Depois de tocar por 12 anos a cantina que leva o seu nome na 201 Sul, a chef gaúcha de Cruz Alta, Ticiana Werner, formada em gastronomia pela Unieuro, se sentiu suficientemente capitalizada para expandir a casa. Alugou a loja ao lado, que servia a um comércio de roupas, contratou escritório de arquitetura, discutiu o projeto e viajou para o Chile para espairecer alguns dias na Patagônia. Em março, chegou a covid-19, fechou tudo e ela lamentou “o pé frio” por ter se lançado numa empreitada ambiciosa em tempos de pandemia.
A obra teve início depois da demolição da loja e de tudo em volta, inclusive do entulho que enfeiava a parte externa e dificultava a passagem. “Muitos funcionários da CEF e do Banco Central vêm almoçar aqui e tinham de dar a volta na quadra para chegar”, lembra ela, que fez um caminho de concreto usinado, antiderrapante ideal para época de chuva, que permite a clientela vir por dentro da quadra até o restaurante, agora acrescido de um bar de vinho.
Com uma charmosa fachada de madeira, o novo espaço tem entrada independente e reúne cerca de 200 rótulos de 60 vinícolas de países como Espanha, Brasil, Itália, Alemanha, França, Chile, Argentina e Uruguai, além de acessórios para vinhos e taças. O experiente sommelier Jefferson Sales está a postos para sugerir o vinho que você vai beber lá ou levar para casa.
Durante a quarentena, Ticiana Werner teve de enxugar a equipe mas não deixou de fornecer delivery diariamente, “afinal restaurante tem que ter movimento contínuo, senão não é rentável”, sentenciou. Além dos pratos clássicos da casa, como risotos e filés, o bar de vinho oferece tábuas de queijos, frios, burrata, carpaccio em harmonia com tintos ou brancos. No subsolo, há espaço adaptado para cursos, workshops e degustações privativas.
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