Alimentação natural para cães e gatos

Publicado em Deixe um comentárioAlimentação Pet, saúde pet

 

Empresas de Brasília facilitam a vida dos tutores que optam pela alimentação natural e fazem marmitas congeladas sem produtos químicos

CBPFOT190420170358
Sócios da Pets Kitchen, Bruno e Kleber preparam a alimentação natural sem conservantes  Crédito: Marcelo Ferreira CB/DA/Press

POR MARINA ADORNO,  ESPECIAL PARA A REVISTA DO CORREIO

Quem tem animal de estimação se preocupa cada vez mais com a saúde do seu pet. Recentemente, um tema que provoca debate e desassossego entre os tutores é a alimentação oferecida aos cães e gatos. Refeições balanceadas, personalizadas e preparadas da mesma forma e com alimentos que também fazem parte da dieta humana surgiram como uma alternativa para substituir as rações industrializadas.

O número de adeptos ao cardápio mais natural está crescendo em Brasília. Para os que se preocupam com a saúde dos animais mas não têm tempo de planejar e preparar cada refeição, não é já existem na cidade opções de empresas que fornecem comidas prontas e congeladas. É só descongelar e servir ao pet.

Kleber Felizola formou-se em veterinária 32 anos atrás e, há quatro, decidiu mudar a rotina dos seus cães e preparar para eles uma comida livre de conservantes. Ele tem um canil e, na época, criava 40 buldogues ingleses. Rapidamente, percebeu os benefícios da troca de cardápio. “Ficava triste ao vê-los comendo ração. Então, procurei outra opção e comecei a estudar mais sobre a alimentação natural”, conta.

Os clientes do canil percebiam a diferença nos cachorros cuidados por Kleber e começaram a perguntar do que eles se alimentavam. “Muitos tinham o interesse de oferecer uma comida mais saudável para o pets, mas não tinham tempo para prepará-la”, relembra o especialista em nutrologia veterinária. Diante dessa demanda, o veterinário abriu uma empresa especializada na comercialização de refeições naturais congeladas para cães e gatos. Foi assim que, há aproximadamente dois anos, surgiu a Pets Kitchen. O processo é simples: uma equipe faz a análise do animal e, de acordo com o peso, a raça e a idade, elabora um cardápio personalizado, que leva em consideração o quanto ele vai comer por dia e por mês.

Uma preocupação recorrente quando o assunto é a alimentação natural é o custo. A impressão geral é de que esse tipo de tratamento é muito mais caro e inacessível para muitas pessoas. Kleber esclarece que o que gasto com esse tipo de refeição para um cachorro de até 10kg é muito próximo ao valor de ração premium. Entretanto, o especialista destaca um outro aspecto que não é levado em consideração na maioria das vezes: “Se você fizer uma comparação de gastos entre os dois grupos desde o nascimento, vai observar que o dono do cão alimentado de maneira mais saudável gastou menos com veterinários e remédios. Além disso, esse animal vive, em média, dois anos a mais. O custo-benefício compensa”.

Para o veterinário, a vantagem da ração é apenas a praticidade. Já a ideia da alimentação natural é tirar da dieta do animal tudo aquilo que agride o organismo e oferecer o alimento mais parecido com o que ele comeria se estivesse solto na natureza. Na lista, tem ingredientes como legumes, carnes, miúdos, arroz, aveia e até linhaça. A diferença para a comida que o dono serve no próprio prato está no balanceamento (as quantidades certas de cada nutriente, indicadas para cada pet) e também nos temperos, já que é condimentada de forma suave, com pouco sal e azeite. O alho, por exemplo, pode ser usado em doses reduzidas e a cebola deve ser abolida de vez — ambos podem causar anemia hemolítica, complicação que destrói as hemácias do animal. Além disso, segundo Kleber, nas dietas industrializadas existe um excesso de carboidrato. E os grãos, como milho, arroz e soja, na grande maioria dos casos, são transgênicos. Sem falar que mais de 50% da população canina e felina são obesos e o carboidrato contribui isso. “Pelo convívio com o homem, os cães se adaptaram ao consumo de carboidratos e aprenderam a digeri-los. Porém, temos que nos lembrar de que eles são lobinhos”, defende o especialista.

A empresária Thaís Souza descobriu essa nova possibilidade de cardápio de forma quase acidental. Ela procurou itens para fazer uma festa de aniversário para Léo, um de seus schnauzer miniatura. Como não encontrou nada que a interessasse,decidiu produzi-los por conta própria.“Fiz a festa dele e depois recebi alguns pedidos de amigos”, lembra. Até que, em outubro de 2013, ela criou a Théo & Léo. Durante o primeiro ano, o foco da empresa eram os produtos para festas de aniversários, mas,rapidamente, percebeu que poderia expandir os negócios com uma linha de petiscos naturais, sorvetes e marmitas personalizadas sob encomenda. O seu outro schnauzer, Théo, foi a cobaia escolhida para experimentar as refeições naturais preparadas por ela.

O cachorro, que sempre foi muito saudável, se adaptou rapidamente ao novo cardápio e ela percebeu os benefícios em 15 dias. “Ele ganhou massa muscular, ficou mais disposto, e o pelo, mais brilhante”, relata. Quando ela descobriu que Léo tinha epilepsia, também mudou a alimentação dele e hoje não tem nenhum gasto com medicamentos. “Consegui controlar as crises convulsivas apenas com alimentação natural e com as mudanças para deixar o ambiente menos estressante”, acrescenta. Segundo Thaís, para animais com problemas de saúde vale muito a pena fazer o investimento. No início deste ano, a Théo & Léo anunciou uma parceria com a marca AuAu Natural. Agora, além das marmitas feitas de maneira personalizada,é possível comprar a comida congelada em pontos de venda espalhados na cidade. “Temos a opção de picadinho de carne e escondidinho de frango”, recomenda. Para aqueles que não fizeram a transição completa, servir refeições naturais duas ou três vezes na semana funciona como um detox para os animais.“É importante que os tutores não arrisquem uma dieta por conta própria se o pet tem algum problema de saúde”, adverte. Thaís destaca que o mercado de comidas para pets está em processo de mudança.“Apesar da crise, existe uma busca até por rações de maior qualidade. Quanto mais colorida a ração, mais corante ela tem e isso não faz bem para o animal. As grandes marcas estão percebendo isso e se adaptando.

