Delícias do cerrado podem ser encontradas em eventos pelo DF

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Feira, feirinha, feirão — nunca, neste país, estas três palavras estiveram tão na moda como agora. Nos fins de semana, Brasília se abre para dezenas de iniciativas, que se realizam nos parques, nos gramados e até debaixo dos pilotis.

A área rural não fica atrás e sempre teve seu comércio informal à beira da estrada. Mas, escondida no cerrado, surge uma feirinha realizada no último domingo pela segunda vez.

06/09/2016. Crédito: Liana Sabo/CB/D.A Press. Brasil
06/09/2016. Crédito: Liana Sabo/CB/D.A Press. Brasil.

“A ideia é oferecer todo domingo a quem mora na cidade lazer, produtos orgânicos e atividades interativas”, explica o idealizador Ricardo Monte Rosa, proprietário do Cerrado Lodge, aprazível espaço situado na Serrinha do Paranoá, como é chamada a região que vai do Varjão à cidade do Paranoá. O acesso é depois do Km 4 . Lá, Monte Rosa administra um hotel com 10 chalés superequipados onde se pode residir, como já fez Fernando Gabeira, enquanto parlamentar.

Feira alternativa

Com ingresso livre, a feirinha funciona por cinco horas e meia (das 8h às 13h30), durante as quais você pode tomar um farto desjejum com frutas frescas e suco de laranja; coalhada; tapioca; waffle; café e pães variados da grife Varanda. Destaque para a tigela com ovo frito, creme de leite, queijo de minas curado e cebolinha – tudo uma delícia. Sai por R$ 40. Está previsto almoço a partir do mês de outubro.

No gramado em volta da sede se espalham os feirantes que oferecem desde a tilápia, o pintado e tambaquis vivos num tanque oxigenado até saborosa granola totalmente artesanal da Kalinca Gomes, passando pelas linguiças suínas Cacciatore, feitas pelo chef André Batista, pelas geleias, leite e queijo de cabra.

Diversos produtores rurais das redondezas, como os sítios Semente, Florescer e os do Altiplano Leste expõem legumes e folhas orgânicos: maxixe, pepino, chuchu, cebola, vagem, brócolis, alfaces, rúcula, coentro, manjericão, poejo, louro, alho-poró, além de frutas como limão-cravo e maracujá do cerrado.

“Trata-se de uma feira medieval”, resume Monte Rosa, cuja preocupação compartilhada com o sócio Luiz Camargo, do Instituto Ata, é alcançar a sustentabilidade da agricultura familiar e preservar o cerrado.

Além de oferecer os comes e bebes, a feirinha ainda tem artesanato, tecido, oficinas de jardinagem, massagem ayurvédica e trilhas ecológicas.

Liana Sabo

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