Crítica: Orange is the new black retoma fórmula na quinta temporada

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Quinta temporada de Orange is the new black chega nesta sexta-feira (9/6) à Netflix. Próximo Capítulo teve acesso aos seis primeiros episódios e faz crítica (sem spoiler) da temporada

Veredito: Muito bom

Orange is the new black está entre as principais séries da Netflix. A produção fez sucesso de cara ao apostar em uma temática considerada nova: o sistema carcerário do ponto de vista das mulheres (e de todos os tipos delas). A primeira temporada é impecável. Depois, a produção seguiu com alguns altos e baixos — isso pode ter a ver com o fato de que a série é inspirada em um livro (de apenas um volume). Porém, ao final da quarta temporada, em que a série se arriscou em retratar um assassinato de uma detenta dentro da penitenciária, já dava para perceber que a sequência seria boa.

A quinta temporada de Orange is the new black é a retomada da (boa) fórmula da produção de Jenji Kohan, Sara Hess e Tara Herrmann. Ao começar exatamente de onde parou, com Daya (Dascha Polanco) apontando uma arma para os agentes penitenciários em uma situação de revolta das detentas após a morte de Poussey (Samira Wiley), a série iniciou sua nova trajetória com bastante ritmo. Além disso, trouxe um ar mais sério a produção ao retratar o embate entre prisioneiras e carcereiros.

A rebelião em Litchfield é retratada de forma a mostrar os sentimentos de cada detenta (ou grupo de detentas) com a situação insustentável do local. Há quem esteja em luto, há quem não saiba bem o motivo pelo qual ela está lutando, há quem busque melhores condições e há quem apenas quer pagar sua pena em paz. Com essas diferentes nuances nas personagens, a série consegue entregar uma reflexão em torno do luto, da raiva, do sentimento de impunidade, da falta do que saber porque lutar e, ainda, da frustração de uma luta que não leva a lugar nenhum.

Crédito: Jojo Whilden/Divulgação. Gloria é uma das personagens que se destaca na quinta temporada

Mesmo que a quinta temporada se inicie de uma forma mais densa e complexa, Orange is the new black não perde seu bom humor, que está muito ligado a algumas personagens que tem um viés mais cômico, como Crazy Eyes (Uzo Aduba), Tiffany (Taryn Manning) e Big Boo (Lea DeLaria), e também ao fato de que a rebelião deixou boa parte das detentas descontroladas.

Outro ponto interessante dessa nova temporada é que ela se passa em três dias. E, até o sexto episódio (pelo menos), a série tem como foco a rebelião das detentas de Litchfield e o que isso acarretou para todo o presídio.

A quinta temporada de Orange is the new black dá destaque para algumas personagens que tem arcos interessantes como Taystee (Danielle Brooks), Gloria (Selenis Leyva), Sophia (Laverne Cox) e a “novata” Amelia Von Barlow (fiquem de olho nessa personagem!).

Além disso, a série acerta (e muito) ao diminuir o tempo de tela de Piper (Taylor Schilling) e, consequentemente, de Alex (Laura Prepon), que, nesta temporada, querem ficar longe de confusões. Sorte nossa, assim brilham outras estrelas e personagens de Orange is the new black, produção que está renovada até a sétima temporada.

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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