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Muitos animais sofrem com o barulho de fogos e rojões, podendo fugir, se acidentar e até morrer de infarto. Especialistas ensinam a diminuir o sofrimento do melhor amigo durante a Copa do Mundo
Enquanto boa parte dos brasileiros não vê a hora de começar a torcer pela Seleção na Copa do Mundo, para muitos tutores esse é um momento de preocupação. Os ouvidos dos animais são muito mais sensíveis aos barulhos de fogos e rojões e, além do incômodo, eles podem, literalmente, morrer de medo. Foi o que aconteceu com o chow chow de um vizinho da estudante Dayane Siqueira, moradora de Ceilândia Sul. “Foi na virada do dia 31 para o 1º de janeiro. As pessoas aqui têm mania de soltar umas bombas que parece que vão explodir as casas. O cachorro tinha 8 anos e não resistiu. Quando meu vizinho chegou da festa de réveillon pela manhã, o cachorro estava morto em um cantinho”, relata.
Tutora do golden Chico Bento, Dayane teme a reação do pet durante os jogos. “No ano novo, eu coloquei algodão no ouvido, dei um petisco calmante e fiquei com a TV ligada. Quando começaram os fogos, ele tremia tanto que o corpinho levantava do chão, eu praticamente coloquei ele no colo e o corpo em cima dele. Minha priminha de 12 anos também deitou na lateral do corpo dele e ele se tremia de forma que não conseguia nem se levantar… Eu tenho pânico de fogos, as pessoas dizem que tenho que ignorar, mas não aguento vê-o se tremendo de medo”, lamenta.
Nadja Lima Benigno também está preocupada com a primeira Copa da vida de Luke, um golden de 2 anos. “Ele sempre fica muito assustado quando tem fogos de artifício. Ele começa a subir em cima das coisas, treme, fica com o coração acelerado demais. Quando tem esse tipo de barulho, gente nunca deixa ele preso, tenta abafar o barulho e fica o tempo todo perto dele. Nos jogos vamos ter de ficar o tempo todo ao lado dele, fazendo o possível para tornar esse momento o menos assustador para ele”, afirma.
Tanto Dayane quanto Nadja estão certas em não deixar os pets sozinhos nessas horas mas, segundo o adestrador e especialista em comportamento animal Cleber Santos, da ComportPet, ao tentar acalmar os melhores amigos, os tutores podem agravar o nível de estresse. Ele explica que colocar o cão no colo ou fazer carinho para tentar distrair o pet é um erro comum. “Não é recomendado dar carinho ao animal, pois, se o dono agir dessa forma, estará ensinando ao cão que, a cada vez que ele sente medo, ganha carinho. Ou seja, estará incentivando o animal a ficar com ainda mais medo”, explica. De acordo com ele, a melhor forma de agir é deixar o cão seguro, quieto, em um quarto preparado especialmente para ele, sem dar atenção excessiva ao animal. O especialista ressalta a importância de o local ser bastante seguro. “Muitos cães entram em um estado de estresse intenso, ficando desesperados e até mesmo tentando fugir, pulando de janelas, sacadas ou portões”, alerta.
Santos ensina que é importante condicionar o cão ao som alto dos fogos diariamente. Assim, o estresse com o ruído tenderá a ficar cada vez menor. “Recomendo que o treinamento seja diário e dure cerca de 20 minutos. Uma boa estratégia é fazer com que o cão se alimente ouvindo o som de fogos. Assim, associará à alimentação, a uma coisa positiva. O tutor deve ligar o som e em seguida oferece alimentação ao pet”, diz. Mas, atenção: a estratégia é indicada apenas para filhotes e cães que não apresentem um nível de estresse tão alto.
Cães que costumam sofrer muito com barulho de fogos e rojões devem ficar longe de alimentos nessas ocasiões, afirma a médica veterinária Lara Torrezan, diretora operacional do aplicativo Dot Pet. “Além de ficar de olho para seu animal não roubar nenhum alimento, é recomendável retirar a ração horas antes do jogo, para evitar complicações como vômitos e torção gástrica, no caso de cães de porte grande. Isso porque ele pode comer rápido demais devido à agitação, o que pode levar a diversas situações de desconforto. A água, no entanto, deve sempre ficar disponível”, ensina.