 

Polêmica 

Pet-FooledNo começo de abril, o polêmico documentário Pet Fooled foi adicionado ao catálogo do Netflix Brasil. Durante os 70 minutos de filme, dois veterinários investigam o funcionamento interno da indústria de alimentos para animais de estimação e reforçam o impacto negativo desses produtos na saúde dos bichos.

Pets também sofrem de artrite

Publicado em 1 Comentáriosaúde pet

Doença autoimune é uma das que mais acometem pets. A artrite provoca muita dor e pode danificar as articulações1930

Crédito: Reprodução
Crédito: Reprodução

 

 

Preste atenção aos sintomas: o pet se nega a andar por longas distâncias, tem dificuldades para subir ou descer escadas, passa a brincar menos e apresenta rigidez muscular. Esses podem ser sinais de que o cão ou o gato sofrem de uma doença muito associada a humanos, mas que também afeta os animais: a artrite.

De causa desconhecida, a artrite é considerada uma doença autoimune: o organismo começa a produzir uma resposta imunológica excessiva, como se estivesse combatendo vírus e bactérias, o que provoca inflamações crônicas. O problema pode surgir em várias articulações, mas é mais comum no quadril, nas patas e nos ombros. Segundo a veterinária Vanessa Couto de Magalhães Ferraz, especializada em ortopedia, muitas vezes, o diagnóstico é tardio. “Dificilmente, o cão ou o gato é trazido para o ortopedista logo de imediato, e, sim, apenas quando já está mancando”, conta. “Porém, a ida regular ao clínico pode trazer o diagnóstico da artrite ou poliartrite. Ás vezes, o animal fica mais apático, quieto, e os donos acham que é apenas uma mudança de comportamento, mas pode ser dor, e. quanto mais cedo ele é levado, melhor será o tratamento”, observa.

A veterinária diz que, embora mais frequente em cães, a doença também pode atingir gatos. A grande dificuldade para diagnosticar os felinos é que eles já têm um comportamento mais reservado, e não são agitados como os cachorros. Por isso mesmo, é necessário ir ao consultório com frequência, pois o tutor pode ter dificuldade para identificar alterações visíveis na saúde do animal. Embora não exista cura para a doença, o diagnóstico  precoce e correto garante a qualidade de vida. Entre os tratamentos disponíveis, estão fisioterapia, acupuntura e medicamentos.

 

Quanto às raças, as de porte pequeno e médio porte são as mais acometidas pela doença, que se manifesta, geralmente, dos 4 aos 7 anos. “Nas raças maiores, é um pouco mais comum o desenvolvimento de displasia coxofemoral, que ocorre pela diferença da massa muscular e o crescimento dos ossos e pode até ser confundida com a artrite.  Por isso, é bom ter mais de uma opinião na definição do diagnóstico e do tratamento”, ensina Vanessa Couto de Magalhães Ferraz. A médica veterinária fará uma palestra sobre o tema na  Pet South America, um dos maiores eventos do setor na América Latina, que acontece entre 15 e 17 de agosto, em São Paulo.

Próteses 

A área da ortopedia veterinária está em plena expansão, com novidades tecnológicas da medicina humana sendo também sendo utilizada para benefício dos animais. Um exemplo é a impressão 3D, que permite se obter cópias perfeitas de ossos e órgãos, para auxiliar os médicos a traçar o melhor tratamento. “Essa possibilidade de vermos a fratura de uma maneira mais próxima da realidade é ideal para planejarmos a melhor abordagem e testá-la neste objeto, especialmente em casos mais delicados e cirurgias de risco”, explica Cassio Ricardo Auada Ferrigno, professor do curso de veterinária da Universidade de São Paulo (USP).

O especialista em ortopedia animal explica que a prática tem sido muito explorada e está ganhando cada vez mais espaço desde que chegou ao Brasil, há quatro anos, com um aumento de até 40% de participação nos tratamentos. Na maioria dos casos, leva-se menos de 24 horas para imprimir os modelos.

De acordo com Ferrigno, outra tecnologia que está revolucionando o setor são os implantes anatomicamente adaptáveis que, diferentemente dos já existentes, podem ser usados em partes específicas do osso, se adaptando à  anatomia do animal tratado. “Antes, quando tínhamos uma fratura, como, por exemplo, no ombro, só encontrávamos modelos de implantes completos que acabariam por substituir todo o osso. Com os avanços em pesquisa e tecnologia que estamos realizando, será possível fazer implantes apenas do local fraturado, o que é, realmente, um grande passo”, comemora. Esse tipo de procedimento ainda está em teste, mas o objetivo é que, em breve, esteja disponível.

Essas novidades também serão apresentadas na Pet South America.

 

Castração gratuita volta ao DF

Publicado em 9 Comentárioscastração, saúde pet

Ibram anuncia retorno do programa de castração de animais domésticos. Todos podem se inscrever, mas a prioridade levará em contra critérios socioambientais

Veterinários no programa de castração do Ibram. Crédito: Rodrigo Ramthum/Ibram/Divulgação
Veterinários no programa de castração do Ibram. Crédito: Rodrigo Ramthum/Ibram/Divulgação

O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) retomou o programa de castração de animais domésticos. Agora, os atendimentos passam a ser feitos em clínicas credenciadas. O órgão já começou a convocar os tutores inscritos – há cerca de 900 gatos e cachorros na fila -, e os atendimentos estão acontecendo em uma clínica do  Gama.

