Autor: Paloma Oliveto
Além do amor e de uma misteriosa afinidade, é preciso levar em consideração alguns fatores antes de comprar ou de adotar um pet. No caso dos cachorros, o sexo pode ser definitivo nessa escolha
Renata Rusky
Na hora de escolher um animal de estimação, é claro que o mais importante é gostar verdadeiramente de bichos e estar disposto a cuidar, a dar atenção e muito carinho a eles. Aliás, muitos casos de adoção são baseados em amor à primeira vista: a pessoa olha o pet nos olhos e já se apaixona. Não se importa com a raça, com o sexo ou com a idade do animal. Mas vale programar melhor a escolha para evitar dores de cabeça no futuro.
No caso de cachorros, ser fêmea ou macho pode fazer diferença. Os dois sexos têm vantagens e desvantagens, portanto, depende muito do estilo de vida da pessoa que for cuidar deles.
Atualmente, a publicitária Rebeca Schmidt, 28, tem um casal de cães da raça bull terrier, o Vingador, de 1 ano e 10 meses, e a Mary, de 1 ano e 4 meses. A jovem sempre gostou de animais e quando menina tinha um canil em casa. A convivência com cachorros e gatos sempre foi intensa. O contato com tantos bichos permitiu que ela definisse uma preferência: gosta mais dos machos. “Em geral, eles são até mais bonitos”, admite.
Na opinião dela, as fêmeas mudam muito de humor. “No período antes do cio, a Mary fica deprimida. Ela fica mais agressiva e bate no Vingador”, relata. O macho tolera, mas, quando Mary passa dos limites, sai machucada. Ele é maior e mais forte. A fêmea também morre de ciúmes se Rebeca dá mais atenção a ele. A última cadela que Rebeca teve, antes de Mary, foi bem recebida por seu cachorro anterior. Depois de quatro meses, no entanto, ela passou a machucá-lo e a dona foi obrigada a doá-la.
Embora cada dono tenha uma opinião própria, a veterinária Fernanda Cioffetti Marques, membro da Comissão de Animais de Companhia e gerente de Marketing da Vetnil, afirma que o modo como o pet é criado é um fator muito mais importante para definir a personalidade dele. “Não existe uma relação comprovada do comportamento com o sexo deles. Um contato próximo com o dono e uma educação que valorize essa proximidade auxiliam bastante no relacionamento do cão com o tutor e com outras pessoas. Ter um pet faz bem, em todos os sentidos. O nosso foco deve estar em como o relacionamento com eles é benéfico para nossa saúde e para o próprio bem-estar deles, mesmo que dê um pouco de trabalho no começo”, afirma.
Já a ambientalista e defensora do direito dos animais Vininha Carvalho, idealizadora do Dia Nacional de Adotar um Animal, acredita que existe, sim, diferença no comportamento da fêmea em relação ao do macho. Mesmo assim, concorda que o animal sente e reage de acordo com os estímulos promovidos pelo ambiente, portanto, se houver respeito e carinho, a reação do animal será recíproca.
Apartamento x casa
Quando Rebeca morava em apartamento, foi complicado ter um macho. Ele fazia xixi em todo lugar. Não havia spray repelente suficiente para evitasse a urina em locais indesejados. Atualmente, ela mora em uma casa. Solto no quintal, Vingador fica à vontade para demarcar todo o território.
Rebeca também já teve uma experiência difícil com fêmea em apartamento. Durou pouco tempo, porque o dono era um amigo. Ele viajou e deixou a cadela aos cuidados da publicitária, mas ela estava em seu ciclo estral, equivalente à menstruação dos humanos. “Era sangue pelo apartamento inteiro, uma confusão”, relembra.
Na comparação entre ter dificuldades em cuidar de um ou de outro, Rebeca reforça a preferência pelos machos. “Eles são muito mais carinhosos”, conta. Segundo ela, também são mais preguiçosos. “Parece muito com mulheres e homens: o cão sabe que tem uma mulher para fazer todo o serviço da casa, aí fica dormindo”, compara na brincadeira.
Em casa com mais espaço, também é mais fácil separar o casal de cachorros quando Mary está no cio, o que seria quase impossível em apartamento. A solução, nesse caso, seria pedir que outra pessoa cuidasse de um dos pets. Quem quer ter casal, mas não tem a possibilidade de separá-los, o melhor é castrar ambos, pois, cruzar e, consequentemente, engravidar em todo cio pode fazer mal à saúde da fêmea.
