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Aquecimento para o Emmy: Mare of Easttown não só uma série policial

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Com show de Kate Winslet, Mare of Easttown concorre a 16 Emmys. Série policial da HBO tem boas pitadas de drama

Mare of Easttown poderia ser mais uma boa série policial da HBO Max. Passaria ali, acima da média, mas sem ser marcante. Mas ela vai além e explora, além da investigação, o drama. As 16 indicações ao Emmy provam que deu mais do que certo. Entre as indicações, a produção concorre a melhor minissérie, melhor atriz em minissérie (Kate Winslet), atriz coadjuvante em minissérie (Julianne Nicholson e Jean Smart) e melhor ator coadjuvante em minissérie (Evan Peters).

Pelo menos dois fatores contribuem para essa enxurrada de indicações: o roteiro e a protagonista. A série se passa em Easttown, cidade que mais parece personagem da série. A tranquilidade do lugar é quebrada com o assassinato de uma jovem, que se soma a um caso semelhante há um ano sem solução. Isso basta para que a competência da agente Mare (Kate Winslet) seja posta em prova. Para piorar, ela recebe “de presente” a ajuda de um colega forasteiro, Colin Zabel (Evan Peters). A investigação segue por um rumo surpreendente e o roteiro consegue nos levar por intrigantes pistas até o fim.

A chegada de Colin a Easttown não é bem vista por Mare

Kate Winslet brilha como Mare e é favorita ao Emmy. Ouso a dizer que sem ela Mare of Easttown não teria a metade da graça. Se, num primeiro momento, temos raiva da sisudez da personagem, aos poucos, vamos conhecendo os dramas enfrentados por ela e nos afeiçoamos a essa mãe, avó e mulher. Expor essas facetas de Mare além da detetive nos ajuda a entender melhor o medo de falhar, a necessidade de ser aceita.

Embora seja realmente o coração de Mare of Easttown, Kate Winslet não está só. Pelo contrário, está muito bem acompanhada. Julianne Nicholson vive Lori, melhor amiga de Mare e tia da menina assassinada no segundo crime. As investigações vão abalar a relação das duas. Turronas, elas vão demorar a se perdoar ー se é que chegarão a tanto. Quem também está muito bem é Jean Smart no papel da mãe de Mare, Helen. Mais uma vez, a personagem não tem apenas um lado ー amorosa e zelosa, a matriarca também tem lá seus defeitos.

Jean Smart concorre ao prêmio de coadjuvante

Essa dualidade dos moradores de Easttown chama a atenção. Eles ficam mais críveis e muito mais interessantes. Assim, como a série, que parece apenas um suspense e nos entrega bem mais que isso.

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