Categoria: saúde pet
Com o frio, eles mudam o comportamento e podem ficar mais suscetíveis a doenças. Saiba como cuidar dos gatinhos no inverno
Com a entrada do inverno, o comportamento dos felinos muda., Eles ficam encolhidos e buscam se aconchegar próximo aos cantos mais quentes da casa, o que inclui o colo do seu tutor, já que podem ter a imunidade mais baixa. Confira alguns cuidados que o médico veterinário da Max Cat e Gerente Técnico Nacional da Total Alimentos, Marcello Machado, listou como os mais importantes nessa estação mais fria:
Higiene
No inverno, há maior proliferação de fungos. Por isso, lembre-se de limpar os comedouros e bebedouros dos gatos com água quente e enxugando bem, além disso aspirar tapetes e mobílias é de grande importância para não deixar aumentar as bactérias do ambiente. Nessa época de temperaturas mais baixas o banho também pode ser poupado para os felinos, e pode ser substituído por uma boa escovação, para manter os pelos bonitos e sem resquícios de sujeiras.
Água
Ofereça água, mesmo no frio, sendo em bebedouros e fontes automáticas distribuídas pela casa. Se o felino não costuma beber em temperatura muito fria e o tutor observar que a ingestão diminuiu, é aconselhável oferecer em temperatura ambiente. Outro forma de incentivar a ingestão é oferecer alimento úmido, assim como Max Cat Patê, que possui 80% de água no produto. Assim, o gato pode ter uma alimentação de qualidade, por ser um alimento 100% completo e ainda ingere a água que tanto necessita para a saúde.
Alimentação e Vacinação
Uma alimentação de qualidade é fundamental nesse período mais frio do ano, já que aliada à vacinação mantém a imunidade do gato, protegendo-o de doenças da época, como resfriados.
Se o gato tem uma dieta de qualidade, não há necessidade de suplementação com vitaminas a mais do que existem na alimentação diária, apenas em casos de alguma afecção instalada.
As vacinas que o felino deve tomar necessitam ser alinhadas junto com o médico veterinário, com base na idade e no estilo de vida do gato, se vive dentro do ambiente ou não e se possui contato com outros animais. As principais vacinas indicadas nesse período são contra calicivírus, herpervírus e parvovírus, que são agentes causadores da gripe felina e no caso do parvovírus, a panleucopenia.
Fase de vida do felino e o frio
Gatos filhotes e idosos são mais frágeis quando a temperatura abaixa. Pois a camada de gordura subcutânea é menor e os mecanismos fisiológicos do controle de temperatura são menos eficazes. No inverno, é importante deixá-los com acesso a ambientes internos, oferecendo cobertores para protegê-los das temperaturas baixas e ventos gelados.
Não é fácil dar remédios para gatos, animais desconfiados e ariscos por natureza. Veja como executar a tarefa sem ganhar (muitos) arranhões
Quem já teve de medicar um gato sabe bem o suplício que é domar essas pequenas ferinhas e terminar sem mordidas e arranhões. Gatos são desconfiados por natureza, e estão sempre com a patinha atrás, quando consideram uma atitude suspeita. Mas, segundo o veterinário da Max Cat Marcello Machado, gerente nacional da Total Alimentos, algumas estratégias podem facilitar essa tarefa.
1 – Remédio Líquidos e/ou Xaropes
Introduza o remédio com a ajuda de uma seringa própria para o felino. É importante medir a quantidade receitada pelo veterinário, pois assim você evita que ocorram intoxicações e outros acidentes com o seu gato. Pegue-o no colo, faça bastante carinho e deixe um petisco sempre à vista, assim você fará com que seu pet associe o remédio a uma recompensa positiva ao final de todo o processo. Mantenha sempre o diálogo com seu pet e, quando ele estiver tranquilo, puxe o lábio dele e apoie o bico da seringa. Pressione lentamente a seringa para que o peludo não engasgue e para que o animal ingira o líquido de forma gradativa. Evite que o felino tenha reações físicas, pois é perigoso machucar o pescoço ao tentar escapar. Outra dica é embrulhá-lo em uma coberta para que fique bem confortável e evite que você seja arranhado com as garras do gato.
2 – Medicamentos Sólidos
Dar um remédio em forma de comprimo para um gato não é tão amistoso como acontece com um cão, pois os felinos são mais ariscos. Uma dica é misturar o comprimido em algum alimento que o gato goste muito, por exemplo um petisco mais macio ou um patê. Dê um pedaço sem o remédio, depois ofereça o pedaço com o comprimido escondido e por último dê outro sem nada. Espere e certifique-se de que o pet engoliu tudo. Outra forma é pegá-lo de costas para você, colocá-lo entre suas pernas, segurar a cabeça e colocar o medicamento bem mais do que a metade da língua – segure a boca para que ele engula. Essa é uma maneira interessante e que evita que o felino fique exaltado e machuque você sem querer, pois quando o gato não encara o tutor é menos provável que ele fique estabanado e/ou agressivo. Para facilitar mais ainda, no mercado existem os aplicadores de comprimidos, eles introduzem o remédio diretamente na garganta sem que o pet sinta o gosto da medicamentação.
