Autor: Paloma Oliveto
Os corgis da rainha Elizabeth II foram os servos mais leais da monarquia, proporcionando à rainha companhia doméstica por quase um século, até sua morte, aos 96 anos, no dia 8 de setembro.
A rainha e seus corgis são tão parte da memória britânica quanto chá e bolo. A família real tornou popular a pequena raça de pernas curtas originária do País de Gales que passou um tempo ameaçada.
Os pequenos cães cor de areia com orelhas pontudas eram uma presença permanente na corte de Elizabeth II, seguindo-a por todos os cômodos do Palácio de Buckingham, além de aparecer em fotos e retratos oficiais.
Eles ainda ganharam um papel no vídeo que a rainha estrelou ao lado do ator Daniel Craig, interpretando James Bond, para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres 2012.
A rainha parou de criar corgis quando completou 90 anos para não deixá-los órfãos após sua morte. A morte em 2018 de Willow, o último de seus corgis, encerrou a dinastia.
Mas em fevereiro de 2021, seu filho Andrew deu a ela dois pequenos dorgis – uma mistura de dachshund e corgi -, Muick e Fergus, para animá-la durante a internação de seu marido, o príncipe Philip, que morreu pouco depois, em 9 de abril.
Elizabeth II encontrou conforto caminhando com eles pelos terrenos do Castelo de Windsor, mas Fergus morreu inesperadamente em maio daquele ano.
A rainha amava tanto seus corgis que supervisionava pessoalmente sua dieta diária, de acordo com o livro de Brian Hoey “Pets by Royal Appointment”, que traça os animais de estimação da realeza britânica desde o século 16.
Um funcionário preparava o jantar dos cães, composto por um bife e um peito de frango, que era servido todos os dias às 17h em ponto. A própria rainha chegou a servir o banquete.
Em seu livro, Hoey sugere que a monarca preferia a companhia de animais à de humanos. A realeza “desconfia de quase todos fora de sua própria família, então as únicas criaturas em que realmente confiam não são da espécie humana”, disse ele.
Mas nem todos no Palácio de Buckingham tinham o mesmo entusiasmo. Dizem que o príncipe Philip era avesso a esses animais porque eles latiam muito, de acordo com Hoey.
A rainha criou dezenas de corgis em vida e alguns deles se tornaram fonte de dor. Um de seus favoritos, Pharos, teve que ser sacrificado depois de ser violentamente atacado pelo bull terrier inglês de sua filha, a princesa Anne, em 2003.
Ameaçada de extinção em 2014, quando apenas 274 exemplares foram registrados, a raça vivenciou um renascimento quando anos depois a produtora de televisão Netflix os retratou ao lado de Elizabeth II na série de sucesso “The Crown”, que narra seu reinado.
Assim, os corgis voltaram à moda. Desde que a primeira temporada foi ao ar em 2017, os registros de filhotes de corgis aumentaram constantemente, quase dobrando entre 2017 e 2020, de acordo com o Kennel Club, a maior organização de saúde canina britânica. Em 2018, a instituição conseguiu removê-los da lista de raças de cães em perigo de extinção.
(Da Agência France-Presse)
Levar um animal de estimação em uma viagem de avião não é tão simples. Existem diversas regras sobre o transporte e é necessário preparar o pet semanas antes, pois ele precisa se acostumar com o pequeno espaço que permanecerá durante horas. Algumas pessoas não têm coragem de deixar o cachorro ou gato no bagageiro e decidem levá-los na cabine, ao seu lado. Mas como deixá-los calmos para não incomodarem os outros passageiros?
“O animal deve passar por um processo de adaptação para se sentir seguro durante o voo. Por exemplo, ao comprar a caixa de transporte do tamanho ideal, a deixe aberta em um local visível para o pet explorar e se familiarizar com o espaço. Também é importante brincar com o gato ou cachorro quando ele estiver dentro da caixa, assim como oferecer comidas, mostrando que receberá atenção quando necessário. A última dica é fechar a portinha para ele se acostumar. Comece com alguns minutos de permanência e aumente aos poucos”, explica Thaiza Tavares, professora do curso de Medicina Veterinária do UNINASSAU — Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, campus Graças.
Outras dicas são viajar com o pet de banho tomado para evitar mal cheiro no ambiente fechado e unhas aparadas para ele não se machucar, oferecer alimentos leves e água horas antes do embarque para evitar enjoos e colocar um tapete higiênico dentro da caixa de transporte. O tutor também deve hidratar o animal no aeroporto e depois da viagem, assim como passear e brincar antes do voo.
