Começa nesta terça-feira (8/10) a segunda temporada do seriado Filhos da pátria, de Bruno Mazzeo, com nomes como Alexandre Nero, Fernanda Torres, Johnny Massaro e Matheus Nachtergaele no elenco. Se na primeira fase, a ação se passava na década de 1820, quando o país estava aprendendo a ser independente, agora estamos em 1930, na Era Vargas.
O que não muda é a veia crítica e bem-humorada do texto. Sim! A série se mostra parente de outros ótimos produtos, como Isso a Globo não mostra e Tá no ar ー A TV na TV, e se utiliza da comédia para, de forma leve, criticar a sociedade brasileira, sem poupar os políticos. Alexandre Nero vive Geraldo Bulhosa, uma caricatura do funcionalismo público que, com o desenrolar do tempo, vai se descobrir afeito de meios não muito democráticos de se chegar ao poder e exercê-lo.
Na outra ponta, Pacheco (Matheus Nachtergaele) é operador de um misterioso e superpoderoso ministro. A preocupação dele é apenas sustentar o atraso do país posando de progressista e bem intencionado.
Se repetir o bom texto e as atuações inspiradas do primeiro ano, Filhos da pátria terá vida longa. Material suficiente nossos governantes não deixarão faltar.
Geraldo (Alexandre Nero) – Patriarca da família Bulhosa, Geraldo é um pacato funcionário do Palácio do Catete. O marido de Maria Teresa (Fernanda Torres) e pai de Geraldinho (Johnny Massaro) e Catarina (Lara Tremouroux) é um burocrata sem desenvoltura ou ideais. Depois da Revolução de 1930, descobrirá e tomará gosto por “talentos” como opressor.
Maria Teresa (Fernanda Torres) – Materialista e elitista, Maria Teresa vê na Revolução de 30 a oportunidade perfeita para ascender socialmente. Ela fica deslumbrada com a chegada dos militares gaúchos e faz de tudo para que eles acreditem que ela aposta nos mesmos valores que eles.
Geraldinho (Johnny Massaro) – O filho de Geraldo e Maria Teresa é inconsequente. Quase não vai às aulas para poder paquerar as meninas, mas não acha nenhuma que o queira. Essas frustrações e desilusões acabam despertando em Geraldinho um lado violento.
Catarina (Lara Tremouroux) – A filha mais nova de Geraldo e Maria Teresa volta ao Rio de Janeiro após uma temporada em São Paulo. Apaixonada por jornalismo, Catarina tem que enfrentar o machismo de colegas de profissão e da própria mãe, que preferia ver a filha preocupada em conseguir um bom casamento.
Lucélia (Jéssica Ellen) – A batalhadora moça quer se valer dos avanços sociais para realizar o sonho de ser professora. Enquanto isso não acontece, ela segue trabalhando na casa de Geraldinho, vendendo bolos e doces e estuda à noite.
Domingos (Serjão Loroza) – Padrinho de Lucélia, Domingos foi demitido em decorrência da quebra da Bolsa em 1929. Para sobreviver, o malandro vende os sambas que compõe, mas a preços baixos.
Pacheco (Matheus Nachtergaele) – O chefe de Geraldo é corrupto e faz de tudo para agradar a um misterioso superministro. Costuma usar laranjas para sair ileso de seus esquemas.
Leonor (Letícia Isnard) – A Revolução de 30 deixa Leonor, irmã de Maria Teresa mais pobre, mas não menos esnobe. Ela vive jogando na cara da irmã o quanto dinheiro teve e o status que alcançou.
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