processo. “A pelagem dos animais ajuda a proteger dos ventos gelados, ou seja, tosas durante o inverno não são indicadas”, acrescenta a veterinária.

Laís Alarça também alerta para o perigo que os gatos correm no inverno, pois se escondem em qualquer local para procurar abrigo e fugir do frio, inclusive os motores dos carros. “Os acidentes desse tipo são sérios e quase sempre são fatais. É aconselhável sempre dar algumas batidas no capô e laterais do carro para que eles saiam antes da pessoa ligar o automóvel”, aconselha.

Outro cuidado importante é com aquecedores, pois o calor pode levar os animais para perto do aparelho e as queimaduras são constantes. “Evitar colocar esses equipamentos no chão e nunca deixar os pets sozinhos com aquecedores ligados garantem a segurança”, completa. Cuidado também com o ar condicionado, pois o equipamento pode ressecar as vias respiratórias dos animais. “Não é necessário parar de usar, mas evite passar a noite toda com ele ligado”, diz.

Atenção para o sistema respiratório dos pets com focinho curto, como Pug e Bulldog. Outras raçams como Chihuahua, Boston Terrier, Yorkishire, Dachshund e Poodle sofrem mais com o frio. “Os cães menores e com pelos rasos costumam sentir mais do que os animais de grande porte e com pelagem longa. O tutor deve ter bom senso para avaliar se o pet está bem aquecido, e qualquer dúvida deve ser sanada com um especialista”, diz a veterinária.

Sobre os passeios com os pets, a especialista explica que podem acontecer normalmente. Porém, eles devem usar roupas que os mantenham protegidos. “Outra dica seria diminuir o tempo das caminhadas, mas não é necessário deixar de fazê-las”, afirma Laís.

“Cachorrinhos de pelo longo podem usar roupinhas para os os momentos de passeio, porém, ao chegar em casa, deve-se retirar a roupinha e escovar bem o pelo, evitando fazer nós. Também é importante trocar regularmente para lavagem, substituindo por outra limpinha”, ensina a empresária Danielle Wolff, da petshop AuAu, do Lago Norte. “Os cães de pelo curto podem usar sem restrições, claro que sempre mantendo a higiene“, diz. “Na caminha ou no cantinho de dormir, é sempre bom ter uma mantinha, uma coberta para que eles se mantenham aquecidos, também fazendo a troca das cobertinhas, mantendo sempre tudo limpinho e confortável”, recomenda.

Apesar de grifes de roupinhas estarem cada vez mais criativas e confortáveis, há quem queira confeccionar os modelitos dos pets. No aplicativo Pinterest, há vários passo a passos para criar um ambiente aquecido e aconchegante para os pets neste iverno. Os DIY, que incluem camas feitas com uma camiseta antiga e roupinhas customizadas, são fáceis de fazer, e os bichinhos vão ficar agradecidos. Veja alguns Pins que são tendências no aplicativo:

 

 

Lágrima ácida não tem relação com pH

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Apesar do nome popular, cães e gatos com lágrima ácida não têm pH lacrimal alterado. As manchas, que podem estar associadas à drenagem do canal lacrimal, devem ser avaliadas por oftalmologistas

Mel: tratamento à base de vitaminas resolveu o problema das manchas Crédito: Arquivo Pessoal
Mel: tratamento à base de vitaminas resolveu o problema das manchas Crédito: Arquivo Pessoal

Eles nascem branquinhos, branquinhos. Mas, como passar dos meses, muitos cachorros e gatos desenvolvem a chamada lágrima ácida, manchas escuras na pelagem da região dos olhos. Embora ainda não se saiba a causa, alguns especialistas acreditam que a alteração na cor seja consequência da acidez lacrimal. De acordo com o médico veterinário da loja virtual Petlove Márcio Waldman, alguns pets têm problemas de drenagem nessa região. “Em vez da lágrima escorrer para dentro dos canais de drenagem que levam a região nasal, ela flui pelo canto, formando a famosa expressão ‘pelo queimado’ ”, explica.

De acordo com ele, já foram realizados estudos que chegaram à  seguinte conclusão: animais brancos com os pelos manchados possuem o mesmo PH da lágrima do que os outros sem o mesmo problema. “Logo, a questão da acidez fica um pouco comprometida na sua essência”, afirma Waldman. Até o momento, foi confirmado que a quantidade de ferro contida na lágrima tinge o pelo branco de uma cor que lembra ferrugem, mas não se pode afirmar que todos os cães e gatos com tingimento nessa região têm uma quantidade maior de ferro na lágrima que o normal.

A shitzsu Mel sempre apresentou lágrima ácida. “Minha primeira tentativa para solucionar o problema foi usar um produto importado. Usei por três meses e resolveu por um tempo. Mas, depois de alguns meses, a lágrima começou a manchar o pelo novamente. Tentei de novo, mas agora sem sucesso”, conta a tutora, Thayná Barbosa. Depois de ouvir relatos positivos sobre um tratamento à base de vitaminas, ela resolveu testar. “Em dois meses, o resultado começou a aparecer. O rosto da Mel ficou branquinho e até hoje faço manutenção diária. Nunca mais o pelo voltou a manchar”, conta.

O veterinário Márcio Waldman alerta que os tutores devem ter cuidado com produtos não licenciados, que podem gerar efeitos colaterais a longo prazo (leia entrevista abaixo). De acordo com ele, é importante consultar um especialista. Em alguns casos, se o médico veterinário identificar uma infecção, ele pode receitar um antibiótico que, em pequena quantidade, tende a clarear temporariamente a mancha.

 

Entrevista // Márcio Waldman

1) Alguns tutores acreditam que a alimentação também pode influenciar no surgimento das lágrimas. Há algum fundamento científico nessa informação?

É muito comum ouvirmos que uma determinada ração melhorou o tingimento das lágrimas ou que outra opção de ração piorou, mas aparentemente isso é mera observação do acaso, pois ainda não foi comprovado o causador desse tingimento. Ressalto que o PH da lágrima pode ser mais crença que realidade. A quantidade de ferro na lágrima parece ser algo que tem algum fundamento científico, mas ainda precisa de confirmação, assim como todas as outras causas que são: genética, obstrução do sistema de drenagem da lágrima, inflamações etc.

2) Para o animal, há algum desconforto? Ou é apenas uma questão estética?

A não ser que haja alguma inflamação, não há desconforto qualquer ao animal. Os casos de tingimento sem inflamação são totalmente estéticos.

3) Quais os riscos de produtos não licenciados para a saúde do animal?

Essa é uma responsabilidade enorme, existe o risco de administrar ao pet um produto não testado e não licenciado, causando algum tipo de efeito colateral em médio ou longo prazo. Não recomendamos a automedicação e nem orientações de pessoas não formadas para isso. O melhor tratamento para o animal é mera consequência do melhor diagnóstico, que só pode ser conseguido no seu médico veterinário de confiança.