No caso de animais extremamente assustados, a médica veterinária Mariana Mauger, da DrogaVET, também recomenda o uso de calmantes naturais, como os florais, e alguns medicamentos fitoterápicos Cada animal, porém, responde à situação de forma diferente. “É sempre importante receber uma avaliação de um médico veterinário para determinar como pode ser feita a prevenção e o tratamento”, ressalta a especialista. O alerta vale tanto para os pets mais dóceis e que rotineiramente não apresentaram sinais de ansiedade quando ocorre algum evento, mas, sobretudo, aos que já têm pré-disposição a essas doenças, requerendo, consequentemente, cuidados extras.
Mariana Mauger explica que os filhotes e idosos devem ser tratados com maior cautela para que não se machuquem. “Os filhotes requerem atenção para não desenvolverem traumas futuros. Já os idosos, para evitarem complicações em doenças pré-existentes, como diabetes, cardiopatias e insuficiência renal, em decorrência do estresse”, orienta a médica veterinária, enfatizando que, no momento do desespero, é normal os pets procurarem abrigo em diversos locais, podendo se esconder em locais de difícil acesso e, assim, se machucar gravemente.
A médica veterinária lembra que pets de menor porte, como hamster e porquinho da índia, também podem sofrer com os barulhos da Copa. Nesses casos, ela indica a manipulação de calmantes naturais em forma de xaropes adocicados, nos sabores avelã ou maçã, ao gosto desses animais. “Aqui, também aconselhamos que fiquem num ambiente familiar, sempre dentro da gaiola, já que os fogos podem assustá-los, levando-os a fugir da residência”, finaliza.
Está pensando em levar um novo amigo para casa? Saiba o que é preciso fazer para recebê-lo com atenção e carinho, garantindo a saúde e o bem-estar do filhotinho
É comum o filhote estranhar seu novo lar nos primeiros dias. Dessa forma, é muito importante que ele se sinta acolhido pela família e que os tutores tenham bastante atenção, carinho e paciência com o novo companheiro de quatro patas. Ambiente, alimentação, banho, lazer e saúde são pontos a serem tratados com total atenção. Veja o que fazer para que o início dessa grande amizade seja bem-sucedido para a família e para o cãozinho.
Reserve um lugar calmo da casa para acomodar a cama e os objetos do filhote.
– Cama ou caixa para dormir: deve ficar em um lugar protegido de chuva e vento e de fácil higienização. Nos dias frios, coloque uma toalha ou cobertor para aquecer o pet.
– Potes para água e ração: devem ficar próximos da cama, porém distantes um do outro, para que, ao beber água, o cãozinho não molhe a ração.
Coloque coleiras e guias nos filhotes.
As primeiras coleiras e guias devem ser leves e resistentes. Como o filhote cresce muito rápido, é preciso verificar semanalmente se a coleira não está ficando pequena.
Distraia o pet com brincadeiras e objetos para auxiliar na adaptação ao novo lar.
Brinquedos como bolinhas de borracha são importantes para a distração e diversão do filhote, evitando que ele estrague algum objeto de casa. Ofereça sempre brinquedos próprios para cães, para a segurança do animal.
Mantenha o filhote sempre higienizado: isso é muito importante para a manutenção da saúde.
– Banhos: devido à baixa proteção imunológica, os banhos devem ser evitados até que o programa de vacinação termine. Porém, caso seja necessária a higienização durante esse período, utilize lenços umedecidos próprios para pets, mas sempre com a orientação de um médico-veterinário.
– Escovação: essa prática é muito importante para retirar pelos mortos e evitar a formação de nó. Precisa escovar o cãozinho, pelo menos, uma vez por semana, principalmente os pets de pelos longos.
– Limpeza dos ouvidos: a higienização dos ouvidos deve se limitar apenas à parte externa, a fim de evitar infecções. Recomenda-se a limpeza adequada com ceruminolíticos suaves e hidratantes, conforme recomendações do veterinário. Não utilize hastes flexíveis, use apenas um pedaço de algodão enrolado no dedo.
– Limpeza dos olhos: os olhos não devem possuir nenhum corrimento ou secreção. Devem ser brilhantes e úmidos. A higienização pode ser feita com solução ocular ou mesmo fisiológica, com o auxílio de algodão ou gaze.
– Dentição e escovação: ao nascer, o pet não possui dentes. A dentição começa a aparecer a partir do vigésimo dia de vida. Já por volta do terceiro ou quinto mês de idade, os dentes de leite são substituídos por definitivos. As datas de erupção podem variar de acordo com a raça. Assim, a escovação dos dentes do filhote deve começar desde cedo. Nas primeiras vezes, utilize uma gaze úmida e enrolada no dedo para passar sobre os dentinhos dos cachorros. Após alguns meses, considerando que o animal já estará adaptado a esse procedimento, utilize a escova de dente específica para cães, assim como pastas de dentes desenvolvidas especialmente para o seu pet. Para realizar esse procedimento da melhor maneira, solicite orientações ao médico-veterinário.
