Está despertando cada vez mais o interesse do gourmet brasiliense o palmito de pupunha, uma planta originária das florestas tropicais do continente americano que oferece múltiplos usos na gastronomia. Quem sempre soube disso são as populações nativas da América Central até a Floresta Amazônica, que há séculos a utilizam na alimentação.
Agora, porém, o palmito fresco invade as mesas mais nobres da cidade como prato coadjuvante de carnes, refogados, peixes e frutos do mar. Ou até sozinho, na happy hour, por exemplo, numa degustação preparatória para a refeição principal. A maior parte dos restaurantes que incluíram o produto no cardápio é abastecida pela NatuVale, empresa goiana de Adalberto Barros de Lima, de 54 anos, que viu no palmito um bom negócio.
Cultivada pela família Appelt na Fazenda Caravelas, norte de Minas, às margens do rio São Francisco, a pupunha chega à sede da beneficiadora, em Aparecida de Goiânia “in natura e lá é minimamente processada”, informa Adalberto, um técnico agrícola formado pela Escola Agrotécnica Federal de Rio Verde. Em 1996, ele começou vendendo mudas de palmito e implantando viveiros até fundar a empresa, onde toda a família (Vilma Huida, a mulher e quatro filhos) trabalha.
Todas as semanas, a caminhonete da firma pilotada por Adalberto vem a Brasília transportando o nobre produto que é o caule cortado da planta ainda jovem com cerca de três metros. Adulta, ela pode chegar a 20 metros. Na agenda de entrega, constam os endereços mais renomados do circuito gastronômico, como Bloco C, Coco Bambu, Cru Balcão Criativo, Dom Francisco, El Negro, Fogo de Chão, Le Jardin du Golf, Madero, Piantas, Pobre Juan e Rubaiyat.
Além de restaurantes, o palmito está disponível no empório La Palma (404 Norte e 413 Sul) e na boutique de carnes Viande (103 Sul), onde a peça, que traz no rótulo o modo de preparo, sai por R$ 19,90. Você pode levá-la ao micro-ondas e, em 15 minutos, está pronta. Acrescente o tempero. Eu coloco flor de sal e azeite extravirgem e fica louco de bom!
Há diversas maneiras de servir o palmito de pupunha. Passado num ralo para batata palha, se torna desfiado para ser acrescentado à salada; em rodelas com alcaparras, limão e azeite vira carpaccio; e refogado com cebola e caldo de galinha pode escoltar qualquer carne.
Não bastasse o refinado sabor, o caule da pupunheira — ao contrário dos frutos, ricos em calorias e gorduras — tem poucas calorias, muitas fibras e ainda contém cálcio, magnésio, fósforo e vitamina C, além de boa quantidade de potássio. Ideal para dieta. Telefone da NatuVale: (62) 99241-3864.
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