3 – Remédios Pastosos
Os remédios em pasta têm sido os mais indicados para os felinos, sendo também a forma mais tranquila de fornecer a medicação para o peludo. A pasta pode ser passada nas patinhas, pois instintivamente, o gato tende a lamber. Outro ponto bem estratégico é no focinho. Nesses casos, a única preocupação é verificar se o pet lambeu toda a pasta e não deixar que a medicação caia sem antes ele ter lambido completamente.
Os pets também pegam gripe, um problema que cresce no outono e no inverno. É importante imunizá-los para prevenir as doenças do trato respiratório
Principalmente no outono e inverno, cresce a incidência de problemas respiratórios. Por isso, é importante estar em dia com a vacina da gripe. “Há duas formas de vacina para os cães: a intranasal, que pinga uma gotinha no nariz do pet; e a injetável, aplicada embaixo da pele. Ambas têm a mesma eficácia”, afirma a veterinária Gabriela Bianchi, da Petz. Nos gatos, a proteção é feita com a vacina v4, que previne também contra panleucopenia, calicivirose e clamidiose.
Secreção nasal e ocular, espirros, tosse, prostração, diminuição de apetite e até febre são os principais sinais. “Mas a gripe pode se agravar e fazer com que o pet desenvolva pneumonia e dificuldade respiratória”, explica Gabriela.
Para evitar o transtorno, a veterinária orienta que os pets devem ser vacinados ainda filhotes, a partir de três semanas no caso dos cães, e oito semanas no caso dos gatos. Nos mais velhos, o reforço deve ser feito anualmente. Por não terem ainda o sistema imunológico desenvolvido, os pequenos são mais vulneráveis a infecções virais e bacterianas.
O mesmo acontece com os idosos, que, em muitos casos, já têm outras doenças associadas e são mais debilitados. Vale lembrar que tanto filhotes quanto idosos (a partir de 7 anos) fazem parte do grupo de pets mais suscetíveis à gripe.
Nos cães
A gripe canina, também chamada de tosse dos canis ou traqueobronquite infecciosa canina, é transmitida por meio de vírus pelo ar, secreções respiratórias, contato direito com o cão infectado e objetos contaminados. Ela pode ser causada pelo vírus da Parainfluenza, pela bactéria Bordetella bronchiseptica ou ainda pela combinação dos dois tipos de agentes – e não é transmitida para os seres humanos ou outras espécies.
Nos felinos
A rinotraqueíte felina é transmitida entre os próprios gatos. Uma das complicações da doença é que, como a mucosa da boca se enche de aftas (lesões ulcerativas), o pet pode parar de comer e beber por causa da dor, debilitando seu organismo. O tratamento inclui antibióticos e terapia de suporte, como hidratação durante internação e nutrição complementar.
Dicas de prevenção
Os pets devem ser protegidos do frio, em áreas cobertas. É importante que tenham à disposição casinhas, cobertores, mantas e até as tradicionais roupinhas. Quem dá banho nos cães e gatos em casa deve tomar cuidado com a friagem e, de acordo com a veterinária, o ideal seria realizar o processo no pet shop – onde tanto a pele como a pelagem do pet são secas de forma adequada.
Além da imunização contra gripe, também é fundamental estar em dia com outras vacinas, como a antirrábica, V8 ou V10 (polivalente), contra giárdia e leptospirose.
Método usado muitas vezes com sucesso pelos humanos, a homeopatia é uma saída natural e menos agressiva para tratar ou prevenir patologias dos pets
Por Marília Padovan*
Ter um pet em casa nem sempre é só alegria. Os bichinhos muitas vezes adoecem e precisam de cuidados. E quando os métodos tradicionais já não são a melhor saída? Uma opção para tratar patologias desenvolvidas por animais de estimação é a homeopatia.
Criada há cerca de 260 anos, a homeopatia tem sido introduzida aos poucos na vida dos animais. A médica veterinária especialista em terapias holísticas Camila Mesquita Garcia explica que o método trabalha não só os sintomas e a doença, mas o pet como um todo — corpo, mente e energia. A terapia funciona por meio da similaridade dos sintomas, ou seja, o veterinário analisa os sintomas que o bicho apresenta e escolhe os medicamentos naturais que mais se encaixam no caso para atacar a doença. “Trabalhamos o campo energético das células e, consequentemente, a imunidade”, comenta.
A família de Kiara foi pega de surpresa após a castração da cadelinha. Por causa de uma complicação não identificada, Kiara desenvolveu um problema na bexiga que a impedia de fazer xixi. A bancária Raquel Moura logo optou pelo tratamento natural, por ser livre de conservantes. “O resultado foi ótimo. Se ela não tivesse feito direitinho, talvez tivesse que passar por medicação alopática e até mesmo cirurgia, o que eu queria evitar”, comemora a tutora. Além da homeopatia, usada regularmente, a cadelinha passou pelo reiki — outro tipo de terapia holística que funciona tanto para pets, quanto para humanos.