Há quem prefira fêmeas por terem a intenção de que elas cruzem e procriem. A castração precoce das cadelas, no entanto, segundo Fernanda Cioffetti, é uma maneira de prevenir o câncer de mama. Além disso, a castração deixa ambos sexos menos territorialistas, o que facilita os cuidados. Os machos demarcam espaço ao longo do ano e as fêmeas só durante o cio: uma ou duas vezes por ano. Castrados, eles perdem essa necessidade quase por completo.
Caso opte-se pela procriação, Fernanda alerta para a necessidade da assessoria de um médico veterinário. “Há cuidados específicos para ter com o casal antes do acasalamento, durante a gestação, no parto, pós-parto e com os recém-nascidos”, explica.
Prepare o lencinho: Bobby dá lição de lealdade e acompanha a melhor amiga até o cemitério
Os cães não se cansam de mostrar o quanto são fiéis. Que o diga Bobby, cachorrinho sem raça definida, que acompanhou, correndo, o cortejo fúnebre de sua tutora, uma idosa moradora de uma vila da Malásia.
Enquanto os familiares se dirigiam, de carro, para o cemitério, a 3km da casa dela, o bisneto da senhora, Leong Khai Wai, notou algo de cortar o coração. No acostamento da estrada, Boddy corria, tentando alcançar o veículo. “Acho que ninguém notou que ele estava nos seguindo”, contou o rapaz ao site The Dodo.
Ao chegar, Bobby se deitou ao lado da cova e, de lá, não saiu.
A atitude do cãozinho comoveu os presentes. “Eles disseram que foi a primeira vez que viram um ato de lealdade tão extremo”, recordou Leong. O rapaz também esclareceu que, agora, o avô e um tio-avô tomam conta do fiel amigo.
Veja o vídeo:
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Humor animal – Gatinho malvado!
Esse gatinho de Pasadena, na Flórida, resolveu matar o amigo de susto. Será que o outro gostou da brincadeira? ;D
Vai ter Oscar Pet, bate-papo com Luisa Mell, bailinho a fantasia e encontro de salsicha. Ufa!
Nesse fim de semana, nada de ficar com as patinhas para o ar! O que não falta é evento divertido. Separe coleira, guia, água e cata-caca, e aproveite o sábado e o domingo para curtir ao lado do melhor amigo.
Sábado
- 8h às 13h – Baile a fantasia na Patas de Ouro. Para comemorar os quatro anos, a boutique pet da Octogonal 4/5 organiza um bailinho pós-carnaval. Além de cair na folia, os cachorros participarão de sorteio de brindes, ganharão higienização dos dentes e vermifugação e ainda sairão de barriguinha cheia, com um lanche só para eles.
- 9h às 15h – Em Águas Claras, a Vet Care promove uma feirinha de adoção de cães e gatos. Quem não puder legar um amigão para casa poderá ajudar levando ração para os pets. A loja fica na Avenida Flamboyant, Lote 24, Residencial Real Panoramic.
- A partir das 9h30 – Tire o traje a rigor do armário, que é dia de Oscar Pet. O Armazém Rural da 205 Norte estende o tapete vermelho para cães e gatos desfilarem no maior glamour. O desfile acontece às 11h, e as inscrições são feitas na hora. Haverá sorteio de brindes e premiação para os primeiros colocados. Todos os inscritos vão ganhar um troféu em formato de osso e, no caso de gatos, em forma de arranhador.
- 14h às 18h – A segunda edição do evento Eu amo meu cão, do Brasília Shopping, marca a entrada definitiva do conjunto comercial no conceito pet friendly. A partir de amanhã, os cães de até 60cm poderão frequentar o shopping em carrinhos que serão emprestados no local, com direito a cata-caca. Com Luisa Mell como atração principal, o evento, que acontece na área externa, de frente à W3, também contará com salão de beleza canino, estúdio fotográfico, desfiles com a Oh Dog, adoção de animais com o projeto São Francisco, oficinas e pintura de rosto para a criançada, emissão gratuita de RG PET e brincadeiras no jardim. Confira a programação hora a hora:
14h – Abertura do evento com a DJ Libertina
14h15 – Desfiles Oh Dog! com os cachorros do projeto São Francisco
– Após o desfile, alguns cachorros estarão disponíveis para adoção
14h45 – Palestra com Fernando Toniol – Como escolher um filhote?
