Cena do filme Macunaíma
Crédito: Arquivo CB/Divulgação. Cena do filme Macunaíma. Macunaíma entra na prateleira dos filmes censurados em projeto do Golboplay Cena do filme Macunaíma

Globoplay, o streaming com a cara do Brasil

Publicado em Streaming

Streaming da Globo, o Globoplay lança espaço para filmes brasileiros e se firma como bom reduto de produções nacionais

O Globoplay vem se diferenciando das outras plataformas de streaming do país pela quantidade de produções nacionais exibidas no catálogo. Mesmo com Netflix e Amazon Prime lançando bons títulos nacionais fica difícil concorrer com o serviço on demand da Globo, de longe a maior produtora de teledramaturgia no Brasil.

É claro que as novelas e a programação da própria Globo chamam a atenção. O assinante pode rever toda a programação diária e recente ali, o que já é um sem número de atrações. Mas, mesmo com os folhetins, o Globoplay tem inovado ao resgatar títulos mais antigos, como O bem-amado (1973) e Vamp (1991), entre muitas outras. A última a entrar na lista foi A gata comeu (1985).

Para quem prefere filmes às novelas, o Globoplay lançou um projeto novo, o 50 essências do cinema brasileiro. A ideia é reunir num só espaço dentro da plataforma 50 filmes nacionais que podem contar a história do nosso cinema. São títulos produzidos entre 1950 e os dias de hoje e que abrangem um bom período da sétima arte no país.

Vencida a batalha contra a péssima navegação do streaming, o assinante acha os longa metragens divididos em categorias. Dica: clique em “clássicos do cinema brasileiro” para ser direcionado ao projeto que tem outro nome. Agora você encontra as obras divididas em categorias: precursores (Rio, zona norte, de Nelson Pereira dos Santos), cinema novo (Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha), censurados (Macunaíma, de João Pedro de Andrade), inspirados pela literatura (A ostra e o vento, de Walter Lima Jr), inspirados em histórias reais (Flores raras, de Bruno Barreto), documentários (Ilha das flores, de Jorge Furtado), campeões de bilheteria (Bye bye, Brazil, de Cacá Diegues), retomada (Amarelo manga, de Cláudio Assis), recentes (Bacurau, de Kleber Mendonça Filho) e premiados (Central do Brasil, de Walter Salles).

Mas o catálogo nacional do Globoplay não é todo requentado. Pelo contrário. As produções originais chamam cada vez mais a atenção. Com a expertise da Globo, o serviço vem lançando produtos que fazem a “mãe” morrer de orgulho e exibir o conteúdo depois na TV aberta, num caminho inverso ao observado há alguns anos, quando o Globoplay ainda engatinhava.

Destacam-se nessa lavra original Aruanas, que está tendo a segunda temporada gravada; Desalma, que investiu no terror, gênero que vem crescendo no audiovisual nacional; a forte Caso Evandro; e duas temporadas de Sessão de terapia. Há muitas outras ー e várias dela excelentes. O leque de filmes e séries nacionais do Globoplay só cresce e a gente ganha com isso.