“Entre picos e vales”: Jeremy Strong fala sobre a terceira temporada de ‘Succession’

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Jeremy Strong, o Kendall de de Succession, fala sobre a terceira temporada da série que estreia o episódio final neste domingo (12/12) na HBO e HBO Max

Por Pedro Ibarra

Uma das séries de maior sucesso de 2021, Succession chega ao fim de semana do capítulo final. O seriado está no terceiro ano e tem os episódios exibidos aos domingos na HBO e disponibilizados na HBO Max. Neste domingo, o nono e último episódio da temporada chega para dar um fim, pelo menos provisório, para disputa de poder da família Roy.

Succession é um dos atuais carros-chefes da HBO nas séries. A produção apresenta Logan Roy, um idoso dono de um dos maiores conglomerados de comunicação do mundo, o Waystar Royco. Porém, sofrendo com sinais da idade precisa decidir quem vai o suceder no poder, o que gera uma disputa familiar entre os três filhos do todo-poderoso da comunicação.

Já na terceira temporada, a série agora chega em estágios críticos. Uma cisão irremediável ocorreu na família, e a disputa de poder já parece um jogo de xadrez, em que grandes estratégias podem significar quem vai acabar no poder da Waystar Royco.

Kendall Roy, o filho do meio de Logan, é o virtual sucessor para o cargo . Contudo, uma mudança de ideia do pai faz com que ele seja só mais um em busca de poder na empresa. Em entrevista à HBO cedida ao Correio, Jeremy Strong, o ator responsável por Kendall no seriado, falou sobre o processo de viver o bilionário herdeiro da série de sucesso.

“Eu fui visitar a sala de roteiristas em Brixton, sul de Londres, há uns quatro ou cinco anos atrás, quando estávamos começando a primeira temporada, e Jesse Armstrong [criador e roteirista da série] tinha uma anotação em que estava escrito ‘Kendall vence, mas perde’”, lembra o ator. Ele acredita que esse é o grande paradoxo que vive na própria interpretação durante essas três temporadas. “Há um sentimento de estar no topo do mundo e, ao mesmo tempo, no nono círculo do inferno”, afirma o artista em referência ao livro A divina comédia, de Dante Alighieri.

O personagem que o ator interpreta é alcoólatra e viciado em drogas e desde a primeira temporada lida com altos e baixos do vício. Toda essa atuação rendeu a Strong o Emmy de melhor ator em série de drama, que ele atribui a toda uma qualidade que a série tem. “[A série] é escrita no nível mais profundo, é o Jesse Armstrong, é um elenco incrível”, pontua o ator.

Além da montanha-russa do seriado, Jeremy também exalta a relação com Brian Cox, ator que vive Logan Roy. “Ele é uma força da natureza, como o Logan, mas em relação a atuação. Brian é um ator perigoso, o que eu acho que é o maior dos elogios que você pode falar a um ator”, conta Strong. Ele compara o companheiro de cena a um lutar em um ringue. “Nós só nos encontramos nesse ringue, e assim como os pesos-pesados, ele me faz invocar cada gota de arte e coragem que eu consigo”, aponta o artista por meio da metáfora.

E a partir de uma metáfora ele entende a melhor qualidade de Succession. “A capacidade de criar picos e vales”, fala o ator. Para ele a série é uma cadeia de Montanhas em que às vezes os personagens estão nas partes altas, mas também chegam ao fundo do poço. Contudo, ele afirma que a terceira temporada, com certeza, é o ápice até o momento. “Nessa terceira temporada, certamente,  estamos no pico mais alto da montanha que já conseguimos subir”, exalta.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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