Adoção, sim. Mas com responsabilidade

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Milhares de Manchinhas, a cadela brutalmente assassinada em um supermercado de São Paulo, vagam pelas ruas, sujeitas a agressões. Adotar animais ajuda a reduzir o problema, mas, antes de fazê-lo, é preciso se conscientizar sobre a responsabilidade da adoção

 

Cadela manchinha, brutalmente assassinada Crédito: Reprodução

O massacre da cachorrinha Manchinha por funcionários do Carrefour de Osasco levanta a discussão sobre a importância de se retirar os animais da rua por meio da adoção. Assim como ela, 30 milhões de vira-latas vagam pelo país, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e muitos são vítimas de atos de crueldade como o sofrido por ela.

Os brasileiros estão mais sensíveis à adoção, revelou um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 52 milhões de cães que vivem nos lares brasileiros, 24% foram adotados. Mas não basta acolher um animalzinho em casa. É preciso adotar com consciência, para evitar novos abandonos.

Stella da Fonseca Rosa, médica-veterinária e técnica da Ourofino Saúde Animal, aponta que uma das principais causas do abandono é a adoção irresponsável. “Antes de escolher um cão ou gato, o tutor deve refletir sobre algumas questões importantes, principalmente se está disposto a assumir um novo membro da família, já que a adoção precipitada acaba resultando em abandono”, explica. A especialista destaca outras causas dessa atitude: falta de espaço, de tempo e dinheiro e comportamentos do pet que, inicialmente, não atendem à expectativa do tutor e, portanto, são considerados indesejados. “Existe uma falta de avaliação prévia sobre questões relacionadas às raças, à educação e ao porte.”

A veterinária ainda aborda mais desdobramentos que surgem do descaso com o abandono: “A ação acarreta muito sofrimento e dificuldades para os animais nas ruas e desencadeia em problemas sociais e ambientais”.

Ter um companheiro com quem possa se divertir e trocar carinho está entre os gatilhos que levam à adoção de cães e gatos. Mas, é preciso levar em consideração outros pontos importantes na hora de se decidir por acolher um animal, um deles são os cuidados que devem ser dedicados aos pets, que envolvem afeto e investimentos com a saúde durante todo o tempo de vida deles, que é de, em média, 15 anos.

Para quem está em dúvida entre um felino ou cachorro, a dica da Stella é avaliar qual animal ficará melhor ambientado ao estilo de vida. “A disponibilidade de tempo do tutor, a rotina de trabalho e frequência de viagens são fatores cruciais que deverão ser pontuados no momento da adoção. Lembrando que há animais com temperamentos perfeitamente adaptáveis às várias rotinas e perfis que as famílias podem ter”, reitera a veterinária.

Para facilitar o processo de inserção do pet na rotina da família, uma das dicas é trabalhar para desenvolver o vínculo tutor-animal, com alguns comandos iniciais simples que ajude o novo membro a conhecer os limites, como o de sentar e deitar, e a criar afeição.

Se no ambiente houver outro pet, alguns cuidados são aconselhados na integração. “No caso de cães, apresente-os em um território neutro, para que se estabeleça a hierarquia entre eles. Agressões devem ser repreendidas, mas é fundamental confortar a ambos no momento. Com felinos, o novo animal deve permanecer em um ambiente separado por um tempo, para que o mais velho possa sentir o seu cheiro, porém sem que haja o contato direto, para a socialização ocorrer aos poucos”, indica Stella.

Adotar é uma responsabilidade; envolve conforto, atenção, dedicação e gastos.  As consultas com o veterinário, por exemplo, são recomendadas já em um primeiro momento, para realizar um check-up geral do animal e vacinar. Além disso, segundo a especialista, outros aspectos que devem ser estabelecidos dizem respeito à vermifugação e ao controle de parasitas.

