Categoria: Crônicas
Severino Francisco Fui professor do curso de jornalismo em uma faculdade particular durante oito anos. Ao longo do período, em todas as disciplinas que ministrei a primeira tarefa que passava era escrever uma crônica. Eu tinha em mira conhecer melhor cada um. A crônica revela a alma. Surgiam narrativas muito inventivas. Uma das mais interessantes foi a história de […]
Severino Francisco Confesso que eu tinha preconceito contra os americanos, mas fiquei amigo imediatamente de Everett Lee. Ele tinha duas singularidades: a defesa brava do meio ambiente e o hábito de disparar os mais cabeludos vocábulos da língua portuguesa, com um sotaque indefectível de norte-americano: “PQP, vá #%@%!”. Logo que chegou ao Brasil, Lee tomou duas providências: 1) construiu […]
Severino Francisco A crônica sobre o bacurau norte-americano migratório, que viaja de 8 a 10 mil km para o Brasil e, mais precisamente, para Brasília, quando começa o inverno nos EUA, despertou a curiosidade de alguns leitores. Por isso, volto ao assunto com Tancredo Maia, integrante do grupo Observaves. Seguramente, os bacuraus viajam em bando dos EUA até o Brasil. […]
O artista plástico Paulinho de Andrade morava na 312 Norte e havia um antropólogo da Funai no quinto andar. Certa noite, abriu o elevador e encontrou dois índios, com pinturas no corpo, armados de borduna, arco e flecha. Não falavam nada, provavelmente não dominavam a língua portuguesa.
Passei a torcer pelo Corinthians nos tempos em que morei em São Paulo, durante a virada final dos anos 1960, quando o time ficou sem ganhar um título 22 anos.
Os donos dos botecos afixavam nas tabuletas: “Fiado, só quando o Corinthians for campeão”. E eis um claro enigma do Coringão: nesse ínterim, a torcida do Corinthians e a paixão pelo clube só cresceram de maneira avassaladora.
No início dos anos 1960, Vladimir Carvalho mostrou uma escultura de sua lavra para o colega e amigo do curso de filosofia na Universidade Federal da Bahia, Caetano Veloso. Ferido pela beleza da peça, Caetano manifestou a admiração em forma de incredulidade: “Mas, Vladimir, tem mesmo certeza de que foi você quem fez esta escultura?”
Vi em imagem tremida, captada por um celular de minha filha, professora da rede pública do DF, uma festa antecipada do Dia das Crianças em uma cidade da periferia. Como é fácil fazer uma criança feliz.
As imagens de Wagner Hermusche parecem um solo de guitarra da Legião Urbana, desencadeando descargas elétricas, que provocam um curto circuito lírico na paisagem de Brasília. Ele é o pintor das noites brasilianas.
Com apoio de 21.983 cidadãos, o empresário paulista Marcelo Alonso está propondo no Senado enquadrar o funk como “crime de saúde pública, à criança, aos adolescentes e à família”. Ele apresentou a sugestão de projeto pelo e-cidadania, do Senado, que permite a qualquer cidadão criar leis ou mudar as que já existem, se conseguir mais de 20 mil assinaturas de adesão em quatro meses.
Prezadas leitoras, prezados leitores
que apreciam a arte dos gladiadores
e gostam de um toque de adrenalina
queiram sentar-se em suas poltronas
pois vou desfiar uma fina trama
com muitos lances de melodrama,
comédia, transe familiar, suspense,
pancadas, tapas, beijos e nonsense.