Segundo Almir Figueiredo, coordenador substituto da Coordenação de Fauna (COFAU), a previsão é que ainda neste semestre sejam abertas novas vagas. “Estamos bem adiantados no contato com os cadastrados, e o ritmo de castrações está dentro do esperado. Tão logo esse trabalho seja concluído, abriremos novas vagas”, explica.

O programa, que já castrou 3 mil animais no DF, funciona da seguinte forma: após o cadastro no site, o tutor recebe por e-mail o encaminhamento para cirurgia, contendo as orientações para o procedimento. A partir daí, ele deve agendar o atendimento na clínica, para a operação gratuita. Todos os cidadãos podem se inscrever e serão atendidos, garante o Ibram.  No entanto, a ordem de prioridade obedece a critérios socioambientais.

Para a chefe da Unidade Estratégica de Direitos Animais da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), Mara Moscoso, é preciso também uma atenção especial com os protetores dos animais, que atuam individualmente ou em grupo. De acordo com ela, além da reabertura do cadastro, os dois órgãos vão realizar um levantamento do trabalho dessas pessoas. “A sociedade civil tem um papel importante nessa questão e precisamos estreitar os laços com aqueles que realmente têm comprometimento com a causa”, conclui.

Clínicas interessadas em participar do programa podem entrar em contato pelo número 3214-5678. O edital está disponível aqui.

Castra Móvel: mais de 3 mil animais castrados. Crédito: Hmenon Oliveira/GDF.
Castra Móvel: mais de 3 mil animais castrados. Crédito: Hmenon Oliveira/GDF.

O serviço itinerante de castração de cães e gatos, Castra Móvel, teve sua segunda etapa encerrada em abril de 2016. Em um acordo de cooperação técnica com a Universidade de Brasília (UnB), a unidade passou a atender em projetos de ensino da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária desde o ano passado, sob a coordenação da professora Paula Diniz Galera. A parceria foi definida pelo Comitê Interinstitucional da Política Distrital aos Animais (CIPDA), do qual participam diversos órgãos do governo de Brasília, como o IBRAM e a Secretaria do Meio Ambiente, que coordena o grupo.

No fim de março, foi sancionada a lei que cria a política de controle de natalidade de cães e gatos. Segundo o texto, publicado no Diário Oficial da União, o controle, em todo o território nacional, será por meio de castração ou “por outro procedimento que garanta eficiência, segurança e bem-estar ao animal”. A lei tem origem em um projeto aprovado no Senado em 2010, e que passou pelo crivo dos deputados em 7 de março. Apesar de os protetores comemorarem o avanço, eles destacaram dois importantes vetos, que podem atrapalhar que a política seja colocada em prática: o que estabelecia o prazo para municípios se adequarem, e o que definia que os recursos viriam da seguridade social da União.

De acordo com o Palácio do Planalto, no primeiro caso, o texto feria a autonomia municipal. No segundo, o artigo  era inconstitucional,  pois os recursos da seguridade social só podem ser destinados a programas relacionados à saúde humana. Em entrevista ao portal Amazônia Legal, a ativista e fundadora do partido ANIMAIS, Carolina Mourão, disse que diversos parlamentares se comprometeram a assegurar o financiamento na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

 

Campanha de castração

Para quem dúvidas sobre castrar ou não o cão, a veterinária Lorena Nichel, do Vet em Casa, que começou uma campanha de castração, esclarece: “A castração ainda é um assunto bastante polêmico para os proprietários de animais de estimação. Está associada à imagem de cães e gatos gordos e letárgicos, ‘cirurgia cruel’, ‘mutilação do animal’ etc”, enumera. Contudo, não há nada mais falso. Veja as razões que a veterinária aponta, para a castração de machos e fêmeas:

Machos
1) Evita fugas
2) Evita o constrangimento de cães montando em pernas ou braços de visitas
3) Evita a marcação de território (xixi fora do lugar)
4) Evita a agressividade motivada a excitação sexual constante
5) Evita tumores testiculares
6) Evita o aumento do número de animais nas ruas
7) Evita a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis como epilepsia, displasias, catarata juvenil, etc (em animais que tiveram o diagnóstico dessas e outras doenças)

Fêmeas

1) Evitam-se acasalamentos indesejáveis, principalmente quando se tem um casal de animais em casa.
2) Evita tumores nas glândulas mamárias
3) Evita-se piometra (grave infecção uterina)
4) Evita-se gravidez psicológica e suas consequências, como infecções mamárias
5) Evitam-se os cios
6) Evita-se o aumento de animais nas ruas
7) Evita a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis como epilepsia, displasias, catarata juvenil, etc (em animais que tiveram o diagnóstico dessas e outras doenças)

Ainda tem dúvidas? Clique aqui.

(Com informações da Assessoria de Imprensa do Ibram)

Castração segura e acessível

Publicado em 2 Comentáriossaúde pet

Preocupados com a saúde e o controle da natalidade dos animais resgatados das ruas, veterinários criam projeto de castração. A parceria é feita com quem recolhe cães e gatos abandonados. Juntos, cuidam dos bichos antes de doá-los

Profissionais do Projeto C.O.R.J.A: tratamento cinco estrelas. Crédito: Reprodução
Profissionais do Projeto C.O.R.J.A: tratamento cinco estrelas na castração de animais resgatados por protetores independentes e ONGs. Depois, eles vão para adoção.  Crédito: Reprodução do Facebook

Da Revista do Correio

Há quem retire cães e gatos abandonados e esquecidos nas ruas para buscar um lar que os acolham. São membros de organizações não governamentais e protetores independentes espalhados pela cidade que se dedicam ao trabalho de proteção animal. Mas, antes de encontrar um novo dono para eles, é preciso cuidar da saúde e fazer o controle da natalidade desses animais. Para reforçar esse time de resgate, médicos veterinários se voluntariam para ações de parceria com essas Ongs. Eles oferecem serviços de castração de cães e gatos, a preço mais baixo, além de conscientizarem quem resgata esses bichos.