15h15 – Palestra com a médica veterinária Fernanda Ramos – Manejo e cuidado para evitar acidentes e problemas futuros
Das 16h às 18h – Bate-papo com Luísa Mell
Atenção! Senhas para os talk-shows serão distribuídas a partir das 11h do dia do evento. Serão disponibilizadas 80 cadeiras e a reserva dos lugares estará garantida até às 14h10
Domingo
- A partir das 16h – Encontro de dachshund, o popular salsichinha, na entrequadra 210/211 sul. Cães de todas as raças (e os sem raça definida, é claro) estão convidados. Mas, para evitar confusão, não leve pets
Bento: “Quero sombra e água fresca” agressivos. Não se esqueça de levar muita água e saquinhos para catar a caca do amigão. O Bento Xerife, é claro, dará pinta por lá.
A ativista da causa animal participa de um talk show neste sábado, no Brasília Shopping
Há mais de uma década, Luisa Mell, 34 anos, é uma referência na causa animal. Com mais de 3 milhões de seguidores nas redes sociais, a ex-apresentadora de TV se orgulha de conquistas como a proibição de animais em circos, o aumento no número de adoções e as diversas campanhas de conscientização. Agora, grávida do segundo filho, ela conseguiu mobilizar gestantes de São Paulo para acabar com o mito de que gravidez e pets não combinam.
No sábado, Luísa estará no Brasília Shopping, onde participa de um talk show, durante o evento Eu Amo Meu Cão. “Vamos conversar sobre alimentação saudável, proteção animal e o dia-a-dia com os cães”, conta. Na primeira edição, o shopping trouxe o especialista em comportamento Alexandre Rossi e a espevitada Estopinha. Agora, é a vez de Luisa Mell falar sobre os direitos dos animais à plateia.
A ativista conversou com o blog e garantiu que, em breve, o país poderá comemorar uma conquista: a sanção da lei que torna a castração uma política pública.
Você recebe muitos pedidos de ajuda para resgates e adoção, todos os dias. Como lida com o fato de ser impossível ajudar a todos?
Recebo centenas de pedidos de resgates todos os dias. É impossível resgatar todos os animais, então nós trabalhamos com os que estão precisando mais, os que estão doentes, feridos, mutilados, e os filhotes, que têm pouca chance de sobrevivência nas ruas.
Como você escolhe os temas das suas campanhas? O fato de estar gestante inspirou o “Grávidas contra o abandono”?
Os temas têm muito a ver com a minha vida e as coisas que vou observando na sociedade. Quando eu engravidei, eu descobri que uma das maiores taxas de abandono de animal doméstico era quando a mulher engravidava, por preconceito, ignorância. Então, resolvi fazer essa campanha para modificar essa realidade.
Do ponto de vista de políticas públicas, quais deveriam ser as prioridades dos governantes, para garantir o bem-estar animal?
Nós estamos a um passo de ter uma revolução. Falta só o presidente Michel Temer sancionar a lei que prevê a castração como política pública. A gente já conseguiu passar na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Acho que isso é um grande avanço. Também estamos com um projeto que está para ser sancionado pelo presidente, que fala sobre o fim do sacrifício de animais sadios nos controles de zoonoses, e batalhamos muito para acabar com carroças e charretes de tração animal.
De todas as suas conquistas com o envolvimento na causa animal, quais as que mais te dão orgulho?
Tenho muito orgulho de ter praticamente extinguido o circo com animais no país. Eu não consegui uma lei federal, mas consegui em várias cidades, além da conscientização das pessoas. Acho que meu trabalho também é um dos grandes responsáveis pelo aumento do número de adoções, que cresceu muito nos últimos anos, desde que eu comecei a fazer esse trabalho. Cada vida que eu salvo eu considero uma conquista. Cada vida salva vale todo o esforço.