“Antes de comprar a passagem do pet, confirme se a companhia aérea aceita transportá-lo e, em seguida, o leve para uma consulta no veterinário para saber se a viagem não prejudicará sua saúde. Com a autorização do profissional, escolha trajetos curtos para diminuir o tempo do cachorro ou gato no avião, evitando crises de ansiedade e desidratação”, conclui Thaiza.
Sobe para 15 o número de cães supostamente envenenados por petisco
Crédito: Reprodução
Sobe para 15 o número de cães mortos supostamente após consumir petiscos das marcas Dental Care, Every Day e Petz Snack Cuidado Oral – os três são de fabricação da empresa Bassar. Em Minas Gerais, nove animais faleceram. Em São Paulo, tutores relataram o óbito de seis animais por falência renal, após ingerirem os produtos da marca. Também são investigados casos suspeitos no DF, Rio de Janeiro, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Alagoas, Sergipe e Paraná.
A perícia da Polícia Civil de Minas confirmou nesta sexta-feira (2) a existência de monotilenoglicol em um dos petiscos consumidos por nove cachorros que morreram em Minas Gerais. O laudo de necrópsia, feito pelo Hospital Veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apontou que o estado clínico que levou os cães a óbito é “altamente sugestivo” de intoxicação por etilenoglicol, substância proibida em alimentos.
O monoetilenoglicol foi uma das substâncias tóxicas encontradas na cerveja Belorizontina, da Backer, em Belo Horizonte, em 2019. O produto faz parte da mesma “família” do dietilenoglicol, também encontrado na bebida, e responsável pela intoxicação de 29 pessoas, sendo que dez delas morreram.
Diante dos riscos iminentes à saúde de animais, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou a interdição da fábrica Bassar Indústria e Comércio Ltda, em Guarulhos (SP), e o recolhimento nacional de todos os lotes de produtos da empresa. O Mapa coletou as amostras dos produtos, que estão sendo encaminhadas aos laboratórios do Ministério para análise.
Veja a nota da Bassar Pet Food:
“A Bassar Pet Food informa que interrompeu a produção de sua fábrica até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação de pets envolvendo lotes de seus produtos. A empresa também está contratando uma empresa especializada para fazer uma inspeção detalhada de todos os processos de produção e do maquinário em sua fábrica, em São Paulo.
De modo preventivo, a companhia já estava recolhendo os lotes de duas linhas de alimentos, mas procederá agora ao recolhimento de todos os produtos da empresa nacionalmente, conforme determinação do Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento.
A Bassar esclarece que ainda não teve acesso ao laudo produzido pela Polícia Civil de Minas Gerais, mas está colaborando totalmente com as autoridades desde o início dos relatos sobre os casos. A empresa enviou amostras de produtos para institutos de referência nacional para atestar a segurança e conformidade de seus produtos sob investigação.
Além disso, acionou todos os seus fornecedores para que façam o rastreamento dos insumos utilizados para afastarem a hipótese de algum tipo de contaminação.
A empresa está solidária com todos os tutores de pets – nossos consumidores e razão de nossa empresa existir. Somos os maiores interessados no esclarecimento do caso. Por isso, a empresa vem tomando todas as providências para investigação dos fatos. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail sac@bassarpetfood.com.br”
(Com informações do Estado de Minas)
Diariamente, as clínicas veterinárias recebem muitos pets com crises convulsivas (também chamadas de crises epilépticas), mas entender o que causou essa condição é tão importante quanto a rápida avaliação de um especialista. O primeiro atendimento em uma crise tem como objetivo estabilizar o paciente e tirá-lo do risco de sequelas neurológicas e morte. Depois de estabilizado pelo médico veterinário (clínico geral, plantonista ou intensivista), aí sim é essencial a avaliação de um veterinário especialista em neurologia para que a causa seja investigada e a prescrição do tratamento mais indicado para o pet seja realizada.
A epilepsia é um distúrbio do sistema nervoso central caracterizada pela predisposição em gerar crises recorrentes e espontâneas, causada por descargas ou impulsos elétricos incorretos emitidos pelos neurônios. Esse distúrbio neurológico ocorre com frequência em cães e gatos, mas, se tratado corretamente, a epilepsia pode ser controlada e o pet poderá levar uma vida normal, com poucas ou sem restrições.