Com isso, há mais ou menos um ano, nasceu o Projeto C.O.R.J.A — sigla que significa Castração Organizada, Responsável, Justa e Acessível. A iniciativa surgiu a partir da união de 40 médicos veterinários que, com o Hospital Veterinário da UPIS, fazem um mutirão de castração. Cães e gatos recebem atendimento de qualidade no pré-operatório, como avaliação médica veterinária, eletrocardiograma, exames de sangue e ultrassonografia. Já os tutores ganham doações de vermífugos, repelentes contra pulgas e carrapatos, além de orientações e conhecimento sobre o bem-estar dos animais.

A ideia é de que as Ongs e os protetores independentes façam doações conscientes. Ou seja, eles precisam entregar os animais castrados e bem cuidados aos novos tutores, e o projeto auxilia esse processo ao oferecer um tratamento de nível alto. “O objetivo da campanha é, sobretudo, melhorar a qualidade de vida dos animais. O controle de natalidade é um passo. Nós fazemos uma avaliação bem criteriosa e um pós-operatório bem delicado, a fim de obter sucesso em cada ato cirúrgico”, detalha o médico veterinário e professor universitário Rômulo Vitelli Rocha Peixoto, também coordenador do projeto.

Rômulo conta que o projeto foi o primeiro a ser aprovado pelo Conselho Regional Medicina Veterinária do Distrito Federal (CRMV-DF) por conseguir as exigências para esse tipo de ação. “Nós temos o ofício autorizado pelo órgão. Dentre aos vários projetos de castração que existe aqui, somos os únicos a ter conquistado tal feito. E isso é muito bom para a continuação do nosso trabalho.”

A educadora física Ana Lúcia Vieira é voluntária da Ong Projeto Adoção São Francisco, que resgata animais de rua vítimas de maus-tratos. Em março deste ano, a instituição levou nove animais (sete cães e dois gatos) para a última edição do Projeto C.O.R.J.A. Segundo ela, castrar é um ato de amor e de responsabilidade, pois, além de evitar a superpopulação de animais abandonados, também traz benefícios, como a diminuição do risco de câncer de mama e de infecção uterina nas fêmeas. No caso dos machos, diminui o risco de câncer de próstata. “Fiquei sabendo do mutirão de castração por meio de veterinários parceiros da nossa organização. Todos os animais que doamos são castrados”, conta Ana Lúcia.

Sobre o trabalho oferecido por esses profissionais, Ana Lúcia só tem elogios. “Nos deram um tratamento cinco estrelas e, acima de tudo, trataram os cães e gatos com muito respeito, profissionalismo e amor”, emociona-se. “Fomos agraciados com uma excelente palestra para esclarecer temas como castração responsável, zoonoses, doenças sexualmente transmissível, cuidados com higiene animal e cuidados pós-operatório.”

Antes da cirurgia, o animal recebe uma anestesia que o manterá dormindo. “Inicialmente, é feita uma medicação por meio de injeção na veia para sedar o animal, mas, a anestesia é inalatória”, explica o veterinário Rômulo. Depois, um pequeno tubo de plástico é inserido no canal respiratório do paciente. No macho, a incisão é feita alguns centímetros acima do escroto, onde é feita a remoção dos testículos. Na castração da fêmea, a incisão é feita no abdômen para retirar os ovários e o útero. Todo o esforço será feito para manter o animal saudável. Quando a cirurgia acaba, ele é monitorado em uma área de recuperação até que acorde e esteja bem para ser liberado.

Saiba mais
Os médicos veterinários voluntários do C.O.R.J.A não cobram pela mão de obra da castração. Porém, há um custo do procedimento. Os preços são acessíveis, bem abaixo do mercado e o valor cobrado é usado para a compra dos materiais usados na cirurgia e para os gastos de manutenção do projeto.

Pet na gestação combate alergia e obesidade

Publicado em 1 Comentáriosaúde pet

Pesquisa mostra que cães e gatos reforçam a imunidade do bebê durante a gestação e nos três primeiros meses de vida. Mais um motivo para grávidas jamais abandonarem os melhores amigos

Esses dois nasceram no mesmo dia e fazem o maior sucesso na internet. Crédito: Ivette Ivens/Reprodução
Esses dois nasceram no mesmo dia, tornaram-se melhores amigos  e fazem o maior sucesso na internet. Crédito: Ivette Ivens/Reprodução

Sabe aquela história de “estou grávida e por isso estou me desfazendo do meu cachorro/gato”? O resultado de uma pesquisa canadense reforça que, além de cruel, essa desculpa não faz o menor sentido, do ponto de vista da medicina. A epidemiologista pediátrica Anita Kozyrskyj, maior especialista mundial na microbiota intestinal (conjunto de bactérias que habitam os intestinos) provou que ter pets em casa durante a gestação diminui o risco de o bebê sofrer de alergias e de obesidade.

De acordo com a pesquisadora, que estudou análises fecais de um grande número de crianças nascidas no Canadá, ser exposto à sujeira do pelo e das patas dos animais desde a gestação até os 3 meses de vida cria uma imunidade precoce nas crianças. O estudo, baseado em dados recolhidos ao longo de 20 anos, demonstrou que bebês cujas mães tinham pets em casa apresentavam um número duas vezes maior de duas bactérias “do bem”, a Ruminococcus e a Oscillospira, conhecidas por diminuir os riscos de desenvolvimento de alergia e obesidade, respectivamente.

“A exposição aos pets afetam a microbiota intestinal indiretamente — do cão para a mãe, e da mãe para o feto — durante a gestação, assim como nos três primeiros meses de vida do bebê”, conta a pesquisadora. O estudo também mostrou que esse benefício à imunidade ocorre mesmo na cesária, tipo de parto que, conhecidamente, diminui as chances de fortalecimento do sistema imunológico.