Tempo de brincar e cuidar

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Nas férias, tutores têm mais tempo para brincar e passear com os melhores amigos. Especialistas ensinam a se divertir sem colocar em risco a saúde dos pets

Crédito: Adriana Fortes/Arquivo Pessoal

Com o período de férias se aproximando, a rotina da família costuma mudar. Para a alegria dos pets, sobra mais tempo para passeios ao ar livre e, quando bate o calor, para dar um bom mergulho. Para que esse momento de lazer seja saudável, porém, é preciso tomar alguns cuidados. Desidratação, falta de apetite, exposição a ataques parasitários são alguns dos problemas que podem surgir na estação mais quente do ano.
Segundo a veterinária da Mariana Mauger, da rede de farmácias de manipulação DrogaVET, a primeira recomendação é levar o pet para passear pela manhã ou no fim da tarde, ou seja, nos horários em que o sol está mais ameno, diminuindo as chances de lesões nas patas e na pele, em decorrência dos raios solares, além da possibilidade de desidratação do animal. “O ideal é optar pelo passeio em horários mais frescos, afim de evitar queimaduras nas patas por conta do chão muito quente, e também, pela aplicação do filtro solar, principalmente em cães idosos e filhotes, já que eles têm a pele mais sensível. O filtro a ser aplicado deve ser o específico para pets, que pode ser manipulado em creme e com fator de proteção 30”, salienta a profissional.
Embora todos os animais expostos a raios ultravioleta necessitem da proteção, o filtro solar é absolutamente indispensável para cães e gatos com características específicas, observa a veterinária Vanessa Gonçalves. “Os animais de pele branca precisam dessa proteção extra nos locais que não têm pelo, principalmente no focinho, orelhas e barriga. Os de pele escura dispensam esse cuidado extra. Aplique o filtro solar de uma a duas vezes ao dia e nunca exponha seu animal ao sol nas horas mais quentes do dia”, indica. Vale lembrar que o filtro não é o mesmo usado em humanos. Para os animais de estimação é preciso uma formulação específica, que não cause alergia ou possa ser facilmente retirado por eles.
Hidratação
Além disso, Mariana Mauger, da DrogaVet, lembra que, a cada passeio, é necessário levar a garrafinha com água fresca, devendo ser oferecida nas pausas para descanso. “Já em casa, recomendamos a troca da água com frequência, e em dias muito quentes, a adição de cubos de gelos para refrescar o animal. O pote com a comida, por sua vez, deve ser deixado à sombra e lavado após cada refeição, tudo para minimizar o contato do pet com alimentos que ficam expostos a moscas e mosquitos”, explica a veterinária.
“O corpo dos cães faz troca de calor apenas por meio das regiões das almofadas das patas, do focinho e da boca. Por isso, quando muito expostos às altas temperaturas acabam ficando ofegantes e cansados”, acrescenta Ricardo Cabral, veterinário da Virbac, empresa multinacional francesa dedicada à saúde animal. Os pets com pelagem mais longa sofrem mais e, por essa razão, é importante tosá-los. Os cães de focinho curto também merecem atenção, pois podem apresentar dificuldade na respiração neste período do ano.
Durante as altas temperaturas, há um aumento da proliferação de pulgas e carrapatos e, se o animal estiver vulnerável, poderá ser alvo desses parasitas. “Nesse ponto, os tutores devem sempre olhar a pele do pet, afim de encontrar eventuais parasitas. Os antipulgas, carrapaticidas e vermífugos devem ser administrados corretamente, seguindo os prazos para reaplicação, evitando problemas posteriores como, verminoses, alergias às picadas de pulgas ou, até mesmo, outras doenças decorrentes desse contato”, pontua a especialista Mariana Mauger.Confira as doenças mais comuns durante o verão: 

Dirofilariose: Doença que pode ser fatal, causada pelo acúmulo de vermes no coração e no pulmão do animal, podendo causar insuficiência cardíaca e doença pulmonar grave.

Leishmaniose: Infecção parasitária causada por protozoários que atacam o sistema imunológico dos animais, e em alguns casos, pode ser transmitida para humanos.

Gastroenterite/Giárdia: aqui a atenção deve ser redobrada, já que a doença é denominada como uma zoonose e transmitida por um protozoário capaz de atingir os humanos também. Os principais sinais são vômitos e/ou diarreia. Perda de apetite e letargia podem ocorrer com o animal. Também existem casos de perda de sangue no vômito e na diarreia, devido a irritação no trato gastrointestinal. As principais causas costumam ser a ingestão de alimentos em mau estado de conservação, água contaminada, parasitas e até mesmo o estresse causado por altas temperaturas.