“A epilepsia não é uma doença, é um sintoma. Por isso, é muito importante entender o que está causando as crises no animal. “As crises epilépticas não tratadas ou incorretamente tratadas podem ter um impacto significativo na longevidade e na qualidade de vida do pet”, afirma Raquel Cantarella, neurologista veterinária do Hospital Veterinário Veros.
Segundo a especialista, no momento da crise os sintomas mais comuns nos animais são perda total ou parcial da consciência, rigidez dos membros e pescoço, movimentos repetitivos de pedalagem, tremores musculares e faciais, vocalização, salivação excessiva, micção e defecação no ato do episódio. Outras formas menos comuns de sintomas de crise epiléptica são lambeduras repetitivas no próprio corpo, chão ou ar; momentos de ausência de consciência sem rigidez muscular e tremores faciais repetitivos.
Diagnóstico da epilepsia
O diagnóstico precisa ser feito por especialistas por meio do acompanhamento de um veterinário neurologista – profissional especializado em tratar de doenças relacionadas ao sistema nervoso – que irá identificar a doença, suas causas e indicar o tratamento correto, evitando ou diminuindo as crises convulsivas.
Para identificar o problema é preciso começar pelo levantamento do histórico de saúde do paciente e uma análise de comportamento relatada pelo tutor sobre como e quantas vezes as crises são observadas. Caso o pet seja atendido no pronto-socorro, o clínico fará o atendimento inicial, exames de check-up de rotina auxiliar na estabilização do paciente e o encaminhamento para o especialista, sendo o último responsável por solicitar exames mais específicos para conclusão diagnóstica e o correto manejo terapêutico. Exames de imagem como ressonância magnética e análise de líquor poderão ser solicitados para a visualização de órgãos internos e detectar se existe alguma alteração ou doença no encéfalo. “É importante que todos os exames sejam realizados para que possamos identificar a causa das epilepsias e indicar o melhor tratamento”, completa a neurologista.
Tratamento da epilepsia e prevenção das crises de convulsão
Para entender se a epilepsia tem cura é necessário primeiro responder qual é a doença que está causando as crises. Porém, com tratamento correto o pet poderá ter qualidade de vida, considerando que a incidência de animais que não respondem ao tratamento adequado é baixo. Com o diagnóstico em mãos, o neurologista poderá indicar o tratamento medicamentoso mais adequado para diminuir a frequência das crises. “Outro ponto que sempre reforço com os tutores é que, no momento da crise, evitem pegar no colo, colocá-los de barriga para cima, jamais segurem o focinho ou coloquem a mão dentro da boca para abri-la ou segurar a língua. Como neste momento o paciente está sofrendo movimentos involuntários, é possível ocorrer acidentes graves ou complicações maiores”, finaliza Dra. Raquel.
No artigo, executivo defende que a veterinária em domicílio traz mais conforto, segurança e flexibilidade no cuidado com os pets
Por Lucas Guedes*
Acompanhando novos modelos de trabalho, assim como a popularização de soluções voltadas para o ambiente digital, a veterinária tem passado por grandes mudanças ao longo dos últimos anos. Claro, sempre em prol de uma relação mais positiva entre veterinários e donos de pets, no intuito de garantir que todas as pendências médicas sejam resolvidas com mais agilidade e eficiência.
Um dos reflexos desse movimento é o atendimento em domicílio! Hoje, cuidar da saúde dos animais não precisa ser um processo trabalhoso e estressante, dada a possibilidade de se contar com o suporte veterinário em casa, com horários flexíveis e profissionais de excelência reconhecida pelo mercado.
Isso passa, diretamente, pela utilização de sistemas inovadores, que facilitem o acesso a veterinários de acordo com a região do paciente, considerando, também, as mais diversas especialidades. Encontrar o aplicativo ideal para resguardar a saúde pet é um ponto de partida bem-vindo para transformar o cotidiano de cuidados com os bichinhos.
Um olhar próximo e humanizado para a veterinária
Para o veterinário, visitar o animal em seu local de conforto traz vantagens importantes. Além da comodidade, a tendência é de que o pet permaneça tranquilo e confiante, facilitando a realização de exames e procedimentos específicos. Outro ponto interessante é a proximidade com a realidade do paciente, o que torna o atendimento muito mais humanizado.