Então, antes de pensar em mandar o cão ou o gato fazerem as trouxinhas, as futuras mamães devem se lembrar que, além de eles não merecerem o abandono, os pets estão fazendo um enorme bem ao futuro melhor amiguinho.

 

 

Pets têm de fazer check-up

Publicado em 2 Comentáriossaúde pet

É possível identificar doenças antes que elas se manifestem, durante o check-up anual. Ideal é fazer consultas semestrais e exames a cada 12 meses

 

Safira. Crédito: Arquivo pessoal
A labradora Safira teve um câncer detectado durante o check-up  Crédito: Arquivo pessoal

Foi durante o check-up anual que a labradora Safira, 4 anos e sete meses, foi diagnosticada com um câncer, o  mastocitoma grau II. Graças à detecção precoce, a cachorrinha foi encaminhada a uma oncologista e operada uma semana depois da consulta. Com o tratamento adequado e a tempo, Safira recebeu alta em 4 de fevereiro e foi considerada curada.

Os tutores de Safira não tinham o hábito de fazer o check-up anual. “No primeiro ano da Safira, eu muito não ligava para quase nada. Dava as vacinas e estava tudo certo”, conta o analista de sistemas Jose Clavijo. Quando a labradora tinha 2 anos, passou para outra veterinária, que explicou a necessidade de fazer hemograma e exame físico antes de vacinar. Daí surgiu o hábito de submeter a cachorra à varredura, que inclui hemograma completo, perfil hepático e renal, triglicerídeos, colesterol e creatinina, entre outros.

Na fase do controle do câncer, também era feito o eletrocardiograma e a ecografia. Esse último exame foi incorporado ao check-up anual de Safira, mesmo depois da alta. Além do rastreamento, Safira se consulta semestralmente com a veterinária.

“O check-up permite identificar um problema cedo, antes de a doença se manifestar, o que ajuda no tratamento e na recuperação do pet”, conta Camila Lozano, veterinária da Petz. De acordo com ela, o ideal é fazer uma visita ao veterinário a cada seis meses. A partir de exames de rotina, é possível identificar diferentes doenças, antes mesmo de os sintomas se agravarem.  “Quanto mais cedo for feito um diagnóstico preciso para o tratamento, maiores serão as chances de sucesso e de recuperação do pet”, explica.

Durante a consulta, são avaliados os níveis de hidratação, peso, temperatura, pressão e batimentos cardíacos. Além de apalpar e observar o pet, o veterinário faz um o exame de sangue, para checar possíveis infecções ou anemias. Caso necessário, ele indica novos exames específicos para um diagnóstico mais preciso.  Nos bichinhos mais velhos, as funções renais e do fígado também são analisadas.

A importância do check-up

  • É fundamental para evitar a insuficiência renal, uma das complicações mais comuns e prejudiciais para os gatos, já que não existe vacina para prevenção deste problema. A doença é mais comum em pets de meia idade e idosos.
  • Permite ao tutor conversar com o veterinário para tirar todas as dúvidas em relação à saúde e à manutenção dos cuidados com o pet.
  • Com o exame físico e o exame de sangue, doenças transmitidas por agentes como carrapatos e pulgas, por exemplo, são evitadas, além de prevenir doenças renais, hepáticas, periodontais, obesidade e neoplasias.
  • As observações feitas pelos veterinários são fundamentais para detectar complicações com antecedência. Assim o pet pode ter um diagnóstico precoce e responder melhor ao tratamento.
  • Antes de fazer uma viagem, o check-up é ainda mais importante, já que o pet poderá ter contato com outros animais e com ambientes desconhecidos, o que aumentam os riscos de doenças. O ideal é fazer a consulta pelo menos com um mês de antecedência.
  • O veterinário verifica se está em dia e orienta sobre a vacinação (múltipla, antirrábica, contra giárdia e gripe), assim como o controle de pulgas, carrapatos e vermes.

 

Chocolate para pets é veneno

Publicado em 2 ComentáriosAlimentação Pet, saúde pet

Na Páscoa, nada de oferecer chocolate para os pets. A substância age como veneno no organismo dos animais. Opte por petiscos naturais para não deixá-los de fora da comemoração

 

Bento já sabe: chocolate, nem pensar. Crédito: Paula Leon/Divulgação
Bento já sabe: chocolate, nem pensar. A substância é um veneno para os pets.  Crédito: Paula Leon/Divulgação

 

Um olhar pidão como esse do Bento faz qualquer um se derreter. A vontade é presentear o melhor amigo com um ovo de chocolate, para celebrar a Páscoa. Isso, porém, pode colocar a vida do pet em risco. Se o chocolate é uma guloseima para humanos,  no organismo dos animais, ele age como veneno. “O fígado dos cães e gatos não metaboliza direito uma substância presente no chocolate, chamada teobromina, que está relacionada com a quantidade de cacau. Quanto mais cacau, mais teobromina o produto contém e mais tóxico ele é”, explica a veterinária  Keila Regina de Godoy, da PremieR pet.

Quanto mais escuro e amargo o chocolate, maior o percentual de cacau e, consequentemente, mais tóxicos para os animais. No entanto, o chocolate ao leite e o chocolate branco também fazem mal e não devem ser oferecidos aos pets. “Como a teobromina age intensamente no organismo, pode ocorrer aumento de contrações musculares, excitação nervosa, micção em excesso, elevação da temperatura corporal, respiração acelerada, taquicardia, vômitos e diarreia. A gravidade do quadro varia de acordo com a quantidade ingerida”, esclarece Keila.

