Um mundo hostil

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: JULIA LE DUC (AP)

 

Charge desenhada em um muro nos arredores da cidadezinha americana de Brownsville, no Texas, próxima à fronteira com o México, mostra o presidente Donald Trump sentado em sua mesa de trabalho na Casa Branca, construindo solitário, tijolo por tijolo, um muro ao seu redor. A imagem chama a atenção para o endurecimento da política imigratória adotada pelo atual presidente daquele país, mostrando que a persistência de Trump em construir um gigantesco muro, separando esses dois países, acabará por provocar seu próprio isolamento perante o mundo, aprisionando-o em sua retórica. Obviamente que se trata de uma manifestação que vem crescendo dentro do próprio país norte-americano e diz respeito, também, aos esforços da oposição local par conter uma possível reeleição do atual presidente, como indicam muitas pesquisas. É preciso notar ainda que essa foi uma promessa de campanha e que lhe rendeu a maioria dos votos daqueles americanos que querem, de fato, pôr um fim na entrada de estrangeiros naquele país, principalmente oriundos do terceiro mundo.

Na verdade, desde os atentados de 2001, tem crescido entre os americanos uma onda de xenofobia que, de resto sido vista, também em muitos outros países da Europa. Paralelamente, o governo Trump vem empreendendo uma campanha sistemática de deportações de imigrantes, com os estrangeiros ilegais sendo cassados de casa em casa, algemados e levados para os centros de detenção onde aguardam decisão da justiça.

A toda a hora as televisões exibem cenas mostrando a atuação da polícia de imigração realizando batidas contra esses estrangeiros ilegais, o que muitos interpretam como sendo uma política velada de muitas redes de notícia a favor dessas medidas. Trata-se de uma política interna e que diz respeito apenas àquele país, mas que tem despertado não só indignações em muitas partes do planeta que indicam, claramente, que os países desenvolvidos mudaram radicalmente de comportamento com relação aos imigrantes, justamente quando se assiste uma das maiores ondas de movimentação de pessoas de toda a história da humanidade.

Fotografias que circulam agora nas redes sociais, mostrando o caso de pai e filha afogados no Rio Bravo, quando tentavam chegar a nado em território americano, falam por si e remete à outra foto, também trágica, que mostrava uma pequena criança síria afogada numa praia da Turquia e que retrata com precisão a enorme crise dos refugiados. Aqui mesmo, na América do Sul, o drama dos refugiados da Venezuela, Nicarágua e de outros países do nosso continente também chamam a atenção para um fato histórico e sem precedentes que irão ficar registrados nos anais de história para todo o sempre e que no futuro irão compor parte dos mesmos registros que mostraram a indiferença de muitos, durante o início do século XX para o caso do genocídio dos judeus, dos armênios, poloneses, sírios, curdos, hindus, sikhs, congoleses, eslavos  e de outros povos.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Na verdade, na verdade os imigrantes tendem a ser muito mais norte-americanos do que a população nascida aqui.”

Chuck Palahniuk Choke, um escritor estadunidense de ascendência ucraniana.

Charge: brazilcartoon.com

 

 

Editora Chiado

Bastidores de 1964. Os momentos antes das decisões, personagens, histórias pessoais, poder, interesses, confabulações. Murilo Prado Badaró convida para o lançamento do segundo livro de sua autoria. Às 19h30, no Carpe Diem, Comercial da 104 sul, do dia 2 de julho, uma terça-feira. Baseado em documentos, o livro conta a história de um repórter investigativo que, no desenrolar da trama, traz ao leitor desfechos surpreendentes.

 

 

Anjo

Todas as farmácias da cidade poderiam adotar a iniciativa de Sílvia Letícia. Ela trabalha na Drogasil da 111 Norte. Bilhetinhos encorajadores são deixados para os clientes. Uma ideia tão simples e desprendida que pode ajudar a mudar um dia do choro para o sorriso.

 

 

Cantar                       

Chega a notícia pelo amigo Limongi de que o cantor Agnaldo Timóteo, internado na UTI do Hospital das Clínicas, em São Paulo, teve boa recuperação. “Quero voltar a cantar”, disse Timóteo tão logo os aparelhos foram retirados, permitindo que falasse normalmente.

Foto: Agnaldo Timóteo – Divulgação

 

 

Em busca do equilíbrio

Inúmeras mulheres de diferentes faixas etárias praticam exercícios aeróbicos na quadra de esportes situada na Av. Araucárias, em Águas Claras, em frente ao posto de vacinação. As atividades iniciam ao entardecer e logo fica noitinha. Ocorre que a quadra não possui iluminação artificial, situação que tem prejudicado os exercícios. O recado do leitor Renato Mendes Prestes é o seguinte: “Senhor administrador, como cavalheiro e em prol da preservação da saúde e beleza das nossas mulheres, providencie a instalação de luzes. Elas agradecem!”

 

 

Táxi aeroporto

Não faz sentido viajantes e familiares levarem multas constantes ao pararem no aeroporto, enquanto taxistas passam horas dentro do carro, numa fila com dezenas de motoristas aguardando passageiros em lugar absolutamente privilegiado. Certo seria um líder chamar pelo rádio na medida da necessidade de transporte.

Foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Ainda não foi nomeado o presidente do Banco do Nordeste. O presidente da República está esperando que terminem as brigas no Ceará, para tomar uma decisão que já estaria pronta. (Publicado em 23/11/1961)

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