A gente sabe que o trajeto até à clínica veterinária pode ser extremamente complicado. Para donos de pet, não é novidade alguma lidar com situações de estresse elevado, riscos de infecções e contaminação no contato com outros animais. Aqui, a ideia é justamente simplificar etapas que não devem, obrigatoriamente, oferecer ainda mais dificuldade para um momento que já é de forte expectativa e preocupação.
Tendência é consolidação da modalidade
Consultas de rotina, vacinação, diagnósticos, exames, ou até mesmo serviços especializados, atualmente, a veterinária em domicílio tem plenas condições de abraçar necessidades com qualidade, dinamismo e o respaldo técnico de profissionais atualizados – que, inclusive, possuem mobilidade para levar equipamentos e ferramentas que auxiliem nas atividades.
Não por acaso, a tendência é de que a modalidade continue a ocupar um espaço de destaque no segmento, expandindo seu alcance para novas regiões do Brasil. O futuro da veterinária já começou! E tem na tecnologia uma aliada de valor para encontrar métodos que valorizem e preservem a saúde animal.
Por fim, entendo que as contribuições proporcionadas pelo atendimento em domicílio justificam, na prática, uma atenção especial por parte de todos os envolvidos, para que esse braço da veterinária atinja cada vez mais pessoas. Dessa forma, o maior beneficiado será o próprio pet, e claro, quem se preocupa e prioriza seu bem-estar.
*Lucas Guedes é CEO e fundador da Vets. Com mais de 20 anos de experiência no meio corporativo, o executivo consolidou sua carreira em segmentos como o Marketing, Comunicação, Projetos, Digital e Comercial.
Agosto é o mês de conscientização sobre a prevenção da leishmaniose visceral, doença bastante comum em cães no país. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 16 mil casos foram registrados entre 2016 e 2020, resultando em mais de 1,2 mil mortes em praticamente todos os estados do país. Para cada caso confirmado em pessoas, estima-se que existam 200 cães infectados. “O problema é ainda maior, pois, por ser uma zoonose, ela também afeta a vida humana”, explica o médico-veterinário Jaime Dias, da Vetoquinol Saúde Animal.
O médico veterinário explica que a doença é provocada por um protozoário do gênero Leishmania, transmitido pela picada do mosquito-palha, cujo nome científico é Lutzomyia longipalpis. “Esse mosquito está presente em todas as regiões. Eles costumam picar cães e as pessoas para se alimentar, transmitindo desta forma a doença “, detalha Jaime Dias.
Para identificar a doença nos cães, alguns sintomas podem servir de alerta: desânimo, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento progressivo, perda de massa muscular, descamações na pele, feridas no focinho, orelhas, região das articulações e cauda, além de perda de pelos, crescimento exagerado das unhas, vômito e diarreia. Todo esse conjunto de sintomas afeta sensivelmente a qualidade de vida dos cães, podendo inclusive evoluir para sua morte.
“Identificar a doença não é tão simples, além dos sinais clínicos, exames laboratoriais são importantes para confirmar a suspeita desta grave enfermidade que também pode acometer importantes órgãos internos como baço, fígado e rins. Por isso, a prevenção da doença se torna essencial, assim como a consulta periódica a um médico-veterinário, evitando sofrimento aos nossos tão fiéis companheiros”, destaca o especialista da Vetoquinol.
Para prevenir a leishmaniose visceral, é preciso manter o mosquito-palha longe dos pets, quebrando o ciclo de transmissão de cão para cão e de cães para seres humanos. Um dos médotodos preventivos é o uso de coleiras antiparasitárias, diz o médico veterinário. Em alguns municípios elas fazem parte de campanhas públicas do controle da leishmaniose visceral.
Na busca por um estilo de vida mais saudável para os pets, os tutores têm optado por soluções que trazem mais qualidade na hora de comer dos seus companheiros. Uma das alternativas procuradas é a Alimentação Natural (AN), uma dieta que vem ganhando espaço na rotina dos donos que escolheram substituir a alimentação convencional a base de rações por vegetais, carnes e frutas frescas.
De acordo com a médica veterinária do EcoCão Espaço Pet, Nicole Cherobim, para AN ser considerada uma dieta balanceada, ela precisa ser elaborada e prescrita por nutricionistas veterinários, que consideram todas as necessidades do animal e incluem ingredientes naturais e suplemento específico que irão garantir a saúde do animal.