A veterinária diz que, apesar de os casos letais serem raros, existe alta incidência de indisposições gastrointestinais, especialmente em animais pequenos e jovens, devido à quantidade de toxina em relação ao peso do pet.  “Além do risco de intoxicação e do mal-estar, o chocolate pode acarretar em outros males ao organismo do animal, como a obesidade e suas complicações”, alerta. Para evitar surpresas desagradáveis, a veterinária recomenda que não se deixem ovos e bombons em locais acessíveis a cães e gatos. Eles podem se sentir atraídos pelo cheiro, pela embalagem e “roubar” sem que os tutores percebam. Também é fundamental orientar as crianças para que não ofereçam a guloseima.

De acordo com a Associação Norte-Americana de Medicina Veterinária, os estimulantes do chocolate circulam no organismo por um bom tempo: em casos severos, os sintomas podem durar por 72 horas. Por isso, no caso de ingestão acidental, é muito importante levar o animal ao hospital veterinário.

A empresária Niely Gonçalves, da Cookie Pet Biscoiteria  lembra que, nem por isso, os melhores amigos precisam ficar sem um agrado na Páscoa. Ela sugere mimar os pets com biscoitos e minibolos naturais, livres de conservantes, corantes e refinados. Produtos à base de alfarroba, que dispensa açúcar na fabricação dos produtos, é outra opção. “Além de não conter estimulantes como cafeína e teobromina, ela é rica em vitaminas e minerais”, diz. Mas ela faz um alerta: “São petiscos e devem ser oferecidos com moderação”.

 

Para quem ficou apaixonado pelo Bento vestido de coelho, ele avisa que foi fotografado pela Paula Leon, da Paulinha Leon Fotografia

Pets também têm doença hepática

Publicado em Deixe um comentáriosaúde pet

Ela é mais comuns do que se imagina. Saiba quais as principais causas da doença hepática em cães e gatos

29/03/2017. Crédito: Arthur Menescal/Esp.CB/D.A. Press. Brasil. Brasília - DF. Revista. Doenças hepáticas em animais. Juliana Lauermann com o seu cachorro Frederico, no Lago Sul.
 O yorkshire Frederico teve doença hepática e não conseguia se alimentar  Crédito: Arthur Menescal/Esp.CB/D.A. Press.
POR ANDRÉ BAIOFF*

Doença hepática não é uma exclusividade dos humanos: ela pode afetar os pets. O fígado desempenha inúmeras funções no organismo, portanto, é de extrema importância que esteja funcionando bem. Para isso, alguns cuidados devem ser tomados. Se o bicho recusar água e ração, se estiver apático, com o corpo amarelado, procure atendimento veterinário — pode ser algum mal hepático.

Essas doenças podem ser agudas ou crônicas. As principais causas são intoxicações, infecções virais ou bacterianas, distúrbios do trato biliar, distúrbios vasculares congênitos, doenças metabólicas, parasitas (como a leishmaniose, causada pelo mosquito-palha) e neoplasias. Além disso, o uso prolongado de medicamentos também pode complicar o fígado. Algumas raças têm maior disposição ao problema, como yorkshire terrier, west highland white terrier e maltês. Entre os gatos, são mais predispostos os persas e os himalaios”, explica a veterinária Blenda Costa Carneiro.

A instrutora de fitdance Juliana Lauermann, 21 anos, passou dificuldades com o yorkshire Frederico. Logo após a adoção do animal, ela descobriu que tinha a condição conhecida como shunt (desvio hortossistêmico), o que derrubava a taxa glicêmica dele. “Ele (o Frederico) não comia, não tomava água. Corri para o consultório veterinário. Os exames de sangue estavam sempre irregulares e ele era internado com frequência”, relembra a jovem.

Em uma das vezes em que o Frederico foi internado, passou um mês em observação no consultório. Durante esse período, foi alimentado com ração própria para pacientes hepáticos, porém, os exames diagnosticaram o controle do shunt e o início de uma outra doença no fígado. Resultado: passou 15 dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). “Comecei a me preocupar mais com a alimentação correta e com a limpeza da casa. Vez ou outra, quando estávamos comendo, caía alguma coisa no chão e ele comia. Hoje em dia, o cuidado para ele não comer o que não deve é redobrado”, ressalta.

Logo após a saída do Frederico do hospital, Juliana procurou uma veterinária especialista em homeopatia que prescreveu fórmulas para ajudar na desintoxicação e uma dieta. “A alimentação dele (Frederico) está à base de frango, batata, cenoura, abóbora e quiabo”, revela.

Para a veterinária Ana Catarina Viana Valle, especialista em homeopatia, acupuntura e fitoterapia animal, vale a pena suspender a ração industrializada como precaução. “O fígado é um órgão muito importante e, na alopatia, temos poucos recursos para tratá-lo. Deve-se administrar medicamentos menos agressivos e oferecer alimentação natural ao pet. Esse é o segredo de uma vida longa e saudável”, diz.

A veterinária Camila Coité Correto também vê com bons olhos a dieta in natura, além de rações terapêuticas. “O manejo dietético adequado é parte importante do tratamento das hepatopatias porque o fígado está intimamente envolvido no metabolismo dos nutrientes. Tanto as rações quanto a alimentação natural são compostas por níveis proteicos e minerais adequados, a fim de reduzir os danos hepáticos, sendo a alimentação natural mais flexível na adequação às necessidades individuais”, argumenta.

Camila enfatiza: o tratamento para males de fígado deve ser decidido por um veterinário. “É essencial a realização de exames. A partir deles, serão dadas as orientações adequadas. Deve-se observar, sobretudo, filhotes subdesenvolvidos, que não ganham peso. No mais, é fornecer alimentos de boa qualidade e evitar contato com parasitas”, aconselha.

