Por Adriana Izel e Vinicius Nader
Num limiar entre a ficção científica e a realidade, as distopias vêm criando paralelos interessantes entre o que se vê na tela e o que se lê nas páginas de jornais ou se vive no dia a dia. Geralmente, com olhar crítico, muitas vezes com pegada apocalíptica, essas séries e filmes ganham cada vez mais espaço no streaming.
O Correio selecionou alguns destaques que entraram há pouco tempo em cartaz ou que estreiam nesta semana para você sair da realidade sem deixar ela completamente de lado: A cor do poder (Globo e Globoplay), Beforeigners (HBO), The stand (Starzplay) e Zona de separação (Netflix).
Em 1978, o escritor norte-americano Stephen King lançou a obra The stand (A dança da morte, no título em português), um romance ambientado num futuro após o mundo ter sido dizimado por uma grande peste na década de 1990. O conceito deu origem a uma minissérie televisiva em 1994. Mais de 20 anos depois da primeira adaptação, a história ganhou outra versão, com título homônimo e que estreou no Brasil no último dia 3 com exibição semanal, aos domingos, no streaming Starzplay.
Na série, a história é bastante similar, com mais de 99% da população mundial sendo exterminada após uma epidemia de gripe apelidada de Capitão Viajante. A narrativa tem início quando Stu Redman (James Marsden), Frannie Goldsmith (Odessa Young) e Harold Lauder (Owen Teague), remanescentes imunes à doença, partem em busca de outros sobreviventes. Durante a aventura, eles experimentam visões com Mãe Abagail (Whoopi Goldberg), uma senhora de 108 anos, e a figura ameaçadora de Randall Flagg (Alexander Skarsgård), o Homem de Preto.
Composta por nove episódios, a série conta com a participação de Stephen King no time de roteiristas, o que faz com que a produção tenha um final diferente dos livros. The stand é uma criação de Josh Boone e Benjamin Cavell, que também participam do roteiro.
E se os escravizados fossem os brancos? É a partir dessa premissa que surge a história da minissérie A cor do poder (Noughts + Crosses, no título original), que estreia amanhã (11/1) na Globo e no Globoplay. Em quatro episódios, a produção britânica se passa numa realidade alternativa em que a África se tornou a grande potência do mundo ao dominar os países europeus. Nesse mundo distópico da minissérie, é o povo da Europa que acaba virando escravo.
A narrativa da produção se passa após o fim da escravidão dos brancos, quando a sociedade foi dividida em duas castas: os Noughts, brancos da atual classe operária, e os Crosses, negros que estão no domínio. A relação amorosa entre as duas classes é impedida por lei. Porém, é nesse ambiente que surge a paixão entre Sephy (Masali Baduza), filha de um político importante dos Crosses, e Callum (Jack Rowan), um operário comum e Noughts. Por meio do romance impossível, a história aborda e discute as separações raciais.
A cor da pele é uma adaptação do primeiro livro da série literária da inglesa Malorie Blackman, composta por cinco livros, publicados entre 2001 e 2008. O material foi adaptado por Levi David Addai e Matthew Graham.
Uma série de flashes de luz dentro do oceano passa a acontecer em vários locais da Terra. O fenômeno não é apenas visual, faz ressurgir pessoas de diferentes períodos históricos: Idade da Pedra, Era Viking e o final dos anos 1980. Elas “retornam” sem nenhuma memória do que aconteceu e precisam se adaptar à nova vida, ao mesmo tempo em que a sociedade tenta entender a chegada dessas pessoas.
Esse é o mote da série Beforeigners que estreia hoje (10/1), às 22h, na HBO. A produção, que tem seis episódios, é a primeira original do canal da tevê por assinatura de origem norueguesa. A criação e o roteiro são de Eilif Skodvin e Anne Bjørnstad (Lilyhammer), com direção de Jens Lien. Apesar da volta dos que já partiram não ser bem uma novidade no mundo das séries, a narrativa pretende se desenvolver a partir de um contexto que mistura distopia, thriller e drama policial.
Para isso, a série acompanha a protagonista Alfhildr Enginsdottir (Krista Kosonen), uma mulher vinda da Era Viking que se torna parceira de trabalho de Lars Haaland (Nicolai Cleve Broch) no programa de diversidade e inclusão do departamento da polícia local. Durante a investigação do assassinato de uma vítima com tatuagens da Idade da Pedra, a dupla faz descobertas inesperadas sobre o fenômeno mundial.
A Madri de 2045 é cenário para Zona de separação (La valla), série espanhola criada e dirigida por Daniel Écija e produzida pelo mesmo estúdio de La casa de papel. Uma ditadura separa os habitantes em dois setores: em um ficam os membros do governo e a classe média alta do país; e no outro a população que sobrou, mais numerosa e bem mais miserável.
Para piorar, a Espanha passa por uma epidemia de um vírus altamente contagioso e desconhecido que pode dizimar todos. O governo não vai medir esforços para criar uma vacina para o tal vírus — mesmo que para isso precise gente do setor 2 morrer em experimentos, como cobaias. O único que não está de acordo é o ministro da Saúde, Fernando (Oscar de la Fuente), que, aos poucos, vai descobrindo os planos encabeçados pela esposa dele, uma sanitarista sem escrúpulo nenhum, e pelo presidente.
No outro lado da ponta estão Emilia (Ángela Molina) e sua família. A neta dela, Marta (Laura Quirós), é um dos alvos dos experimentos do governo e o pai da menina, Hugo (Unax Ugalde), vai fazer de tudo para salvar a garota e descobrir o que realmente acontece ali. O que ele vê expõe ainda mais as feridas daquela sociedade — muitas das quais presentes nos dias de hoje.
Zona de separação traz muito do que vivemos agora, em 2021: governos controladores querendo mandar na população, um jogo de interesse e de poder envolvendo a saúde dos moradores (especialmente dos mais pobres) e uma ferrenha diferença social, com uma sangrenta luta de classes. Em 13 episódios, a série espanhola faz perguntar várias vezes se 2045 não é agora.
O Próximo Capítulo já assistiu o início da série e garante que embate geracional de…
Ator carioca de 46 anos retorna às produções bíblicas com Reis em ano que festeja…
Ator de 33 anos comentou sobre os trabalhos no audiovisual que vem emendando desde 2020…
Atriz que protagoniza No ano que vem e estará de volta com Rensga Hits celebra…
Protagonista das cinco temporadas de Star Trek: Discovery, Sonequa Martin-Green comenta o caminho trilhado pela série…
Ator pernambucano, de 37 anos, entrou para o elenco de Família é tudo, da Globo, e…