Para ajudar a entender um pouco mais sobre essa dieta, a médica compartilhou seis recomendações para aplicá-la na rotina do pet:
1 – Consulte um médico ou nutricionista veterinário
Antes de começar a colocar esses alimentos à disposição do animal, é essencial que o mesmo seja submetido a uma avaliação nutricional. Depois de conhecer o histórico do pet sobre os hábitos do animal, o profissional elaborará um cardápio considerando sua idade, sexo, raça, condições de saúde, atividades físicas e as possíveis restrições alimentares.
2 – Introduza pouco a pouco a nova alimentação
Normalmente, a introdução da AN começa a partir da inclusão de legumes, verduras, frutas, carnes, ovo e óleos naturais na rotina e são separadas em subcategorias: (1) dietas cruas ou BARF (Biologically Appropriate Raw Foods – ou Alimentos Crus Biologicamente Apropriados), como carnes cruas e legumes crus; (2) dietas parcialmente cozidas e dietas cozidas, que permitem diferentes formas de preparo para servir ao animal de estimação.
3 – Separe e reserve os alimentos do pet para as refeições
Mesmo que as frutas e legumes façam parte da alimentação humana, é importante reforçar que, neste tipo de dieta, o preparo deve ser exclusivo para eles e nunca compartilhado, já alguns condimentos naturais da nossa alimentação não devem ser incluídos na deles. Para levar um pouco mais de sabor para a refeição, é possível incrementá-la com uma pitadinha de sal. Por isso, o tutor precisa tomar cuidado para não oferecer o que ‘está na geladeira’, relaxando no preparo do alimento.
4 – Misture rações e a nova alimentação
Apesar dos benefícios diretos na saúde do animal, como a possibilidade de consumir alimentos sem conservantes, frescos e não processados, que ajudam no paladar do pet, o equilíbrio é a chave para o sucesso deste tipo de introdução. No começo, misture as frutas, legumes e outros alimentos presentes na AN na ração comum. Muitas vezes, a AN é sugerida para o pet como alternativa a para animais alérgicos à ração. E tenha em mente que, mesmo que a versão natural seja uma boa opção, ela precisa estar acompanhada da suplementação indicada pelo nutricionista ou veterinário.
5 – Substitua os petiscos por frutas e legumes
No dia a dia, principalmente na hora dos petiscos, o tutor pode experimentar substituir os tradicionais snacks por banana, maçã sem sementes, brócolis, cenoura, beterraba e entre outros. Apenas é necessário observar os sinais do animal para possíveis casos de intolerância ou alergias.
6 – Tenha cuidados especiais com a saúde bucal
Também é preciso se manter atento à saúde bucal deles, por conta da alimentação mais úmida, aumenta também o acúmulo de resíduos e isso implica em cuidados redobrados com a manutenção dos dentes.
Quem tem pet em casa sabe a dificuldade de conseguir manter o animal ativo com atividades físicas, principalmente quando o espaço é reduzido, como em kitnets e apartamentos, onde ele não tem a possibilidade de explorar o local como em um ambiente aberto. De acordo com a CEO da franquia especializada em cuidado animal EcoCão Espaço Pet, Patrícia Sprada, os tutores encontram obstáculos na hora de promover tarefas ligadas ao lazer e diversão do pet nestes locais. “
Além da falta de espaço para o animal correr ou se movimentar, os tutores também precisam encarar a rotina diária de cada família, que nem sempre favorece esses momentos de entretenimento e cuidado com o amigo que fica em casa”, afirma.
Pensando nesse cenário, a especialista compartilhou seis dicas de como inovar nas atividades para garantir a movimentação dos pets em espaços reduzidos, confira:
1 – Utilize brinquedos pequenos
Os pets, como cachorros e gatos, são apaixonados por brinquedos pequenos, como as bolinhas. Por isso, invista neste tipo de acessório para trabalhar principalmente sua movimentação. Também é possível montar bolinhas com meias que não são mais utilizadas. Só lembre que é um brinquedo a ser oferecido com supervisão, pois há cães que gostam de mastigar tecidos e acabam engolindo.
2 – Realize atividades que incentivem a memória
Outra forma de levar mais dinâmica e diversão para a vida dos pets é realizar atividades que incentivam a memória do animal. “Essas ‘brincadeiras’ podem ser executadas com itens simples, como alguns copos ou baldes pequenos (quanto mais ‘obstáculos’, maior a dificuldade), com brinquedos que eles gostem e que chamem sua atenção, como a bolinha predileta. Assim, você pode brincar de esconder o brinquedo e incentivar o animal a procurar e localizar onde está”, sugere Patrícia.
