Há 55 anos nascia em São João Evangelista, município mineiro no Vale do Rio Doce, José Humberto Pinto Braga que veio para Brasília aos 12 anos com a família, de quatro irmãos, toda ela envolvida na área de alimentação fora do lar. São restaurantes populares, comunitários, cantinas, bares e até refeitórios em canteiros de obras. “Era o trivial básico que eu fornecia para empresas com ingredientes muito simples”, lembra o empresário, conhecido simplesmente por Zé, que foi dono da marca Sabor Caseiro e, na década de 1990, atendeu a cantina do Correio Braziliense.
Três meses atrás, o amigo Frederico Correa, um dos sócios do empresário baiano e restaurateur brasiliense Cláudio Melo Filho (ex-Odebrecht), que trouxe o Soho para a capital, lhe ofereceu o ponto de um sofisticado endereço no Lago Sul: o Totti, na QI 11. Veio a dúvida: “Eu nunca tinha feito comida fina”. Como não é de fugir da raia, Zé Humberto topou a parada e saiu em busca de profissionais, quando lhe indicaram o sergipano Gilvan Santos, de 41 anos, que trabalhou no Grupo Fasano em São Paulo, no Gero Brasília, no Rio, Punta Del Este e em Trancoso, na Bahia.
Fechado o negócio, teve início a arrumação da casa: “eu não queria nada semelhante ao Totti, mas um restaurante com identidade própria”, explica o novo proprietário, que passou a incumbência para a irmã Valkiria Braga, muito amiga da decoradora Luisa Miranda. Ambas desenvolveram projeto visual exclusivo e acolhedor com muita claridade e leveza. Ainda faltava o nome, conta o empresário até que “uma noite, eu estava sonhando com o assunto e às 4 horas acordei pensando por que não Zé, como me chamam?’’. A equipe ainda acrescentou o agá de Humberto por puro charme.
Contemporâneo
Ficou Zéh Gastronomia Coeva numa indicação de que a casa pratica cozinha contemporânea, explica o dono, que deu “pitacos” no cardápio elaborado por Gilvan Santos, como o prato 7 mares, “exuberante combinação de camarão rosa, anéis de lula, lagostim, vieira e polvo equilibrados com abacaxi, manga, tomate, cebola e brócolis, todos grelhados”, descreve o menu. Sai por R$ 219 para duas pessoas. Outros destaques são o senhor polvo com legumes salteados (R$ 159) e o cordeiro porcini, carré ao molho de vinho e risoto de funghi (R$ 165).
Com apenas uma semana de funcionamento, a casa já tem o seu ícone, revela o chef, que se inspirou na sugestão do Zé para criar um medalhão de rabada. A carne vem cozida no próprio molho até desmanchar sobre cama de risoto de cabotiá e agrião (R$ 96). Outro corte bovino é a chuleta grelhada no broiler e regada com molho de vinho escoltada de fettuccine de manteiga e sálvia. O prato se chama lombata e sai por R$ 139.
Opção acessível
Com mais de 50 itens, o chef admite que o cardápio com humor sugestivo nos nomes é bastante amplo e poderá sofrer ajustes de acordo com a demanda. Não foi esquecida a proposta custo/benefício denominada “menu Zehcutivo”: saladinha para começar, principal e sobremesa por R$ 89. Contempla meia dúzia de opções: bife de chorizo; tilápia ao molho de laranja; salmão com alcaparras; picanha suína e banana à milanesa; frango grelhado e arroz à piamontese e estrogonofe de filé.
O cozinheiro trouxe a equipe que trabalhou com ele no Fasano: os sous chefs Abelardo Silva e Tatiana Nascimento e o chef pâtissier Washington Araújo, conhecido como Dinho. No salão, atende o maitre Belchior, que está no endereço desde que ali era Dudu Camargo. Funciona de terça a sábado, para almoço e jantar e domingo, o almoço pode ir até às 18h. Reservas: 3256-8500.
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