Após cinco sessões, Kiara voltou a urinar. A homeopatia ainda continuou presente por algum tempo para ter certeza de que o problema e as dores não voltariam, mas, hoje, a mascote vive normalmente. “É legal as pessoas terem noção de que os tratamentos chamados alternativos funcionam tanto quanto os tradicionais”, acredita Raquel. Para ela, essa é a melhor opção, já que, muitas vezes, quando se trata um problema com medicação normal, outros problemas começam a surgir devido às consequências e às contraindicações.
A homeopatia pode tratar tanto doenças crônicas, como ansiedade, estresse e depressão, quanto patologias físicas. O mais interessante é que o método não precisa ser introduzido na vida do pet somente se ele estiver passando por algum problema ou doença — pode ser usado também por prevenção. “A homeopatia serve para dar equilíbrio ao organismo”, explica a veterinária Camila. Para evitar qualquer tipo de efeito colateral, o ideal é entender a vida do pet desde o início até o momento que começou a se manifestar o problema. Como eles não conseguem falar, é importante ter esse cuidado para descobrir a melhor forma de tratá-los.
Bons resultados
A servidora pública Maria Cesarina Santinelli tem em casa o cãozinho Oliver e o gatinho Ariel. Há pouco tempo, Ariel sofreu um acidente grave — despencou do quinto andar e sofreu múltiplas fraturas. Foi necessário passar por uma cirurgia para corrigir os ossos e colocar pinos. Além disso, o gatinho ficou um bom tempo internado e sofrendo com as dores. “Para que melhorasse logo, a veterinária indicou alguns tratamentos naturais, e a homeopatia foi um deles. Não sabia que a técnica também servia para animais e foi uma surpresa que deu supercerto.”
Todo dia, o gatinho tomava mais de uma dose de homeopatia e, com o passar do tempo, as dores foram passando. Um mês depois, com a ajuda do reiki, Ariel estava totalmente recuperado e livre dos traumas. “Antes, eu estava muito desanimada, porque ele sofria demais. Hoje, ele é praticamente outro bichinho”, comenta Maria Cesarina.
O caso de Oliver é um pouco mais simples, mas não menos sofrido. O cão sofre de problemas no intestino e sempre passava por reações alérgicas. A consequência eram as constantes crises de vômitos e diarreia que pareciam não ter solução. “Eu o levava sempre ao pronto-socorro, pagava por exames caríssimos e nada de ele melhorar.” Quando Oliver começou o tratamento com homeopatia, a melhora foi enorme, pois o cãozinho quase não sofre mais crises — algo que antes era praticamente impossível. Hoje, os dois pets de Maria Cesarina vivem de forma mais tranquila, devido ao uso da terapia holística.
A homeopatia existe em duas formas — líquida ou em glóbulos. As duas são eficientes e se encaixam em diferentes casos. Também não há restrições. Qualquer bichinho pode passar pelo tratamento com homeopatia e praticamente em todas as patologias há resultado positivo com o método. A médica veterinária especialista em homeopatia Tatiana Padilha Garrido explica que os benefícios são inúmeros: “Em muitos casos, conseguimos melhorar consideravelmente a qualidade de vida do animal, coisa que o medicamento alopático nem sempre consegue fazer tão bem.” Isso acontece uma vez que os rins e o fígado são facilmente afetados por medicamentos fortes, como os ingeridos normalmente.
As melhorias que a homeopatia proporciona tendem a ser mais duradouras e com menos chances de efeitos colaterais. “Hoje em dia, a gente vê resultado principalmente em animais atópicos, de difícil solução. Os problemas de pele costumam ser persistentes e sempre voltam, mas a homeopatia mostra que pode ser diferente”, comenta Tatiana.
Outros tratamentos holísticos
Reiki: suave e não invasivo, o método não requer contato físico. Por meio das mãos, ele faz uso de energia canalizada para curar ou diminuir os sintomas de algum problema crônico ou físico. A energia é manipulada por todo o corpo por meio dos centros e das vias de energia de cada um.
Florais: são essências de flores específicas usados como uma forma de tratamento para diversos problemas emocionais, baseado sobretudo na busca pelo equilíbrio e neutralização da energia. Eles ajudam pessoas e animais a liberarem traumas que passaram em suas vidas e, assim, reduzirem as ações e os pensamentos negativas que ocorrem na vida de cada um. O foco é na personalidade do paciente, e não na doença em si.
Cromoterapia: basicamente, o método faz uso da energia das cores para a harmonização e o equilíbrio do indivíduo. Ela restaura e regenera o equilíbrio bioenergético dos campos eletromagnéticos por meio do uso das cores do espectro solar. As cores geram impulsos elétricos e correntes magnéticas ou campos de energia, principais responsáveis pela ativação dos processos bioquímicos e hormonais no corpo que equilibram todo o sistema e seus órgãos.
* Estagiária da Revista do Correio, sob supervisão de Sibele Negromonte
Obesidade em cães e gatos está se tornando um problema comum. Tutores devem acompanhar o peso dos pets, principalmente no caso de raças já propensas, para evitar o desenvolvimento de doenças associadas ao excesso de peso
Eles estão cada vez mais rechonchudos. Assim como humanos, nas últimas décadas, os pets vêm ganhando centímetros na cinturinha, um problema que pode acarretar diversas doenças. O blog conversou com o veterinário Rangel Barcelos, da DrogaVET Brasília, que esclarece dúvidas a respeito da obesidade em cães e gatos.