Veja como proteger o melhor amigo: 
1- Deixe sempre água fresca à disposição para os cães beberem e faça trocas frequentes;

2- Evite levar os animais para passear nos períodos mais quentes do dia. Além de ser mais confortável, isso previne que eles queimem as patas;

3- Aplique protetor solar veterinário nas áreas expostas dos cães antes de sair, principalmente naqueles de pelagem mais clara;

4- Mantenha os banhos regulares. Apesar do tempo quente, o ideal é um a cada sete ou 15 dias, dependendo da frequência de passeios e local onde o animal vive. Banhos em excesso podem causar ressecamento da pele e possibilitar a ocorrência de doenças alérgicas, por exemplo;

5- Previna pulgas e carrapatos administrando produtos antiparasitários nos cães.

Agenda pet

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No fim de semana, tem programação natalina para os cachorrinhos em shopping e feira de adoção de cães e gatos. Aproveite!

Crédito: Paulinha Leon Fotografia

Foto com papai noel

Que tal aproveitar o fim de semana para o pet conhecer Papai Noel? Com o tema Masha e o Urso, o shopping Pátio Brasil abre as portas da programação natalina aos cachorrinhos. Além de tirar foto com o Noel, eles podem provar petiscos e sair do shopping cm adereços natalinos exclusivos. A programação das crianças também está completa, com cineminua, taguagnes de Masha e o Urso, bolas gira-gira e cama elástica, entre outras. Todos os fins de semana, até 16 de dezembro.

Feira de adoção 

O programa PEDIGREE® Adotar é Tudo de Bom realizará um evento de adoção na loja Petz Asa Norte. Os cães que estarão presentes são da ONG Fauna e Flora. Como parte do compromisso com a posse responsável, um dos grandes focos do programa, todos os cães serão adotados já castrados e vacinados. Os interessados em oferecer um lar feliz para os animais, além de passarem por uma entrevista de avaliação de perfil, devem estar munidos dos seguintes documentos: originais e cópias de RG, CPF e comprovante de residência.

 

Calendário “iti, malia!”

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Pets terapeutas posam para calendário, que terá renda revertida para projeto de assistência a pacientes hospitalizados

Há nove anos,o projeto Pêlo Próximo, do Rio de Janeiro, realiza um trabalho de Terapia Assistida por Animais em hospitais e instituições de longa permanência. Acompanhados dos tutores, os pets realizam visitas periódicas a pacientes, levando amor e alegria aos internados. Agora, eles posaram para um calendário solidário, que terá renda revertida para o trabalho filantrópico que o projeto realiza. Cães, gatos e aves foram clicados pelas lentes do fotógrafo Jayme Rocha, responsável pelo Celebridade Pet. O calendário, em formato de marcador de página, tem 12 lâminas e 34 fotos , ao preço de R$15. Para adquirir e colaborar com o trabalho do grupo,  basta acessar https://www.lojapeloproximo.com.br/calendario-2019/ .

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Coceira sem pulga: o que será?

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Na pergunta do leitor da semana, a veterinária Ana Catarina Valle responde uma dúvida muito comum: o que pode ocasionar coceira, além das pulgas?

 

Frida: a cachorrinha tem coceira, mas não tem pulga

A leitora Ana Cláudia de Andrade Lima, de Recife, relata que a cachorrinha Frida, de 5 anos e 10 meses, costuma se coçar bastante, mas não tem pulgas. Ela pergunta o que pode ocasionar o problema. Quem responde é a veterinária Ana Catarina Valle, da NaturalPet:

Naturalmente, uma conceirinha aqui, outra ali é normal para os cães… mas deve haver um limite de tolerância, claro. Entenda que, quando se atinge esse limite, é necessário observar desde quando o seu pet se coça. A partir daí, observe o que foi modificado em sua rotina, como mudança de alimentação, uso de roupinhas sintéticas, consumo de ossos e biscoitos industrializado, vacinações em excesso, e até os agrotóxicos utilizados na grama do seu prédio. Um importante ponto é quanto à alimentação do seu companheiro. As rações industrializadas contêm toxinas diversas, o que ativa o sistema imune, liberando uma substância chamada histamina, que faz coçar!  Claro,que existem diversas outras razões, mas em geral essas são as principais e você, como tutora, após uma avaliação, saberá identificar a causa. Lembre-se, a alimentação é um ponto extremamente importante na vidinha do seu companheiro! Forneça alimentos frescos e de boa qualidade. A alimentação natural se faz a melhor opção para eles em todos os casos!