Cuide para o pet não adquira ectoparasitas.
– Controle de pulgas e carrapatos: é importante observar constantemente se há ou não presença de pulgas e carrapatos no filhote. Em um simples passeio, o animal pode adquirir esses parasitas e, caso a infestação fique muito intensa, tanto o cachorro quanto o ambiente devem ser tratados.
Fique atento ao esquema de vermifugação e vacinação.
– Vermifugação: assim que o filhote for adquirido, ele deve ser vermifugado adequadamente até os seis meses de vida, pois as verminoses podem prejudicar a saúde do pet e também das pessoas que convivem com ele.
– Vacinação: o protocolo de vacinação deve ser feito com muito critério, sem atrasos, com vacinas fabricadas por laboratórios confiáveis e deve ser aplicado por um médico-veterinário. O ideal é que o filhote inicie sua vacinação entre 30 e 45 dias de idade e esteja com o protocolo completo de vacinação até os cinco meses, para não correr riscos de adquirir viroses sérias, capazes de levá-lo a óbito.
A gerente técnica da Linha Pet da Ourofino Saúde Animal, Andrea Savioli, conversou com o blog sobre os cuidados com os filhotes. Confira.
Uma das principais dúvidas que os tutores têm é a partir de quando poderão passear com seus pets. No caso de ainda não terem tomado todas as vacinas, podem passear no colo dos tutores, para irem se acostumando com outros animais e com o ambiente em geral?
Sair com o filhote no colo evita a exposição ao solo e às áreas que podem estar contaminadas, o que reduz a criticidade da exposição. Mas até que os filhotes tenham recebido as 3 doses das vacinas conhecidas como múltiplas, o contato com locais públicos frequentado por cães deve ser evitado.
É normal cachorrinhos e gatinhos nascerem com vermes?
Como o ciclo de vida das principais verminoses de cães e gatos inclui transmissão transplacentaria é, sim, possível que os filhotes nasçam com vermes – isso se a vermifugação da cadela não for realizada da forma correta. Mas é importante destacar que a barriga dilatada dos filhotes pode ter ou não correlação com verminose.
Se eles já têm parasitas, é seguro tratá-los muito novinhos?
Assim que o filhote for adquirido, ele deve ser vermifugado adequadamente até os seis meses de vida, pois as verminoses podem prejudicar a saúde do pet e também das pessoas que convivem com ele. A vermifugação deve ser realizada por meio da prescrição do médico-veterinário, que irá avaliar a condição de saúde do animal, se ele tomou ou não carga verminotica e qual sua condição de saúde; bem como escolherá o melhor produto e indicará a dose segura. Dessa forma, a vermifugação não causará problemas ao filhote.
Evento de adoção de amiguinhos com deficiência e desfiles de moda são destaques pet do fim de semana
Adoção de amiguinhos com deficiência – Pela primeira vez, o Santuário Nova Aliança e a Cia da Terra promovem uma feirinha de adoção de cães e gatos com deficiência. Esses animais são mais difíceis de serem adotados, mas têm amor de sobra para oferecer a quem lhes der uma chance. Que tal abrir o coração para amiguinhos mais que especiais? O evento acontece no sábado, 9, das 9h às 15h no Condomínio San Diego, Jardim Botânico, ao lado do Hospital Vet Animax.
Fashion week no Boulevard – Desfiles, palestras, apresentações e novidades nos produtos e artigos do setor aguardam pets e tutores no Boulevard Shopping. O evento, gratuito, tem como destaque o tapete vermelho, no qual os cães mostrarão as últimas tendências da moda pet. Além da passarela canina, haverá degustação de produtos alimentícios para cães, palestras com veterinários, apresentação de cães adestrados, entre outros atrativos, como sorteios de brindes. Confira a programação completa para sábado e domingo.
