Casa Concha é o restaurante do complexo Venicce Beach

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Uma reviravolta na orla do lago levou embora o LayBack Brasília, grife nascida no bairro Rio Tavares em Floripa, que tinha pista de skate, aulas para skatistas, loja de roupas, show de rock e uma operação do Carpe Diem. Em seu lugar, ao lado do Camarão & Cia e de frente ao Museu de Arte de Brasília, surge novo empreendimento, que já se tornou opção de férias de inverno.

Chama-se Venicce Beach, em homenagem à praia da Califórnia, muito mais famosa que bonita, de águas quase sempre frias do oceano Pacífico. O idealizador é Paulo Paim, já refeito da perda da Casa Maaya, destruída por um incêndio em março. Paim lidera o quarteto de donos formado por ele, Fernando Marques, Jason Paim e Adriano Freitas.

Eles tiveram a ideia de instalar lá um estabelecimento bem praiano, semelhante às barracas do litoral nordestino, só que com uma roupagem sofisticada que mistura luzes, plantas e cores, como rosa e verde, numa bela combinação que agrada não só os mangueirenses. Você pode ir até de bermuda e chinelo, para poder descartá-lo quando quiser sentir a areia no pé.

Pegada autoral

A alma do complexo é o restaurante que leva o nome Casa Concha, em alusão à vizinha Concha Acústica, monumento da cidade. Nela comanda os fogões o chef Pedro Moreira, ex-braço direito de Mara Alcamim, no Zuu e Universal Diner, que iniciou na cozinha aos nove anos. Na pandemia, o chef se lançou no serviço de bufê alta gastronomia, que mantém por encomenda.

O cardápio não é fixo. “Significa que estará sempre em constante mudança, vamos adaptá-lo a partir das variações climáticas, troca de estações e datas comemorativas. As carnes bovinas e os frutos do mar são a base desse nosso primeiro menu, onde também apresento criações autorais e releituras”, explica o chef.

Tartare de salmão. Crédito: Nescalbert/ Divulgação

O ítem aperitivos traz croquetes recheados com cogumelo, shitake, shimeki e funghi servidos com fonduta de gruyère (R$ 67); patinhas de caranguejo empanadas em panko e banhadas no catupiry com vinagrete picante (R$ 97) e pasteis de camarão cremoso com coulis de tangerina (R$ 56).

Nas entradas, o destaque é o tartare de salmão, bem batidinho na ponta da faca, com caviar de manga obtido com técnica molecular, que dá ao prato visual apetitoso, ideal para compartilhar (R$ 77,50). Entre os pratos quentes, há bacalhau em natas com creme de queijo coalho servido com batatas ao murro (R$ 128); picadinho de filé-mignon com ovo pochê (R$ 59) e bife a cavalo com fritas (R$ 49,90), que faz parte da memória afetiva.

Trivial

Aberto a partir de quarta-feira, o restô oferece até sexta, exceto nos feriados, almoço executivo em três etapas (entrada, principal e sobremesa), que sai por R$ 59, além de feijoada somente às sextas, por R$ 59,90.

A casa tem um bom astral, mas o som poderia ser menos alto para permitir alguma conversação à mesa, quanto à picância de alguns molhos, veja se você vai se dar bem com ela. Reservas: 99335-9462.

Liana Sabo

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