  • Ana Catarina Valle é médica veterinária, pós-graduada em homeopatia e acupuntura veterinária e doutoranda em biotecnologia.

 

De olho nos olhinhos

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A 1ª Campanha de prevenção à cegueira em animais de companhia vai alertar tutores sobre doenças como o glaucoma, principal causa de cegueira em cães

Crédito: Reprodução

Você já deve ter conhecido um pet com algum probleminha nos olhos. Às vezes, eles parecem opacos demais, às vezes, o animal lacrimeja ou esfrega a área sem parar. No dia 17 de novembro, os tutores poderão tirar dúvidas sobre o assunto na 1ª Campanha de prevenção à cegueira em animais de companhia.

Uma equipe completa de profissionais veterinários estará disponível no Boulevard Shopping Brasília, administrado pela Aliansce Shopping Centers, para tirar dúvidas e dar dicas de prevenção. O evento conta com palestras, orientações e pequenos exames, e recebe a população das 14h às 20h.

O objetivo do projeto, feito em parceria entre o Boulevard e o Centro Veterinário da Visão, foi criado para dar dicas sobre a saúde geral dos pets, além de alertar sobre as principais causas da cegueira e como podemos evitá-la. Mario Sérgio Almeida é médico veterinário oftalmologista de pequenos animais e lembra que os problemas oculares nos pets passam, muitas vezes, despercebidos pelos tutores.

“Os animais não podem se expressar e dependem da observação e cuidado do tutor. A prevenção busca identificar, orientar e tratar predisposições a alterações oculares com potencial de causaram transtornos oculares”, afirma o veterinário.

Prevenção e diagnóstico

Muitas doenças oculares evoluem rápido e podem levar a quadros irreversíveis de perda visual. Problemas comuns em humanos, como a catarata e o glaucoma, são frequentes também nos pets. Mário Sérgio destaca que o glaucoma, caracterizado pelo aumento da pressão intraocular, é um das principais causas de cegueira em cães. Por isso, no dia do evento, será feita a aferição da pressão intraocular dos olhos dos bichinhos.

“Muitos tutores desconhecem a existência do oftalmologista veterinário e estes profissionais têm formação e equipamentos tão modernos quanto os utilizados na medicina”, afirma o veterinário. A ideia do evento surgiu a partir da necessidade de apresentar essas especialidades aos tutores de animais de estimação e alertar sobre a importância de exames periódicos e preventivos.

Confira alguns sinais que demonstram alteração ocular nos animais:

  1. Lacrimejamento excessivo
  2. Esfregar os olhos
  3. Olho aumentando de tamanho
  4. Olho vermelho
  5. Olho opaco
  6. Secreção

Serviço

1ª Campanha de prevenção à cegueira em animais e companhia

Data: 17 de novembro

Local: 2º Piso do Boulevard Shopping Brasília (Setor Terminal Norte, Shin Ca 5 Conjunto D – Asa Norte)

Horário: 14h às 20h

Entrada gratuita

Classificação indicativa: livre

 

Dúvida do leitor: como se proteger contra carrapato?

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Nem sempre a picada de carrapato é maléfica. Se o animal estiver saudável, ela pode estimular o sistema imunológico e evitar enfermidades. Semanalmente, veterinária responderá às dúvidas dos leitores do blog

Maltês Luke: tutora teme doença do carrapato

Doenças, alimentação, comportamento… São muitas as dúvidas que nós, tutores de pets, temos sobre eles. Toda semana, a veterinária Ana Catarina Valle, da clínica Natural Pet, vai responder perguntas de leitores. A primeira vem de Adriana Fortes, tutora de Luke, um maltês de 4 anos.

Qual a melhor forma de proteger meu cachorro contra pulgas e carrapatos? Já ouvi dizer que os medicamentos são muito fortes, mas tenho medo de deixá-lo sem proteção, porque pets que frequentam os mesmos espaços que ele já adoeceram com doença de carrapato e ficaram muito mal.

