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Polícia Civil do Rio Grande do Sul fala sobre expectativa de novo concurso público

Publicado em Concursos Públicos

Em entrevista, a diretora da polícia civil afirmou que espera que até o final deste ano a corporação tenha concurso previsto.

Marianna Araújo – A chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegada Nadine Anflor, revelou em uma entrevista ao canal RDC, no programa Cruzando Conversas, a necessidade de abertura de um novo concurso para delegado, inspetor e escrivão da corporação. “Gostaria muito. Espero que até o fim do ano a gente tenha algum edital de concurso para delegado, escrivão e inspetor”, afirmou Nadine Anflor. 

A chefe da PC RS ainda completou, “ Na minha visão e da chefia, até o final do ano nós gostaríamos de deixar pelo menos em andamento a possibilidade de novo concurso para inspetor, escrivão e delegado”.

As carreiras citadas pela chefe da PC RS são de nível superior. Sendo que para os cargos de inspetor e escrivão há a exigência de nível superior em qualquer área, já para o cargo de delegado, a exigência é de nível superior em direito.

Vale lembrar que o Governo do Rio Grande do Sul, revelou em dezembro de 2021 a reserva de vagas para pessoas trans e indígenas nos concursos do Estado. Conforme decretado, os próximos concursos públicos do Rio Grande do Sul terão, além de reserva para pessoas negras e com deficiência, vagas reservadas para pessoas trans e indígenas. A decisão foi publicada no último dia 7 de dezembro pelo Governo do Estado.

De acordo com o decreto, a cota irá viabilizar maior pluralização no serviço público do estado. A reserva terá o percentual de 1% da quantidade total de vagas de cada certame. Para o governo, as novas cotas “levam em consideração o histórico de violação dos direitos e exclusão extrema dos povos indígenas e comunidade trans, principalmente nas funções públicas”.

“As reservas de vagas são um ato de reparação histórica e social, na qual o Estado encoraja órgãos, públicos e privados, para as ações afirmativas ao exercício dos direitos e das liberdades fundamentais das pessoas sujeitas ao racismo, à discriminação racial e a formas correlatas de intolerância”, explicou o governo em nota.

A reserva também será válida para processos seletivos de contratação temporária. A decisão não altera a reserva já existente para negros, de 16%, e a reserva para pessoas com deficiência, de 10%.

O decreto encontra respaldo em um parecer da PGE-RS que aponta que a média de vida de pessoas trans é de 35 anos, o que representa a metade da média da população brasileira. Também segundo o parecer, “grande parte dos indígenas do Rio Grande do Sul vive em situação de extrema vulnerabilidade social e econômica”.

“O governo precisa ser capaz de promover mudanças significativas para a sociedade. Um governo trata de questões que vão muito além de planilhas, orçamentos e investimentos. Nossa responsabilidade ultrapassa muito esse papel de gerenciamento de recursos públicos. Temos a obrigação de olhar para essas questões específicas, promovendo direitos, acesso e qualificação dos serviços públicos”, reforçou o governador do RS, Eduardo Leite (PSDB). “Essas cotas têm caráter reparatório, simbólico, e de impacto na vida dessas populações, mas também são fundamentais para o crescimento do ponto de vista civilizatório.”

Leia, na íntegra, a nota liberada pelo Governo do RS.