15h – Abertura
15h30 – Desfile de cães com a grife Oh, Dog (premiação do animal que apresentar o modelo mais bonito)
16h – Desfile dos cães do Clube Dachshunds, com escolha do cachorro mais estiloso
16h30 – Desfile de cães com penteados
17h – Desfile de cães com a grife Brenda Nóbrega (premiação do animal que apresentar o modelo mais bonito)
17h30 – Projeto Missão – Apresentação de cães adestrados
18h – Palestra sobre saúde, com sorteio para o público
18h30 – Desfiles de cães com grifes de marcas diversas, com sorteio para o público
19h – Desfile de cães com a grife Bichos e Caprichos
20h – Encerramento.
Domingo (10)
15h– Abertura
15h30 – Desfile de cães com a grife Brenda Nóbrega (premiação do animal que apresentar o modelo mais bonito)
16h – Apresentação dos cães do Canil Bruto Negro (escolha do cachorro mais estiloso)
16h30 – Desfile de cães com a grife Oh, Dog (premiação do animal com o penteado mais bonito)
17h – Apresentação de cães adestrados
17h30 – Desfiles de cães com grifes de marcas diversas, com sorteio para o público
18h – Palestras sobre saúde animal
18h30 – Desfiles de cães das raças Bull Terrier e Bulldog francês
19h – Apresentação de cão-guia de cegos
20h – Encerramento.
Nos dois dias de evento, o encontro será no estacionamento coberto, próximo à administração do shopping, das 15h às 20h
Fashion Week Dog – Boulevard Shopping Brasília
Quando? Nos dias 9 e 10 de junho
Que horas? Das 15h às 20h
Onde? Boulevard Shopping Brasília – Setor Terminal Norte, Conjunto J Asa Norte
Entrada gratuita
A técnica milenar vem sendo cada vez mais comum para tratamentos em cães e gatos. Saiba quando o procedimento é indicado
A acupuntura é parte da medicina milenar chinesa e vem se mostrando uma possibilidade terapêutica útil para o tratamento de diversas enfermidades e distúrbios comportamentais nos pets. A técnica, que consiste em introduzir agulhas metálicas em pontos precisos do corpo, já é popular entre as pessoas, e também pode auxiliar nos tratamentos alopáticos e oncológicos em cães e gatos, além de melhorar a qualidade de vida dos animais idosos.
“São vários os casos em que a acupuntura pode ser empregada, uma vez que ela trabalha com equilíbrio da energia corporal. Pode ser uma alternativa em casos de doenças e distúrbios comportamentais, além de ser usada em combinação com alopatia para diminuição dos efeitos colaterais de tratamentos com medicamentos agressivos ao organismo, como é o caso dos tratamentos oncológicos”, explica o médico veterinário da Naturalis Marcello Machado.
Além de ser uma alternativa para atuar como complemento do tratamento de doenças, a acupuntura é uma opção para animais saudáveis. “Ela é indicada em casos comportamentais, como ansiedade e agressividade. Além de ajudar muito a qualidade de vida dos animais idosos”, acrescenta Machado.
Como é feito?
O procedimento é realizado da forma em que o animal se sinta à vontade e tranquilo, em local apropriado. “Deve ser feito com delicadeza e calma. Não são raras as vezes em que o animal chega a dormir durante o procedimento. Evita-se ao máximo o uso de focinheiras e equipamentos de contenção. Existem pontos específicos que acalmam o animal, que fazem com que ele aceite o procedimento de forma natural”, comenta o veterinário.
Ainda de acordo com Marcello Machado, o procedimento é indicado para cães e gatos, e nos dois casos, as técnicas são semelhantes. O que muda é a abordagem em primeiro momento, já que o gato tende a ser mais arisco no começo. “Não é incomum não conseguir o acesso de todos os pontos do felino logo de início, ao contrário do cão. Mas, por fim, ambos aceitam de forma natural”, finaliza.
Dois eventos no fim de semana oferecem oportunidades de adoção de cães e gatos. No Parque da Cidade, haverá encontro de raças, creche canina e venda de produtos pets
Feira de adoção do CasaPark: A Cobasi, em parceria com a Associação Protetora dos Animais do Distrito Federal (ATEVI – Proteção Animal) promove uma feira de adoção de cães e gatos, no CasaPark. O evento acontece no sábado (2), a partir das 10h; e no domingo (3), às 12h, na Cobasi (térreo – área externa). A entrada é gratuita e os interessados em adotar devem, obrigatoriamente, ser maior de 18 anos, apresentar o RG, ler e assinar ao termo de adoção. Todos os animais disponíveis para adoção estão castrados, vacinados e vermifugados.