SERVIÇO
O talk show com Luisa Mell acontece às 16h. Para garantir lugar, é bom chegar cedo: as senhas começam a ser distribuídas às 11h de sábado. A reserva dos lugares estará garantida até as 14h10. O Eu amo meu cão terá muitas outras atividades, como desfile, RG Pet e palestras com especialistas. Veja a programação:
Entre 14h e 18h – Atrações nos estandes: salão de beleza canino, estúdio fotográfico, desfiles com a Oh Dog, adoção de animais com o projeto São Francisco, oficinas e pintura de rosto para a criançada, RG PET e brincadeiras no jardim
14h – Abertura do evento com a DJ Libertina
14h15 – Desfiles Oh Dog! com os cachorros do projeto São Francisco. Após o desfile, alguns cachorros estarão disponíveis para adoção
14h45 – Palestra com Fernando Toniol – Como escolher um filhote?
15h15 – Palestra com a médica veterinária Fernanda Ramos – Manejo e cuidado para evitar acidentes e problemas futuros
Das 16h às 18h – Bate-papo com Luísa Mell
Local: área externa – entrada W3
Leia mais sobre o evento na Agenda Pet de amanhã
Mais de 15 milhões de pessoas já assistiram ao vídeo da adorável Yorkshire, carregando seu bicho de pelúcia
Ela é um tiquinho. Mas o tamanho dessa yorkshire não é obstáculo quando ela está determinada. E Lucy, 8 anos, estava MUITO determinada a levar para casa uma ovelha que tem o dobro de seu tamanho.
Quando Vickie Fulton, moradora de Henderson County, no estado norte-americano de Kentucky, levou Lucy a uma pet shop no início de março, não poderia imaginar que a minúscula cachorrinha sairia de lá direto para a fama.
A professora aposentada filmava Lucy — hábito mais que comum entre tutores de pets — quando foi surpreendida pela reação da yorkshire ao ver a ovelha de pelúcia. Lucy levanta as patinhas, “exigindo” o brinquedo. Quando consegue o que quer, sai toda “rebolosa”, com seu brinquedão na boca, em direção à saída da loja.
Vickie achou fofo, claro. E postou no Facebook. Cinco dias depois, o vídeo já tinha sido visto mais de 15 milhões de pessoas, que deixaram 37 mil comentários. “Estou recebendo comentários de pessoas de todo o mundo. Não foi a primeira vez que Lucy foi às compras. Quanto mais ela vai conosco, maior o brinquedo que quer. E, quanto maior o brinquedo, maior o preço!”, brinca a professora. “Sim… Ela é mimada”, admite.
Veja o vídeo te tente não se apaixonar.
Pesquisa mostra que muita gente é mais tolerante e prefere se relacionar com pets do que com outra pessoa
Por Ailim Cabral
Quem já se chateou com o parceiro gritando, mas acha os latidos do cão adoráveis? Ou já brigou com o colega de quarto por colocar os pés no sofá, mas não se incomoda com os rasgos deixados no estofado pelas unhas afiadas do gato? Segundo uma pesquisa realizada por uma empresa americana de produtos pet, o número de pessoas que tem mais paciência com seus pets do que com os parceiros ou com amigos é alto. A BarkBox entrevistou mais de mil americanos, e 87% afirmaram aceitar melhor os comportamentos irritantes de seus animais do que de seus iguais.
O foco da pesquisa eram os donos de cães, mas os cuidadores de gatos costumam apresentar comportamentos semelhantes. Cerca de 52% dos entrevistados revelaram preferir ouvir os roncos de seu cachorro do que os de seu parceiro; 48% se irritam mais com uma pessoa que come muitos petiscos durante o dia do que com um cão que está sempre mastigando, e 47% preferem lidar com a bagunça feita pelo pet do que com aquela deixada pela pessoa com quem convivem.
Esse é o caso do casal Karem de Oliveira, 23 anos, e Arthur Eber, 25. A bancária e o militar acabaram de comprar o primeiro cachorro e se divertem ao perceber como são mais tolerantes com o filhote Olaf, de quatro meses, do que um com o outro. “Ele é o nosso filho e acabamos sendo muito pacientes com as coisas erradas que ele faz”, afirma Karem.
Ela conta que, ao contrário, fica brava quando o marido deixa bagunça pelo chão. “Se eu chego em casa e tem muita coisa dele espalhada, já fico nervosa. Principalmente quando são coisas que o Olaf pode engolir”, confessa. No entanto, a moça não parece se incomodar com a infinidade de brinquedos caninos que lotam o chão da casa. “Ele ainda é um bebê”, argumenta rindo.