Por que estamos vendo tantos cães e gatos obesos hoje em dia?
Ultimamente, a obesidade em animais de companhia, como cães e gatos, tem sido um dos problemas mais comuns nos consultórios veterinários e em decorrência da obesidade vários outros problemas podem acontecer. Os motivos para o desenvolvimento deste quadro são vários, como, por exemplo, a predisposição genética de algumas raças; dieta errada; redução do metabolismo; o uso de medicações que podem contribuir com o ganho de peso; assim como algumas doenças como a hiperadrenocorticismo (Síndrome de Cushing), que afeta o sistema endócrino dos cães e contribui para o aumento de peso; e a longevidade dos animais que aumentou mas que devido à idade avançada a prática atividade física diminui.
Quais as raças mais propensas?
Existem algumas raças que possuem mais propensão ao ganho de peso em detrimento de outras. Labradores, Daschshunds, beagle, basset e pug são algumas destas raças que tem maior propensão ao ganho de peso naturalmente.
Com a idade, eles tendem a engordar?
Com a idade fatalmente existe a tendência a engordar. Seja pelo sedentarismo devido a algum problema de saúde que impeça o animal de se movimentar como antes – problemas nas articulações, por exemplo –, seja pelas necessidades energéticas que diminuem e a ingestão de calorias não acompanha este decréscimo. Uma consulta com veterinário pode indicar a melhor maneira de lidar com isto, adequando ração e a quantidade que deve ser ingerida de acordo com a idade e doenças de cada pet.
A castração também favorece o ganho de peso?
Com a castração isto pode acontecer, sim. Uma vez que a diminuição da concentração dos hormônios sexuais, o metabolismo desacelerado e a redução de atividade física podem acarretar na obesidade. Mas como falamos acima, com o acompanhamento de um bom veterinário é possível identificar o problema, assim o proprietário pode obter o tratamento correto para o seu pet. Seja sugerindo a melhor ração, mexendo na quantidade e até também sugerindo mais exercícios físicos.
Quais as principais doenças que podem surgir com a obesidade?
As principais doenças são: diabetes, que pode levar a problemas de catarata e de trato urinário; a Síndrome de Cushing (hiperadrenocorticismo), que pode acarretar em problemas de pele, em redução de massa muscular e na hipertensão; doenças nas articulações que dificultam a movimentação do animal também agravam o quadro de obesidade. Algumas neoplasias (tumores) e até patologias cardiorrespiratórias podem ser diagnosticadas nestes animais.
Como evitar e como tratar os animais obesos?
Começando com uma alimentação de qualidade e nas quantidades proporcionais as necessidades de cada animal, indicada por um médico veterinário, é a melhor forma de evitar e começar a tratar a obesidade. As consultas regulares e check ups, principalmente em raças predispostas a obesidade e outras doenças, ajudam a obter um diagnóstico a tempo de curar essas patologias. Evitar o sedentarismo, mesmo nos dias corridos de hoje, caminhando com o pet e estimulando-o a fazer atividades físicas. Impedir que animal fique estressado ou muito sozinho, pois em alguns casos esses fatores podem servir de gatilho para o desenvolvimento da obesidade.
Aproveite e assista as dicas do DogTuber, da DrogaVET, sobre esse tema:
Cães e gatos também podem ter problemas oftalmológicos. Tratamento rápido é essencial, para evitar cegueira
Assim como os humanos, os pets podem desenvolver problemas relacionados à visão. Como não é possível verificar a acuidade visual dos animais, os testes se baseiam em avaliar se eles possuem visão de movimento e luminosidade. Além disso, durante o exame clínico o veterinário especialista verifica problemas na retina, lente e córnea que podem levar à cegueira. Conforme a oftalmologista veterinária Juliana Fischer, do Hospital Veterinário Amizade, em Jaraguá do Sul, fatores externos e também defeitos anatômicos podem provocar diversas doenças.
Por isso, é preciso estar atento aos sinais. “Os olhos não esperam. De um dia para o outro o quadro pode se tornar irreversível”, enfatiza. Entre os problemas mais comuns nos cachorros, estão as úlceras de córnea, o chamado “olho seco” e alterações nas pálpebras que levam a problemas de córnea. Algumas raças, como as braquicefálicas, e outras como Chow Chow, Fila e Shar Pei, são mais propensas a doenças oculares.
A maltês Charlotte, 1 ano e 7 meses, já apresentou problemas oftalmológicos nos dois olhinhos, por causas distintas. “Na primeira vez, ela teve uma úlcera no olho direito. Ela usou um xampu especial para a pele, passou a pata no olho e acabou ferindo. O olho inchou e não abriu mais”, conta a tutora, Renata Rezende. Charlotte foi medicada na emergência veterinária e, depois, encaminhada a um oftalmologista. “Se não tivesse corrigido a tempo, teria ficado cega”, diz Renata. Na segunda vez, a maltês friccionou o olho esquerdo na caminha. O tratamento foi igual: colírio antibacteriano humano, receitado pelo especialista.