PetExpo no Funnfestival: Montada na estrutura do megaevento Funn Festival, a vila dos pets tem feira de adoção, creche pet, lojinhas e encontro de cães em local cercado, para que eles brinquem soltos, à vontade. Para os humanos, o festival temcastelo gigante de 30m, pista de gelo, carrossel, neve artificial, roda gigante, DJs, atividades culturais, show e gastronomia, entre outros.
➡Confira as datas dos encontros de cães
?02/06 – Clube dos Salsichas
?03/06 – Clube do Vira Lata Brasília
?09/06 – Golden Retriever Brasília OFICIAL
?10/06 – Clube do Bulldog Francês Brasília
?16/06 – Conexão shih tzu
?23/06 – Spitz Alemão DF
?24/06 – Clube do Maltês Brasília
Os encontros de cães Pet Expo e Funn Festival acontecem das 15h às 17h, no estacionamento 4 do Parque da Cidade. A entrada para o Funn Festival custa R$20, convertidos em consumação. Os shows musicais têm bilheteria própria conforme a data e os artistas do dia. Portanto, ingresso não dá acesso à arena de shows. Mais informações: www.funnfestival.com.br
Noites frias em Brasília exigem cuidados extras com os pets, que podem adoecer devido à queda da imunidade
Faltando três semanas para o inverno, a temperatura no Distrito Federal já despencou, com termômetros chegando a marcar 12ºC na madrugada. Assim como acontece com humanos, os animais podem sofrer queda na imunidade. Veja as dicas da veterinária Djeniffer Navroski e da farmacêutica Sandra Schuster, da docg.:
1 – Vacinação
Estar com a vacinação em dia é fundamental para a saúde dos animais e isto inclui a vacina contra a “gripe dos cães” ou traqueobronquite infecciosa (Tosse dos Canis), doença cujo risco aumenta no inverno devido ao clima mais frio e à consequente queda na imunidade. Já nos gatos a prevenção contra a rinotraqueíte é feita na vacina tríplice, quádrupla ou quíntupla, que também deve ser administrada anualmente. Mas a veterinária alerta: “caso o animal esteja apresentando qualquer sintoma de gripe ou rinotraqueíte precisa ser tratado antes de ser vacinado”. Tosse seca, secreções nasais, espirros e a impressão de que cão está engasgado são sinais de gripe nos cães. Nos gatos, atenção a espirros, secreção nasal e febre.
A Tosse dos Canis pode ser causada, ainda, por diversos agentes infecciosos, entre eles a bordetella bronchiseptica, que acomete também os humanos. Mais um motivo para investir na prevenção.
2 – Hidratação
Com temperaturas mais baixas, os animais tendem a ingerir menos água, o que pode prejudicar a saúde, principalmente dos gatos, que têm maior tendência a problemas renais. É importante estimular o consumo de água distribuindo mais potes pela casa e fazendo uso de fontes, que mantêm a água em movimento. Ofertar alimentos úmidos, como sachês e alimentos em pasta de alta qualidade, também auxilia a suprir parte da necessidade de líquidos.
A pele das patas dos animais também sofre bastante com as temperaturas baixas, principalmente nos dias de geada. Para reduzir os efeitos do frio, os cães podem usar sapatinhos quando saem para o passeio, mas são poucos os animais que se acostumam com o acessório. O ideal é evitar os horários mais frios e também usar um hidratante. “A docg. criou um creme para patas com D-pantenol e glicerídeos de soja, que hidrata profundamente a pele dos pets. Ele também está sendo muito utilizado nos focinhos, que igualmente sofrem com as baixas temperaturas”, revela a farmacêutica.
3 – Roupas
Roupas não servem apenas para embelezar os animais, elas ajudam a manter o calor dos pets, principalmente dos animais com pelo curto ou que não possuem subpelo. “É importante tirar a roupa do pet e escovar os pelos todos os dias para que não embolem e causem desconforto ou, até mesmo, a proliferação de fungos”, alerta Djeniffer. “O ideal é trocar a roupa a cada dois dias, para evitar o acúmulo de sujeira e umidade”, complementa.
4 – Atividade física
Assim como os humanos, os animais tendem a ficar menos ativos nos dias mais frios. Porém, os tutores devem manter o nível de atividade física dos animais, pois os exercícios evitam o ganho de peso e auxiliam na termorregulação (controle da temperatura corporal).
