Egon’s se destaca com embutidos variados e finos

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Opções oferecidas na Egon’s vão de tradicionais salames a receitas mais elaboradas, como o  pepperoni de filé-mignon

Charcuterie, em francês, ou salumeria, em italiano, é o ramo da indústria alimentar dedicado ao preparo e venda de carne de porco curada. A origem pode estar em outros continentes. Mas quando os embutidos são feitos aqui com animais daqui, ficam brasileiríssimos e até candangos. É o caso das linguiças do Egon’s, grife fundada por um agricultor que abriu um restaurante e armazém de beira de estrada e os transformou num imenso supermercado, que não perde para nenhum similar da área urbana.

Vindo de Selbach, cidade de pouco mais de cinco mil habitantes na Região do Alto Jacuí, centro norte do Rio Grande do Sul, o gaúcho Egon Prediger, de origem germânica, chegou ao Planalto Central, em 1980, para trabalhar na lavoura de soja de um ruralista alemão atraído pelo Projeto de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF), erguido às margens da BR-251, que liga Brasília a Unaí. Com o agricultor, vieram a mulher Noeli Tengaten e os quatro filhos Jair, Jandir, Janete e Josi.

“Começamos no comércio em um restaurante onde minha mãe era a cozinheira e o pai fazia os trabalhos de açougue e sempre que possível animava os clientes tocando uma sanfona”, lembra Jandir, de 46 anos. Depois de um intervalo de três anos nos quais a família se dedicou à sua própria lavoura, os Prediger voltaram à atividade comercial se instalando ao lado da escola às margens da rodovia, distante 55 quilômetros da Rodoviária de Brasília.

“A loja contava com menos de 400m² de área onde trabalhávamos e morávamos nos fundos. Atendíamos basicamente os moradores da região e os funcionários das fazendas com artigos de primeira necessidade: carne, hortifruti, material agropecuário e mercearia”, conta o segundo filho do clã. Hoje, o estabelecimento conta com uma área de 2 mil metros quadrados, incluindo venda e produção e dentro de 60 dias irá inaugurar a charcutaria, a cargo de Jandir, que elabora salames, linguiças frescas e defumadas, recheadas e outras iguarias como morcilhas, além de preparar cortes de carnes especiais como angus.

Especialidades

Do extenso portofólio, fazem parte as linguiças Blumenau, de carne suína e toucinho com notas de alho e fumaça; calabresa, de pernil e sobrepaleta suínos com pimenta calabresa e erva doce; portuguesa, que é defumada e cozida em fumeira com notas de pimenta preta e alho; pepperoni de filé-mignon e toucinho suínos com pimenta vermelha, alho e páprica ideal para usar em pizza e Cracóvia de filé suíno tem formato de mortadela com tempero típico de presunto defumado. Saem por R$ 49, o quilo.

Em alguns embutidos, outras carnes são misturadas a de porco, o que resulta em sabores finíssimos, como o paio que seca por 15 dias após a defumação e onde predominam a pimenta, o alho e o aroma de fumaça. Há ainda a Cracóvia de frango e a de peru. Totalmente suína é a salsicha tipo Frankfurter no mais clássico estilo alemão, ideal para cachorro-quente.

No reino dos salames, dois produtos despontam na preferência dos gourmets: o Colonial feito de carne suína, inclusive o pernil e toucinho, segundo uma receita gaúcha que deixa maturando 45 dias depois de fermentado e maturado com notas de alho e o Malbec de pernil e sobrepaleta de porco com toque de vinho tinto argentino.

Outros destaques são o salame Di Coppa com notas de cravo, canela e pimenta-do-reino; o de javali misturado ao toucinho suíno e o de cordeiro, que também é mesclado a sobrepaleta suína, mas na boca predomina o tempero árabe zaatar com pimenta branca.

Vizinho aos girassóis

Enquanto o SIF não vem para o lançamento de uma marca própria de embutidos, os produtos são confeccionados no próprio açougue e vendidos apenas no supermercado, ao lado de pães, cucas e biscoitos coloniais, como os deliciosos amanteigados e as bolachas pintadas – idealizados pela matriarca Noeli, que por ora, está afastada por conta da pandemia.

O que começou de forma rudimentar, evoluiu para técnicas mais modernas e atualmente a salumeria apresenta rigor científico ao empregar colônia de fungos e bactérias importados utilizados principalmente no controle da maturação dos salames. Jandir atribui à qualidade dos produtos que fabrica o fato de a clientela não ser apenas de passagem pela rodovia. “Nos fins de semana, vem muita gente aqui especialmente para buscar o produto original”, revela o mestre charcuteiro, que se prepara para receber em maio a invasão de visitantes na época da floração dos girassóis, uma atração anual. Telefones: 3339-6544 e 98328-1750 (WhatsApp)

Liana Sabo

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