Os gatos também estão suscetíveis a problemas nos olhos. No universo dos felinos, é comum que doenças infecciosas, como a rinotraqueíte, cause problemas. Nesta lista, estão as conjuntivites e até as úlceras de córnea. Quando não tratados adequadamente, elas podem levar à cegueira. Naqueles animais que têm FIV e Felv, há, ainda, chances de ocorrerem inflamações dentro dos olhos. “Elas são chamadas de uveítes e podem até alterar a cor da íris e provocar sangramentos intraoculares”, destaca a veterinária.
A especialista também explica que coelhos e aves são, igualmente, vítimas de problemas nos olhos. “Eles podem desenvolver cataratas, o que é comum em canários, e clamidiose, rotineira nas calopsitas, por exemplo”, complementa. Vale ressaltar que todas as espécies podem ser vítimas de tumores oculares.
Saiba mais
– Cães da raça Pug são muito propensos à doença do olho seco. Quase que 100% deles desenvolvem o problema, que começa a dar sinais por volta dos dois anos de idade.
– Em geral, cachorros da raça Shih-tzu possuem alguma alteração de pálpebra.
– Uma grande porcentagem dos cães desenvolve catarata na velhice. Raças como Poodle e Cocker são mais predispostas ao problema.
– De 20 a 30% dos cachorros que se submeteram a tratamento cirúrgico de catarata podem ter complicações, como uveíte e glaucoma.
– É comum em cães braquicefálicos que traumas causem a protrusão do bulbo ocular, ou seja, o olho salta para fora da órbita. Nesses casos, o auxílio veterinário deve ser imediato.
– Os coelhos possuem olhos bastante sensíveis e exigem atenção redobrada.
– A conjuntivite em calopsitas pode ser transmitida para os seres humanos.
– Nos hamsters, todo cuidado com os olhos é pouco. Dependendo de como o tutor os segura nas mãos, os olhos podem saltar.
– Doenças nos olhos podem levar à morte nos casos de infecções intraoculares não tratadas adequadamente.
– Úlceras de córnea geram muita dor e as alterações são facilmente percebidas por um tutor atento.
– Cães e gatos dependem menos da visão do que os humanos. Mesmo com déficit visual, eles podem ter uma vida normal.
Hora do banho costuma gerar estresse para os animais. Pet shops investem em alternativas, como fim das gaiolas e higenização self-service, em que o próprio tutor faz a limpeza do amigão, usando os equipamentos da loja
Da Revista Encontro Brasília
A hora do banho não costuma ser uma das favoritas do melhor amigo. Por diversos motivos, como medo do barulho do secador, da água descendo pelo encanamento, ou devido a algum trauma sofrido na hora da higiene semanal, muitos fincam as patinhas no chão e se tremem ao verem que estão chegando à pet shop. Desde o fim do ano passado, uma lei distrital obriga esses estabelecimentos a instalarem câmeras na área do banho e tosa, o que garante tranquilidade aos tutores. Porém, para os cachorros, o fato de serem filmados não muda em nada o descontentamento com a experiência.
Para tornar esse momento mais agradável e menos estressante, pet shops do DF estão investindo em práticas inovadoras que, além de reduzirem o nível de estresse dos animais, ajudam a fortalecer o vínculo do tutor com seus amigões. Na Pet Sudoeste, por exemplo, não há gaiolas. Ao chegarem para o banho, os cachorros ficam soltos, brincando com os frequentadores do day care – a loja também funciona como creche.
Depois da higiene, de lacinho ou gravatinha, eles voltam para a área de convivência, onde aguardam, livres, a chegada dos tutores. “Também disponibilizamos login e senha para quem quiser acompanhar o banho em tempo real. É só baixar um aplicativo e colocar essas informações para visualizar as imagens em alta resolução geradas pela câmera”, conta a proprietária, Fabiana Lima.
Por causa do ambiente sem grades, Amélie, de 2 anos, só toma banho na pet shop de Fabiana, que também é um day care canino. “O fato de não ter grade foi o principal atrativo para mim, tanto para a creche quanto para o banho”, diz a jornalista Ana Carla Mourão, de 34 anos, tutora da cachorrinha sem raça definida (SRD), adotada em um abrigo aos 7 meses. “Quando deixei a Amélie para tomar banho pela primeira vez, em uma pet shop perto da minha casa, avisei que ela não estava acostumada porque é resgatada e nunca tinha tomado banho em loja. Ela ficava com medo, acuada.”
A experiência, segundo ela, não foi das melhores para Amélie: “Ela ficou com um machucadinho da tosa e não falaram comigo. Não gostei. Eu disse a eles que ela tentaria sair. Eu não queria deixá-la na grade, além do estresse, porque ela ficou muito tempo em gaiola quando era do abrigo e eu não queria que ela se lembrasse disso”, conta Ana Clara. Para o desgosto da tutora de Amélie, embora tivesse agendado o horário do banho, a cachorrinha ficou duas horas presa na gaiolinha antes de tomar banho: “A gaiola piora o estresse. Oitenta por cento dos animais não parecem fãs de banho, e ainda têm de ficar horas dentro de uma grade? Imagina você ficar trancada duas horas numa gaiola, sem poder se mexer?”