5 – Caminhas e casinhas
Camas e cobertores ajudam a manter o pet aquecido no período de descanso. Há várias opções de camas, inclusive forradas com pelos, que ajudam a aquecer ainda mais o animal. Gatos também gostam muito de tocas, portanto avalie a possibilidade de comprar uma cama no formato iglu. Utilizar tapetes ou cobertores embaixo da caminha ou camas elevadas também é indicado. Outro cuidado é em relação a mudanças bruscas na temperatura. Se o pet estiver dentro de casa, num ambiente aquecido, não deve sair diretamente para a parte externa. Além disso, aquecedores só devem ser usados junto com umidificadores de ar e os animais não devem ficar muito próximos dos equipamentos, para evitar acidentes.
Para os animais que ficam no jardim, o ideal é que a casinha fique numa área coberta. As fabricadas com proteção térmica e portas ajudam a evitar a entrada de vento e amenizam o frio. Dentro das casinhas é recomendado o uso de caminhas e cobertores. Mas é fundamental cuidar da higiene do ambiente e acessórios e trocar sempre que estiverem úmidos.
Durante as estações mais frias do ano, é preciso observar alguns cuidados especiais na higienização dos cães. Assim como nós, eles sentem frio e podem ter a imunidade bastante reduzida nessa época
Para evitar problemas e garantir a saúde e a higiene dos pets, o médico veterinário Ricardo Cabral, da Virbac, dá cinco dicas sobre os principais cuidados que devem ser observados na hora de dar um banho no seu melhor amigo:
1. Prepare o ambiente – O mais indicado é dar o banho nos cães dentro de casa ou em outros ambientes fechados. Se possível, ligue um aquecedor para deixar o local mais quentinho e evitar que ele sinta frio. Se estiver no banheiro, uma opção para aquecer o ambiente é deixar o chuveiro aberto com água quente por alguns instantes, antes do banho. Garanta que não há correntes de vento passando pelo local e seque muito bem os pelos do animal.
2. Temperatura da água – A água deve estar morna. Para verificar a temperatura, coloque o antebraço na banheira e verifique se está agradável. Jamais use água muito quente, pois pode queimar a pele do bichinho, nem muito fria, para não provocar hipotermia. Use o shampoo de sua preferência, indicado para limpeza e hidratação da pele do animal.
3. Proteja bem as orelhas – Uma das principais recomendações ao dar banho no seu pet se refere ao cuidado que deve ser tomado para que não entre água nas orelhas. Se entrar água, o bichinho poderá ter sérios problemas, como a otite. Para evitar esse tipo de problema, proteja as orelhas e evite jogar água na cabeça do animal. Existem algodões hidrofóbicos, que têm maior capacidade de evitar a entrada de água.
4. Cuidados na secagem– Para secar, utilize uma toalha para remover o excesso de água. Se puder, use um secador para garantir uma secagem completa e, com isso, evitar que o animal fique com o corpo frio. Preste atenção a determinadas partes do corpo, como cabeça, peito e pescoço, que são mais sensíveis e podem fazer com que o animal fique doente se ficarem molhadas no frio.
5. Frequência nos banhos– Assim como a falta de banho pode prejudicar a saúde dos cães, o excesso também faz mal. Nos dias mais frios, o mais indicado para animais com pelos curtos é um banho a cada 30 dias. Já para os que possuem pelos longos, esse intervalo cai para 15 dias. Dê preferência aos horários mais quentes do dia.
Oráculo solidário, com renda revertida a ONG animal, e vila pet no Parque da Cidade são destaques do fim de semana
Sábado
O Oráculo Solidário chega à 3ª edição, no Martinica Café, com parte da renda destinada à ONG ProAnima (Associação Protetora dos Animais do DF), dedicada a projetos de castração e lares temporários para cães e gatos. Cada atendimento durará 30 minutos e será realizado mediante distribuição de senhas. Nesta edição, os consulentes poderão escolher entre runas, baralho cigano, mini mapa astral e três tipos de tarô: Iluminati, Wait e Crowley. As consultas custarão R$ 50. Os oraculistas são Sara Campos (baralho cigano), Vanessa Aquino (tarô de Crowley), Urakins Abayomí (tarô iluminatti e runas) e João Quinto (tarô de Wait e mini mapa astral).
Serviço:
III Oráculo solidário
Dia 26 de maio, de 16h às 22h. Martinica Café: CLN 303 Bl A S/N lj, 4, 70723-550 Brasília. Valor: R$ 50 por atendimento.
Sábado e domingo
Montada na estrutura do megaevento Funn Festival, a vila dos pets tem feira de adoção, creche pet, lojinhas e encontro de cães em local cercado, para que eles brinquem soltos, à vontade. Para os humanos, o festival temcastelo gigante de 30m, pista de gelo, carrossel, neve artificial, roda gigante, DJs, atividades culturais, show e gastronomia, entre outros.