Muitos me perguntam como controlar as pulgas e os carrapatos de forma mais natural, para que não haja a necessidade de ficar intoxicando o organismo dos seus pets, a cada 30 ou 90 dias, com produtos carrapaticidas exercendo um efeito acumulativo no organismo. Já existem no mercado vários medicamentos homeopáticos para o controle do carrapato, os quais você pode administrar diretamente na boca do seu animal, na água ou na comida. Sem contar com as coleiras repelentes, como as impregnadas com citronela ou capim santo, que provocam o mesmo efeito repelente que as coleiras de veneno, hoje largamente utilizadas pela população, e que não só intoxicam os pets, mas também as pessoas que convivem com eles.
Outra opção ou complemento à homeopatia e ao uso das coleiras naturais são os repelentes em spray, de citronela e de nem, além de sabonetes de enxofre, nem e citronela, que são usados no banho dos meninos. Também deve haver um cuidado todo especial com saúde do animal, por meio de uma boa alimentação e um programa de vacinação individualizado. Evite tratamentos invasivos e de primeira escolha, opte sempre pelas terapias complementares, como a homeopatia, acupuntura, fitoterapia. Partimos do princípio que uma mordida de carrapato é saudável, do ponto de vista que estimulamos o sistema imune e ativamos a primeira linha de defesa do animal. Ou sej:, a intenção é fazer com que esse sistema fique alerta a qualquer tipo de infecção. Se o seu animal está saudável, ele pode até entrar em contato com os causadores de diversas doenças, mas com um sistema imune adequado, terá poucas chances de desenvolver a enfermidade, permanecendo saudável. Portanto, cuide da saúde do seu pet de forma integrada, tenha um olhar integrativo e, com isso, o carrapato e a pulga deixarão de ser um problema!!

  • Ana Catarina Valle é médica veterinária, pós-graduada em homeopatia e acupuntura veterinária e doutoranda em biotecnologia.

Remédio em forma de petisco “engana” pets

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Farmácias de manipulação apostam em soluções para facilitar a medicação de cães e gatos. É possível transformar os comprimidos e os remédios líquidos em deliciosos petiscos e xaropes

Crédito: Reprodução

 

Uma das maiores dificuldades para tratar as doenças dos pets é medicá-los. Pensando nisso, as farmácias de manipulação lançaram soluções que deixam esse momento mais prazeroso e bem menos traumático. Segundo o farmacêutico e diretor executivo da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), Marco Fiaschetti, os medicamentos manipulados facilitam e podem, principalmente, auxiliar na aderência do tratamento médico. “São produzidos na dose certa e de uma forma que facilita a administração, com diversos sabores para atender à preferência do animal”, revela.

 Biscoitos com cheiro de carne para cães, xarope sabor de peixe para gatos, além de torrões de açúcar com gosto de maçã e forma de cenoura para cavalos. Essas são algumas das inúmeras possibilidades da manipulação de medicamentos veterinários. “A indústria humana tem dificuldade em produzir a quantidade exata ou oferecer o necessário para todo o tratamento do animal, o que gera desperdício. Além disso, dependendo da faixa de peso, a administração para os muito pequenos e de diferentes espécies fica restringida”, conta o especialista.

Nesses casos, o medicamento manipulado é uma excelente opção, diz ele, não só porque tem a dose certa que o animal precisa, mas também porque é uma solução quando a forma farmacêutica não é bem aceita pelo bicho de estimação. “Comprimidos e cápsulas, por exemplosão mais difíceis de serem administrados, pois não são palatáveis aos pets”, completa Fiaschetti.

As farmácias de manipulação devem seguir critérios rígidos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desde 2014. “Para preparar todo e qualquer produto para animais, é preciso ter licença de funcionamento desse órgão, que é o responsável pela fiscalização e regulamentação dos estabelecimentos que manipulam produtos veterinários. No caso de medicamentos de uso controlado, é necessário portar também Autorização Especial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária”, conclui.

 

Para cada comportamento, uma lição

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Seu cachorro é fujão? Gosta de morder as visitas? Destrói a casa toda? Faz pirraça? Ou é quietão? Especialista ensina a lidar com os diferentes comportamentos do pet

Crédito: Reprodução

O comportamento do cão depende de vários fatores — desde a raça e porte do animal, até fatores ambientais, comportamento do tutor e estímulos que recebe para que obedeça a comandos e seja sociável com humanos e outros animais.