Depois da experiência, a jornalista descobriu que existia uma loja onde Amélie poderia ficar solta. “Achei maravilhoso, até porque eles interagem. Acho que a experiência do banho deixa de ser aquela coisa terrível para o cão. A Amélie não vê mais o banho como uma coisa ruim. Ela sabe que vai brincar antes e, depois do banho, vai voltar para os amiguinhos para brincar”, comemora.
Algumas pessoas preferem dar o banho, elas mesmas, nos cãezinhos, mas não têm estrutura física em casa para isso. Pensando nessa clientela, a AuAu Petshop, no Lago Norte, criou um serviço self-service, no qual o cliente utiliza todos os equipamentos e produtos, mas pode, ele mesmo, lavar o animal. “A ideia surgiu ao percebermos que atualmente muitas pessoas gostam de dar o banho no seu pet, por vários motivos, como economia, para passar mais tempo com o animal, por segurança, entre outros”, diz o empresário Ivan do Espírito Santo.
Ele explica que sempre há um profissional da área por perto para auxiliar o tutor, o que garante que o serviço saia perfeito. A autônoma Alessandra de Castro Diniz, de 38 anos, aprovou a novidade. Tutora de Maguila, um SRD de 2 anos, ela diz que, como mora em apartamento, acha que o banho em casa pode acabar em bagunça: “Tem de colocar no box, entope o ralo e ainda sai molhando o sofá.” Mas, ao mesmo tempo, ela acha que a hora da higiene do cãozinho é um bom momento para interação: “Ele adora quando sou eu que dou o banho, fica muito tranquilo. Como tenho um horário de trabalho mais flexível, fica bom ir à pet shop e dar o banho nele.”
Alessandra conta que, ao chegar, as funcionárias da loja já preparam o xampu na quantidade certa e separam a toalha limpinha. E ainda ficam do lado dela, no caso de a autônoma precisar de alguma orientação. “Com essa crise hídrica, acho que vale mais a pena ainda. Em casa, a gente acaba gastando mais água do que deve”, afirma Alessandra.
Dicas para quem quer deixar o amigão limpinho
– Durante o banho, o cão sempre tem de usar guia de contenção
– Muito cuidado com secador nos olhos, pois há risco de queimá-los
– Não utilize algodão nas orelhinhas, pois eles não protegem de otite. O algodão molhado é que pode prejudicar o ouvido. O ideal é tampar o ouvido do animal na hora de lavar a região. Se insistir no uso de algodão, dê preferência ao hidrófobo, que é impermeável
– Mesmo os perfumes apropriados para pets podem desencadear alergias. Cuidado com os respingos nos olhinhos
– Utilize sempre produtos destinados às pets, que são formulados com todos os critérios exigidos para a maior segurança deles
Principalmente à noite, os termômetros começam a baixar. Saiba como proteger os pets do frio e prevenir doenças comuns nessa época do ano
Os termômetros começam a baixar nas noites de Brasília. Assim como os humanos, no outono e no inverno, os pets ficam mais vulneráveis e propensos a adquirirem algumas doenças. Problemas respiratórios são os mais comuns, mas os os amigos mais idosos com problemas de hérnia de disco ou artrose também sofrem com dores nessas épocas de baixa temperatura.
A veterinária Marina Bueno dá algumas dicas sobre como cuidar dos animais de estimação nessa época do ano, e salienta que é importante procurar imediatamente ajuda de um profissional ao perceber quaisquer alterações na saúde dos cães e gatos. “Temos um aumento na incidência de algumas doenças como a traqueobronquite canina, rinotraqueíte viral felina e problemas osteoarticulares, principalmente nos animais idosos. Devemos prevenir e ficar atentos às mudanças de comportamento do animal”, ressalta a profissional, que lista mais algumas dicas:
- É importante manter a vacinação do pet em dia e, se possível, garantir também a vacina contra gripe;
- Os banhos devem ser feitos logo pela manhã e é importante aguardar, pelo menos, uma hora antes de sair com ele para evitar o choque térmico;
- Roupinhas são bem-vindas, principalmente em animais de pelo curto. Já para os que possuem pelos longos, é importante escová-los diariamente para evitar os nós;
- Não deixe de passear com os pets, mas dê preferência em dias mais quentes e não chuvosos;
- Fisioterapia e acupuntura são ótimas opções para o controle de dor;
- Ofereça abrigo coberto e quente para os animais que ficam na parte externa da residência e abuse de caminhas, tapetes e mantas também para os que convivem na parte interna;
- Nos meses frios, é comum que os pets comam menos e durmam mais, mas é bom ficar atento se o animal está se alimentando bem, principalmente os filhotes e idosos.
Fonte: Animal Place
Hábito de comer cocô, chamado de coprofagia, pode ter várias causas. A mais comum é comportamental: o cão associa o cocô às broncas do tutor e come para escondê-lo
A carinha de fofa de Nany, 9 meses, esconde um hábito bastante desagradável e comum. Desde filhotinha, ela come o próprio cocô. A dentista Nayany Priscilla Feitosa Ramos já não sabe mais o que fazer. “Logo quando ela chegou lá em casa, o veterinário falou que poderia ser porque a mãe deles limpava o ambiente, comia o cocô dela e o deles, e eles aprendiam. Mas o outro irmãozinho dela, o Thor, parou de comer quando começou a comer ração”, diz.
