Autor: Yasmin Rajab
Sessão composta apenas por juízas ocorre pela primeira vez na história do TJDFT
A sessão presencial ocorreu no dia 14 de junho e foi presidida pela juíza Giselle Rocha Raposo
No último dia 14 de junho, ocorreu, pela primeira vez na história do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), uma sessão com um colegiado composto exclusivamente por mulheres.
A sessão presencial foi presidida pela juíza Giselle Rocha Raposo junto as juízas Marília Sampaio, Silvana da Silva Chaves e Gabriela Jardon e a secretária Patrícia Torres.
À comunicação do TJDFT, Giselle disse que ficou “muito orgulhosa em compor uma Turma com o quórum exclusivamente de mulheres, ainda mais que na maioria são minhas colegas de concurso. Um sinal de igualdade, já que desde muito as composições sempre foram pelo menos de maioria masculina.”
Já a juíza Marília considerou que o momento foi histórico. “É a primeira vez que acontece no nosso Tribunal e isso num momento em que se discute a paridade de gênero no Judiciário brasileiro”.
Professores vítimas de agressões poderão ter atendimento prioritário em serviços de saúde mental
De acordo com o autor do projeto de lei, o deputado Rogério Morro da Cruz (sem partido), o DF tem, em média, cinco casos de violência por dia nas escolas
Professores que forem vítimas de agressões no ambiente escolar poderão ter atendimento prioritário em serviços de saúde mental. O projeto de lei 182/2023, aprovado na Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), da Câmara Legislativa, por unanimidade, em reunião realizada na última segunda-feira (19/6), busca garantir esse direito.
Segundo o deputado Rogério Morro da Cruz (sem partido), autor da proposta, no Distrito Federal acontece, em média, cinco casos de violência por dia nas escolas. Em decorrência deste cenário, os educadores podem desenvolver sérios problemas psicológicos, como a depressão, síndrome do pânico e ansiedade, além de dificuldades no desenvolvimento da relação ensino-aprendizagem e na convivência com a comunidade escolar.
Para a relatora da matéria, deputada Dayne Amarilio (PSB), a implementação do projeto de lei possui como objetivo principal proteger os professores e garantir-lhes atendimento, especialmente diante do histórico de ataques às escolas.
Já o deputado Thiago Manzoni (PL) avalia que o ponto principal é a inversão dos valores sociais, que permite o afrontamento das figuras de autoridade. “Crianças e adolescentes que não aprendem dentro de casa a lidar com limites têm dificuldades em lidar com figuras de autoridade, e os professores sofrem com isso”, disse.
O PL agora passará pela análise das comissões de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) e Constituição e Justiça (CCJ).
Com informações da Agência CLDF
Projeto desenvolvido no Brasil usará Inteligência Artificial para guiar ações de gestores públicos
Tecnologia desenvolvida por empresa brasileira poderá apresentar soluções para a gestão e otimizar gastos públicos
Uma tecnologia desenvolvida pela IPM Sistemas, empresa de Santa Catarina, usará inteligência artificial (IA) para guiar ações do governo. Dara, a IA desenvolvida pela empresa, tem aplicação abrangente nas diferentes áreas da gestão pública e consegue apoiar no planejamento da infraestrutura das cidades e mobilidade urbana, prever a demanda pelo serviço público. Além disso, ela é capaz de antecipar o prognóstico de doenças, como a diabetes.
A novidade foi apresentada pela IPM no dia 10 de maio, no 38º Congresso Mineiro de Municípios. Desenvolvida integralmente no Brasil, a Dara cruza milhões de dados em poucos segundos, encontrando padrões que fogem ao olhar humano.
Ana Mees, líder de inteligência artificial da IPM e formada em engenharia biomédica e eletrônica pela Duke University, afirma que a ferramenta representa resultados com confiabilidade superior a 95% em municípios atendidos pela empresa, nos campos da saúde e da educação.
“Anos antes de realmente precisar abrir um posto de saúde ou creche em determinado bairro, a Dara já consegue prever isso e definir qual o local ideal para construção, guiando o gestor público. Mesmo em casos de desastres, forçando o fechamento de uma unidade de educação, por exemplo, a Dara consegue rapidamente criar um plano B e ajudar a reorganizar os serviços”, explica.
“Com as projeções da Dara, conseguimos antecipar mudanças e necessidades e apoiar o gestor público nas decisões de investimento, pensando com anos de antecedência e com foco na qualidade de vida da população. Tudo isso com uma IA que aprende e melhora ainda mais com o tempo”, explica Lúcia Mees, gerente de tecnologia e inovação na IPM e também formada em engenharia pela Duke University.
A ferramenta foi desenvolvida com apoio de médicos, professores, engenheiros e gestores públicos. A IA também é baseada em machine learning para planejamento, previsão e solução de problemas, considerando mais de 1 milhão de parâmetros para um município de médio porte, por exemplo.
Dara cruza essas informações em poucos segundos para encontrar padrões e traçar planos de ação mesmo em situações inéditas. A ferramenta não exige a inserção de novos dados, mas permite personalizações de acordo com as necessidades da cidade e dispensa investimentos adicionais em infraestrutura tecnológica local por estar em nuvem.
Ana Mees explica que os dados estão disponíveis e são coletados diariamente nos pontos de contato do município com os cidadãos, como postos de saúde e escolas. “Com um volume intenso de atendimento nos serviços essenciais, por exemplo, não seria possível para uma pessoa identificar e compreender todas as variáveis que influenciam os resultados, e é aí que a Dara muda o jogo”, ressalta.
“A decisão final sempre será do gestor público. Mas ele não vai ter que escolher entre um caminho ou outro às cegas, e vai contar com informações e indicações de que caminho seguir e como, para ter o melhor resultado para a população com o investimento mais eficiente”, finaliza.