“A personalidade do tutor influencia muito no comportamento do cão, mas em geral são questões multifatoriais. Por isso, antes de iniciar o adestramento, é fundamental identificar as causas daquele comportamento. Para isso, é preciso avaliar a rotina do animal, e o comportamento do tutor e familiares. Após essa análise, são apresentadas soluções para inibir tais hábitos indesejáveis do cão”, explica Cleber Santos, adestrador, especialista em comportamento animal e proprietário da ComportPet.

Segundo o especialista, existem alguns comportamentos que podem e devem ser corrigidos. “Os hábitos que devem ser mudados são aqueles que colocam o animal em risco, ou que prejudicam o convívio do pet com o tutor, ou com outros animais e humanos em locais públicos, por exemplo”, explica Cleber.

Ele traçou alguns perfis de cães, e listou dicas para lidar com cada um deles. “Lembrando que são recomendações gerais, mas cada caso deve ser avaliado individualmente. Por isso, é sempre indicado procurar um profissional”, alerta.

Cão Fujão

Quando você está passeando com o seu cachorro, ele tem o costume de tentar fugir para longe de você? Cleber explica que há dois motivos principais que podem levar o seu amigo de quatro patas a ter esse tipo de comportamento.

“Barulhos intensos – como de fogos de artifício, sirenes e trovão- costumam deixar o cachorro com medo e com vontade de fugir do local em que está. Se em alguma situação dessas ocorreu em sua casa e seu cão tentou fugir, saiba que isso é comum. É possível dessensibilizar o cão a alguns sons”, explica.

Já um cão que passa o dia todo amedrontado e tentando fugir, já não apresenta um comportamento normal. “Nesses casos, muitas vezes o medo constante pode ser causado por algum trauma quando o cão ainda era filhote. Isso é comum entre os cães que são adotados, e muitas vezes sofreram maus-tratos. Nesse caso, é preciso procurar um profissional para um trabalho de dessensibilização. Florais também costumam ser benéficos”, diz.

FuraCÃO

Se o seu pet é do tipo que faz uma verdadeira bagunça em casa quando você dá as costas ou o deixa sozinho em casa por algum tempo, os motivos podem ser diversos. “A destruição de móveis e objetos pode ser causada pela própria solidão, ou até mesmo pela ansiedade de separação”, comenta Cleber.

“Deixar brinquedos, ossos, petiscos para distrair o cão enquanto fica sozinho é uma boa alternativa. Espalhar roupas velhas pela casa para que ele possa sentir o cheiro do tutor, e dessa forma ficar mais calmo, é outra opção”, explica.

Caso o cão não se adapte de forma alguma a ficar sozinho, mesmo com essas medidas e com adestramento, pode ser uma alternativa investir em um day care. “Na creche, o animal terá a oportunidade de interagir com outros cães, gastar energia, e não se sentirá sozinho nem sentirá tanta falta do tutor”, sugere.

Nervosão

A agressividade é outra questão séria enfrentada por donos de pets. Segundo o especialista, há diversos motivos e graus de agressividade de um cão, e para um diagnóstico é preciso fazer um estudo do comportamento do animal.

Mas é bom os tutores saberem que, mesmo que o cão já seja adulto, o comportamento pode ser corrigido. “Muitas vezes o animal apresenta esse  comportamento por nunca ter se socializado com outros cães. Por isso, reagem com agressividade ou medo por não saberem o que fazer, pois é uma situação que os desconcerta e produz reações indesejadas”, diz Cleber.

Além da socialização, há outras formas de reabilitar o animal: adestramento, treinos de obediência e musicoterapia, técnica que utiliza a música e a cada dia vem sendo mais utilizada para acalmar os animais.

Cão Teimosão

Se o seu cachorro é filhote, ou até mesmo adulto, e ainda não aprendeu a fazer as necessidades no lugar correto, não se desespere. Com paciência e as técnicas adequadas, é possível reverter esse comportamento.

“Muitas vezes isso acontece por que os donos não ensinaram ao cão, da forma certa, qual é o lugar adequado. Um erro recorrente, por exemplo, e trocar o jornal de lugar todos os dias. Para que o animal aprenda, é preciso definir um ambiente fixo, e que não seja próximo da comida ou do local em que ele dorme Os animais não fazem as necessidades perto dos potes de água e de comida”, explica Cleber.