O yorkshire Frederico precisou de cuidados intensivos para se recuperar de um mal hepático. “Ele não comia, não tomava água”, relata a dona, Juliana Lauermann

 *Estagiário sob supervisão de Gustavo T. Falleiros

Pets livres de acidentes domésticos

Publicado em Deixe um comentáriosaúde pet

Tutores precisam cuidar dos mínimos detalhes para evitar que os melhores amigos se envolvam em acidentes domésticos. Até objetos inofensivos podem ser um perigo e ameaçar a vida dos bichinhos

Kadynho foi parar no hospital por causa de um produto de limpeza
Kadynho foi parar no hospital por causa de um produto de limpeza: ao menor descuido, pets podem se envolver em acidentes domésticos

Algumas gotas de um produto de limpeza custaram ao lhasa apso Kadynho uma noite inteira no hospital, com direito a lavagem intestinal e à tosa da patinha. Curioso quando filhote, o cãozinho gostava de fuçar tudo que aparecesse na frente. Quando a embalagem do limpa cerâmica foi ao chão, ele pisou e lambeu. Não demorou para a dentista Nayany Priscilla Feitosa Ramos, 24 anos, perceber que o melhor amigo estava encrencado. “Ele queimou as patinhas na hora, porque aquilo é ácido”, conta.

Já passava da meia noite, Nayany estava sozinha em casa, e sem carro. Os táxis se recusavam a transportar Kadynho. “Eu fiquei desesperada. A língua dele estava muito vermelha e ele estava bastante ofegante. Foi desesperador”, recorda. Finalmente, quando conseguiu chegar ao hospital, o cachorrinho teve de fazer lavagem intestinal e ficar no soro. O médico raspou o pelo da patinha machucada e aplicou um medicamento. No início da noite seguinte, o lhasa recebeu alta. Além do susto, Nayany teve um belo prejuízo: como o atendimento emergencial foi na madrugada, a consulta e a internação saíram bem caras. Mas o importante foi que Kadynho, hoje com 3 anos, se recuperou, sem sequelas.

“Quando a gente recebe um filhote em casa, tem que pensar que está recebendo uma criança. Tudo que é pequeno, algo que é perigoso, tem que tirar do alcance dele”, alerta a veterinária Giulliana Tessari, coordenadora do Adote Petz, programa de adoção da rede de pet shop. Por isso, é importante manter os ambientes seguros da casa ou do apartamento, além do carro, para evitar acidentes. “Bibelôs, produtos de limpeza e plantas venenosas têm de ser tirados do acesso ao pet. O importante é dar segurança e o maior conforto aos bichinhos.”

Confira as dicas da veterinária para garantir a segurança do melhor amigo:

1. Telas de proteção – Para quem mora em apartamento, elas são imprescindíveis tanto para os felinos como para os cães, que também gostam de ficar olhando pela janela. Por exemplo, uma brincadeira para pegar a bolinha perto da janela ou um pulo para alcançar um pássaro podem ser perigosos.

2. Fios de aparelhos eletrônicos ou de extensões – Além de choques com descargas elétricas por mordidas ou esbarrões, pode ocorrer enforcamento, principalmente em gatos que adoram se enrolar. É importante sempre verificar se há fios desencapados. O ideal é agrupar os fios em serpentinas e fazer com que essa fiação fique longe do alcance dos animais.

3. Cozinha – Queimaduras por contato com panelas, líquidos quentes e forno aceso são os maiores riscos. As facas e objetos pontudos devem ser guardados nos armários fechados para evitar cortes indesejáveis. Cuidado também com os alimentos que caem no chão, pois podem fazer mal aos pets.

4. Área de serviço – Os produtos de limpeza nunca devem ser deixados no chão, pois os cães e gatos costumam ser curiosos e poderão se intoxicar. Coloque sempre em prateleiras ou armários fechados no alto. A lata de lixo, além de ter resto de alimento,  pode conter objetos cortantes e tóxicos, também deve ser bem fechada para evitar o acesso dos bichinhos.

5. Objetos que caem no chão – Muitos viram alvo de brincadeira. Por isso, atenção com os itens perigosos como brincos, anéis, chaves, canetas, lápis, moedas, agulhas, sacos plásticos e bolas de pingue-pongue, que podem ser engolidos e provocar sequelas e até a morte do pet.

6. Sala e quarto – Como os gatos adoram caminhar por prateleiras e móveis altos, é preciso ter atenção aos objetos e enfeites que quebram facilmente. Dependendo do material, como o vidro, pode causar cortes na pele do bichano.

7. Banheiro – Não esqueça de fechar bem as embalagens dos medicamentos e de guardá-los em armários no alto. Além disso, giletes e tesouras devem ser guardadas em gavetas, pois podem ser manipuladas ou até engolidas capelos animais.

8. Área externa – Toda atenção com os portões com dispositivo elétrico ou lanças pontudas. Manter sempre as portas e portões bem fechados para evitar escapadas. Cuidado também com as espécies de plantas no jardim que são tóxicas para os pets, como antúrio, comigo-ninguém-pode etc.

9. Piscina – Para evitar afogamento, colocar proteção ou ensinar o cãozinho a usar a escada para sair da água. Caso prefira, mantenha sempre o pet sob supervisão ou preso para que ele não caia na água.

10. Carro – Usar sempre cinto de segurança especial para os cães ou caixa de transporte para evitar que eles pulem com o veículo em movimento. Os gatos devem permanecer nas bolsas ou caixas de transporte durante o trajeto, é mais seguro para eles e para os donos.

Vale a pena fazer um plano de saúde?

Publicado em 6 ComentáriosPetReportagem, saúde pet, Sem categoria

Planos de saúde oferecem coberturas que vão de consultas simples a limpeza de tártaro, castração e parto. Dependendo do caso, pode compensar financeiramente

Marcelo de Brito e Keila Rocha, com o cartao do Chico Chicote, em Aguas Claras.Crédito: Barbara Cabral/Esp.CB/D.A. Press.
Marcelo de Brito e Keila Rocha, com o cartão do plano de saúde de Chico Chicote   Crédito: Barbara Cabral/Esp.CB/D.A. Press.