➡Confira as datas dos encontros de cães
?26/05 – Clube Beagle DF
?27/05 – Clube dos Pugs de Brasília
?02/06 – Clube dos Salsichas
?03/06 – Clube do Vira Lata Brasília
?09/06 – Golden Retriever Brasília OFICIAL
?10/06 – Clube do Bulldog Francês Brasília
?16/06 – Conexão shih tzu
?23/06 – Spitz Alemão DF
?24/06 – Clube do Maltês Brasília
- O evento está ótimo, mas a organização deveria trocar os tapetes verdes colocados no corredor que dá acesso ao festival. Eles são extremamente escorregadios – muita gente caiu no fim de semana passado!
SERVIÇO
Os encontros de cães Pet Expo e Funn Festival acontecem das 15h às 17h, no estacionamento 4 do Parque da Cidade. A entrada para o Funn Festival custa R$20, convertidos em consumação. Os shows musicais têm bilheteria própria conforme a data e os artistas do dia. Portanto, ingresso não dá acesso à arena de shows. Mais informações: www.funnfestival.com.br
Nova Lei sancionada pelo GDF aumenta a multa e estabelece que maus-tratos não são apenas físicos, mas incluem atos que atentem contra o bem-estar psicológico, comportamental, fisiológico e sanitário dos animais, sejam domésticos ou não
Agora é Lei: maus-tratos contra animais podem render multa de até 40 salários-mínimos no Distrito Federal. O governador Rodrigo Rollemberg sancionou o Projeto de Lei nº 717 , que altera a Lei nº 4.060, de 18 de dezembro de 2007.
O novo texto define com mais clareza os critérios para identificar uma situação de crueldade e traz punições mais severas aos infratores.
“Tenho um apreço muito grande pelos animais e fico muito feliz de dar um salto civilizatório ao aprovar uma legislação como essa”, disse Rollemberg, ao assinar a sanção.
Dependendo da gravidade do caso, quem for pego maltratando um animal — doméstico ou não — sofrerá as seguintes punições:
- advertência
- multa
- interdição parcial ou total de estabelecimento ou atividade
- suspensão ou cancelamento da licença ambiental do estabelecimento
- apreensão
- perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo governo do Distrito Federal
Agora, são tipificados como maus-tratos os atos que atentem contra a liberdade psicológica, comportamental, fisiológica, sanitária e ambiental dos animais
Antes, somente eram autuados casos em que eles estivessem com danos físicos— como cortes ou feridas abertas.
Na legislação anterior, a multa, por exemplo, variava de R$ 200 (para casos considerados leves) a R$ 2.250 (para infrações graves). Agora, o fiscal pode aplicar, ao identificar a situação de crueldade, multa no valor de 1 (R$ 954) a 40 salários mínimos (R$ 38.160).
Além disso, ao final do processo, pode haver a condenação em juízo, situação em que a multa pode chegar a R$ 1 milhão — a depender da gravidade da infração, da capacidade econômica do infrator ou da natureza dos animais.
Como denunciar casos de maus-tratos de animais no DF
As denúncias podem ser feitas na Ouvidoria do governo de Brasília pelo telefone 162 ou pelo site www.ouv.df.gov.br. O relato é encaminhado ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram) ou à Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema), conforme o teor da denúncia, para apurar e tomar as providências cabíveis.
A Dema pode ser acionada também diretamente pelo número 197, pelo WhatsApp — (61) 98626-1197 — ou pelo e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br. Outra opção é o Batalhão Ambiental da Polícia Militar, que atende 24 horas pelo telefone (61) 3190-5190 e pelo WhatsApp (61) 99351-5736.
(As informações são da Agência Brasília)
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Guarda de pets: atualização
A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) iniciou ontem o julgamento de um recurso que vai definir a possibilidade ou não de regulamentação judicial de visitas a pets, após o rompimento de união estável entre os tutores. Esta é a primeira vez que o STJ julga esse tema.
O processo trata de um casal que adquiriu uma cadela yorkshire em 2004, quando convivia em união estável. Após o término da relação, em 2011, a cadelinha ficou inicialmente com o homem. Tempos depois, passou a viver permanentemente com a mulher, que impediu visitas, o que causou ao ex-companheiro intensa angústia, de acordo com os advogados dele.