3 – Incentive ações que promovam a percepção do pet
Além da memória, é importante também treinar a percepção do animal em relação ao seu faro e aos gostos dos alimentos. Então, promova brincadeiras como ‘caça ração’ ou ‘caça petisco’ pela casa. Além do pet se mexer bastante buscando a sua recompensa, ele acaba trabalhando áreas importantes no seu desenvolvimento.
4 – Inove com brinquedos recicláveis
“Muitas vezes nos perguntamos se temos os materiais necessários para promover a diversão do animal e esquecemos que coisas simples podem ajudar nessa missão. Por exemplo, uma caixa de papelão para gatos. Os felinos adoram brincar com tudo que seja macio ou que tenha papelão e uma boa alternativa é levar esses objetos para a rotina deles”, recomenda a especialista. Também é possível criar outras atividades utilizando garrafas de plástico, bandejas de ovos, potes descartáveis, entre outros. A criatividade é sem limites na hora de agradar os animais.
5 – Cabo de Guerra
Há quem diga que não é a melhor das brincadeiras, mas com certeza é uma forma de interagir com o pet e promover o entretenimento em casa. Por isso, invista em cordas para a diversão. “Mas tome cuidado apenas para não machucar o pet com a força na hora de puxar a corda para você”, alerta a profissional.
6 – Transforme o aprendizado de comandos em brincadeiras
Outra forma de se divertir com os animais de estimação é ensinando comandos básicos para o seu próprio comportamento. Às vezes, uma simples ‘aula’ de como se comportar na hora em que as visitas chegam em casa pode se tornar em um grande exercício para o pet. Na Internet, é possível encontrar alguns vídeos tutoriais ensinando como realizar estes comandos com os pets.
Além das dicas, a fundadora do EcoCão Espaço Pet reforça a importância do carinho com o animal, principalmente em relação ao tempo que ele passa dentro de casa. “Muitas vezes, o pet acaba ficando o dia inteiro sozinho no apartamento ou em casa, por isso, é essencial que o tutor crie uma rotina de passeios para ajudar a aliviar um possível estresse do companheiro”, ressalta.
O primeiro caso de raiva registrado no DF em 44 anos colocou a população em alerta, enfatizando a necessidade de vacinar os animais domésticos anualmentte. A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, facilmente transmissível entre humanos e animais, cuja letalidade é de 100%. Causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, é transmitida, geralmente, pela saliva de animais infectados através de mordidas, lambidas ou arranhões.
Para que a imunização seja eficaz, é importante que a resposta imunológica do pet à vacina seja rápida, o que pode ser obtido por uma dieta balanceada, com alimentos ricos em vitaminas e minerais e exercícios físicos, ensina a Bruna Fabro, médica veterinária da Botupharma. A especialista ressalta que existem duas faixas etárias que precisam de mais atenção quando o assunto é imunidade: os filhotes e os idosos.
“Enquanto que nos filhotes o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento, nos idosos ele se encontra debilitado, por isso a necessidade de alimentos específicos e até suplementação para essas duas faixas etárias”, ressalta Bruna. Existe uma grande variedade de alimentos ricos em vitaminas que ajudam os pets na hora de reforçar o sistema imunológico.
Entre as opções disponíveis, e que geralmente os cães e os gatos nunca recusam, estão as proteínas. Essenciais para produzir anticorpos, alimentos como ovos e frango são ótimas opções. Ricos em vitaminas do complexo B, esses alimentos são aliados na construção de uma imunidade mais reforçada, além de serem capazes de fornecer energia aos pets. Além da proteína, as “gorduras saudáveis” desempenham um importante papel no reforço imunológico dos pets:
“O óleo de peixe é um ácido graxo, uma espécie de gordura saudável capaz de melhorar a função renal dos pets, reduzir doenças inflamatórias intestinais, prevenir e auxiliar no tratamento do câncer, além de deixar o pelo mais brilhoso, pois possui ômega 3”, pontua. Minerais também são importantes na construção de uma imunidade mais forte, e podem ser encontrados em um alimento bastante popular e acessível: a pipoca. Além de minerais, ela ainda conta com potássio, que é ótimo para os ossos dos animais, além de magnésio e fósforo. É importante ressaltar que a pipoca que será oferecida ao pet não pode ter sal, manteiga ou qualquer tempero. Outro produto fácil de ser encontrado e que pode ser um importante aliado à saúde dos pets é a ervilha. A ervilha natural é rica em vitamina B, fósforo e potássio.