Da Revista do Correio 

Quando uma família decide acolher um pet, os cuidados básicos, como banho, vacinas, cama e comida,  são sempre lembrados. Mas é bom não se esquecer dos gastos com saúde, que podem ser muito ais altos do que se imagina. Por isso, muitos tutores vêm recorrendo ao planos de saúde para os melhores amigos.

Sócia do plano Dog Life, Luciana Gusmão explica que esse tipo de serviço está se tornando imprescindível, dado o alto custo dos cuidados com pets idosos ou com doenças crônicas. Os planos oferecem uma grande variedade de procedimentos. “No nosso caso, oferecemos três perfis, que cobrem consultas, medicamentos, exames, cirurgias, tratamento dentário, pronto-socorro 24 horas e outras especialidades médicas”, detalha.

Raças com predisposição a certas doenças são especialmente beneficiadas por esse tipo de convênio. É o caso do cãozinho Chico Chicote. Tutores do buldogue inglês, o advogado Marcelo de Brito e Keila Rocha queriam ter a certeza de que todos os gastos com a saúde do animal seriam cobertos. No primeiro ano de vida, Chico passou por consultas veterinárias semanais devido a pequenos problemas, como alergias na pele ou dores de barriga. Embora fossem questões simples de remediar, quando somadas, tinham um custo elevado.

Há algum tempo, o cãozinho também precisou de atendimento com urgência. Chico foi picado por um inseto e sofreu a consequência instantaneamente: o rosto inchou e a pele ficou toda empolada. O tutor correu para o hospital e a sorte foi que o plano de saúde cobriu a consulta e a vacina necessária. “É bom saber que a assistência é feita de forma rápida e que não vamos precisar desembolsar uma grande quantia de dinheiro de uma vez só”, explica Marcelo. Para o advogado, o segredo é procurar um plano personalizado. “É muito similar ao convênio humano. Poupamos dinheiro e temos acesso a especialistas de qualidade”, garante.

Antes, as pessoas se preocupavam, sobretudo, com a alimentação do pet. Os cuidados com a saúde eram sempre reativos. Hoje, já é possível falar em medicina veterinária preventiva, que, inclusive, aumenta a expectativa de vida do bicho. Para os que procuram esse acompanhamento mais intensivo, os convênios têm bom custo-benefício, afirma Pietra Camila Marangoni, gerente de produtos da Célebre Corretora (plataforma direta do plano de saúde animal Health for Pet). “A pessoa paga um valor mensal e tem acesso a diversos tipos de tratamentos, incluindo internação hospitalar.”

petsickDefinir o perfil do paciente é fundamental. Alguns planos são mais voltados para atendimentos ambulatoriais e vacinas. Outros abrangem atendimento em casa (home care). Esse tipo de plano é voltado para casos mais sérios e cobre exames de imagem e cirurgias. Há também opções completas, que englobam todos os aspectos da saúde animal. “As pessoas têm bichinhos de estimação e se apegam muito a eles. Quando há uma perda, é um luto, um sofrimento sem fim. Então, cuidar — e saber que esse cuidado pode aumentar a expectativa de vida deles — é essencial”, comenta Pietra.

Outra tendência é buscar o atendimento de especialistas. Nesse aspecto, os planos de saúde também são convenientes. A bióloga Nathália Freitas, 31 anos, é dona de quatro gatinhos — Neo, Gastão, Romeu e Chico. Três deles têm um plano de saúde em família. Nathália chegou a esse arranjo após um de seus gatos ter sofrido problemas renais cujo tratamento foi muito dispendioso. “As despesas foram equivalentes a dois, três anos de plano de saúde.”

Para Nathália, ser tutor de um bicho significa ter o compromisso de mantê-lo saudável e feliz. “Eles adoecem quando a gente menos espera e nunca temos um orçamento preparado para isso. Daí, a importância do plano. Eu uso muito uma clínica especializada em gatos, que oferece consultas eletivas (aquelas não motivadas por episódios de doença) e penso que é um ganho para a saúde deles.”

Representante do AmigooPet no Distrito Federal, Augusto Rollemberg conta que a procura pelos dois planos oferecidos — Amigoo e Melhor Amigoo — tem aumentado. “Hoje, os animais são parte da família”, justifica. Apesar disso, de acordo com ele, uma pesquisa constatou que 78% dos tutores de animais domésticos não sabem da existência dos planos de assistência pet, enquanto que 42% demonstra interesse em conhecer e contratar produtos que tenham um preço médio de R$ 50 a R$ 100 por mês.

 

Serviço

– Dog Life: planos a partir de R$ 62 por mês, para cães e gatos. Todos incluem implantação de microchip e carteirinha de descontos. O mais simples seis inclui consultas, exames laboratoriais, e três vacinas. O mais completo também tem exames de imagem, internação em clínicas e hospitais, anestesia (local, geral e inalatório), procedimentos cirúrgicos, castração e remoção de tártaro. Contato: doglife@doglife.com.br

– Health for Pet: planos a partir de R$ 68,85 por mês, para cães e gatos. Todos incluem implantação de microchip, atendimento ambulatorial, urgência e emergência, exames laboratoriais, vacinas, consulta com especialistas, atendimento domiciliar e por telefone. O mais completo também inclui reembolso de livre escolha, castração, limpeza de tártaro, exames por imagem, cirurgias e internação.  Contato: 4001-4000. Não opera em Brasília.

– Amigoo Pet Assist: planos a partir de R$ 39,90 por mês, para cães e gatos. Todos incluem transporte emergencial ao veterinário, atendimento de emergência, cirurgia, atendimento ambulatorial, internação, exames laboratoriais e de imagem, hotel no caso de viagem, orientação veterinária e jurídica, e informações sobre vacinas. O plano mais completo também oferece tratamento odontológico, fisioterapia, aplicação de vacina, implantação de chip, parto, castração e consulta com especialistas. Há reembolso em alguns casos. Contato: amigoopet.brasilia@gmail.com