Karem afirma veementemente: “Olaf é nosso filho”. Arthur, no entanto, foi quem mais surpreendeu na relação com o pet. Karem conta que, no início, ele não queria ter um animal. “Quando finalmente consegui comprar, ele dizia que o ‘meu cachorro’ ia ficar fora de casa. Hoje, ele coloca o Olaf em cima da cama”, revela a bancária.
Arthur confessa que não conseguiu deixar o filhote fora de casa e que, com poucas semanas de convivência, se apaixonou. Os dois dormem juntos no sofá e o militar também assume ter mais paciência com o cão do que com a mulher. “Quando ela some com alguma coisa minha, já acho ruim, mas se é o Olaf que pega algum objeto e esconde, acho graça”, confessa.
O casal também se encaixa no aspecto da pesquisa que mostra que a maioria dos donos de cachorro enxerga o pet como filho. O casal encara crianças como um plano de longo prazo, mas não descarta a ideia de ter outro “filhote canino” para fazer companhia a Olaf.
A psicóloga Dulcinea Cassi acredita que o tipo de comportamento identificado na pesquisa pode refletir dificuldades de relacionamento dos entrevistados. “Mas isso, em casos mais extremos,
porque vemos dentro da observação clínica que mesmo pessoas com vidas sociais saudáveis se dedicam aos animais como filhos”, esclarece.
Nos casos em que os comportamentos referentes ao pet ressaltam as dificuldades de relacionamento com os humanos, Dulcinea acredita que a situação pode ser encarada mais como positiva do que prejudicial. “Os pacientes com dificuldades de relacionamento demonstram mais facilidade em se relacionar com os animais e isso pode se tornar um elo. Quando ela aprende a criar laços com o pet, pode levar isso adiante com os humanos”. Ou seja, o animal surge como um alento para um problema preexistente da pessoa e não é o responsável pelo afastamento dos humanos, como alguns podem pensar.
Para a psicóloga, as pessoas se sentem mais à vontade nos relacionamentos com os animais porque existe uma previsibilidade maior. Diferentemente das uniões entre humanos, com o bicho, quanto mais amor se dá, mais amor se recebe. “Os cães e gatos respondem afetivamente e, em alguns casos, de forma mais satisfatória do que os parceiros humanos”, acrescenta Dulcinea. A maior tolerância com os comportamentos irritantes dos animais também tem explicação. “Provavelmente é porque o animal é visto como um ser indefeso, como uma criança que não entende as consequências de seus atos”, afirma a psicóloga.
Amor em números
49% dos donos de cachorros afirmaram dividir a cama com os pets. Entres esses, 36% disseram dormir em posição desconfortável para manter o cachorro mais próximo durante a noite.
28%preferem dividir a cama com o animal do que com o parceiro.
33%mantêm contato íntimo com seus parceiros enquanto os cães estão no mesmo cômodo.
43%dos que se autointitulam “pais” de cachorro permitem que os animais os sigam enquanto usam o banheiro.
26%dos donos de pet levam seus cães quando saem para encontrar amigos e 19% admitem ter levado o animal escondido para lugares onde a entrada deles não é permitida.
34%revelaram ter levado seus bichos a encontros românticos com seus parceiros ou mesmo em primeiros encontros com desconhecidos.
19%já desejaram poder levar seu pet como convidado em um casamento.
45%dos entrevistados admitiram vestir roupas e fantasias em seus cães
22%revelaram fazer festas de aniversário para seus animais de estimação.
28%contaram segredos aos seus pets e não os compartilharam com mais ninguém.
97%disseram que fariam sacrifícios pessoais para poder deixar seus pets mais felizes e 38% se mudaram para uma casa com um quintal maior para que o cachorro tivesse mais espaço para brincar.
93%dos entrevistados garantem que seus cães fizeram deles pessoas melhores em pelo menos um aspecto.
71%reconhecem que seus animais os fizeram mais felizes e que é mais fácil acordar pela manhã tendo seus cães por perto.
51%das pessoas se tornaram mais pacientes, 52% mais responsáveis e 47% mais carinhosas depois de conviver com seus cães.
83%afirmaram se tornar mais ativos e 72% disseram que os animais interferem em suas decisões sobre exercícios físicos.
85%dos americanos entrevistados consideram que seus cães são os melhores terapeutas e os ajudaram a superar momentos difíceis.