Priscilla conta que Nany sempre comeu muito rápido e, assim que fazia cocô, já virava e se deliciava. “Tentei várias coisas, o veterinário falou para colocar um remédio que deixa o gosto ruim no cocô, mas não adiantou. Parece até que ela está comendo mais”, lamenta. A dentista conta que, atualmente, Nany não devora o cocô logo depois das necessidades; por isso, ela tem tempo de retirar a sujeira antes que vire o “lanchinho” da cadela. “Mas se deixar e ela vir, ela pega, brinca, espalha pela sala e, quando vejo, já está mastigando. Não sei o que é”, diz. No começo, Priscilla dava bronca, mas já até desistiu porque a cachorrinha não se impressiona mais e come mesmo assim.
A veterinária Erika Almeida, da Pookie Pet, explica que vários fatores podem explicar a coprofagia. “Quando o cachorro é bem filhotinho, a mãe tem esse hábito de limpar todos os excrementos dele, aí pode vir por imitação. Em outros casos, pode ser relacionado à absorção de nutriente, e eles acabam tendo o hábito por desordem alimentar. Outra coisa que acontece bastante, e vejo muito no consultório, é o hábito de imitar o dono quando ele vai recolher o cocô”, conta.
Segundo a veterinária, muitos tutores brigam com o filhote quando ele faz cocô no lugar errado. “Ele não entende que o motivo é esse, e acha que a culpa é do cocô. Então, toda vez, para não tomar bronca, ele come o cocô, para esconder”, diz. Também pode acontecer de o animal comer mesmo sem bronca, só para imitar o tutor, porque o vê recolhendo as fezes.
“A primeira coisa que o proprietário deve fazer é levar o cachorro no veterinário para descartar deficiência nutricional. Se isso for descartado, tem a parte do adestramento e alguns medicamentos, que deixam o cocô com gosto ruim, para ele assimilar que o cocô é algo ruim. O adestramento também ajuda bastante”, explica.
Segundo Erika Almeida, também é muito importante saber que a coprofagia pode acontecer em cachorros de qualquer raça e em SRD. Além disso, o cão pode acabar comendo cocô de outros animais, inclusive de outras espécies. “Tinha uma cliente que a cachorrinha dela comeu até de cavalo”, relata. “Tem muito cachorro que não tem o hábito de comer as próprias fezes e as de outros cães, mas tem interesse no cocô do gato. Isso acontece porque a alimentação do gato é diferente, tem um palatabilizante melhor, por isso ele fica atraído pelo cocô. O mesmo pode acontecer em relação às fezes humanas”, afirma a veterinária.
Animais também precisam de acompanhamento durante a gestação. O que parece ser luxo é, na verdade, uma necessidade para garantir a saúde da mãe e dos filhotes antes, durante e após o parto, período que dura de 58 a 63 dias
A gestação da pug Mel, 2 anos e meio, não foi planejada. Mas um descuido da família, que pensou que o cio já tinha acabado, resultou na gestação de cinco bebês. Até as duas últimas semanas, tudo correu bem. Mas, como ela já tinha sobrepeso, o quadro evoluiu para obesidade gestacional no fim da gravidez. Mel estava pesando 14kg. “Junto a isso, vem uma série de problemas, como a falta de ar”, conta a tutora da pug, Milena Gomes Borges. “Uma semana antes, a Mel já não aguentava mais. Passei noites e noites acordada abanando ela, pelo fato de ela ter fobia de ar condicionado e de não gostar de ventilador”, relata.
Os filhotes nasceram dois dias antes do previsto e chegaram de cesária, no dia do aniversário da pug. Todos lindos e saudáveis. “A minha dificuldade maior foi que a Mel não aceitou seus filhotes. Cuidei deles por 40 dias. Nos 15 primeiros, fiz cabana, comprei luz amarela (por esquentar mais), tentando simular o papel dela de Mãe. Ouvi da veterinária: ‘Você pode por 10 cobertores em cima deles, mas nada vai esquentar, tem ser a mãe deles pra aquecer o nariz.’ A primeira semana foi um medo danado de eles não resistirem. Mas deu tudo certo e hoje estão lindos”, comemora Milena.
Assim como humanas, as cadelinhas prenhe também precisam de cuidados na gestação. O acompanhamento da gravidez, do parto e do pós-parto vão garantir a saúde da mamãe e dos filhotes, mesmo quando há imprevistos, como foi no caso de Mel, que fez todo o pré-natal, com três ultrassonografias, além de hemograma completo antes e depois do parto.
“O exame mais precoce para detecção de prenhes é a ultrassonografia abdominal, que pode ser realizada a partir do 21º dia de gestação. Para avaliação da viabilidade fetal, recomenda-se repetição do exame em torno do 45º dia”, explica a a médica veterinária do Hospital Veterinário da Anhanguera de São Paulo, Ana Paula Lopes de Moraes Oliveira. “O exame ultrassonográfico, em qualquer fase gestacional, é útil para determinação da idade gestacional aproximada e, portanto, estimativa da data provável do parto. Essa determinação é feita por meio de medidas fetais e aparecimento de alguns órgãos, como os rins e alças intestinais”, ensina.
