High school musical: the musical — the series não revive a magia dos filmes originais, mas ainda é (bem) divertida

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Produção do Disney + provavelmente não causará mesmo estrondo dos filmes, porém High school musical: the musical — the series ainda é uma boa pedida (que se aproxima mais de Glee do que dos filmes)

No longínquo ano de 2006 chegava às telinhas norte-americanas um filme sem grandes pretensões, mas que mexeria com a história dos musicais no mundo do entretenimento. High school musical era simples, fácil, mas muito divertido e capaz de levar milhares de fãs ao embalo de um grupo de adolescentes que gostava (bastante) de dançar e cantar.

O sucesso dos filmes de High school musical continua quase 15 anos depois. Isso fica claro ao ter sido capaz de dar uma sobrevida para a história. High school musical: the musical — the series não é um remake dos longas, mas uma espécie de continuação das produções cinematográficas que renderam três filmes, sendo dois para televisão, e o último (em 2008) para os cinemas.

Na série de 10 episódios (com uma segunda temporada já confirmada), os fãs da franquia talvez tenha até uma sensação de divertimento que os filmes trouxeram, mas a grande verdade é que a série, especialmente na vertente musical, não é tão intensa quanto os originais.

Crédito: Reprodução/imdb (em imdb.com) – A série vai te ajudar a superar a saudades das músicas que já são clássicos

Crítica de High school musical: the musical — the series

Como pontos positivos, a série carrega, de forma especial, a criatividade. “Dar continuidade” para uma história não é tarefa fácil, mas a produção, sob o comando de Tim Federle, tira de letra. O enredo começa em 2019, quando uma nova professora de teatro chega a East High School. Miss Jenn (Kate Reinders) sempre foi uma fã dos filmes e até fez uma pontinha na produção (que foi cortada) e agora decidiu usar toda essa “paixão” para uma adaptação dos longas, agora no teatro da escola de ensino médio.

Os alunos do East High sente uma nostalgia, afinal, toda a produção foi filmada na escola deles, e após o sucesso, eles foram “deixados de lado”, como uma simples peça que milhares de fãs levam na memória. Entre esses alunos, a protagonista é Nini (Olivia Rodrigo), uma menina que sempre sonhou com o estrelato no show business (bem à lá Rachel, de Glee) e espera que a adaptação de High school musical lhe dê essa oportunidade.

Crédito: Reprodução/imdb (em imdb.com) – Os personagens secundários são parte importe da produção

Nini terminou um longo relacionamento com Ricky (Joshua Bassett) após se declarar para o rapaz e ter como resposta um constrangedor silêncio. Ricky se arrepende por não ter correspondido os sentimentos de Nini e se martiriza pela jovem ter seguido a vida com um novo namorado, E.J. (Matt Cornett). O jogador de basquete é um rapaz dos sonhos para todas as meninas, mas, na realidade, é inseguro e bem ciumento.

Para tentar ganhar novamente o coração de Nini, Ricky decide fazer as audições para o High school musical. Ele só não esperava que a professora Jenn iria lhe escolher para ser o novo Troy da Gabriela, de Nini. Quem não gosta nada da história é E.J., que é “reduzido” (como a própria série faz piada) ao melhor amigo de Troy, Chad na adaptação.

De certa forma, esse é o ponto de partida de High school musical: the musical – the series. Entre tantos outros bons personagens secundários, outra qualidade da série é acertar uma comédia sarcástica e rápida. Piadas com Sharpay sendo agora interpretada por um menino gay, como os próprios bastidores dos filmes e até mesmo com um personagem ruivo, a série consegue manter o público sempre atento ao enredo.

Crédito: Reprodução/imdb (em imdb.com) – Relação de Ricky e o melhor amigo Big Red (Larry Saperstein) é fonte inesgotável de piadas

Outro ponto legal é a atualização de valores que a série promove. Se antes duas meninas corriam pelo coração do garoto, agora é exatamente o contrário. Todas as garotas na peça são fortes e com uma personalidade forte. Também não existe aquele drama dos meninos terem vergonha do teatro.

Tem de negativo, contudo, a pesada carga infanto-juvenil que parece prender a história. Se os avanços são perceptíveis por um lado, por outro nem tanto. Beijos, por exemplo, são raros, mesmo com personagens tão apaixonados — e só ocorre com o casal hétero.

De qualquer forma, a produção definitivamente merece uma chance do grande público. Mesmo não sendo tão boa, intensa ou divertida quanto os filmes, tem sim uma personalidade própria, que consegue entreter.

Ronayre Nunes

Aprendeu a gostar de séries com Early Edition - #Kyle4Ever - e E.R, hoje gosta de basicamente tudo. Forte entusiasta de um mundo onde fãs de How I Met Your Mother e Friends vivam em paz e harmonia (mesmo gostando mais de Friends).

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