83%enxergam seus animais como seus melhores amigos.
87%reconhecem amar seus animais mais do que imaginaram ser possível e 56% manifestaram o desejo de que seu cão pudesse entender a intensidade desse sentimento.
Olly estragou a prova de agility. Mas arrebatou milhões de fãs
Era para ele seguir um roteiro de exercícios físicos predeterminados. Mas Olly, um cativante jack russell terrier resgatado de maus-tratos, simplesmente enlouqueceu de alegria ao ver TANTOS brinquedos juntos e acabou conquistando público e juízes do Crufts, o maior evento mundial de competições caninas, que aconteceu na Inglaterra.
O doidinho participava de uma apresentação de agility, modalidade que consiste em uma série de desafios como pular obstáculos e escalar rampas, quando decidiu imprimir seu ritmo próprio. As trapalhadas fizeram o narrador morrer de rir. “Ele é completamente louco”, diz, em um vídeo que viralizou.
“O Olly queria fazer as coisas da forma dele e está evidente que está tendo a melhor experiência da vida. No vídeo, você pode ver a tutora gargalhando. Como ele é um cão resgatado, é ainda mais adorável vê-lo se divertindo com a tutora”, comentou Caroline Kisko, porta-voz do evento.
As gracinhas de Olly já renderam mais de três milhões de visualizações. Ele não ganhou a competição, mas, em termos de fofura, ficou em primeiro lugar.
No dia nacional dos animais, ganhei o melhor presente. Assumir um blog criado com tanto carinho por Cristine Gentil e Luís Tajes — jornalistas com J maiúsculo, daqueles apaixonados pelo que fazem — não só é uma honra, mas uma delícia.
Lembra daquele comercial de uma marca de ração, o “somos loucos por cachorro?”. Aqui, somos loucos por cachorro, gato, rato, cavalo, iguana, passarinho, morcego, borboleta, golfinho, peixe e o que mais tiver patinhas. Baratas, bem, por essas não somos tão loucos assim…
Eu e Bento, meu salsichinha blogueiro, esperamos fazer jus à confiança depositada na gente. Lá do alto, temos certeza que Boninho, o primeiro titular do Mais Bichos, que agora fareja notícias entre as nuvens e brinca de perseguir anjos, estará de olho em tudo.
Bentinho, que às vezes é chamado de xerife porque está sempre botando ordem em tudo, promete trazer muitas novidades nas áreas de saúde, comportamento e entretenimento, com dicas de passeios legais e lugares pet friendly da cidade. Às sextas-feiras, publicaremos a Agenda Pet, com os eventos voltados aos “aumigos” de quatro patas. Fiquem à vontade para nos mandar emails com sugestões, fotos de seus “catioros” e broncas, quando precisar.
Estamos nos divertindo muito por aqui. Juntem-se a nós!
Produção e edição do vídeo: Adriana Fortes / especial para o Mais Bichos
Com a pata machucada, ela procurou abrigo em um campo de elefantes da África
Da Agência ANDA
Quando Poppy era muito pequena, ela sofreu uma lesão terrível que destruiu sua espinha e deixou suas pernas traseiras inutilizáveis. É provável que ela tenha sido pisoteada por outro animal ou talvez chutada por uma pessoa sem compaixão. A cachorrinha suportou a dor da lesão por semanas, talvez até por meses, antes de se arrastar para um campo de pesquisa remoto, procurando desesperadamente por ajuda.
Amanda Stronza trabalha em um campo de pesquisa de elefantes na região de Okavango, no norte do Botsuana (África Austral) e ficou chocada quando ela e seus colegas de trabalho avistaram Poppy, entrando lentamente no acampamento.
“Ela veio rastejando – literalmente rastejando porque suas pernas traseiras estavam completamente imobilizadas em nosso campo de pesquisa. Ela era incapaz de andar, mas tinha muito amor e procurava socorro”, relata Stronza.
Imediatamente, Stronza e seus colegas acolheram Poppy e cuidaram dela da melhor forma que puderam. O veterinário mais próximo estava a oito horas de carro e eles a vigiaram por alguns dias até que tivessem tempo de fazer a viagem, ainda chocados pela cachorra ter sobrevivido aos ferimentos e à jornada para o acampamento.
