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O último concurso da PC RS ofereceu 1200 vagas para agentes e 100 para delegados
A chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegada Nadine Anflor, anunciou na última terça-feira (22/02) a possibilidade de um novo concurso público para a Polícia do estado ainda este ano. A previsão é que os cargos de delegado, escrivão e inspetor sejam contemplados.
“Gostaria muito. Espero que até o fim do ano a gente tenha algum edital de concurso para delegado, escrivão e inspetor”, afirmou a chefe da corporação em entrevista ao programa Cruzando as Conversas, da RDC TV.
O concurso realizado pela corporação em 2017 ainda está em vigor. No entanto, a delegada afirmou que isso não interfere no planejamento para um novo edital.
A carreira de agente de polícia, que contempla os cargos de escrivão e inspetor, têm os mesmos critérios de ingresso. A remuneração inicial para essa área é R$6.366,80. Quem sonha em entrar na PC RS por meio dessas funções deve apresentar:
- no mínimo, 18 anos de idade;
- curso superior completo em qualquer área; e
- Carteira Nacional de Habilitação, no mínimo, na categoria “B”.
Já o cargo de delegado da Polícia Civil exige alguns requisitos mais específicos, po´rem, os ganhos são maiores, chegando a R$20.353,06.
Para quem deseja concorrer, é preciso comprovar:
- no mínimo, 18 anos de idade;
- curso superior completo em Direito;
- Carteira Nacional de Habilitação, no mínimo, na categoria “B”; e
- atividade jurídica ou policial pelo período mínimo de três anos, até a data da matrícula no Curso de Formação Profissional.
Último concurso PC RS
O concurso PC RS mais recente foi realizado em 2017/2018. Na ocasião, foram oferecidas 1.200 vagas, nos cargos de escrivão e inspetor, sendo 600 para cada função. Já a seleção para delegado contou com 100 oportunidades.
Os candidatos foram avaliados por meio de provas objetivas e uma redação, além do teste físico, da sindicância da vida pregressa e exames de saúde e avaliação psicológica.
Na objetiva dos agentes foram exigidas 80 questões, sendo 30 de Língua Portuguesa e 80 de Conhecimentos Específicos, sendo eles:
Informática, Raciocínio Lógico, Legislação Estatutária, Direito Penal, Direito Processual Penal, Direito Administrativo, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direitos Humanos e Atualidades.
Já os candidatos ao posto de delegado tiveram que responder a 120 questões objetivas e 20 discursivas. O conteúdo contou com disciplinas de Língua Portuguesa e Conhecimentos Jurídicos, sendo eles:
Direito Penal Direito; Processual Penal; Direito Administrativo; Direito Constitucional; Direito Civil; Direitos Humanos; Medicina Legal Judiciária; e Criminologia.
Após a conclusão de todas as fases, os aprovados foram convocados para o Curso de Formação Profissional. Segundo a delegada, as últimas turmas devem tomar posse até maio deste ano.
Polícia Civil do Rio Grande do Sul fala sobre expectativa de novo concurso público
Em entrevista, a diretora da polícia civil afirmou que espera que até o final deste ano a corporação tenha concurso previsto.
Marianna Araújo – A chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegada Nadine Anflor, revelou em uma entrevista ao canal RDC, no programa Cruzando Conversas, a necessidade de abertura de um novo concurso para delegado, inspetor e escrivão da corporação. “Gostaria muito. Espero que até o fim do ano a gente tenha algum edital de concurso para delegado, escrivão e inspetor”, afirmou Nadine Anflor.
A chefe da PC RS ainda completou, “ Na minha visão e da chefia, até o final do ano nós gostaríamos de deixar pelo menos em andamento a possibilidade de novo concurso para inspetor, escrivão e delegado”.
As carreiras citadas pela chefe da PC RS são de nível superior. Sendo que para os cargos de inspetor e escrivão há a exigência de nível superior em qualquer área, já para o cargo de delegado, a exigência é de nível superior em direito.
Vale lembrar que o Governo do Rio Grande do Sul, revelou em dezembro de 2021 a reserva de vagas para pessoas trans e indígenas nos concursos do Estado. Conforme decretado, os próximos concursos públicos do Rio Grande do Sul terão, além de reserva para pessoas negras e com deficiência, vagas reservadas para pessoas trans e indígenas. A decisão foi publicada no último dia 7 de dezembro pelo Governo do Estado.
De acordo com o decreto, a cota irá viabilizar maior pluralização no serviço público do estado. A reserva terá o percentual de 1% da quantidade total de vagas de cada certame. Para o governo, as novas cotas “levam em consideração o histórico de violação dos direitos e exclusão extrema dos povos indígenas e comunidade trans, principalmente nas funções públicas”.
“As reservas de vagas são um ato de reparação histórica e social, na qual o Estado encoraja órgãos, públicos e privados, para as ações afirmativas ao exercício dos direitos e das liberdades fundamentais das pessoas sujeitas ao racismo, à discriminação racial e a formas correlatas de intolerância”, explicou o governo em nota.
A reserva também será válida para processos seletivos de contratação temporária. A decisão não altera a reserva já existente para negros, de 16%, e a reserva para pessoas com deficiência, de 10%.
O decreto encontra respaldo em um parecer da PGE-RS que aponta que a média de vida de pessoas trans é de 35 anos, o que representa a metade da média da população brasileira. Também segundo o parecer, “grande parte dos indígenas do Rio Grande do Sul vive em situação de extrema vulnerabilidade social e econômica”.
“O governo precisa ser capaz de promover mudanças significativas para a sociedade. Um governo trata de questões que vão muito além de planilhas, orçamentos e investimentos. Nossa responsabilidade ultrapassa muito esse papel de gerenciamento de recursos públicos. Temos a obrigação de olhar para essas questões específicas, promovendo direitos, acesso e qualificação dos serviços públicos”, reforçou o governador do RS, Eduardo Leite (PSDB). “Essas cotas têm caráter reparatório, simbólico, e de impacto na vida dessas populações, mas também são fundamentais para o crescimento do ponto de vista civilizatório.”
Leia, na íntegra, a nota liberada pelo Governo do RS.