Quiosque sobrenatural

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Tem coisa que não se pode mudar. Dia desses fui ao quiosque do Ivan, no Setor de Diversões Norte, que o povo chama de Conic, para comprar o livro do Vicente Sá e voltei de mãos vazias pelo simples e acachapante fato de que o quiosque não está mais lá. Melhor dizendo, continua lá, mas fechado e com o perímetro […]

Isso vai passar

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O ermo. Vinicius de Moraes tinha alguma obsessão com este substantivo, presente em algumas de suas poesias – eróticas, como Ah, como eram belos neste instante os ermos marítimos…, ou românticas como Redondilhas para Tati e Soneto do Amor como um Rio – e que definiu o local onde surgiu Brasília, na Sinfonia da Alvorada. Sabe-se que nesta terra viveram […]

Para falar de flores

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Antes mesmo da mudança da estação, as chuvas caíram e fizeram a gentileza de entregar uma cidade verdinha à primavera. Os gramados vicejam rapidamente, mostrando a força da natureza, que colore um pouquinho a vida da gente, mostrando que há muitas cores importantes, além da camisa do futebol e das bandeiras dos partidos. Mais um pouquinho, teremos novas cores chegando. […]

A capital de madeira

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O mundo conhece Brasília por causa do concreto mas, logo depois do ermo, o que deu forma à cidade foi a madeira, que ergueu os prédios provisórios e vilas inteira – como a Cidade Livre, hoje Núcleo Bandeirante, e até a Vila Amaury, que está no fundo do lago Paranoá. E se o concreto já está rachando, imagine os pedaços […]

Lendas brasilienses

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                Com tão pouco tempo de vida, Brasília vem acumulando um bocado de estórias na sua História. Alias, nada é mais apropriado do que um termo que não existe para definir um caso que não pode ser comprovado. Estória é um neologismo criado por João Ribeiro, imortal sergipano da Academia Brasileira de Letras, em 1919, para designar os contos e […]

A música que não existia

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As festas de aniversário de Brasília já foram mais animadas.Eram os anos 1980 e o então secretário de Comunicação do GDF, Marcos Vinicius Bucar, queria fazer uma festa em grande estilo, com a contratação de um nome importante da música brasileira – que seria Gal Costa – para um show gratuito. Quem conhece a figura esfuziante do Marcos Vinicius sabe […]

Autoridade sem pincenê

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                A tal gentrificação é um fenômeno antigo que ganhou apelido novo nessa onda de dar nome inglês sem traduzir ou explicar, só adaptando a grafia. Podíamos chamar de revitalização, mas como o português é uma língua morta, let’s go. É um processo elitista, como o nome demonstra – vem de gentry, aristocracia, gente bem – que procura recuperar áreas […]

JK no carnaval

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Em fevereiro de 1964, pouco mais de dois meses antes da eclosão da então chamada Redentora de 31 de março, Brasília torcia pela volta de seu fundador nas eleições marcadas para 1965. Uma das músicas do carnaval brasiliense daquele fevereiro era justamente JK, cantada por Selma Costa, que era mais conhecida como intérprete de rumbas. A marcha era praticamente um […]

Folia brasiliense

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Dez meses depois da inauguração, Brasília viveu seu primeiro carnaval, já com músicas próprias e um concursos que elegeu as melhores do ano. O samba Me Ajude, Doutor, de autoria do servidor público, Lauro Passos, venceu sua categoria com a interpretação de Fernando Lopes, que na Rádio e TV Nacional cantava apenas boleros. O samba faz referência a um dos […]