Cláudio Olegário como Erick na novela Salve-se quem puder
Salve-se Quem Puder Foto: João Miguel Junior/Globo/ Divulgação Cláudio Olegário como Erick na novela Salve-se quem puder

Cláudio Olegário intensificou os treinos para voltar a Salve-se quem puder

Publicado em Entrevista

Intérprete de Erick em Salve-se quem puder, Cláudio Olegário reforçou o treino para retomar o personagem. Em entrevista, ele também fala sobre projetos fora da telinha. Confira!

Cláudio Olegário pode dizer sem medo de exagerar ou de estar preso a uma figura de linguagem que suou a camisa para viver o personagem Erick na novela Salve-se quem puder. O jovem faz parte do núcleo de ginastas da novela que voltou a ter capítulos inéditos exibidos e caminha para a reta final.

O ator conta, em entrevista ao Próximo Capítulo, que treinou quatro meses de ginástica olímpica antes da estreia do folhetim. “Eu amo esportes, mas ainda não tinha praticado ginástica artística. Você precisa ser leve, mas ao mesmo tempo muito forte. É complexo e bem difícil”, lembra.

“Esporte sempre fez parte da minha vida. Eu pratiquei natação minha infância e adolescência inteira. O esporte, além de me ajudar a manter a forma, é uma válvula de escape para esses dias tristes que estamos vivendo durante a pandemia. Hoje eu corro, faço musculação e remo”, completa.

Com a pandemia, Salve-se quem puder precisou ser interrompida para, no fim de 2020, ser gravada novamente. Nesse meio tempo, Cláudio conta que ganhou peso e precisou, mais uma vez, suar a camisa para que Erick não ganhasse também.

“A primeira coisa que fiz foi fazer uma dieta um mês antes, pois havia ganhado uns quilinhos durante a quarentena. Fiz aulas de kick-boxing individuais, treinando de máscara, o que dificultava muito mais o exercício”, conta, revelando o segredo de ter voltado à forma.

Peso controlado, era a hora de retomar as gravações da novela. A principal diferença notada por Cláudio foi a convivência, seja com o elenco, seja com os atletas que treinavam com os atores para passar mais veracidade às cenas do núcleo. “A convivência com o elenco do meu núcleo foi muito mais restrita. Não podíamos ficar no mesmo camarim conversando ou batendo texto como fazíamos antes”, lamenta.

Quatro perguntas // Cláudio Olegário

Ator Cláudio Olegário
Foto: Oseias Barbosa/ Divulgação

Você estará no filme Seven sorrows of Mary, no qual você vive um britânico. Como foi sua preparação?
Eu já era fluente em inglês e minha fala é mais puxada para a estadunidense; mas o diretor pediu para que eu fizesse um sotaque britânico. Assisti a muitos filmes britânicos para não passar vergonha nas rodas de leitura e nos ensaios que aconteciam na fábrica Bhering.

O filme é baseado na história real de uma jovem estrangeira sequestrada e estuprada no Rio de Janeiro. Atuar em uma produção baseada na realidade é muito diferente?
Tem um peso diferente, sim. Dá pra perceber no set de gravação que o profissionalismo do trabalho vem acompanhado com uma seriedade maior. Sem muita interação durante os intervalos. O desfecho é muito triste e saber que aquilo aconteceu de fato, mexeu muito com o psicológico da equipe inteira.

Você está escrevendo o roteiro do curta O carro é o automóvel que a saudade dirige. O que pode adiantar desse projeto?
Eu perdi minha mãe há 9 anos. Ela foi vítima de um câncer de pulmão avassalador. Mas nossa conexão nunca cessou. Certa noite eu tive um sonho, que pra mim na verdade, foi um encontro de espíritos que vibraram na mesma frequência na mesma hora. Então, eu resolvi escrever sobre esse sonho. A minha amiga e produtora Milena Terra, que estava na produção de Salve-se quem puder, se sensibilizou com a história e me deu de presente o sonho roteirizado com a mensagem “Você deveria produzir isso”. Eu falei que só se ela fizesse parte do projeto. E ela aceitou. Você pode esperar muito amor, muita emoção e uma perspectiva de que não há distância que separe uma mãe de um filho.

Ser roteirista é uma função que complementa a de ator? Os planos são de virar um roteirista majoritariamente?
Eu acho que cada vez mais o ator brasileiro deve produzir seus próprios trabalhos. Além de complementar e enriquecer nosso ofício, eu acredito que dar voz e formato a algo que seja tão particular, tão dentro da nossa essência, além de ser satisfatório, compensador e emocionante, também te dá espaço para o reconhecimento dentro do meio artístico. Gerando oportunidades para futuros novos trabalhos.