Na ação de regulamentação de visitas ajuizada por ele, a sentença considerou que o animal não poderia integrar relações familiares equivalentes àquelas existentes entre pais e filhos, “sob pena de subversão dos princípios jurídicos inerentes à hipótese”. Concluiu que a cadela é objeto de direito, não sendo possível se falar em visitação. Porém, a sentença foi reformada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que entendeu pela possibilidade de aplicação analógica do instituto da guarda de menores aos animais.
No STJ, o ministro relator, Luis Felipe Salomão, advertiu que este tema é cada vez mais recorrente e envolve questão “bastante delicada”, que diz respeito aos direitos da pessoa humana e deve ser analisada tanto pelo ângulo da afetividade em relação ao animal, como pelo enfoque constitucional, conforme a previsão no artigo 225 da Constituição, que fala da preservação da fauna e da flora.
O ministro mencionou que diversos ordenamentos jurídicos, como da Áustria, da Alemanha e da Suíça, já indicam expressamente que os animais não são coisas. Porém, no Brasil, a doutrina se divide em três correntes: a que pretende elevar os animais ao status de pessoa, a que entende ser melhor proteger os animais na qualidade de sujeitos de direito sem personalidade, e aquela que acha que os animais devem permanecer como objetos de direito das relações jurídicas titularizadas pelas pessoas.
De acordo com Salomão, a solução do caso deve se valer do instituto da composse, previsto no artigo 1.199 do Código Civil, como também, por analogia, do instituto da guarda de filhos, tratado nos artigos 1.583 a 1.590, “sem lhes (aos animais) estender o atributo da subjetividade ou de alguma espécie de poder familiar, ao menos até que o legislador normatize a matéria”.
Visitas possíveis
Para o ministro, é “plenamente possível” o reconhecimento do direito do ex-companheiro de visitar a cadela de estimação, tal como determinou o tribunal paulista.
O ministro Antonio Carlos Ferreira acompanhou o relator. A ministra Isabel Gallotti divergiu, e agora o julgamento está suspenso pelo pedido de vista do ministro Marco Buzzi. Além dele, falta votar o desembargador convocado Lázaro Guimarães.
TJ-SP decidiu que homem tinha direito de visitar yorkshire, mas a ex-companheira recorreu ao STJ. O resultado poderá guiar as instâncias inferiores em processos futuros
Depois da decisão de um juiz da 3ª Vara da Família e Sucessões do Tribunal de Justiça de São Paulo, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determina hoje se a guarda de pets deve ser entendida da mesma forma que a custódia de crianças. Como não há legislação sobre o assunto, cabe aos juízes definirem com quem fica o animal no caso de separação, e se os ex-cônjuges têm direito a visitação.
O caso que originou a ação é de São Paulo: um casal assinou contrato de união estável em 2004 e, enquanto estava junto, adotou a cadelinha Kimi. Com o término da relação, a yorkshire ficou coma tutora, que impediu o ex de vistá-la. O homem, então, recorreu à Defensoria Pública do Estado, que entrou com ação de guarda compartilhada no TJ-SP. O juiz, contudo, extinguiu a ação, entendendo que não cabia à Vara de Família decidir a respeito. A Constituição brasileira considera que os pets são bens, e não membros da família.
Mas a defensora pública Cláudia Aoun Tannuri entrou com recurso, alegando que, hoje em dia, os animais já são considerados verdadeiros integrantes do núcleo familiar. “O Direito não pode ficar alheio a tal situação. Nesse sentido, os animais não podem mais ser classificados como coisas ou objetos, devendo ser detentores, não de direitos da personalidade, mas de direitos que o protejam como espécie”, defendeu.
Em votação unânime, os desembargadores da 7ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP aplicaram, por analogia, o disposto no Código Civil sobre a guarda e visita de crianças e adolescentes:
“Considerando que na disputa por um animal de estimação entre duas pessoas após o término de um casamento e de uma união estável há uma semelhança com o conflito de guarda e visitas de uma criança ou de um adolescente, mostra-se possível a aplicação analógica dos artigos 1.583 a 1.590 do Código Civil, ressaltando-se que a guarda e as visitas devem ser estabelecidas no interesse das partes, não do animal, pois o afeto tutelado é o das pessoas”.
A mulher, então, recorreu ao STJ, que decide hoje sobre o assunto. Embora as outras instâncias não sejam obrigadas a acatar a decisão do órgão, ela vai ajudar a nortear o entendimento dos juízes em processos semelhantes.