A saída é pela porta da justiça eleitoral

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

“Hoje, começou a se fechar a janela de combate à corrupção política que se abriu há cinco anos, no início da Lava Jato. ” A opinião, em tom de desalento, foi manifestada pelo procurador do Ministério Público e coordenador da Força-Tarefa, Deltan Dallagnol, depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) mandando para justiça eleitoral todos os processos de corrupção em que aparece a figura do caixa dois.

O temor manifestado por muitos que acompanharam de perto e desde o início do desenrolar dessa famosa Operação, parece que vai se cumprindo. À semelhança do que ocorreu com outra mega investigação ocorrida há exatos 25 anos atrás na Itália, a chamada Mãos Limpas e que visava também desbaratar esquemas de corrupção envolvendo personalidades do governo e partidos políticos, a nossa congênere parece caminhar para um mesmo fim melancólico.

A razão, segundo quem entende desses mecanismos de investigação contra políticos poderosos, é que operações e investigações judiciais, por mais bem estruturadas que sejam, não possuem a força necessária para fazer cessar, definitivamente, os inúmeros casos de corrupção que há anos assolam a máquina pública, ainda mais quando o nível de corrupção já atingiu um patamar sistêmico, ou seja, quando passa a dominar todo o sistema de administração de um país, interna e externamente.

Nesse sentido, é preciso muito mais do que o empenho de um punhado de agentes da lei comprometidos com a ética pública. É preciso o empenho de toda a nação e isso, obviamente, não é fácil de ser obtido, apesar de as urnas sinalizarem desejo de mudanças.

A decisão de levar para a justiça eleitoral, a qual muitos consideram uma instância perfeitamente descartável, todos os casos de corrupção e de lavagem de dinheiro que envolverem caixa dois de campanhas, por mais que seja considerada uma medida técnica, coloca na berlinda não só as investigações que já foram realizadas e bem-sucedidas, mas outras que estão para serem feitas, o que anula todo o imenso trabalho realizado nos últimos sessenta meses. O risco de vir a ser anulada toda a Operação Lava Jato não é sem propósito. Se houvesse o interesse em sanar a corrupção, essa manobra não seria necessária.

Com isso, os inúmeros condenados nessa Operação poderão ter seus processos tornados nulos, por terem sido conduzidos por uma vara incompetente para julgá-los. Não se sabe, ainda, que consequências outras poderão resultar da decisão tomada pelo STF. De toda forma, o que se pode adiantar é que a Operação Lava Jato sofreu nessa quinta-feira sua maior derrota desde que foi iniciada.

Em estrutura adequada e formada por membros temporários, submetidos à intensa pressão política, a justiça eleitoral torna-se, doravante, uma espécie de valhacouto onde irá abrigar-se toda a classe de políticos, formada, em sua grande maioria, por gente que não se avexa em embolsar, para si e para os seus, os recursos públicos.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O teu futuro espelha essa miudeza.”

Rafael, 4 anos, cantando o hino como entende.

 

 

Puket

Claudio Bobrow teve a seguinte ideia. Todo o maquinário necessário para fazer uma boa ação já está na fábrica de meias. Se as pessoas doarem meias de algodão rasgadas, sem par, manchadas, com furos, elas são trituradas, desfiadas e compactadas transformando todo esse material em cobertores para serem distribuídos a instituições de caridade. Veja a seguir como fazer as doações.

 

 

 

Feliz Aniversário

Já malhou com alegria? Não? Então vale conhecer a Academia FitPong de Tênis de Mesa, fundada pelo mesatenista e treinador Jorge Vieira de Mello Leite, em 29 de março de 2017. A missão da FitPong é ensinar o tênis de mesa para pessoas de todas as idades, cadeirantes e não cadeirantes. Em Brasília, fica na 514 Sul.

Foto: instagram.com/fitpongtt

 

 

Ação humanitária

Igrejas católicas e evangélicas em Bonn, na Alemanha, arregaçaram as mangas e juntas começaram a atender refugiados distribuindo alimentos. Os frequentadores são refugiados das guerras da Síria, Iraque e Afeganistão.

 

 

Talento

Se existe um artista com talento, que merece ter o projeto apreciado pela lei Rouanet, esse é Renato Pantera. Vive na Alemanha e é porta-voz da música brasileira por lá. Também por seu talento, tocando Jazz, MPB, samba, é sempre aplaudido com entusiasmo. O governo brasileiro lhe deve apoio.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Ninguém diga, por favor, que é do Plano Lúcio Costa, porque não é verdade. De mais a mais, é uma repartição que se for colocada na Asa Norte, estará bem colocada. (Publicado em 15.11.1961)

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