Se o pet for do tipo que não come alimentos mais saudáveis ou então possui alguma restrição alimentar, uma alternativa são os suplementos alimentares, que são ricos em vitaminas, aminoácidos e minerais. Os suplementos podem ser misturados na ração e acabam sendo uma forma de complementar as carências nutricionais dos pets.
“Quando o cão ou o gato tem uma alimentação balanceada ao longo de sua vida, a vacina acaba sendo mais efetiva, por isso é importante sempre ir em um especialista para saber se o animal está bem e qual a dieta mais indicada para seu porte”, finaliza a médica veterinária.
Dois estudos liderados por uma equipe da Universidade de Bristol descobriram que cães alimentados com uma dieta de carne crua eram mais propensos a excretar bactérias resistentes a antibióticos Escherichia coli ( E. coli ) em suas fezes. Pesquisas anteriores mostraram que existe o potencial de bactérias serem compartilhadas entre cachorros e seus tutores, por meio da interação do dia-a-dia, levando os pesquisadores a sugerir que a alimentação crua não é a escolha alimentar mais segura. Caso escolhida, os tutores devem tomar precauções extras ao manusear carne crua e tenham um cuidado especial depois de limpar as fezes do cão.
O estudo publicado hoje no Journal of Antimicrobial Chemotherapy investigou cães adultos e encontrou ligações entre aqqueles que comem carne crua e excretam E. coli resistente. A pesquisa apoia um estudo recente da equipe, publicado na revista One Health , que analisou filhotes de 16 semanas. Ambos os estudos, que usaram dados de cães diferentes, demonstraram que os animais podem excretar bactérias resistentes, independentemente da idade ou do tempo em que são alimentados com uma dieta de carne crua.
O ambiente em que um cão vive também desempenhou um papel no potencial de excreção de bactérias resistentes. A alimentação crua foi um forte fator de risco para cães que vivem no campo, enquanto em cães que moram na cidade, os fatores de risco foram muito mais complexos, provavelmente refletindo a variedade de estilos de vida e exposições ambientais.
Os dois estudos recrutaram um total de 823 cães e seus tutores (223 filhotes para o primeiro estudo e 600 cães adultos no segundo). Os proprietários preencheram questionários sobre seus cães, a dieta e o ambiente, além de fornecerem amostras fecais.
As amostras foram então analisadas quanto à presença de E. coli resistente a antibióticos e análises de fatores de risco realizadas para explorar as associações entre fatores de estilo de vida, ambientes relatados na pesquisa do proprietário e a detecção de E. coli resistente.
Matthew Avison , professor de Bacteriologia Molecular da Escola de Medicina Celular e Molecular , que liderou os aspectos microbiológicos desses estudos, disse:
“As bactérias resistentes aos antibióticos estão por toda parte, mas alguns antibióticos são considerados extremamente importantes para uso em humanos. Mostramos que cães alimentados com carne crua são mais propensos a carregar bactérias resistentes a esses importantes medicamentos. Isso não significa que o animal, ou o dono, ficará doente. A E. coli é uma bactéria disseminada que é encontrada nos intestinos de todos os seres humanos e animais, no entanto, é uma causa comum de muitas doenças, incluindo infecção do trato urinário, e pode causar doenças graves, incluindo sepse, se se espalhar para outras partes do corpo.
“Devemos fazer tudo o que pudermos para reduzir a circulação de E. coli resistente a antibióticos e outras bactérias criticamente importantes”, continua. “Nossa pesquisa contribui para a crescente evidência de que não alimentar cães com carne crua pode ajudar nesse objetivo.”
“Sabemos que humanos e animais compartilham bactérias entre si, então o que encontramos em seu animal de estimação também pode estar em você. Os donos de animais de estimação devem ser encorajados a praticar uma boa higiene e não alimentar o seu cão com alimentos crus pode ser parte disso”, acrescentou Kristen Reyher , professora de Epidemiologia Veterinária e Saúde da População na Bristol Veterinary School e coautora de ambos os artigos. “Todos nós podemos fazer nossa parte para diminuir a resistência aos antibióticos e seus terríveis efeitos na saúde humana e animal.”