Uma boa técnica é utilizar atrativos para o cachorro entender que ali é o local certo para as necessidades. “Sempre que ele fizer no lugar certo, o dono pode recompensá-lo com um petisco ou carinho”, recomenda.

Outro ponto que auxilia é a rotina definida de alimentação. “O cachorro não pode comer o dia todo à vontade nessa fase de aprendizado, pois o organismo entende que é necessário ir ao “banheiro” várias vezes ao dia, e isso pode prejudicar. O filhote deve comer três vezes ao dia, e o cão adulto duas vezes”.

Cão Quietão

Outro perfil de cão que costuma preocupar os tutores é o cão que é acuado demais, com um comportamento apático e pouco entusiasmado. “É aquele cão que não brinca, não faz festa, interage muito pouco com os donos”, explica.

Se o animal nunca foi apático e passou a ser, antes de mais nada o tutor deve levar o cão ao veterinário para investigar a possibilidade de alguma doença. Caso não seja identificado nada físico, o problema pode ser comportamental.

Segundo o especialista, esse tipo de comportamento costuma ser causado por falta de estímulos, solidão e pouca interação com humanos e outros animais. “Cães que passam longas horas sozinhos em apartamentos, sem ter o estímulo físico e mental adequados, pode tornar-se apático, e até mesmo entrar em depressão”, alerta Cleber.

Nesses casos, para reverter o problema, são indicadas atividades em grupo, com outros cães, em que o animal possa interagir e ser estimulado. “Deixar o animal em um day care enquanto o tutor trabalha pode ajudar muito nesses casos, pois ele será integrado a uma matilha e poderá passar a interagir e ser mais entusiasmado através do contato com os outros animais”, indica Cleber.

“A musicoterapia também ajuda muito nesses casos. Na própria creche, o animal é integrado a brincadeiras em grupo, músicas animadas e outras atividades que podem amenizar ou solucionar o quadro de apatia”.

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Outubro rosa pet

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Cerca de 45% das cadelas e 30% das gatas desenvolvem algum tumor nas mamas, sendo que 85% dos casos apresentam caráter maligno. Descobrir a doença no início é essencial para o sucesso do tratamento

 

 

Catarina Gomide (@catarina.rgomide) entrou para a campanha! Crédito: Reprodução do Instagram

A campanha Outubro Rosa, que promove diversas ações em todo o país para incentivar a conscientização sobre o câncer de mama, perto do fim. Porém, nunca é tarde para lembrar que os cuidados preventivos merecem ser estendido para outros membros da família: os pets.

Segundo dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o câncer de mama possui uma alta incidência nos animais de estimação domésticos. Em torno de 45% das cadelas e 30% das gatas desenvolvem algum tumor, sendo que 85% dos casos apresentam caráter maligno. O médico veterinário e responsável técnico do HiperZoo, Adolfo Sasaki, comenta que o aumento da expectativa de vida, anticoncepcionais, obesidade e alimentação inadequada são alguns dos fatores que influenciam para o desenvolvimento de neoplasias. “O que assusta é que aproximadamente 17% dos diagnósticos em cadelas são realizados de maneira tardia, o que reduz as chances de efetividade do tratamento”, alerta o veterinário.

Uma das medidas recomendadas para reduzir a probabilidade de aparecimentos de tumores mamários nos pets é a castração, que deve ser efetuada ainda nos primeiros cios. Sasaki ainda destaca que, apesar de ser um procedimento cirúrgico, os riscos são baixos e menores dos envolvidos com o uso dos anticoncepcionais: “Além de predispor o pet ao câncer de mama, esses hormônios aumentam as incidências de outros tipos de tumores, como os no útero e ovário. Diabetes também é outra doença que pode surgir com o uso”.

O acompanhamento do tutor é de extrema importância para a identificação precoce de nódulos mamários, sendo que atenção deve ser redobrada em animais idosos. Para isso, basta fazer apalpação nas mamas para verificar qualquer alteração, além de observar o aparecimento de lesões. Anormalidades devem ser investigadas por exames mais completos. “O veterinário vai investigar para verificar se o tumor é maligno ou não, determinando o tipo de tratamento mais adequado. Existem casos em que não há a necessidade de retirada do nódulo ou da cadeia mamária”, analisa o veterinário.