Planejamento da gestação
Segundo a médica veterinária da Anhanguera, a partir do terceiro cio a cadela, já estará apta a ficar prenha. “Não se recomenda cruzar cadelas com idade avançada, a partir de 6 anos ou que tenham qualquer alteração em glândula mamária”, recomenda.
Sintomas
Durante a gestação, as cadelas apresentam sintomas como aumento de volume abdominal, aumento das mamas e cansaço.
Cuidados
De acordo com Ana Paula, a cadela deve seguir com a rotina mais próxima do normal possível, para que não haja interferência no momento do parto e ela se sinta segura e confortável. “A alimentação deve ser substituída por uma ração para filhotes ou super premium, a vermifugação da cadela e dos filhotes tem indicação de ser feita, sob orientação do medico veterinário. Deve se evitar que ela suba em lugares altos, como em cima da cama ou de sofás. Além disso, não é necessário suplementação de cálcio”, orienta.
Exames adicionais
Para contagem do número de fetos, recomenda-se o exame radiográfico abdominal, que pode ser realizado a partir do 45º dia. “Mas a recomendação é que seja feito mais perto da data do parto (em torno do 55º dia) para melhor avaliação do tamanho fetal”, diz.
O exame ultrassonográfico próximo a data do parto, pode verificar a presença de órgãos que são formados em fase final de gestação, como os rins e o movimento de alças intestinais. “Além disso, o número de batimentos cardíacos do feto é um importante dado para reconhecer um possível sofrimento fetal e então indicar que os filhotes devem nascer dentro das próximas horas”, comenta.
Parto
“A cadela, em torno de 24 horas do momento do parto, irá expelir uma secreção esverdeada pela vulva e também terá redução de sua temperatura corpórea em até um grau. Irá procurar um local que ela julgue seguro para iniciar o trabalho de parto, o hábito de fazer ninho”, explica.
Para a médica veterinária, qualquer intervenção que deva ser realizada durante o parto, só pode ser feita por um médico veterinário. “Não é preciso tracionar o filhote e nem mexer na cadela enquanto ela está em trabalho de parto. Na maioria das vezes, a cadela não precisa de auxílio e é capaz de realizar tudo sozinha, porém em caso de necessidade de intervenção, recomenda-se solicitar acompanhamento de médico veterinário, ou então levá-la ao hospital veterinário”, orienta.
Pós-parto
Após o parto, a especialista recomenda ficar atento se todos os filhotes estão conseguindo mamar e se a cadela está se alimentando. “Evita-se mexer nos filhotes, e não se deve dar banho na cadela após o parto, evitando, assim, que os filhotes percam o reconhecimento materno”, finaliza.
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Bronca do leitor
Os animais de estimação fazem parte da família, e os empresários de todos os ramos, inclusive da gastronomia, não ignoram mais essa realidade. Em Brasília, pouco a pouco vão surgindo estabelecimentos pet friendly, destacados todas as semanas pelo blog. Para fazer a avaliação, o nosso blogueiro Bento vai aos locais e observamos como ele é tratado, e se há elementos como potes de água e petiscos para agradá-los.
Um dos estabelecimentos que adotou a postura pet friendly é o tradicional Belini Pães e Gastronomia, na 113 Sul. Contudo, um grupo de leitoras foi lá no domingo e se decepcionou. A nutricionista Liliana Martins Affonso de Mello foi ao restaurante com as amigas, todas elas com os cães. Ficaram na área reservada para os animais. “Acho que, por esse motivo (estar com cachorros), não nos atendiam, nem iam até a mesa perguntar o que queríamos! Um absurdo! Será que por que estávamos com nossos cães!? Considerei discriminação e descaso total. Tive que ir chamar as garçonetes por três vezes seguidas lá dentro do ambiente, pois estávamos na área externa”, relatou. “Além de ter que ir chamar, parecia que tínhamos que implorar para sermos atendidas, faltamos ajoelhar, parecia até um favor, e por esse motivo não queremos nunca mais ir nesse local!”, continuou.
O blog entrou em contato com a Belini, que enviou a seguinte resposta, assinada por Luiz Guilherme Carvalho, diretor-executivo do estabelecimento:
” Agradecemos à cliente Liliana Affonso e ao blog Mais Bichos pela oportunidade de manifestarmos nossas desculpas pelo dia infortúnio que tivemos no atendimento da nossa área externa. A Belini sempre buscou pioneirismo em suas ações de maneira genuína e temos um carinho pelos pets. Como membros da família precisam e devem estar inseridos dentro da sociedade, assim como qualquer cliente. Nosso espaço pet fica no jardim com uma área livre, o que permite deixá-los soltos ou presos em um aparato de aço inox, com uma vasilha de água à disposição. Ainda pretendemos desenvolver algumas opções a mais e estamos abertos às sugestões da comunidade pet friendly. Reforçamos a simpatia da cliente Liliana, que tão bem atendeu a ligação do responsável pela empresa, Luiz Guilherme Carvalho, e pela compreensão da situação. A casa já está organizando junto com a cliente, suas amigas e seus “filhos de 4 patas” uma nova visita para refazerem a experiência.”