“Nosso campo está em uma região remota, com muitos elefantes, mas também leões, hienas e outros predadores. Poppy, de alguma forma, chegou até nós, muito magra e molhada da chuva”, diz Stronza à reportagem do site The Dodo.
Depois que a cachorra lutou para finalizar o caminho, evitando predadores e mais lesões, seus salvadores sabiam que tinham que fazer o possível para auxiliá-la em sua recuperação.
Finalmente, Poppy e seus novos amigos fizeram a viagem de oito horas por estradas perigosas e depois pegaram uma balsa em um rio para chegar à clínica veterinária mais próxima.
O veterinário determinou que Poppy tinha cerca de sete meses e, eventualmente, precisaria de cirurgia para corrigir sua coluna ferida. Stronza e seus colegas de trabalho criaram uma campanha no GoFundMe para arrecadar o dinheiro necessário, enquanto Poppy continuou a crescer e ficar mais forte a cada dia.
“Ele disse que as possibilidades de ela sobreviver à cirurgia ou se recuperar depois eram ‘pequenas’. Mas ela tinha tanta vida nela e eu sabia que precisávamos honrar sua vontade de viver e a árdua luta que ela já tinha enfrentado para nos encontrar e permanecer viva. Eu não poderia concordar em induzir sua morte”, esclarece Stronza.
Após alguns dias de alimentação adequada, muita água e remédio anti-inflamatório, a condição de Poppy melhorou muito e o veterinário decidiu que seria melhor deixá-la continuar a recuperar sua força por um tempo antes de tentar a cirurgia de risco.
Poppy surpreende seus salvadores diariamente com seu progresso, incluindo sua capacidade de colocar o menor peso sobre suas pernas traseiras. Eles sabiam desde o momento em que a conheceram que ela era especial, mas nunca imaginaram o quão longe ela chegaria.
“Seus olhos nos puxaram imediatamente. Eles são enormes, suplicantes e brilhantes de vida. Ela tem o mais doce espírito pudemos perceber isso claramente, apesar da condição desesperada em que ela estava”, acrescenta Stronza.
Hoje, Poppy está com seus amigos em Botswana enquanto recupera sua saúde e força e, em um mês, seus salvadores irão avaliá-la para decidir o que virá adiante. Independentemente disso, eles têm grandes esperanças para Poppy, a pequena cachorra que simplesmente se recusa a desistir.
“Ela já tem tantas pessoas em todo o mundo que a amam de longe e acompanham seu progresso diariamente e estão ansiosas para ver um resultado feliz, ou seja, a adoção em uma família amorosa. Ela irá recuperar a sua capacidade de andar ou ganhará [uma cadeira de] rodas para ajudá-la. Acho que ela tem um futuro brilhante”, conclui Stronza.
Cachorro é “contratado” para cuidar de tigrinhas raras, abandonadas pela mãe
Pai é quem cria. Que o diga Blakely, um pastor australiano de 6 anos, que está cuidando de três bebês tigres da Malásia — uma espécie muito rara —, nascidas em 3 de fevereiro. As tigrinhas, todas fêmeas, foram ignoradas pela mãe.
Os veterinários do berçário do Zoológico e Jardim Botânico Cincinnati, nos Estados Unidos, suprem as necessidades médicas das filhotes, mas, para mimá-las e dar a elas a sensação de segurança que só a família é capaz de fornecer, eles convocaram Blakely, um velho conhecido do local.
O cão já cuidou de diversos filhotes do zoológico, e foi chamado para entrar em ação mais uma vez. “Ele é mais que um travesseiros grande e quentinho para as bebês. Blakely é o adulto da casa. Ele as ensina a etiqueta dos tigres, checando quando estão ficando muito duras ou agressivas”, explicou Dawn Strasser, chefe da equipe do berçário do Zoo. “Isso é algo que os humanos não podem fazer.”
As tigrinhas, chamadas Chira, Batari e Izzi, receberiam uma criação igual da mãe. Mas, como estar com ela não é uma opção, Blakely ocupou esse lugar. O pastor tem um currículo de fazer inveja à Super Nanny: ele já cuidou de chitas, raposas, jaguatiricas, um takin (um capríneo do Himalaia), um javali-africano (o Pumba, do Rei Leão), vários wallabees (masurpiais) e gambás. Em reconhecimento aos serviços prestados, a cidade de Cincinnati proclamou 19 de outubro o Dia de Blakeley.